O pior dia de nossas vidas



Gina ficou sentada ali, estupefacta. Harry não se mexera.
Dumbledore olhou para ela, que sentiu as lágrimas começarem a escorrer pelo seu rosto enquanto o júri era dispensado e deixava a sala. Harry agora tinha se sentado, e ela se dirigiu para ele, que linha os olhos inexpressivos, quando Gina olhou para o seu rosto. Não pode pensar em nada para dizer-lhe, e viu duas lágrimas solitárias escorrendo pelo seu rosto em direção ao queixo.

- Não fiz aquilo, Gi. Não ligo para o resto, mas você tem que sabor. Não a estuprei.

- Eu sei.


Era pouco mais de um sussurro, e ela se agarrou à mão dele enquanto a promotora-assistente pedia vivamente que o réu fique sob custódia, até ser dada a sentença.
Tudo acabou em cinco minutos. Eles o levaram embora e Gina ficou sozinha no tribunal, agarrada a Dumbledore. Se sentia sozinha no mundo, agarrada a um homem que mal conhecia. Harry se fora. Ela se fora. Tudo se fora. Era como se alguém tivesse pegado um tijolo e estilhaçado a vida dela. E ela não sabia dizer o que era espelho e o que era vidro, e o que era Harry e o que era Gina.
Não podia se mexer, não podia falar, mal podia respirar, Dumbledore a levou lenta e cuidadosamente para fora do tribunal. Essa mulher moça, de ar sadio, tinha se transformado subitamente num zumbi. Era como se Gina não tivesse mais entranha e como se todo o seu ser estivesse se esvaziando. Mantinha os olhos grudados na porta pela qual tinham levado Harry, como se, se a fitasse com força suficiente, pudesse fazer com que ele voltasse aquela porta. Dumbledore não tinha idéia de como lidar com ela. Jamais ficara sozinho com uma cliente em tal estado. Ficou pensando devia chamar a sua secretária, ou a sua mulher. O tribunal a estava deserto, exceto pelo meirinho, que estava esperando trancar as portas. O juiz olhara pesaroso para ela ao se retirar, mas Gina nem notara. Nem mesmo tinha visto Umbridge sair, após o Harry. Ainda bem. E tudo o que ouvia era o eco da palavra que ficava se repetindo na sua cabeça vezes sem conta. Culpado.. culpado... culpado...

- Gina, eu a levo para casa.

Conduziu-a suavemente pelo braço e ficou grato porque ela seguia. Não tinha certeza completa de que ela sabia quem era ou para onde estavam indo, mas ficou feliz por ver que não lutava contra ele. E então ela parou e olhou para ele com ar vago.

- Não, eu... vou esperar aqui pelo Harry. Eu quero... preciso do Harry. - Ficou parada ao lado do advogado e chorou feito criança, o rosto enterrado nas mãos, os ombros se sacudindo. Alvo Dumbledore fez com que sentasse em um banco no corredor, entregou-lhe um lenço e deu-lhe palmadinhas no ombro. Ela segurava a carteira, o relógio e as chaves do carro na mão como tesouros que lhe tivessem legado. Harry tinha partido de bolsos vazios e olhos secos. Algemado.

- O que... vão fazer... com ele agora? - Ela gaguejava por entre as lágrimas. - Ele... ele... pode vir para casa?

Dumbledore sabia que Gina estava prestes a ficar histérica, e não podia nem de longe saber a verdade. Simplesmente deu-lhe nova palmadinha no ombro e ajudou-a a se pôr de pé.

- Deixe-me levá-la para casa primeiro. E depois eu vou ver o Harry.

Pensou que aquilo a confortaria, mas apenas a deixou mais excitada de novo.

- Eu também. Também quero ver o Harry.

- Hoje, não, Gina. Vamos para casa.

Era o tom de voz certo para usar. Ela se levantou, tomou o braço dele e acompanhou-o para fora do prédio. Caminhar com ela era como caminhar com uma boneca do pano mecânica.

- Dumbledore?

- Sim?

Estavam agora ao ar livre, e ela inspirou fundo enquanto ele para ela.

- Podemos ape-apelar?

Ela agora estava mais calma. Parecia estar flutuando para dentro e para fora da racionalidade, mas sabia o que estava acontecendo.

