O Lual Sem Lua



Capítulo 12 – O luau sem lua

James, Remo e Peter subiam as escadas para ir ao encontro de Sirius...

(N/A: Narração de James) (N/A²: Adoro narrar com o James)


Até que as coisas acabaram melhor do que eu imaginava, ninguém se machucou, Lily está falando comigo outra vez, Aluado está de bom humor... Só o Almofadinhas e a Liz que não acabaram bem, mas eu não preciso me preocupar com isso, eles sempre brigam por qualquer bobagem e depois voltam a ser os super amigos. Na verdade, eles nunca brigaram mesmo, ficam só nessas picuinhas de criança. Eu nunca pude imaginar eles dois de outra forma que não essa de irmãos, mas parece que as coisas estão mudando. Espero que dê certo...

Chegamos ao quarto onde Sirius nos esperava sentado numa das camas.

- Precisando de nós Almofadinhas? – perguntou Aluado quando entramos.
- Não exatamente. – respondeu entediado – Não queira ficar aqui em cima sozinho e nem ficar na cozinha.
- Ah, é isso... – falei revirando os olhos e me jogando na cama ao lado.
- Quando você vai parar com essa frescura Almofadas? – perguntou Remo.
- Aluado, essa frescura pôs elas quatro em perigo e revelou você para elas. – retrucou irritado.
- Liz não teve culpa Sirius. – falei deitado – É quase impossível conter a Lily quando ela quer realmente saber de alguma coisa, imagina conter ela, Alice e Alex ao mesmo tempo. A coitada deve ter sofrido bastante tentando.
- E no final acabou tudo bem. – concluiu Remo – É o que interessa, não? – Sirius não respondeu. Cabeça dura...
- Isso ía acabar acontecendo mais cedo ou mais tarde. – falou Peter – Pelo menos elas vão ficar em casa a partir de hoje.
- Pois é. – concordou Remo – Eu sabia dos riscos que corria quando aceitei vir para cá. Logo, a culpa é minha. – Sirius continuava calado, mas pela sua expressão, dava pra ver que apenas não queria admitir o erro.
- Parece que um certo cachorro deve desculpas alguém... – comentei só pra encher o saco dele.
- Não enche Pontas. – falou irritado.
- Ahhh, o cachorrinho tá abusadinho? – perguntei fazendo uma voz idiota. Eu adoro mexer com o Sirius.
- Pontas, estou avisando... – falou me olhando de lado.
- E vai fazer o que au-au, me lamber? – perguntei com a voz mais irritante que consegui.
- Não. – falou sorrindo marotamente – Vou te travesseirar até a morte! – falou já pulando em cima de mim com um travesseiro e começando a me espancar.

Não demorou nem dois segundos para Aluado e Rabicho entrarem na brincadeira e ficamos nessa guerra por muito tempo. Quando acabamos tinha penas por todos os lados. Vai dar trabalho pra limpar sem magia... Quer saber? Talvez a gente não limpe. Mas precisamos de travesseiros novos...

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(N/A: Narração de Lily)

Ficamos o resto da tarde na piscina, ouvimos barulhos estranhos no quarto dos marotos, mas preferimos não verificar. Quando estava perto de anoitecer, nós cozinhamos miojo para todo mundo, os marotos adoraram e nos elogiaram bastante pensando que tínhamos nos esforçado um bocado pra fazer... Mas Pettigrew estragou nossa festa quando achou as embalagens que não escondemos direito.

Logo depois nos despedimos dos quatro à porta de casa e assim que eles viraram a esquina...

- CASA LIBERADA!! – gritou Alex jogando os braços para cima.
- Vamos começar a festa. – falou Alice entrando.
- Eu faço o brigadeiro. – disse Liz entrando também.
- Vou ver que porções eu tenho... – falei entrando e subindo as escadas.
- E eu preparo o material. – falou Alex dando um sorriso banana.

Uma hora depois estávamos deitadas no chão da sala com toucas na cabeça, creme no rosto, comendo brigadeiro, escutando músicas bobas e rodeadas de coisas como revistas de fofoca, esmaltes, cremes, pinças, cera depilatória, hidratantes, esfoliantes, alicates, lixas, algodão e mais um bocado de tralhas que vocês leitoras devem conhecer bem.

