Eu te odeio Black



Capítulo 16 – Eu te odeio Black


(N/A: Narração de Lily)


Aquelas coisas que James me disse realmente me convenceram de que ele estava falando a verdade, sabe, ele já tinha me falado coisas legais antes, mas em nenhuma das vezes ele estava me olhando daquele jeito. Eu conseguia ver a alma dele naquele olhar e a sinceridade nele era inegável até para a minha cabeça dura.


Ele ficou surpreso quando o beijei de repente, mas ainda assim foi o melhor beijo que já dei na minha vida, era como se tivéssemos conseguido algo que desejávamos a vida inteira. James já me beijou antes, é verdade, mas todas as outras vezes eram sem o meu consentimento e isso não era nada legal.


O beijo começou devagar e meio sem jeito, mas logo ele me abraçou pela cintura e me trouxe mais para perto dele, não sei dizer quanto tempo durou aquele momento porque o mundo parecia ter parado para nós, era simplesmente fantástico. Juro que pude até ouvir os famosos sininhos...


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(N/A: Narração de Liz)


Eu olhava atônita a cena a minha frente, pedia silenciosamente que alguém me acordasse e eu percebesse que tudo aquilo era apenas um sonho ruim. Senti o olhar de Lily sobre mim, mas não quis encará-la, não queria olhar para ninguém.


- Petúnia! – ouvi Lily gritar ao meu lado, mas não olhei o motivo do grito. Não conseguia tirar os olhos da cena.


Senti uma pessoa esbarrar de leve em mim e logo depois outra e ainda assim não me movi.


- Kiss me, down by the broken tree house, swing me, upon it's hanging tire… - eu ouvia a música tocar distante enquanto uma lágrima solitária rolava pelo meu rosto - Bring bring, bring your flowerhatwe'll take the trail marked on your father's map…- mas eu não ia ficar ali olhando aquilo – Ooh... Kiss me, beneath the milky twilight – eu vou embora, a noite acabou para mim - Lead me, out on the moonlit floor…


Não dava mais para ficar parada ali olhando aqueles dois se atracando na minha cara, poxa, eu sabia que o Sirius era galinha, sabia que não era seguro estar com ele e ainda mais esperar alguma coisa dele, mas eu achava que ele pelo menos ia levar em conta os nossos anos de amizade e me dar um fora antes de sair por ai se agarrando com outra, eu ia ficar triste, mas compreenderia.


(Lift your open hand, strike up the band and make the fireflies dance silver moon sparkling… So, kiss me...)


Eu lutava com todas as forças para manter as lágrimas nos olhos, estava muito difícil de fazer isso graças a essa música infernal que está tocando.


(Kiss me, beneath the milky twilight. Lead me, out on the moonlit floor, lift your open hand, strike up the band and)


Estava chegando as escadarias quando pisei nos meu cadarços soltos e quase meti a cara no chão. Realmente, hoje não é o meu dia.


(Make the fireflies dance silver moon sparkling… So, kiss me… So, kiss me… So, kiss me...)


Me sentei no chão irritada e comecei a amarrar os cadarços amaldiçoando todos os idiotas que não me viam sentada no chão. Eu não devia ter saído da cama hoje. Aliás, é pra lá que vou voltar agora, não tem condições de ficar mais nem um minutinho sequer aqui.


(So, kiss me!)


Eu já estava quase saindo quando ouvi aquele toque tão familiar. Olhei para o palco e vi minha banda favorita começando o show. Mas eu já não tinha ânimo para nada e tudo por culpa do infeliz do Black que ainda devia estar se agarrando com a Baker.


Espera aí! Eu não acredito que pensei isso. Eu não vou deixar aqueles dois estragarem minha noite, não mesmo! Eles que se explodam pra lá, eu não quero saber. Não estou nem aí pra eles dois, que namorem, se casem, tenham filhos e sejam felizes pro resto da vida, eu vou apenas curtir o meu show.


- The world would be a lonely place without the one that puts a smile on your face - comecei a cantar junto com a banda e indo reencontrar o pessoal.


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(N/A: Narração de Lily)


Depois do que pareceu muito tempo nos soltamos, eu sorria timidamente pra James. Ele também tinha um grande sorriso no rosto, mas não era aquele sorriso galante que faziam as pernas das garotas de Hogwarts tremerem, era um sorriso doce, muito melhor do que aqueles “eu tenho trinta e dois dentes” que ele costuma dar para conquistar as pessoas, eu só o vi usando esse sorriso uma vez antes: há quatros anos atrás quando ele me convidou pra sair pela primeira vez e eu aceitei.