- Falaremos sobre isso.

- Agora. Quero falar sobre isso agora.

Parada nos degraus da Prefeitura, desesperada e histérica, às seis da tarde. Era difícil acreditar que esta mulher destroçada fosse a confiante e sofisticada Gina Potter.

- Não, Gina, agora não. Quero falar com Harry primeiro. E quero levá-la para casa. Harry vai ficar muito chateado se eu não a levar para casa.

Ah, Deus. E ela ia tornar cada centímetro do caminho uma dificuldade. O simples ato de levá-la até o carro estava demorando uma eternidade.

- Quero ver o Harry. - Ficou parada no topo da escada como uma criança birrenta, irracional de novo. - Eu... preciso do Harry...

E as lágrimas começaram a escorrer do novo. Aquilo tornou mais fácil fazê-la entrar no cano. Até que ela se lembrou de que tinha que levar o carro para casa. Era do Harry.

- Mandarei que o levem para você amanhã, Gina. Basta me dar o papelucho da garagem. - Ela entregou e ele ligou motor do novo Mercedes cor de chocolate. Observava-a atentamente enquanto guiava o carro até a casa dela. Parecia assustadoramente vaga e descomposta, e Dumbledore ficou pensando se deveria chamar o médico para ela quando chegassem ao seu destino. Falou-lhe sobre isso, e ela objetou com veemência. - E quanto a uma amiga? Há alguém que queira que eu chame? - Detestava a idéia de deixá-la sozinha, mas ela apenas balançou a cabeça, calada, caiu uma expressão estranha nos olhos. Estava pensando no júri... em Margaret ....... no Inspector Vacchi... queria matá-los a todos.... tinham roubado o Harry... - Gina? Gina?
Virou-se para olhar para ele, vagamente. Estavam diante de casa.
-
Ah. - Balançou de novo a cabeça e abriu a porta com cuidado do seu lado. - Eu... vai ver o Harry agora?

- Vou. Há alguma coisa que queira que eu lhe diga?

Ela balançou a cabeça rapidamente o tentou falar normalmente.

- Só que... que...

Mas não conseguia falar por causa das lágrimas.

- Direi que o ama. - Ela concordou, agradecida, e olhou olhos dele com um ar de quem estava quase voltando, aquela confusão histérica parecia estar sumindo. O que ele agora era choque, o dor. - Gina, eu... lamento muitíssimo.

- Eu sei.

Então ela se virou, fechou a porta e caminhou devagar para sua casa. Movia-se como uma mulher muito velha, e o Mercedes comprido e marrom se afastou devagar. Parecia errado observá-la. Era mais generoso deixá-la sofrer em particular, mas seu irmão estaria em casa para poder confortá-la. Mas ele jamais esqueceria do jeito dela, caminhando devagar pela estradinha de tijolos, a cabeça baixa, os cabelos desfeito, com as coisas do nas mãos. Era uma visão insuportável.
Ela ouviu o carro se afastar e olhou vagamente para os canteiros de flores enquanto se acercava da casa. Era esta a casa viera almoçar com Harry pela manhã? Era essa a casa onde mora olhou para ela como se jamais a tivesse visto antes e parou se não pudesse mais andar. Ergueu um pé devagarinho e subiu degrau baixo. Mas o outro pé era pesado demais para erguer. podia fazê-lo. Não queria fazê-lo. Não podia entrar naquela Não sem o Harry. Não sozinha... ..... desse jeito...

- Ah, Deus, não!

Caiu de joelhos no primeiro degrau e soluçou do cabeça baixa mãos cheias do que tinha estado nos bolsos de Harry. Uma voz chamou o seu nome e ela não se virou. Não era o Harry. Para que se dar ao trabalho de responder... não era Harry... ele agora se foi. Todos se foram. Sentia como se ele tivesse morrido no tribunal... ou talvez ela tivesse. Não tinha muita certeza. A voz chamou o meu nome de novo, e ela sentiu como se estivesse afundando pelo tijolo. O conteúdo da sua bolsa jazia espalhado no degrau, a malha da sua saia tinha enganchado no tijolo, e o seu cabelo cobria o rosto como um véu de viúva, rubro.