Falamos besteiras a noite toda, relembramos coisas, fizemos confessionário, arrumamos cabelo, unhas e tudo mais que se faz em uma noite de mulheres. A nossa festinha particular durou até às três da manhã e fomos dormir todas lindas, maravilhosas e bem humoradas, qual é a garota que não se anima depois de uma festinha dessa?

Parecia que eu tinha acabado de me deitar na cama quando o sol resolveu nascer sorrindo para mim e me impedindo de dormir. Por que o sol tem que existir? Ele não podia esperar para nascer um pouquinho mais tarde? Eu estou querendo dormir!

Me virei para o outro lado e consegui dormir outra vez.

Lily! Quanto tempo!!
Ai, sua inconveniente! Deixa ela dormir.
Mas será possível que nem em sonho vocês me deixam em paz?
Mas será possível que nem em sonho você para de implicar com a gente?
Tá, você venceu... Diz logo o que vocês querem e me deixem dormir.
Eu vim te ajudar, sabe, dar o empurrãozinho final.
E eu vim te dizer que não escute ela.
Que empurrão?
Não se faça de boba! Voc... Quer dizer, nós estamos quase namorando com o Jaminho.
Viu? Eu não podia te deixar sozinha com essa louca.
Obrigada. E eu não sei do que você está falando.
Pra que mentir? Eu sei que você gosta dele. Pensa bem, ele á tão fofo, gostoso, inteligente...
Galinha, infantil, delinqüente...
Você tinha que me atrapalhar né?
E por que eu estaria aqui se não te atrapalhasse? Eu não tenho culpa se você não fala nada que preste. Coitadinha da Lily se eu te deixasse sozinha com ela nem que fosse por um minuto.
Hey! Eu não sou tão influenciável assim!
Eu não disse isso.
Eu acho que disse.
Achou errado.
Você que não presta atenção no que fala.
E você não pensa no que fala.
Querem fazer o favor de parar? Se vocês vieram até aqui para ficar brigando é melhor saírem logo, eu estou com sono.
Ah, desculpa Lily querida, é que essa chata sempre me faz perder o fio do assunto.
Olha aqui, chata é a senhora sua mãe!
Chega!
Voltando ao assunto, você está a um passo de conseguir o namorado mais perfeito de todos os tempos, está esperando o quê para dar esse passo?
Primeiro, eu não tenho nenhum pretendente e segundo, mesmo que eu tivesse, o que você queria que eu fizesse?
Primeiro, o James é seu pretendente, já te disse para parar de se fazer de boba e segundo, agarra ele! Tá esperando o quê? Vir outra e fazer isso por você?
Não precisa vir outra, ele é que vai atrás dela.
Não, não vai.
Claro que vai.
Claro qu...
Nem comecem, por favor.
Bem, eu não pretendia te incomodar enquanto você dorme, mas já que já estou aqui mesmo... Vim te dizer que realmente, está na hora de arrumarmos um namorado novo, que não seja o Potter, pelo amor de Merlin!
É? Então me diz outro candidato.
Nisso ela tem razão...
Eu ainda não sei. Mas estamos numa cidade litorânea! Deve estar cheio de gatinhos por aí.
Então você prefere confiar num estranho?
Exatamente.
Qual o problema? Eu também tenho que dar chances a pessoas novas.
É isso aí.
Merlin! Elas enlouqueceram... Já esqueceram o que aconteceu da última vez que confiaram num estranho?
Aquilo foi apenas um equivoco, nós confiamos no estranho errado.
E em quantos estranhos errados pretendem confiar?
Até achar o certo.
Mas o certo é conhecido!
Não me venha com essa história do Potter outra vez.
Como não? Eu estou aqui para isso.

- Lily? – uma voz conhecida me despertava baixinho.
- Hã? – perguntei sonolenta.
- Já está na hora do almoço. Você vem agora? – perguntou, finalmente reconheci a voz do James.
- Daqui a pouco. – respondi ainda com muito sono.
- Tá legal. Estamos te esperando. – falou e saiu do quarto.

Desci, almocei, tratei dos feridos, fomos à praia, depois para a piscina, jantamos, os marotos foram para o bosque e nós ficamos em casa fazendo qualquer bobagem. E assim seguiu a semana inteira até o último dia da lua cheia.

