Prólogo



Prólogo

Curto-Circuito


31 de Agosto. Por que, meu Merlin, por quê? Eu quero primeiro de setembro. POR QUE O TEMPO NÃO PASSA RÁPIDO QUANDO SE PRECISA? AAAH!

Lily Evans. Ruiva, olhos verdes, cara de psico, 1,67, cinqüenta e cinco quilos, pele muito branca, pouca acne, lábios vermelhos e finos, nariz bem discreto, nenhuma orelha, nenhum senso de ridículo, pouca inteligência, sem patente. Apenas cinco dólares. Quatro e cinqüenta se quem comprar for um homem gato.

Quem quer? NINGUÉM!

Ninguém quer uma ruiva idiota que acaba de notar que já é hora do almoço e que acaba de descer as escadas feito uma demente, de três em três degraus.

Andei saltitante em direção a cozinha, afinal, é amanhã! Mas, só de lembrar que ainda vou ter um jantar e um almoço com minha querida irmã, minha alegria vai embora. COMO eu queria ter a vida perfeita!

Nossa mesa tem quatro lugares de modo que, onde quer que eu sente, estou perto de Petunia. Não é extremamente maravilhoso? Não tenho pra onde fugir, a não ser que almoce no quintal. Mas lá é muito quente e tem borboletas (eu tenho nojo de borboletas! Eca!) e eu definitivamente não gosto disso.

Petunia ou borboletas? Petunia. Só pra você ver como é difícil a minha vida.

- O que vamos almoçar hoje, mãe? – Perguntei, olhando desanimada para o resto de salada que tinha em cima da mesa. – O papai trabalha hoje, não é? – É claro, Lily anta! Hoje é sábado, dã! – HEY, onde está a salada?

- Aberrações não comem salada. – A cavala relinchou, dando um sorrisinho idiota.

- Petunia, minha querida. – Comecei, procurando uma boa ofensa. – Vaze, sua louca, eu vou pular em você, sério, CAVALA!

Eu AMO xingar este ser que infelizmente é minha irmã. Ela parece até parenta do Seboso!

Não, não, credo. Aí eu também seria. E isso é definitivamente o fim do mundo.

- Aberração! – Ok. Ela pediu.

- MÃE, ELA ME CHAMOU DE ABERRAÇÃO! – Gritei, sorrindo de um jeito superior para ela. Ela fez a maior cara de desgosto, porque sabe que a mamãe me defende por eu ser mais nova. Um a zero, Lily!

- Petunia, deixe sua irmã! – Ela respondeu, parecendo bem ocupada com o que me pareceram panquecas.

- Ouviu, cavala? – Sussurrei, rindo maldosamente.

Ela fez uma cara feia, de cavalo com dor de dente, e ficou quietinha, esperando a comida. É assim que se comporta, cavalinha. Assim mesmo.

- Panquecas, meninas! – Yeah! Mamãe depositou um prato enorme de panquecas em cima da mesa e eu peguei duas, com um pouquinho de arroz e uma boa colherada de queijo ralado. Minha comida preferida!

- Está delicioso, mãe. – Comentei, após engolir o primeiro pedaço.

- EU não gosto de panquecas! – Reclamou Petunia, de boca cheia, dando um sorrisinho idiota.

QUE NOJO!

- De cavalo irmão não se olham os dentes. Até porque eles estão cheios de comida, Pê. – Comentei, prendendo a risada.

Eu notei que eu sei falar algumas coisas engraçadas. E vocês?

- Lily! – Alertou minha mãe, fazendo um sinal negativo com a cabeça.

Então eu comecei a rir escandalosamente, de olhos fechados, pra mentalizar um cavalo com a cabeça de Petunia. A combinação perfeita. HAHAHA.

Abri meus olhos, e... Onde foram parar minhas panquecas?

- PEEETUNIAAAA! – Berrei, vendo o sorriso maldoso na cara dela.

- O que, Li?

O quê? Vou te mostrar, Petunia.

- Cavala! – Peguei o copo de refrigerante e joguei todo o conteúdo na cara dela, com um sorriso maquiavélico no rosto.

Dois a zero, Lily.

- Meninas, parem! – Não, mamãe, eu NÃO vou parar.

Quando Petunia ia jogar o refrigerante em mim, eu coloquei a mão no bolso para tirar minha varinha (Eu amo ser maior de idade!) e enfeitiçá-la, só que tive que abaixar para não ser molhada porque a minha varinha não estava no bolso!

- Mãe, ONDE ESTÁ MINHA VARINHA? – Gritei, visivelmente desesperada.

- Ou vocês almoçam direito ou nenhuma sai com os amigos hoje! – Mamãe botou ordem no lugar, e eu e Petunia nos sentamos, com caras emburradas.

Ah, é! Hoje vou sair com Alice, Katheryn, Diana, James, Sirius, Remus e Peter! Meus melhores amigos para sempre.

Vamos passear por Londres, sem magia. Não vai ser a melhor coisa do mundo?

- Ela que implica, mamãe. – Coloquei mais uma panqueca no prato e voltei a comer, ignorando a infeliz existência de Petunia, a Cavala.

Tudo bem que devia ser égua, porque cavala não existe, mas é um insulto ao pobre animal. Além do mais, cavala ofende para caramba, o que é um dos principais objetivos que eu tenho no verão: descontar toda a minha raiva nela.

[...]