- Gin? Gina? - Ouviu os passos rápidos às suas costas, mas não conseguiu se virar. Não tinha forças. Estava tudo acabado. - ..Gin... querida, o que foi? - Era Hermione e seu irmão que a olhavam com um ar de extrema preocupação. Gina se virou para olhar em seus rostos, e as lágrimas continuaram a escorrer. - O que aconteceu? Me conte! Tudo vai dar certo. Fique calma. - Alisou o cabelo de Gina como se ela fosse uma criança, e enxugou as lágrimas do rosto, que teimavam em continuar vindo. - É o Harry Diga-me, querida, é o Harry?

Gina balançou a cabeça afirmativamente com uma expressão á dor e perturbação no rosto e Hermione sentiu o coração parar, Rony perdeu toda a cor que havia em seu rosto... ah, não, não o Harry... não como o meu marido. Não!

- Gi me diga que ele está no advogado da vocês? Perguntou Rony assim que encontrou as palavras.

- Foi condenado por estupro. - As palavras saíram como se fosse da boca de outra pessoa, e Hermione parecia ter sido esbofeteada, seu irmão caiu de joelhos ao seu lado.

- Ele está na cadeia.

- Santo Deus, Gin, não!

Mas era verdade. Soube disso enquanto Gina balançava a cabeça e deixava que a amiga a conduzisse meigamente para dentro e a pusesse na cama. As pílulas que Hermione lhe deu fizeram com apagasse quase instantaneamente. Hermione ainda as trazia com algo... desde a morte de seu marido.





Eram três e meia da madrugada quando Gina acordou. A casa estava quieta. Podia ouvir o tique-taque do relógio. Estava escuro quarto, mas havia luzes na sala. Tentou escutar os ruídos de Harry... algum barulho que pudesse vir do computador, a cadeira rangendo no chão do escritório. Sentou-se na cama, sem ouvir nada, e a sua cabeça rodou. Então lembrou-se das pílulas. E de Hermione e de seu irmão. E de como tudo começara, sentou-se na cama e estendeu a mão trémula para a jarra com água. Ainda usando a sua suéter e meias e combinação. A jaqueta e a saia dobradinhas sobre uma cadeira. Não se lembrava de ter ido para a cama. Só o que se lembrava era do som da voz de Hermione, arrulhando meigamente, dizendo coisas que ela não entendia enquanto pegava no sono. Mas tinha havido alguém ali... agora não havia ninguém. Estava sozinha.
Ficou ali na escuridão do quarto, de olhos secos, levemente nauseada e ainda entorpecida com as pílulas, e subitamente estendeu a mão para o telefone. Conseguiu o número com a telefonista de informações, e telefonou.

- Prisão Municipal. Fala Langdorf.

- Gostada de falar com Harry Potter, por favor.

- Ele trabalha aqui?

O sargento da recepção parecia surpreso.

- Não. Foi preso ontem. Depois de um julgamento.

Ela não disse qual a natureza da condenação. E ficou surpresa com a firmeza da própria voz. Não se sentia firme, mas sabia que, se pudesse se forçar a parecer calma, eles poderiam dar-lhe o que desejava. Só o que tinha a fazer era parecer terrivelmente calma e colocar um pouco de autoridade na voz e...

- Ele deve estar na cadeia municipal, dona, não aqui. E não pode falar com ele, de qualquer maneira.

- Entendo. Tem o número de lá?