Fui acordada na terça-feira, 25 de Julho, por Alice que estava empolgadíssima por que Frank ia chegar naquele dia. Os marotos chegaram cansados como sempre e foram dormir, Liz e Alex já estavam acordadas quando eles chegaram e eu e Alice descemos para nos juntar a elas. Depois do café da manhã nós ficamos na piscina esperando os marotos acordarem para aproveitar o resto do dia.

Eles acordaram por volta de uma da tarde, almoçamos e fomos dar uma volta na praia, Alice meio relutante por que Frank podia chegar a qualquer momento, mas concordou depois que Peter disse que ficaria em casa dormindo mais um pouco.

Nunca viemos para esse lado da praia, é legal, tem umas dunas e um monte de coisas de passeios de burros à bugres. Os marotos enlouqueceram quando viram os carros e agora está todo mundo tentando me convencer a andar de bugre, mas eu não vou.

- Vamos Lily, vai ser legal! – insistiu James.
- Eu não vou, podem ir sem mim. – respondi já entediada com a insistência.
- Ah, deixa de bobagem Lil, vamos logo. – pediu Liz.
- É Lily, todo mundo vai. – falou Remo – Você vai ficar aqui esperando sozinha?
- Vou – respondi.
- Mas o passeio dura uma hora! – falou Alice.
- Eu não me importo. – menti. É claro que eu me importo de passar uma hora esperando, mas é melhor que andar nessa coisa.
- Por que você não quer ir? – perguntou Sirius.
- Porque não me agrada a idéia de subir dunas enormes em um carro que visivelmente não tem nenhuma segurança.
- Por favor Lily. – pediu Alex.
- Querem ir logo nesse maldito passeio e me deixar em paz? – pedi.
- Não. – responderam juntos.
- Nós só vamos quando você for. – falou James.
- Então acho que ninguém vai...

Cinco minutos depois dessa conversa eu estava rezando para todas as entidades santas que eu não morresse durante o passeio. Eu estava sentada no banco da frente ao lado de James, que agora está recebendo informações e um mapa das dunas, Alice, Remo e Alex estão no banco de trás e Liz e Sirius estão sentados na traseira, eles têm muita coragem.

Começamos o passeio tranquilamente, todos conversando, rindo, fazendo piadas, pedindo para James acelerar... Até que não era tão mal assim, até divertido, acho que era neura minha afinal...

Eu estava pensando assim até que James resolveu aceitar aos pedidos de aceleração e eu comecei a ficar com medo outra vez. Estávamos indo rápido de mais.

- James, está rápido de mais, vai um pouquinho mais devagar por favor. – pedi tentando manter a voz calma.
- Ok. – respondeu, mas não diminuiu.
- É melhor diminuir um pouco mesmo James. – falou Liz com a voz um pouco preocupada.
- Já vou diminuir. – respondeu James pela segunda vez, mas como da primeira, não fez nada.

Um monte de dunas pequenas se aproximava e James ainda não havia diminuído. Ele parecia calmo, mas alguma coisa me dizia que não eram os meus pedidos constantes de que ele diminuísse que estavam o incomodando.

As dunas chegaram e como o carro estava indo realmente rápido dávamos pulinhos nos bancos.

- James, por favor. – pedi pela que parecia ser a centésima vez – Vai mais devagar.
- Eu estou tentando. – respondeu ele entre os dentes e baixo o suficiente para que apenas eu pudesse ouvir. Entendi que ninguém deveria ouvir essa conversa.
- Como assim “está tentando”? – perguntei igualmente baixo.
- O acelerador ta emperrado. – respondeu ainda baixo.
- O QUÊ!? – gritei sem me conter.
- O que aconteceeeeeeu? – perguntou Liz enquanto caía no colo de Remo depois de mais um pulinho do carro.
- James, vai mais devagar cara, é sério. – falou Sirius escorregando para as pernas de Alice para verificar se Liz estava bem.

James permaneceu calado, eu estava tentando pensar em alguma coisa que parasse o carro, mas na velocidade em que estávamos, uma parada brusca levaria a um acidente feio.

