O baile



{R.O. começando a aparecer, que alegria *-*}

Draco estava estático. “Estou no quarto errado...”. Definitivamente, aquela não era di-lua Lovegood. Não podia ser! A garota a sua frente usava um vestido frente única vermelho que contrastava extremamente bem com sua pele. O corpo do vestido era justíssimo, com um decote profundo que insinuava que a garota possuía muito mais do que Draco jamais imaginara (e ele estava imaginando muito nesse momento). Seguia-se uma cintura fina, com a saia se soltando a partir dos quadris em camadas. Seu cabelo, antes despenteado, fora preso num elegante semi-coque no topo da cabeça, de onde a parte de baixo se desprendia em cachos loiros que caíam pelos ombros. Era uma visão estupenda, e Draco não conseguia despregar os olhos dela.
- Eu... você está...
- Atrasada – emendou Luna – Ande, se apresse.
- Eu... claro.
Se Draco estivesse prestando atenção, veria que Hermione trazia um olhar carregado de suspeita. “Humpf, melhor eu me apressar” pensou a garota. ”Espero mesmo que Rony tenha comprado um traje novo esse ano...”.

O salão estava lindo naquela noite. O céu estava ainda mais estrelado, e bolhas luminosas flutuavam por todo o local. De perto, porém, dava para notar que se tratavam de pequenas esferas de gelo iluminadas. Além disso, fadas cintilantes voavam pelo lugar, parecendo aglomerados de purpurina saltitantes. Mesas de 4 lugares estavam dispostas pelo salão, em volta de um enorme espaço vazio que serviria como pista de dança. Draco e Luna entraram de braços dados, e ele esperou pelo momento que tanto temera ao longo da semana. Quando estavam na metade do salão, Draco pode sentir os primeiros olhares, e depois um cochicho que se espalhou por todo o local. “Era de se imaginar” suspirou, mas não se sentia tão mal como esperava. Luna quis se sentar em uma mesa no meio, mas Draco sugeriu uma mais afastada. Eles se sentaram e Draco pode ouvir duas garotas na mesa atrás.
- Quem é a garota com o Malfoy?
- É a Lovegood.
- O que?? Você tem certeza?
- Absoluta, ela era da minha casa...
- Mas... ela está linda!
- Pois é!
Draco sorriu consigo mesmo. Pensou em como Pansy e Layla iriam reagir ao vê-lo. ”Acho que esse baile vai ser melhor do que o esperado”.
Sentindo-se mais animado, ele tentou conversar com Luna.
- Hum, o salão está mais bonito do que no ano passado.
- Eu não vim ao baile no ano passado.
- Por que não?
- Ninguém me chamou – disse Luna, dando de ombros. Ela não parecia se importar nem um pouco com isso. - Mas parece que vi algumas fadas aqui hoje...
- E tem mesmo. São engraçadas, não acha?
Luna olhou assombrada para ele.
- Como pode achar engraçado?
- Por que não acharia?
- Ora – Luna levantou as sobrancelhas, aparentemente espantada que ele não soubesse – elas são conspiradoras, todo mundo sabe...
- Conspiradoras?
- Claro, meu pai publicou um artigo sobre isso no mês passado, você não leu? Elas formam um tipo de mini-seita, que pretende dominar o mundo bruxo...
- E como elas fariam isso?
- Mordendo nossa orelha e sugando nosso cérebro, é claro – disse Luna com um olhar etéreo que a fez parecer ainda mais maluca. Draco sentiu o encantamento pela garota diminuir um pouco. Por um momento, ele se esqueceu que Luna continuava sendo a maluca de sempre. Correndo os olhos pelo salão, enquanto Luna falava, Draco viu Layla olhando para ele. Rapidamente, se apressou em rir, parecendo se divertir imensamente. Viu, pelo canto do olho, que Layla amarrara a cara. Ficou satisfeito, e Luna mais ainda, discorrendo sobre uma infinidade de outras conspirações, assunto no qual parecia ser uma autoridade.
Depois do que pareceram a Draco horas, um grupo subiu ao palco e começou a tocar uma música dançante muito boa.
- Quer dançar? – perguntou Draco.
- Ãnh... não, obrigada – disse ela, e Draco sorriu. Ele imaginava mesmo que ela não soubesse dançar.
- Vamos – ele pegou-a pela mão, mas ela se manteve firme na cadeira.
- Não, há fadas demais lá...
Draco alargou o sorriso e olhou-a bem nos olhos.
- Não se preocupe. Você estará comigo.
Ele sentiu, com satisfação, que a mão da garota estremeceu levemente sob a sua. “Eu sou bom nisso”. Ele puxou-a mais firmemente, e desta vez ela não ofereceu resistência. Os dois se encaminharam para o meio da pista, onde já havia um certo número de pessoas. Draco percebeu novamente os olhares curiosos, e sabia que estavam impressionados. Empertigou-se e puxou Luna, que ele carregava pela mão, para mais perto de si. Era bom que admirassem a linda garota que ele, Draco Malfoy, havia trazido ao baile. Colocou-se no meio da pista, e olhou para Luna. Ela olhava com certo pavor para cima e por sobre os ombros.
- Sabe dançar?
- Eu... sim, claro - Draco estreitou os olhos. Ela estava tentando impressioná-lo.
- Ok. Me mostre então.
Ela olhou para ele desconfiada.