Pensou em dizer-lhes que era uma emergência, mas melhor não fazê-lo. Tinha medo de mentir para eles. O sargento da recepção do presídio deu-lhe o número da cadeia municipal do Palácio da Justiça e ela discou rapidamente. Mas não deu certo. Disseram-lhe que podia visitar o marido dali a dois dias, e que não lhe era permitido atender telefonemas. A seguir, desligaram na cara dela.
Ela deu de ombros, e acendeu uma lâmpada. Estava frio o quarto vestiu um robe de banho por cima da suéter e combinação e foi até a sala, apenas de meias. Ficou parada no da sala e olhou ao seu redor. A sala estava ligeiramente desarrumada, mas não demais, apenas o bastante para fazê-la lembrar-se de impressões na maciez do sofá, uma marca onde as costas da cabeça dele tinham apertado uma almofada, o livro que estivera lendo último fim de semana... os mocassins sob a cadeira... as... sentiu um soluço subir à garganta e ficar entalado ali, enquanto se virava e ia até a cozinha para tomar alguma coisa... chá... café... uma Coca... alguma coisa... a sua boca estava seca. Encontrou os pratos do a dentro da pia, e o jornal sobre o mármore onde ela o jogara, o artigo sobre o estupro em destaque. Era como se ele acabasse estar no aposento, como se tivesse ido dar uma volta no quarteirão, como se... sentou-se à mesa da cozinha, baixou a cabeça e chorou.
O escritório era igualmente ruim. Pior. Escuro e vazio e parecia esperar a presença dele, mas ter levado um “bolo”. Precisava dele para ter vida. Harry era a alma viva do aposento. E dela. A alma de Gina. Precisava mais dele do que seu escritório. Surpreendeu-se passando de um pé para o outro, como uma criança perturbada parada nos vãos de entrada, alisando os livros dele, ou as suas camisas, segurando ao peito de seus mocassins, e dando um salto quando via uma sombra estranha. Estava sozinha. Na casa, na noite, no mundo. Sem ninguém para ajudá-la, ou cuidar dela, ou ligar coisa nenhuma para ela, ou... abriu a boca para gritar, mas não saiu nenhum som, não queria ir encomodar seu irmão, provavelmente este estaria dormindo no quarto de hospedes que foi preparado assim que ele chegou para ficar ao seu lado, mas não era o Rony que queria e sim Harry. Simplesmente desabou devagarinho até o chão, com os mocassins nos braços, e esperou. Mas ninguém veio. Estava sozinha.






Eram nove o meia da manhã e ela estava sentada na tentando lutar contra uma onda de histeria quando a campainha porta tocou. Estava tudo bem. Tudo bem. Tudo ia ficar bem. ali no banho por mais algum tempo e depois tomaria uma de chá, comeria alguma coisa, se vestiria e iria para a boutique. quem sabe, passaria o dia na cama. Ou... mas estava tudo bem. Primeiro o banho quente, e depois... mas não podia ligar para Harry. Não podia falar com ele. E precisava falar com ele. Inspirou fundo de novo e depois prestou atenção. Parecia a campainha porta, ou quem sabe era apenas a água corrente enganando os. ouvido.. Mas não era. A campainha continuava tocando. Mas não precisava atender. Só o que tinha a fazer era continuar tendo calma, o deixar a água quente relaxá-la. Harry lhe ensinara a se manter calma daquele jeito e não ficar histérica quando... quando a mãe.... e sua família.... mas a campainha. Subitamente deu um salto e saiu da banheira, agarrou uma toalha e correu a porta. E se fosse o Harry? Ela estava com as chaves dele. E se... correu para a porta da frente, pingando água pelo caminho, meio sorriso na boca, os olhos subitamente grandes e brilhantes, a toalha cobrindo inadequadamente o seu tórax. Escancarou a sem se lembrar de perguntar quem estava lá, e depois deu um para trás, espantada. Surpresa demais para fechar a porta simplesmente ficou parada ali, o coração batendo forte de medo.

- Bom dia. Se fosse a senhora, não me habituaria abrir a porta desse jeito.

Ela baixou rapidamente os olhos e apertou a toalha contra o corpo. O visitante era o Inspector Vacchi.

- Eu... como vai. O que deseja?

Esticou-se até o máximo da sua altura o ficou parada regiamente no vão da porta, a despeito da toalha.

- Nada. Simplesmente quis ver como estava passando.

Tinha nos olhos uma expressão de vitória ironica, a expressão que ela não vira na véspera. Deu-lhe vontade de arrancar fora os olhos dele.

- Estou bem. - Seu filho da mãe nojento. - Alguma coisa

- Tem café feito, Sra. Potter?

Vindas da parte dele as formalidades eram quase abusivas.

- Não, Inspector Vacchi, não tenho. E tenho que ir trabalhar daqui a pouco. Se tiver algum assunto a discutir comigo, sugiro que vá comprar uma xícara de café em um lanchonete e depois me procure no meu escritório, daqui a uma hora.