Ok, as dunas pequenas passaram eu estava começando a ficar mais tranqüila quando vi uma grande duna a nossa frente, James me disse baixinho que assim que descermos essa ele vai fazer a volta e estaremos seguros novamente, isto é, se conseguirmos parar o bendito carro.

O grande problema, é que logo depois da duna, quando James pretendia fazer a volta, vocês não adivinham o que aconteceu. Não, sério. Podem tentar a vontade, essa vocês NUNCA vão acertar.

Já pensaram? Deixa só eu dar uma dica: Não poderia ficar pior. Nem que chovesse, sério. Foi a pior coisa que já me aconteceu na vida. Eu sabia que não devia ter entrado nesse carro. Mas deixando de lado o meu drama pessoal e voltando ao assunto...

Logo depois da subida James iria fazer a volta. Isso se nós não tivéssemos encontrado um monte de pedras enormes na descida. Legal né?

Bem, pense na nossa adorável situação: Éramos SETE PESSOAS num carro, nenhum de nós estava usando cintos de segurança, o acelerador estava emperrado, estávamos a uma velocidade incrivelmente alta e para completar esse maravilhoso quadro (eu sou mesmo a rainha da ironia...) estamos dependendo inteiramente dos reflexos (que dizem ser excepcionais) de James para sair dessa inteiros. Agora me diga: o que você acha que eu faria numa situação como essa? Bem, vou te dizer.

- AAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – eu gritava o mais alto que conseguia com as mãos escondendo o rosto. Mas vejam bem, eu não estava gritando sozinha.

James estava com cara de pânico (que seria cômica se a situação não fosse tão trágica) e desviava por pouco de cada uma das pedras que nos fazia gritar cada vez mais alto e mais desesperados.

- JAMES PARE ESSA COISA!! - eu gritava desesperada.
- Estou tentando! - ele me responde, era o mais calmo de todos
- NÓS VAMOS MORRER!!!! - Lice gritava às lágrimas.

Liz parecia assustada de mais para emitir qualquer tipo de som, Sirius a segurava forte, Remo tentava manter a calma enquanto Alex gritava loucamente agarrada com Alice que já estava chorando com o desespero.

Enquanto todos gritavam, James tentava se concentrar para desviar das pedras e desemperrar o acelerador ao mesmo tempo. Não sei quanto tempo se passou até que milagrosamente James conseguiu parar o bendito carro. Só sei que quando paramos, minha garganta estava doendo de tanto gritar, meu coração estava prestes a sair pela boca e eu não sabia se brigava com James por ele ter me convencido a entrar no carro ou se beijava ele por ter conseguido parar.

- James seu idiota! – falava baixo (devido a minha dor de garganta) abraçando ele. É, escolhi o meio termo – Nunca mais me faça entrar em um carro outra vez! – falava chorando de alívio e apertando ele com todas as minhas forças.
- Lily... – começou – Não ta me deixando respirar...
- Desculpa. – falei soltando ele.
- Hahahahahahahahahahaha... – Liz ria histericamente no banco de trás. Eu choro depois de passar por uma situação desesperadora, ela ri.

Alice e Alex ainda não tinham se soltado, Remo arfava muito olhando para os lados e Sirius apenas olhava intrigado a crise de riso de Liz.

Depois desse terrível episódio da minha vida, Sirius e Liz se dispuseram a voltar e avisar ao dono do carro o que havia acontecido, porque nem que me pagassem um milhão de galeões eu entrava naquele troço outra vez.

Os dois demoraram um pouco, mas voltaram com outro carro (que eu entrei depois de muita insistência) e o dono do mesmo e finalmente voltamos para casa.

- FRANK!! – gritou Alice quando entramos na sala e foi correndo se jogar nos braços do namorado.
- E aí Frank! – cumprimentou Sirius.
- Oi gente. – falou com esforço. Alice estava sufocando o pobre rapaz.
- Amor, você não vai acreditar em tudo que aconteceu. – Alice falava tão rápido que quase não dava para entender – Eu tenho tanta coisa para te contar que você nem imagina, mas antes eu quero saber de você. Quanto tempo faz que você chegou? Estava legal em Paris? Tirou muita foto? Seus pais estão bem?...
- Alice? – interrompi meio receosa.
- Oi. – respondeu.
- Não é melhor vocês conversarem lá fora? – eu não estava nem um pouquinho a fim de segurar vela.
- Tem razão. – falou corando um pouco – Vem Frank, me conta tudo. – falou puxando o namorado para o jardim.