- Então... Isso foi um “sim”? – perguntou ainda sorrindo daquele jeito. O meu sorriso.


- Quem disse? – perguntei com voz irritada – Você achou mesmo que ia ser fácil assim Potter?


- Não Lily! Mas é que você... – ele procurava as palavras confuso, a expressão no rosto dele estava realmente hilária, era um misto de confusão, desespero e cachorrinho carente. Não consegui mais segurar.


- Ahahahahahahaha... – eu comecei a rir abertamente da cara de bobo dele. O que o fez ficar ainda mais confuso.


- Você ta rindo do quê? – perguntou olhando em volta com a mesma expressão confusa.


- Ahahahahahaha... De você James hahahaha. – não conseguia parar de rir. Ele me olhou mais confuso do que nada e começou a se olhar a procura de algo errado. Coisa que me provocou um novo ataque de riso – Ahahahahaha...


- O que é que foi heim? – perguntou já perdendo a paciência. Eu não me agüentei mais em pé e me sentei na escada segurando a barriga.


- Hahaha... Eu tava... hahaha... b -brincado com... v-você James... Ahahahahahaha – falei com dificuldade porque não conseguia parar de rir.


- Não teve graça! – falou fazendo cara de indignado. Eu apenas continuei rindo.


E quanto mais eu ria, mais emburrado ele ficava. Mas o pior, é que quanto mais emburrado ele ficava, mais eu ria. Então você já deve imaginar quanto tempo nós ficamos nessa bobagem, até que ele ficou sério e depois sorriu pra si mesmo.


- Então aquilo foi realmente um sim? – perguntou outra vez se sentando ao meu lado.


- O que é que você acha seu bobo? – perguntei enxugando as lágrimas. Pois é, eu chorei de rir.


- Não sei... Você é estranha... – comentou olhando para o outro lado.


- James! – repreendi dando-lhe um tapa no ombro. Ele se virou sorrindo.


- Que foi? Vai dizer que é mentira? – perguntou divertido.


- Não. – respondi e comecei a rir novamente, mas desta vez ele riu junto comigo.


Quando finalmente paramos de rir, encostei minha cabeça no ombro de James ainda com um sorriso nos lábios e ele me abraçou pelos ombros. Lílian Evans e James Potter namorados... Quem diria?


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(N/A: Narração de Liz)


- So hold me ‘til the sun burns out I won’t be lonely when I’m down… – seguia cantando, essa é minha música preferida - ‘Cause I’ve got you to make me feel stronger when the days are rough and an hour feels much longer…


Eu queria curtir o meu show sem pensar mais no que acabou de acontecer. A parte ruim, é que isso não parecia possível. A parte boa, é que eu só precisava de um pouco de glicose no sangue (N/A: eu e minha mania de biologia...) para me dar um pouquinho de ânimo. A outra parte ruim, é que aqui não tem sorvete, nem chocolate... Acho que vou ter que me virar com refrigerante.


Chego ao bar, consigo minha linda latinha de refrigerante, me viro para ir encontrar o pessoal e... Alguém esbarra em mim e derrama todo o conteúdo grande copo que estava segurando em cima de mim (N/A: Acreditem, isso é realmente insuportável e por incrível que pareça, acontece comigo todas as vezes que vou a um show, então, já que a Liz é um pedacinho de mim, tinha que acontecer com ela também). Agora me digam: Eu devia ter saído da cama? Não né? Também acho. Mas vamos lá, eu não vou deixar que NADA me derrube hoje, tirando os meus cadarços que já conseguiram essa façanha...


Fechei os olhos quando senti o líquido frio escorrer para dentro da minha blusa, eu realmente devo ter pisado em rastro de corno hoje. Atirei pedra na cruz? Coloquei tachinhas na cadeira de alguém? Ou isso foi porque eu grudei chiclete no cabelo da Élida na terceira série? Qual foi Merlin? Tirou o dia pra me sacanear?


- Nossa, me desculpa, eu não te vi aí. – ouvi a voz de um garoto próxima de mim – Desculpa mesmo, eu estava desatento... – abri os olhos e vi um garoto de cabelos curtos e da mesma cor do meu e olhos daquela cor meio castanha meio verde.