- Nervosinha, hein? Mas deve ter tido um choque bem feio, ontem.

Ela fechou os olhos, lutando contra a onda de náusea que subiu à sua garganta. O homem era um sádico. Mas ela não podia desmaiar agora. Não podia. Escutou a voz de Harry dizendo “Tudo bem?” com aquele seu jeitinho especial, e balançou a cabeça imperceptivelmente o pensou “Tudo bem”.

- É foi um choque. O senhor curte isso, Inspector? Quero dizer ver outras pessoas infelizes.

- Não vejo a coisa desse modo.

Pegou um maço de cigarros e ofereceu-lhe um. Ela sacudiu a cabeça. Ele estava curtindo a coisa, sem dúvida.

- Suponho que não. A Srta. Sophie deve ter ficado satisfeita.

- Muito.

Sorriu para ela em meio à fumaça do cigarro e ela teve de lutar contra si mesma para não esbofeteá-lo ou agredi-lo. Foi preciso mais controle para isso do que para não vomitar.

- E o que acontece à senhora, agora?

Então era disso que se tratava.

- Como assim?

- Algum plano?

- Sim, trabalhar. E ver o meu marido amanhã. E ir jantar com amigos na semana que vem, e...

Ele sorriu de novo, mas não parecia divertido.

- Se ele for para a prisão, isso poderá destroçar o seu casamento, Sra. Potter.

A voz dele era quase meiga.

- Possivelmente. Quase tudo pode destroçar um casamento, se a gente permitir. Depende do quanto o seu casamento é bom, e do quanto você está disposta a lutar para conservá-lo assim.

- E o seu casamento é bom?

- Excelente. E do fundo do coração, Inspector Vacchi, eu lhe agradeço pela sua preocupação. Sem dúvida que a mencionarei tanto ao meu marido quanto ao nosso advogado. Sei que o Sr. Potter ficará profundamente emocionado. Sabe, Inspector, o senhor é um homem verdadeiramente sensível... ou será que tem uma queda para conselheiro matrimonial? - O olhar dele deitou chamas, mas era tarde demais. Tinha metido os pés pelas mãos. Tinha vindo à casa dela, tocado a campainha o cometido os seus próprios erros naquela manhã. - Sabe, por falar nisso, sou até capaz de ligar para o seu superior para lhe contar que homem maravilhosamente gentil o senhor é. Imagino, preocupar-se com o estado do meu casamento.

Ele enfiou o maço de cigarros de volta no bolso, e o seu sorriso já tinha sumido há muito.

- Está certo, já entendi.

- Já? Puxa, mas como o senhor é vivo, Inspector.

- Puta - resmungou, por entre os dentes cerrados.

- Como disse?

- Disse “puta”, o pode dizer isso também ao meu superior. Mas se fosse você, boneca, não me daria ao trabalho de ligar. Já tem problemas de sobra, ou não vai ver o seu velho por aqui durante muito tempo. É melhor ir me acostumando, irmã. Você e aquele seu vagabundozinho metido a empresário estão acabados.. Portanto, quando se cansar de ficar sentada aqui no escuro, sozinha, trate de começar a procurar. Tem gente melhor por aí do que aquele seu cara.

- É, não diga? E suponho que o senhor seja um bom exemplo?

Agora tremia do fúria, o a sua voz estava se levantando se igualar à dele.

- Escolha quem quiser, mas vai sair por ai procurando. Não lhe dou dois meses para estar procurnado outro para te suprir.

- Saia daqui, Inspector. E se puser o pé perto desta casa novo, com ou sem mandado do busca, ligarei para o juiz, o prefeito, e o corpo do bombeiros. Ou talvez não ligue para ninguém. Talvez apenas atire no senhor da minha janela.

- Tem uma arma, é?

Ergueu uma sobrancelha, Interessado.

- Ainda não, mas vou ter. Aparentemente, estou precisando de uma.

Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, o ela deu um passo atrás, graciosamente, e bateu-lhe com a porta na cara. Taticamente, foi uma má jogada, mas fez com que se sentisse melhor. Por momento. Quando voltou para dentro do casa, vomitou na cozinha Levou duas horas para parar de tremor.
Estava sozinha seu irmão provavelmente estaria na sua boutique cuidando das coisas para ela, pois esse também foi um dos motivos que chamará o irmão aqui.