Todos sentamos no sofá e ficamos em silêncio por alguns segundos.

- A gente devia fazer isso mais vezes. – comentou Liz risonha.
- Correção. Vocês deviam fazer isso mais vezes. – falei – Eu me satisfaço em olhar o desespero.
- Qual é Lil? – falou Alex – Um pouquinho de emoção de vez em quando não mata ninguém.
- Eu acho que pode. – falei me lembrando da nossa última aventura antes dessa.
- E essa discussão vai longe... – falou Sirius – Que tal mudar de assunto?
- Apoiado. – respondeu Remo.
- Que vamos fazer hoje a noite? – perguntou James.
- Sem idéias. – respondeu Peter.
- A gente podia fazer aquele luau que não saiu na semana passada. – sugeri.
- GENIAL! – gritou Liz assustando todo mundo – Adorei a idéia, vamos fazer isso e não se discute.
- Ta legal. – falou Alex – Também gostei.
- Então vamos aprontar tudo logo. – comecei – James, se importa de ficar com a comida?
- Não. – respondeu.
- Eu fico com a bebida. – falou Sirius. Eu desconfiei na mesma hora.
- Remo, cuide da bebida com o Sirius, por favor. – pedi.
- Sem problemas. – falou Remo.
- Liz...
- Eu cuido da decoração e não se fala mais nisso. – falou em tom de “tenta-discordar-pra-ver-o-que-eu-te-faço”. Na verdade, eu ia pedir para ela ajudar o James, mas... Deixa para lá.
- E a Alex vai me ajudar, não é Alex? – perguntou.
- Claro que sim. – respondeu.
- Acho que Alice vai ficar com Frank o resto da tarde... – pensei alto – Peter, será que você podia ajudar o James?
- Não! – falou Liz – Nós precisamos de uma fogueira! E o Peter vai nos arrumar lenha, não é Peter? – perguntou e não esperou pela resposta – Obrigada, Peter, você é um amor. – falou empurrando ela para fora – Então, vamos todos começar o trabalho, Lily, por que ao ajuda o James na cozinha? – perguntou – Vamos Alex. – e saiu da sala puxando Alex para cima.
- Acho que está decido então. – falou James olhando para mim – Vamos? – perguntou me oferecendo o braço.
- Ok, mas eu acho que só vou te atrapalhar. – respondi.
- Eu aproveito e te ensino. – falou dando uma piscada.

Entramos na cozinha e ele começou a perguntar o que eu achava que ele devia fazer. Eu sugeri umas comidas bem lights e fáceis de fazer.

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No andar de cima...

(N/A: Narração de Liz)

- Sabe, tava na cara que você queria deixar os dois sozinhos. – falou Alex quando chegamos ao quarto.
- Eu não estava escondendo de ninguém. – respondi normalmente. Mas você não sabe o que te aguarda... Acrescentei em pensamento.
- Por que está sorrindo dessa maneira? – perguntou Alex me olhando desconfiada.
- Nada de mais... – respondi – Estou pensando no que deve estar acontecendo com aqueles dois lá em baixo...

Começamos a procurar coisas que serviriam na decoração e descemos. Eu ainda pensando em como juntaria Remo e Alex, estava sem idéias...

Pegamos as coisas e saímos de casa rumo à praia procurando um lugar ideal para fazer nosso luau. Queríamos um lugar onde não tivesse muita gente e não fosse muito longe de casa. Não precisamos andar muito para encontrar.

Enquanto arrumávamos eu concentrava toda a minha capacidade cerebral em achar um meio de juntar os dois. Depois de um bom tempo, achei que o ideal seria fazer uma aposta com Alex, se eu ganhasse (não precisava ser honestamente) ela se declarava para o Remo, se não... Eu fazia o que ela quisesse. Ótimo, eu já tinha meia idéia, só faltava o essencial... Vou apostar o quê?

Já estava começando a escurecer e eu ainda não sabia o que apostar e nem tinha nenhuma idéia melhor.