- Desatento? Você derramou um copo inteiro de Martine – reconheci pela cor – em mim! – ok, eu sei que o pobrezinho não tinha culpa (ela é toda do Merlin), mas eu estava louca pra brigar com alguém – Acha que essa mancha vai sair da minha blusa? NÃO, NÃO VAI SAIR! – comecei a gritar com o cara. Bom, aquilo foi a gota d água e eu precisava descontar em alguém.


- Olha, eu já pedi desculpas! Se o problema é a sua blusa, pode me procurar depois. – falava tentando me acalmar – Eu sou Leonard Freitag... (N/A: Kauã, me empresta seu sobrenome?)


- EU NÃO ESTOU INTERESSADA NO SEU NOME! – gritei mais estressada do que antes – VOCÊ ESTRAGOU UMA DAS MINHAS BLUSAS PREFERIDAS E ISSO NÃO TEM CONSERTO! – continuava gritando.


- É, já estraguei e não adianta você ficar gritando comigo! – respondeu irritado, mas não muito alto.


- QUER DIZER QUE VOCÊ ESTRAGA MINHA ROUPA E EU NEM POSSO GRITAR COM VOCÊ? – perguntei indignada, sujeitinho impertinente! – PRA MIM CHEGA! EU NÃO AGÜENTO MAIS! SERÁ QUE ALGUÉM PODE ME EXPLICAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – gritei olhando para cima como se perguntasse a Merlin.


- Você é louca ou o quê? – perguntou o garoto me olhando assustado.


- EU NÃO SOU LOUCA! – gritei olhando para ele, mas percebi que estava mesmo dando uma de louca e comecei a me envergonhar – EU VOU EMBORA! – mas é claro que eu não ia deixar ele perceber – Adeus Sr. Fre-sei-lá-das-quantas. – falei irritada e virei as costas.


Com todos que estavam vendo a cena me olhando, abri caminho entre as pessoas e saí correndo, digo, tentando correr porque o número de pessoas não me deixava cometer tal ato realmente. Cheguei onde estavam Alice, Frank, Alex e Remo.


- Oi gente! – falei sorrindo.


- Finalmente vocês... Hey! Onde estão Lily, James e Sirius? – perguntou Alice. Ela tinha que me lembrar do infeliz...


- Não sei, encontramos eles e depois nos desencontramos de novo... – falei dando de ombros – Vamos apenas curtir o show ok? Eles sabem se virar. – falei.


- Tá legal. – concordou.


Bom, o resto do show foi maravilhoso, não aconteceu mais nada comigo, exceto que fiquei segurando vela o resto da noite e que algumas músicas não estavam me ajudando na missão de não pensar no dito cujo... Mas isso não teve muita importância.


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(N/A: Narração de Lily)


- Quer voltar pra junto do pessoal? – perguntou James passados uns cinco minutos que estávamos sentados na escada apenas abraçados.


- Precisamos? – perguntei.


- Não se você não quiser. – respondeu.


- Então vamos aproveitar nosso show sozinhos. – falei beijando-lhe a bochecha. Ele sorriu e apertou o abraço.


Claro que não ficamos na escada a noite toda, afinal, eu amo dançar. Nos divertimos muito, eu estava mais feliz do que jamais estive antes. Eu parecia estar sonhando, mas agradeço por não estar, porque se assim fosse, eu não iria querer acordar jamais.


Bem, procuramos o pessoal quando o show acabou, tava todo mundo tão cansado que ninguém reparou que estávamos abraçados, mas queria o quê? Já estava amanhecendo, estávamos todos dormindo em pé. Mas ainda assim não deixei de reparar em duas coisas: uma, Liz ainda estava lá muito animada e dizendo que o show foi ótimo, e duas, Sirius não apareceu.


Não sei por que, mas isso me deixou em alerta. É impressão minha ou vem confusão por aí?


Nossa volta foi normal, eu vim dormindo no ombro de James e ele acariciava meus cabelos. Achei incrível como depois de todo aquele alvoroço e dançar a noite toda ele ainda cheirava extremamente bem. Acho que vou roubar uma camisa dele e colocar meu travesseiro dentro dela, seria perfeito.


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(N/A: Narração de Alice)


Bem, o que eu poderia dizer sobre este show? Foi estranho, cheio de encontros e desencontros, legal, tivemos várias surpresas...