Hermione chegou às 11. Trazia flores e uma galinha assada para Gina beliscar, e uma sacola cheia de frutas. E um pequeno frasco de pílulas amarelas. Mas depois de 20 minutos tocando mais insistentemente a campainha, ainda não havia resposta. Hermione sabia que Gina estava em casa porque tinha ligado para a boutique para certificar. Finalmente, começou a ficar seriamente preocupada e bateu nas janelas da cozinha com os anéis. Gina espiou cuidadosamente por entre as cortinas e depois deu um salto de 15 centímetros quando viu Hermione. Estava pensando que era o Vacchi de novo.

- Santo Deus, menina, pensei que tinha acontecido alguma coisa. Por que não atendeu à porta? Está preocupada com a imprensa?

- Não, não há problema quanto a isso. É que... oh... não sei.. - E então ficou com os olhos cheios de lágrimas de novo e estava parada ali parecendo uma criança grande demais e contando a Hermione sobre a visita do Inspetor. - Não dá para aguentar. Ele ...... tão malvado, e está tão feliz com o que aconteceu. E falou que o nosso... nosso casamento.

Chorava demais para poder continuar, e Hermione fez com que se sentasse.

- Por que não vem ficar comigo por algum tempo, Gina? Podia ficar com o quarto de hóspedes e se afastar daqui por alguns dias.

- Não! - Gina se pós de pé num salto o começou a andar um lado para o outro da sala, tocando as cadeiras por onde passava, pegando um obecto e depois o largando do novo. Era uma série de estranhos gestos sobressaltados, mas Mione os reconhecia. Reagira do mesmo jeito quando perdera seu marido. - Não. Obrigada, Mione, mas quero ficar aqui. Com... com...

Hesitou, sem saber direito o que queria dizer.

- Com as coisas do Harry. Eu sei. Mas talvez não seja uma idéia tão boa. E vale o preço de ser atormentada por gente como aquele policial? E se aparecerem outros procedendo da mesma forma? Quer ter que enfrentar isso?

- Não abro a porta.

- Não pode viver desse jeito, Gina. Harry não vai querer isso.

- Vai, sim. Juro. Verdade.... eu... ó, Deus, estou maluca, não posso... não sei o que fazer sem o Harry.

- Mas você não está sem o Harry. Você o verá. Ainda não sei o que aconteceu, mas quem sabe vocês podem dar um jeito. Ele não está morto, pelo amor de Deus. Pare de agir como se estivesse.

- Mas ele não está aqui. - A voz dela era lamente-se. – Preciso dele aqui. Vou ficar maluca sem ele, vou... vou,..

- Não, não vai. A não ser que queira ficar maluca, ou se ficar. Controle-se, e sente-se. Agora. Vamos, sente-se. – A ruiva tinha estado sentando e levantando das cadeiras como caixa de surpresas nos últimos cinco minutos. A sua voz estava uma tonalidade alta e desesperada. - Já tomou café? - Gina sacudiu a cabeça e começou a dizer que não queria nada, mas levantou e sumiu dentro da cozinha. Apareceu cinco minutos mais tarde, com torrada, geléia, as frutas frescas que tinha trazido e uma xícara do chá fumegante. - Será que prefere mesmo o café?

Gina sacudiu a cabeça e fechou os olhos momentaneamente.

- Simplesmente não consigo acreditar que isso está acontecendo, Mione.

- Não pensei no assunto ainda. Não consigo ver sentido em nada e sei que você também, portanto não tente. Quando vai poder ver o Harry?

Os olhos da ruiva se abriram e ela soltou um suspiro, ante pergunta.

- Amanhã.

- Está bem. Então só o que tem a fazer é tentar ficar calma até amanhã, pode fazer isso, não pode?

Gina fez que sim com a cabeça, mas não tinha muita certeza. Aquilo significava um dia, e uma noite, e uma manhã. E a noite seria o pior. Cheia do fantasmas e vozes e ecos e terrores. Tinha 24 horas para sobreviver até ver o Harry.
Mas havia uma coisa que ela queria fazer. Agora. Antes do Harry. Era falar com Dumbledore sobre um recurso. Ele estava no seu escritório quando ela ligou, o parecia muito brando.