Já sei! Vou apostar com ela que alguma coisa sobre o Peter. Ele vai fazer qualquer besteira que eu mandar.

- Pobre Peter... – comentei.
- Por quê? – perguntou Alex.
- Sabe, estarão Alice e Frank, James e Lily, você e Remo e eu e Sirius. - comecei – Quer dizer, como alguém pode segurar tanta vela ao mesmo tempo?
- Ele não vai estar segurando vela sozinho. – respondeu – Eu e Remo não temos nada.
- Porque são tímidos de mais para isso. – retruquei – Mas eu acho que o Peter vai perceber isso e vai sair de lá rapidinho.
- Acho que não. – falou pensativa – Ele não larga o James nem o Sirius.
- Mas ele não é tão burro assim, vai se tocar que estará sobrando. – falei revirando os olhos.
- Eu já disse que ele não vai sobrar sozinho.
- E eu já disse que vai!
- Não vai.
- Vai sim.
- Claro que não.
- Claro que sim.
- Não vai Liz.
- Vai sim Alex.
- Não vai não! – falou já impaciente – Quer apostar? – era tudo que eu precisava ouvir.
- Aposta aceita. - respondi séria. Eu não podia estragar o meu disfarce – Aposto que o Peter vai perceber que está sobrando e vai dormir bem mais cedo. – falei estendendo a mão.
- Eu aposto que ele não vai sobrar coisíssima nenhuma e vai ficar com a gente até tarde. – falou estendendo a mão também.
- Se eu ganhar, você vai falar para o Remo que gosta dele? – perguntei decidida.
- Isso não é justo! – retrucou.
- Está admitindo que vai perder? – perguntei provocando.
- Não mesmo. – respondeu apertando minha mão – Mas se eu ganhar, você vai beijar o Sirius.
- Fechado. – falei sorrindo internamente – Acho que está pronto. – comentei observando o nosso trabalho – Vamos voltar e nos arrumar.
- É, já está bom. – concordou.

Voltamos para casa provocando uma à outra. Ela não perde por esperar...

Assim que cheguei em casa fui direto para a cozinha ver como estavam as coisas entre Lily e James.

- Isso é mais fácil de fazer do que eu pensava. – ouvi Lily comentar observando James preparar alguma coisa.
- Cozinhar não é difícil. Qualquer dia eu te ensino. – falou James – Se você quiser, é claro. – apressou-se a acrescentar.
- Olha que eu vou cobrar. – respondeu Lily risonha.

Que fofos... Acho que nem vou precisar fazer mais nada por eles, basta o clima certo e eles ficam, namoram, noivam, casam, têm filhos e vivem felizes para sempre... Eu bem queria que a minha vida fosse assim. Sabe, não sou do tipo romântica nem nada, mas que garota não sonha com o príncipe encantado?

Será que o Peter já voltou?

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(N/A: Narração de Lily)

Depois da comida toda estar pronta fui me arrumar para o nosso luau.

É isso aí. Esteja lindíssima para o Jaminho.
Pára de ser ridícula! Ela não se arrumar para ele, vai se arrumar porque gosta.
Exatamente, eu adoro me sentir linda. Que roupa eu uso?
Branco. É perfeito para um luau e o James já disse uma vez que você fica muito bem de branco.
Ele disse isso mesmo?
Disse sim, eu me lembro perfeitamente.
Ótimo, então use uma roupa preta.
Eu não vou usar preto num luau!
Não foi você mesma quem disse que não ia se vestir para o James?
Sim, e daí?
E daí que isso seria se vestir ridicularmente só porque ele gosta da cor oposta a essa. Confesse, você sabe que ela está apaixonada por ele.
Não diga besteiras. Eu apenas gosto de preto.
Sei...

Me decidi por um vestido branco (apenas porque era o mais adequado para p luau, nada a ver com o James) com uns colares, pulseiras, brincos discretos, maquiagem leve, sandália rasteira e uma flor pequena e branca do cabelo. Eu só fui ficar realmente pronta oitenta minutos depois de ter subido para me trocar.

Quando desci as escadas já estavam todos prontos, os garotos estavam fabulosos (tirando Peter) e minhas amiguinhas muito lindas como sempre. Eu descobri que estava certa em desconfiar de Sirius com a bebida, se eu não tivesse mandado o Remo junto era capaz de ele ter comprado tudo de bebida alcoólica... Ninguém merece né?