Mas estou com uma pulga atrás da orelha, a “explicação”, se é que podemos chamar aquilo de explicação, da Liz de que encontraram James e Sirius e depois simplesmente se perderam não me convenceu nem um pouquinho. Embora eu tenha preferido deixar pra me informar depois por que em algumas partes do show (leia-se: músicas mais lentas e românticas) ela ficava um pouco cabisbaixa. Aí tem coisa e eu vou descobrir o que é. Bem mais tarde quando eu estive devidamente descansada, é claro.


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(N/A: Narração de Liz)


Cheguei em casa e resisti a tentação de cair direto na cama pra ir tomar banho, ninguém merece né? Mas eu não podia simplesmente me jogar na cama por culpa daquele tal Fre-sei-lá-o -quê resolveu derramar a maldita cachaça dele em cima de mim. Homens... Só não digo que deviam ser todos fuzilados porque teríamos que virar lésbicas e isso não seria legal...


Tomei meu banho, caí na cama e apaguei na hora. Quer saber? Eu gostaria de dormir por toda a eternidade, só assim não teria que encarar aqueles malditos olhos azuis nunca mais.


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(N/A: Narração de James)


Maravilhosa, fantástica, espetacular, ótima, excelente, extraordinária, prodigiosa, incrível e todos os outros adjetivos que eu puder adicionar. É a descrição que eu daria para essa noite.


Eu mal posso acreditar que finalmente consegui. Ela aceitou. Sorri pra mim mesmo. Eu sabia! Sabia que ficaríamos juntos.


Meus devaneios foram interrompidos por um cambaleante Sirius Black que entrou em meu quarto.


- Bom dia Pontas. – falou rindo debilmente.


- Vai dormir Sirius. – falei um pouco irritado.


- Por quê? O dia está começando agora e você quer dormir? – perguntou ainda rindo – Deixa eu te contar a noite maravilhosa que eu tive, aliás, porque você sumiu?


- Sirius, por favor, vai dormir. – pedi outra vez.


- Cara, você não sabe quem eu peguei nesse show. – falou sorrindo – A Lucy Baker, ela me deu o maior mole! Você nem vai acreditar se eu te contar...


- Cala a boca Sirius, eu já vi o suficiente ontem a noite. – falei de costas para ele – E digo mais, você devia ter pensado na Liz, eu te disse que não ia te ajudar e estava falando sério! – me calei esperando uma resposta, mas ele permaneceu calado – Sirius? – chamei e me verei para olhar.


Era o que eu estava imaginando, ele caiu no sono em cima da MINHA cama, mas tudo bem, eu durmo no quarto dele. O problema vai ser mais tarde, quando ele acordar e se tocar do que fez. Ninguém merece, o Almofadinhas não tem concerto mesmo.


Fui dormir pensando na minha doce Lily e por volta das duas da tarde, minha mãe me acordou para dizer que ia sair. Não voltei a dormir depois disso, fui tomar um banho e comer.


Duas horas depois Sirius chega na cozinha.


- Oi Pontas. – falou em meio a um bocejo.


- Oi Almofadas. Já ta sóbrio? – perguntei.


- Uhum. – respondeu – Pontas... Pode ser ilusão minha... O que aconteceu ontem?


- Até onde eu vi, você ficou trêbado e depois e ficou se agarrando com a Baker.


- Eu peguei mesmo a Lucy? – perguntou sorrindo debilmente pela enésima vez hoje.


- É, pegou. – respondi começando a me irritar com ele outra vez – Mas eu não ficaria tão feliz se fosse você.


- Por quê? Você é louco? – perguntou me olhando estranho.


- Não. Porque caso não se lembre, existe uma garota chamada Liz do outro lado da rua com quem você estava ficando e por quem temos muita consideração.


- ! A Liz! – falou fazendo cara de preocupado – Mas... Bom, ela não foi ao show, então ela não vai saber se você não contar... Você não vai contar não é Pontas?


- Eu lamento estragar a sua festa Almofadinhas, mas...


- Qual é Pontas! Eu tava bêbado! Não tava raciocinando direito, você tem que me ajudar cara, por favor! – pediu se ajoelhando e juntando as mãos.


- Posso terminar?


- Pode.


- Mas a Liz chegou lá pouco antes da McFly começar a tocar e te pegou no flagra.


- O quê? – perguntou desesperado.


- Se eu fosse você não chegaria perto dela pelas próximas quarenta e oito horas, você sabe como ela fica quando está irritada...


- !