- Você está bem, Gina?

- Tudo bem. Como vai o Harry?

A voz dela fraquejou nas palavras, e na outra extremidade Dumbledore franziu a testa. Estava se lembrando de como ela estava na véspera, quando a deixara em casa.

- Está se aguentando. Mas ficou tremendamente chocado.

- Posso imaginar. - Disse-o suavemente, com um sorriso absorto. Chocado. Ambos estavam. - Dumbledore, liguei porque quero lhe perguntar uma coisa agora, imediatamente, antes de ver o Harry amanhã.

- O quê?

- Quero saber o que se pode fazer quanto a um recurso, como faremos, se você o pede, tudo isso.

- Bem, podemos falar sobre isso depois de darem a sentença. Se ele obtiver sursis, não há necessidade de pedir recurso, exceto para limpar a ficha do Harry do delito. Ele pode querer isso. Mas acho que devem esperar até ser dada a sentença para tomar uma decisão. Há um tempo limitado para se entrar com um recurso, mas ainda terão tempo de sobra depois da sentença.

- Quando vai ser dada a sentença?

- De amanhã a quatro semanas.
- Mas por que esperar até depois dela?

- Porque, vocês não sabem o que vai acontecer. Se eles o mandarem para casa sob sursis, Harry pode não ter vontade de gastar um tostão dele, ou o seu, num recurso. Não é como se ele estivesse numa posição delicada, profissonalmente, em que o prejudicária ter uma coisa dessas na sua ficha. Está certo, pode prejudicá-lo - reconsiderou - mas não demais, sendo um dos sócios, creio que não o afetaria tanto na profissão dele. E se ele estiver livre, o que lhe importa?

- Como assim, se ele estiver livre?

Estava se sentindo confusa de novo.

- Pois bem, a alternativa é que, se não lhe derem sursis, o mandarão para a prisão. Nesse caso, então é melhor entrar com um recurso. Mas só o que o recurso vai conseguir para vocês, é um novo julgamento. Terão que passar por toda essa provação denovo. Não há uma migalha de prova que não tenhamos apresentado, até encontramos algo ou alguma testemunha que queria nos ajudar, nada mudaria. Portanto, vocês teriam que passar por tudo de novo, talvez sem proveito algum. Acho que, no momento, o que temos que fazer é pressionar para o sursis. E podemos pensar num recurso depois de vermos o que acontece ao ser dada a sentença. Está certo?

Gina concordou, relutante, e desligou. O que ele queria dizer com “se” libertassem o Harry? O que era o “se”?







- Tudo bem?

- Tudo bem. - Ela sorriu e instintivamente levou a mão ao cordão de ouro na garganta que havia ganhado de Harry em seu ultimo aniversário, e brincou com ele por um momento enquanto olhava para seu marido. Sobrevivera às 24 horas, e Vacchi não tinha voltado. - Eu o amo, Harry.

- Querida, eu a amo também. Você está mesmo bem?

Parecia tão preocupado com ela.

- Estou bem. E você?

Os olhos dele contavam a sua história. Desta feita estava na cadeia municipal, usando o macacão nojento que lhe tinham dado. Tinham enfiado as roupas dele numa sacola de compras e devolvido-as para Dumbledore. Ele as mandara para Gina na noite anterior, juntamente com o carro. Depois disso, ela tomara as duas pílulas que Hermione tinha deixado com ela.

- Dumbledore falou que podem conceder-lhe sursis.

Mas ambos se lembravam do artigo que tinham lido no dia do julgamento. Era favorável à abolição do sursis nos casos de estupro. O público não estava com disposição indulgente, no momento.

- Vamos ver, Gin, mas não conte com isso. Vamos tentar. - Ele sorriu e Gina lutou contra as lágrimas. O que aconteceria se ele não conseguisse o sursis? Ainda nem começara a enfrentar isso. Mais tarde. Outro “mais tarde” como o julgamento, e o veredito. - Tem se comportado bem? Nada de pânico, nada de chiliques?

Ele a conhecia bem demais.