Fomos caminhando justos para a praia. Liz e Alex fizeram um trabalho excelente. Onde será que elas arrumaram as tochas?

Armamos uma pequena fogueira com a madeira que Peter trouxe, sentamos ao redor e começamos a conversar e comer animadamente, afinal, estava na hora do jantar.

Ficamos assim por uns quarenta minutos, depois começamos a falar sobre o passado, tudo o que os marotos aprontavam, as brigas que eu tinha com James... Esses seis anos passaram tão rápido...

Um tempo depois o assunto perdeu a graça e nós ficamos meio que sem ter o que fazer. Estava uma linda noite, o céu estava limpo e a ausência da lua fazia com que as estrelas se destacassem. Eu adoro olhar as estrelas...

- James? – chamou Liz que estava deitada na areia.
- Presente. – respondeu James levantando o braço.
- Você trouxe seu violão? – perguntou levantando um pouco a cabeça para o olhar.
- Trouxe, está no quarto. – respondeu olhando distraidamente para o céu.
- Não sabia que você tocava. – comentei.
- Aprendi a pouco tempo. – falou ainda olhando para cima.
- E o que você tá esperando pra ir lá pegar? – perguntou Liz.
- Você pedir. – respondeu sorrindo e se levantou para ir pegar.

Ele voltou poucos minutos depois com um violão preto muito bonito seguro em uma das mãos e se sentou ao meu lado na areia.

- Algum pedido especial? – perguntou nos olhando.

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(N/A: Narração de Liz)

Droga. Droga. E mais uma vez droga.

Já estamos aqui a um tempão e a Alex não deixa de falar com o Peter nem por um segundo! Desse jeito não tem como ele sair sem ela desconfiar. Eu falei a ele que só saísse depois que ele passasse um tempo sem que ninguém falasse com ele, mas a Alex não quer deixar.

Claro que para garantir que isso acontecesse eu contei do meu maligno plano para ele, Sirius, Alice, Frank e James. Disse a todos que evitassem falar muito com Peter e avisei a ele que todos fariam isso para que ele não se sentisse rejeitado nem ficasse tentando chamar atenção, ele faz isso às vezes.

Foi depois que estávamos todos sem assunto que eu tive a minha melhor idéia de hoje. Vocês leitores queridos me respondam: Existe alguma coisa que crie mais clima do que a música ideal? Claro que não.

- James? – chamei. Eu estava deitada na areia.
- Presente. – respondeu James levantando o braço.
- Você trouxe seu violão? – perguntei levantando um pouco a cabeça para o olhar.
- Trouxe, está no quarto. – respondeu olhando distraidamente para o céu.
- Não sabia que você tocava. – comentou Lily.
- Aprendi a pouco tempo. – falou ainda olhando para cima.
- E o que você tá esperando pra ir lá pegar? – perguntei.
- Você pedir. – respondeu sorrindo e se levantou para ir pegar.

Ele voltou poucos minutos depois com o vilão seguro em uma das mãos e se sentou estrategicamente ao lado de Lily.

- Algum pedido especial? – perguntou nos olhando.
- Toca aquela que eu te mostrei verão passado. – pedi.
- Qual? – perguntou tentando se lembrar.
- Aquela James, aquela. – falei rezando para que ele se lembrasse. Todos nos olhavam curiosos.
- Ahhh, aquela! – falou finalmente compreendendo que música eu queria que ele tocasse – Deixa eu me lembrar das notas.

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(N/A: Narração de Lily)

Depois da conversa misteriosa, James começou a tentar algumas notas e poucos segundos depois começou a tocar a introdução de uma música lenta e muito bonita.

(N/A: Pra quem nunca ouviu essa música, é realmente muito linda, então, se você quiser ouvir, pode encontra neste endereço: http://www.youtube.com/watch?v=RCMbGTBwTQU )

- Estava satisfeito só em ser teu amigo, mas o que será que aconteceu comigo? Aonde foi que eu errei? – James começou a cantar. Ele canta muito bem - Às vezes me pergunto se eu não entendi errado, grande amizade com estar apaixonado. Se for só isso logo vai passar. Mas quando toca o telefone será você? O que eu estiver fazendo eu paro de fazer...