- Hey! Olha o vocabulário, têm pessoas inocentes aqui sabia? – falou Remo entrando na cozinha.


- Ela vai me odiar pelo resto da vida.


- Quem? – perguntou Remo.


- A Liz. – respondi.


- Você tem que me ajudar Pontas!


- Nem vem, eu disse que não ia te ajudar.


- O que aconteceu?


- Mas eu tava bêbado!


- Que não bebesse.


- O que aconteceu?


- Por favor!


- Não.


- Pontas!


- Não.


- Será que alguém pode me dizer o que aconteceu? – falou Remo estressado. Ele odeia estar por fora do assunto.


- O pulguento aqui ficou com a vizinha da Lily ontem e a Liz o pegou no flagra.


- Se deu mal Almofadas. – falou Remo fazendo uma careta.


- Não se o Pontas me ajudar. – falou me olhando esperançoso.


- Eu já disse que não.


- Que tipo de amigo é você?


- O tipo de amigo que por ser amigo dos dois prefere ficar de fora. – respondi prontamente. Eu já sei todos os argumentos que ele usa.


Ele me encarou emburrado e se calou.


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(N/A: Narração de Liz)


- Eu não to disfarçando Lily, estou triste sim, só que a minha raiva daquele imbecil se sobrepõe a tristeza! – expliquei.


- Liz, dá um desconto, ele tava bêbado... – falou Alex.


- E daí que ele estava bêbado? – perguntei – Isso não é motivo pra ele sair por aí beijando terceiras!


- Eu concordo com a Liz. – falou Alice – E se ele não se controla bêbado, que não bebesse.


- Exatamente Alice. – reafirmei – Quem ele pensa que é? Maldito Black, eu sabia! Sabia que não devia me envolver com aquele cafajeste, mas não! Eu tenho que ser teimosa e dar uma chance pra todos, ai que raiva, como eu sou burra! – desabafei e enfiei a cara no travesseiro.


- Calma Liz, daqui a pouco ele ta aí pra te pedir desculpas... – falou Alex.


- E quem disse que eu vou desculpar o idiota? – reclamei.


- Ninguém, eu só...


- Só pensou que eu estando apaixonada por ele ia me derreter com um lindo pedido de desculpas? – perguntei sarcástica.


- Hey! Você não nos contou que estava gostando dele! – reclamou Alice.


- Detalhes a parte. – respondi.


Logo depois de acordarem, as garotas vieram a minha casa porque a Lily contou a elas o que aconteceu e imediatamente eu tive meu quarto invadido pelas três querendo saber como eu estava, eu preferia dormir... Mas tudo bem.


- E desde quando você nos esconde este “detalhe”? – perguntou Lily.


- Sei lá. – respondi sinceramente.


- Tem uma carta pra você. – falou Alice apontando para a janela.


Havia uma coruja no parapeito da janela fechada, uma coruja que reconheci ser de Remo. Será que ele sabia que a Alex estaria aqui?


Abri a janela e me surpreendi ao ver meu nome na carta, mas logo minha surpresa virou irritação quando reconheci a letra de Black.


- Liz. - comecei a ler em voz alta – Acabo de ser informado do que aconteceu ontem a noite, peço que, por favor, me desculpe, eu não tinha consciência do que estava fazendo... Blábláblá... – falei redobrando a carta.


- Não vai ler até o final? – perguntou Alex.


- Não é necessário. – respondi e me sentei na cama – Por que está defendendo o Black? – perguntei de repente.


- Nada. – respondeu.


- Liz? – chamou meu pai do outro lado da porta.


- Sim papi.


- Eu estou esperando uma ligação mas vou ter que dar uma saída, você pode ficar em casa enquanto não chego?


- Tuuuuuuudo certo. – respondi.


- Ok, tchau então meninas.


- Tchau Sr. Costa/papi. – respondemos juntas.


- Enfim, o que ele pretende me mandando uma carta de desculpas? – perguntei. Minha irritação voltando a crescer – Que tipo de pessoa faz uma merda e não tem a coragem de encarar os outros de frente? Idiota, - falei rasgando a carta em duas – idiota, – rasguei em quatro – idiotas – rasguei em oito - e idiota! – joguei os pedaços para cima – É isso que ele é.


Alguém bateu na porta do quarto.


- Liz? – a voz de Black soou do outro lado da porta.


- O que ele está fazendo aqui? – perguntei para as meninas. Elas deram de ombros.