- E se uma delas me atacar?
Draco não pôde deixar de rir.
- Eu protejo você – disse ele, e Luna corou um pouco.
- Se elas morderem minha orelha...
- Ninguém vai morder sua orelha – disse apressadamente. “Ou pelo menos, ainda não”. Draco se assustou com o próprio pensamento.
– Anda, quero ver – disse, tentando distrair a si mesmo.
Luna deu uma última olhada para cima e começou a dançar. Ela fechou os olhos, e parecia fazer parte da música. Draco ergueu as sobrancelhas. Parecia ter realmente se enganado. “Ela mexe bem”. Ele olhou para os pés dela, que se moviam com desenvoltura, e em seguida foi subindo o olhar. Observou as pernas, meio ocultas sob o vestido, o quadril que balançava febrilmente sob o som da música, a cintura, o decote... nesse momento sentiu uma pontada conhecida no baixo ventre e desviou rapidamente o olhar. Viu então que várias pessoas haviam parado de dançar para olhar Luna. Observou especialmente um garoto do sexto ano que olhava Luna com um olhar que transbordava segundas intenções, e que Draco conhecia muito bem. Era o modo como ele costumava olhar para a maioria das garotas. Sentiu uma raiva crescente ao perceber que sabia exatamente que tipo de imagens estava se passando na cabeça do garoto naquele momento. Sem pensar, pegou o braço de Luna e a arrastou para fora da pista com certa violência.
- Aaaaiii, o que foi?
- É que... tinha uma fada... é, uma fada sobrevoando você.
Luna arregalou os olhos.
- Sério? Puxa, eu sabia que elas eram perigosas.
E, como aquela explicação mixuruca pareceu contentá-la, eles voltaram a se sentar. Novamente observando o movimento, ele viu Layla dançando com um garoto de cabelos loiros, e logo em seguida eles se beijaram. Draco sentiu as faces queimando e tentou desviar o olhar, mas não pôde. Eles se separaram rapidamente, e surgiu outro. Dançaram por um tempo, e se beijaram também. A respiração de Draco se acelerou e um impulso quase o fez se levantar, mas então ele percebeu os olhos de Luna cravados nele.
- Você ia atrás dela?
- Não, claro que não. – disse Draco de ajeitando na cadeira. – Para falar a verdade, nem vi que ela estava ali...
- Então como sabe a quem me refiro?
- Eu... – Draco fechou a cara. “Que garota impertinente”. Uma música lenta começou a tocar, e os olhos de Draco automaticamente procuraram Layla. Ali estava. Teria sorte se um sopro de ar conseguisse passar entre ela e o novo par. Sentiu-se subitamente enraivecido. Pegou a mão de Luna e lavou-a para a pista novamente.
- Ei, e as fadas?
- Esqueça as malditas fadas! Já disse que você está comigo!
Ele se colocou perto do casal e puxou Luna para bem junto de si. “Vou mostrar a ela!”. Colado em Luna, ele começou a guiá-la.
- Você não está apertando dem...
- Shhhhh!
As mãos do acompanhante de Layla estavam percorrendo caminhos muito conhecidos por Draco. Ele se sentia prestes a avançar no cara. Quanto mais seus impulsos violentos o dominavam, mais ele apertava a coitada da Luna. Era um milagre ela ainda respirar. Mas, de repente, um perfume suave invadiu sua mente. Era um cheiro floral, que lhe lembrava os campos de tulipa da Holanda, o lugar mais belo que ele já visitara. De súbito, seus pensamentos se apagaram. Ele não via Layla nem mais ninguém a sua volta. Só o que sentia era aquele perfume penetrando suas narinas e envolvendo-o. Não demorou a perceber que quem exalava o doce cheiro era Luna. Nunca tinha reparado porque nunca estivera assim tão perto dela. Depois de alguns segundos de torpor inebriante, ele olhou-a impressionado. Que espécie de encanto era aquele? Quase como um reflexo, seus olhos pararam no decote dela. “Pare com isso Draco, pare agora”. Mas, de cima, a visão era ainda melhor. Ele começou a notar com clareza o corpo dela grudado no seu, suas mãos apertando a cintura dela, e aquele perfume encantador... Ele sentiu, um tanto desesperado, seu corpo produzir uma reação instantânea. Luna, que passara o tempo todo de olhos fechados, abriu os olhos assustada, se afastando do garoto. Ficaram alguns segundos em silêncio e ela saiu correndo. Algumas pessoas olharam, mas pareceram não perceber o motivo. “Viva as roupas pretas e as calças largas”, pensou Draco, antes de sair atrás de Luna. Porquê, porquê ele??? Nunca tinha se descontrolado assim, porque agora? Por causa de um perfume?. Enquanto procurava Luna pelos jardins, foi pensando em uma boa explicação. Subitamente, viu um tufo de cachos dourados em baixo de uma árvore afastada e foi andando até lá.

Pandora: Eu não vou desanimar não, prometo!! o/

Caroline: Muito obrigada! Tô postando, tô postando ;)

Aline: Chapô!! Hahahaha! Não desista!!

Paah: poxa, olha aqui, eu postei, viu u_u. NÃO SE VÁ!

E vc aí, leitor que não comenta. Seus dedos não cairão por dar uma comentadinha!

Bjus, amo vcs

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.