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(N/A: Narração de Liz)

Sabem o que acabo de perceber? Eu matei três coelhos com uma cajadada só! TRÊS!! Criei um clima entre Remo e Alex, acabo de perceber que esta é A música de James e Lily e para completar Sirius está me encarando de um jeito super fofo. OH YEAH!! Ponto pra mim de novo.

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(N/A: Narração de Lily)

- E se fica muito tempo sem me ligar, arranjo uma desculpa pra te procurar, que tolo, mas eu não consigo evitar... – a música era realmente linda e estava começando a criar um super clima em todos nós - Porque eu só vivo pensando em você, é sem querer, você não sai da minha cabeça mais. – ele começou a cantar olhando para mim - Eu só vivo acordado a sonhar, imaginar nós dois e as vezes penso ser um sonho impossível, uma ilusão terrível, será?

Ai meu Merlinzinho, faz ele parar de me olhar desse jeito cantando essa música perfeita ou eu não respondo por mim...

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(N/A: Narração de Alex)

Meu Merlin! Onde a Liz foi arrumar uma música tão perfeita? Ela simplesmente conta a minha história com Remo. Como eu gostaria que ele também pensasse assim...

- Eu já pedi tanto em oração que as portas do seu coração se abrissem para eu te conquistar. Mas que seja feita a vontade de Deus, se ele quiser então, não importa quando, onde, como. Eu vou ter o seu coração – James está cantado isso olhando fixamente nos olhos da Lily. Como ela consegue resistir a um cara fofo desses?

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(N/A: Narração de Alice)

- Faço tudo pra chamar tua atenção, de vez em quando eu meto os pés pelas mãos, engulo a seco um ciúme quando outro apaixonado quer tirar de mim tua atenção. Coração apaixonado é bobo, sorriso teu eu me derreto todo... – James continuava a cantar encarando Lily.

Querem saber? Começo a pensar que não é só o Peter quem está sobrando aqui... Eu sei que estou acompanhada, mas é que essa música criou um clima que se encaixa perfeitamente nesses três casais. Isso é tão lindo que dá até vontade de chorar... Eu sempre fui muito manteiga derretida mesmo.

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(N/A: Narração de Lily)

- O seu charme, o seu olhar, sua fala mansa me faz delirar... – pára de me olhar assim ou eu vou pirar! - Mas quanta coisa aconteceu e foi dita, qualquer mínimo detalhe era pista. Coisas que ficaram para trás, coisas que você nem lembra mais...

Pausa no momento para descrever o que estou sentindo.

Não consigo desviar meus olhos dos de James, parece que estou hipnotizada, tenho certeza que se eu estivesse de pé minhas pernas estariam tremendo, não consigo raciocinar direito, só consigo olhar para ele e lembrar de tudo o que aconteceu até hoje e pensar como ele mudou ou como ele faz de tudo pra me agradar.

- Mas eu guardo tudo aqui no meu peito, tanto tempo estudando seu jeito, tanto tempo esperando uma chance. Sonho tanto com esse romance. Que tolo mas eu não consigo evitar...

Eu já estava me aproximando lentamente (muito lentamente mesmo) quando uma exclamação de Alice fez todos nós acordamos do nosso transe. Sabem o que fez Alice quebrar o nosso clima? O BEIJO (e bote beijo nisso) QUE ESTAVA ACONTECENDO ENTRE LIZ E SIRIUS BEM AO MEU LADO!!!

Tipo, tava todo mundo olhando, James parou de cantar, Peter estava de boca aberta, Alice sorria de orelha a orelha, Frank também parecia feliz, Alex e Remo estavam boquiabertos. Hum... Eles estão próximos de mais...

Depois de algum tempo os dois se soltaram se olhando como quem diz “Ok, o que aconteceu?” e logo em seguida desviaram o olhar meio sem jeito. Mas isso foi a pior coisa que eles poderiam ter feito, por que assim eles puderam ver a nossa imagem (ainda congelada) encarando os dois.

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N/A: Muito obrigada pelos comentários. Esse foi uma dos capítulos que eu mais gostei de escrever, espero que vocês gostem e comentem bastante!

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