- Vim falar com você. – respondeu Black.


- Eu não perguntei a você Black. – falei áspera.


- Olha, não precisa ser tão grossa.


- Pois eu acho que preciso.


- Pára com isso! Eu vim aqui pra te pedir desculpas!


- Ótimo, eu não aceito, já pode ir embora! – falei quase gritando.


- Não vou até você abrir essa porta! – falou aumento o tom da voz.


- Então vai ficar aí pra sempre!


- Abre logo essa porta!


- Não abro!


- ABRE!


- SIRIUS BLACK, NÃO OUSE LEVANTAR A VOZ PRA MIM!


- Será que dá pra entender que eu quero conversar direito com você? – falou um pouco mais baixo, porém em tom muito irritado.


- Não! E eu não quero conversar com você Black, vai embora! – falei me aproximando da porta.


- Já disse que não saio daqui enquanto você não abrir essa porta e falar comigo.


- E eu já disse que se assim for ficaremos aqui eternamente.


- Cabeça dura!


- Idiota!


- Chata!


- Canalha!


- Louca!


- O QUÊ? – gritei indignada. Eu NÃO SOU LOUCA!


- Isso mesmo, você é LOUCA!


Bem, ele queria que eu abrisse a porta, eu vou abrir a porta.


- Eu te odeio Black! – falei e abri a porta com força. Ele me olhou vitorioso e...


SLAPT!!!!!!!!!


Dei-lhe um tapa com tanta força que minha mão ficou doendo também.


- Saia da minha casa AGORA! – falei e bati a porta na cara dele.


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(N/A: Narração de James)


Bem, depois do Sirius muito insistir, nós concordamos em ir com ele até a casa da Liz só pra assistir. Encontramos o pai dela saindo de casa, o que o Sirius achou genial porque adiou o seu encontro com a ferinha que devia estar no andar de cima.


Tá certo que ele avisou a ela que iria até lá na carta, mas conhecendo a Liz como eu conheço, ela não deve ter lido.


Chegamos lá e os dois começaram a discutir feito dois pirralhos, sabem que eles me lembraram as brigas que eu tinha com Lily? Elas eram bem infantis mesmo, mas algumas vezes eram muito sérias.


E enquanto eu viajava nos meus pensamentos os dois discutiam, pensei que por algum milagre ele tinha conseguido quando Liz abriu a porta. Mas...


SLAPT!!!!!!!!!


- Saia da minha casa AGORA! – falou e bateu a porta na cara dele.


Foi um tapa tão bem dado que, acho que ela não chegou a ver, Sirius rodou e caiu no chão.


E como somos amigos exemplares, o que fizemos?


- AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! – começamos a rir escandalosamente da cara vermelha e marcada dele.


- Parem de rir! – falou irritado e passando a mão onde Liz bateu.


- HAHAHAHAHAHAHAHA!!! – continuávamos rindo.


- Tá legal, já chega por hoje, vamos embora. – falou mais irritado do que antes.


Aos poucos conseguimos parar de rir e voltamos para casa ainda com lágrimas nos olhos e Sirius quase fazendo buracos no chão de tão forte que pisava.


- Dá pra parar? – perguntou totalmente estressado com nossos acessos de riso quando chegamos à sala da minha casa.


- Ok, a gente tenta. – falou Remo.


- O que você vai fazer agora? – perguntei.


- Eu não sei, mas não quero que as coisas fiquem assim. – respondeu ainda massageando o local do tapa. Deve ter doído muito.


- Sirius... O que você realmente quer com a Liz? – perguntei de repente. Ele me olhou pensativo.


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N/A: Demorou, mas está aqui. E aí, gostaram? Eu adorei escrever esse capítulo, principalmente o tapão que a Liz deu no Sirius. Kkkkkkkkkkkk, adorei mesmo.

Vou ver se funciona usar isso aqui:


Império! Mandem reviews e façam uma autora feliz!!


Spoiler!!


- Voltaram atrás? – perguntei sem entender.


- Os duelos são uma das partes mais divertidas do festival de magia de Wizville, mas foram cancelados há alguns anos atrás porque alguém da arquibancada usou magia negra contra um dos competidores. – explicou Sirius.


- Dizem que o cara que foi atingido está no Saint Mungos até hoje tendo alucinações. – falou Remo.


- Nunca descobriram quem lançou o feitiço. – finalizou James.


Fui!! Até o próximo capítulo e não esqueçam de comentar!

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