- Tenho estado ótima. E Hermione está tomando conta de mim como de uma criança, Rony teve que voltar as pressas para Paris houve algum problema com os negócios, mas disse que v0lta em breve.

Não lhe contou sobre o Vacchi. Ou sobre a noite de semi-loucura que tivera que preencher com pílulas só para sobreviver. Tinha se arrastado por aquela noite como se fosse um campo minado.

- Ela está aqui com você? Olhou ao redor, mas não a viu.

- Está, mas esperou lá embaixo. Estava com medo que você fosse se sentir constrangido. E imaginou que iríamos querer conversar.

- Diga-lhe que a amo. E estou feliz por você não estar aqui sozinha. Gin, tenho estado doente de preocupação por sua causa. Prometa-me que não vai fazer nenhuma loucura. Por favor. Prometa.

Seus olhos suplicavam.

- Prometo. Juro, querido, estou bem.

Mas não estava com cara de quem estava bem. Ambos estavam com uma cara péssima. Devastados, chocados, exaustos, e no caso do Harry uma barba de dois dias não ajudava em nada.
Durante meia hora trocaram as banalidades sem nexo de pessoas ainda em estado de choque. Gina se manteve ocupada tentando não chorar, e conseguiu não fazê-lo até se reunir a Hermione lá embaixo. Eram lágrimas de raiva e dor.







Aceito comentários e votos




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N/A: Bom pessoal eis o quinto capitulo, também não está betado, como comentei no capitulo anterior minha beta está na correria e ainda não me devolveu os capítulos que enviei. Por favor, não me matem sei que está tudo muito triste que Umbridge é uma vaca, o Sophie é uma vag... e o Vacchi é f @#$$%, mas muita coisa ainda vai acontecer, prometo que vou tirar o Harry dessa, mas ainda irá demorar uma pouco.

Ana Conte Infelizmente o trabalho da Umbridge foi realmente bom ela conseguiu fazer o Harry para o júri ser um monstro e a Gina a coitada da esposa traída, no próximo capitulo você saberá se ele será condenado ou não. Bjos e obrigada por comentar continue comentando.

Rosi Potter Afff como você é exagerada rsrs, calma as coisas aos poucos irão se encaixando a Gina ainda viverá grandes emoções rsrs. Bom sobre o Rony eu só o coloquei na trama para dar um par a Mione já que a coitada está viúva, então ele não irá aparecer muito. Bjos e obrigada por comentar continue comentando.

Yumi Morticia voldemort Infelizmente a Gina está sofrendo muito e ainda irá sofrer, principalmente com a prisão do Harry, mas isso a fará se tornar uma mulher mais forte, você gostará do resultado de todo o sofrimento. Bjos e obrigada por comentar continue comentando.

Prika Potter Infelizmente o Harry foi considerado culpado, o Moody vai demorar um pouco mais ele trará coisa melhor que provas e isso mudará tudo no futuro. Bjos e obrigada por comentar continue comentando.
Aline Cresswel A situação não está nada fácil para eles e por um bom tempo não será, infelizmente não posso prometer nada sobre a Gina conhecer outra pessoa, talvez essa pessoa possa ajudar a melhor o casamento dele no futuro já que ficou extremamente frágil e desgastado com tudo isso. Bjos e obrigada por comentar, continue comentado.

Tonks Butterfly Realmente a Luxúria fez o verdadeiro luxo na capa eu sinceramente amei. Ah não sou malvada não essa era uma parte do livro que estou adaptando para a fic que eu não poderia mudar, como eu comentei a fic é adaptação de um livro, já mudei muitas coisas mas o enredo não posso mudar neh, mas aos poucos eu vou ajeitando as coisas, não sei como será os próximos capítulos mas já tenho final pronto e está bem legal então muita calma nessa hora rsrs. Realmente o Harry foi cachorro, safado e sem vergonha, mas acho que ele já aprendeu a lição neh rsrs. Ah você também é ótima rsrs não precisa ficar confusa com os seus ótimas como eu sou um gênio kkk. Bjos obrigada por comentar, continue comentando.




Beijos a todos e aceito cometários e votos assim conseguirei escrecer o 6º capítulo mas rápido rsrs

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