Por Merlin, QUE ROUPA USAR?

Minhas amigas são lindas e eu sou uma baranga, não fico bonita de jeito nenhum. Que droga! Acho que vou com uma blusa branca, meu short preto e um tênis preto, coisa bem simples. Não é uma boa idéia?

Fui tomar banho, como sempre faço antes de sair e pelo menos duas vezes por dia (Esse verão está insuportável, então eu morro de calor e PRECISO tomar banho). Vesti minha roupinha, passei um perfume, arrumei meu cabelo, que graças a Merlin é a única coisa que não me dá trabalho (Ele é liso, curtinho e ruivo. Precisa mais?) e eu não preciso me preocupar muito.

Desci as escadas, feliz da vida, e liguei para Diana (Ela tem telefone, mesmo sendo puro-sangue! Por isso que eu amo minhas amigas), para perguntar se ela já estava pronta.

- Alô? Di, está pronta? – Perguntei, já na sala de estar de minha confortável casa.

- Aham. Vamos todos nos encontrar no parque, não é? – Indagou ela, parecendo estranhamente risonha.

Nota mental: perguntar a ela a razão da voz risonha.

- Isso mesmo. Então, até lá, Diana! – E desliguei, empolgada.

Bom, como vou andando (O parque é a quatro quadras daqui) e o caminho até o parque é extremamente fresco, vou agorinha, até porque preciso andar um pouco. Minha vida está ficando monótona aqui em casa.

Saí de casa. Agora estou andando para o Green Park, que é um tipo de zoológico, só que os animais ficam meio soltos. Vai ser TÃO bom passar a tarde toda com meus amigos! Combinamos o seguinte: primeiro o parque, depois uma boa sorveteria, depois vamos à piscina de minha casa, porque é super legal entrar a noite, então vamos dormir e amanhã estaremos a caminho de nosso sétimo ano!

São duas horas da tarde, e o sol está rachando minha cabeça. Calma, Lily, só faltam três quadras.

Duas.

Uma.

Cheguei!

Entrei pelo arco do início do parque e parei em frente a fonte, que era nosso ponto de encontro. Sempre foi! Comecei a olhar para as caras alheias, procurando alguém conhecido, mas não achei ninguém. Bah.

Sabe o que eu estou pensando, sentada no murinho da fonte? Que eu penso muita besteira, mas não falo nada. Fico me reprimindo. Será que isso faz mal?

Definitivamente. Então, a partir de agora, NÃO SOU MAIS UMA LOUCA REPRIMIDA! YEY!

- Lily. – Alguém chegou!

Remus Lupin sentou-se ao meu lado, dando um sorrisinho meigo e um beijinho em minha bochecha. Ele é tão fofo! Remus é meu amigo desde o segundo ano, e sempre convivemos bem. Ele é um amor de pessoa! Mas é só amigo, porque a Katheryn pode me matar se pensar que tem algo a mais. Hahaha.

Pausa para descrição: olhos e cabelos castanho-claros, puxados para o dourado, e um sorrisinho bonito. Um de meus melhores amigos!

- E aí, Remus? – Perguntei, bocejando. – Viu mais alguém vindo?

- Eu vi Sirius e James de relance, mas não tenho certeza. Peter deve estar vindo. Frank não vem, ele me disse hoje de manhã. – Ele respondeu, parecendo levemente interessado nas pessoas que passavam.

- Preparado para amanhã?

- Mais que nunca. E você, monitora-chefe?

Não lembre isso, Remus. Meu choque ainda não passou. Ainda mais por meu companheiro de monitoria ser ninguém menos que J a m e s Potter. É.

- Mais ou menos. E James, como está? – Eu preciso parar de perguntar dele. Virou um tipo de mania.

Não que signifique algo mais. Claro.

- Ah, ficou possesso por uns três dias, mas acho que acabou se acostumando. – Ele abaixou o tom de voz, como se ele estivesse perto. – Tomara que isso faça efeito nele, porque foram cento e nove detenções só no sexto ano. Uma lástima.

- Cento e nove? Eu peguei umas dez, doze. E você?

- Oitenta e duas. – Respondeu Remus, com o sorrisinho maroto típico dos marotos.

Quem são os marotos? James Potter, Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew. OS caras de Hogwarts. Inteligentes, populares e bonitos. Quer mais? James tem cabelo preto que nem carvão, olhos castanho-acinzentados maravilhosos e incomuns, um sorriso de arrasar e é sarado. Sirius tem cabelo negro também, repicado na altura dos olhos, sarado e tem uns olhos azuis que pelamordeDeus! Remus eu já descrevi, e Peter é o menos bonito deles, embora não seja feio: olhos negros e cabelo loiro escuro. É um feio arrumado meio bonitinho, digamos assim.

- Ah, então o santo Lupin não é tão santo assim! – Exclamei, quando três pessoas chegaram e sentaram-se ao meu lado. – James, Sirius, Peter! – Exclamei novamente, cumprimentando os três.

- Hey, Lils. – James disse, sorrindo.

- Lily! – Exclamou Sirius, fazendo uma reverência cômica.

Eu amo os marotos! Sério.

- Olá, Lily. – Peter disse, por último, parecendo animado.

- Chegamos! – Gritou Katheryn, correndo em nossa direção e puxando Diana pela manga. – Oi Lily, Remus, Peter, Sirius, James.

- Oi todo mundo! – Diana resumiu, dando uma piscadela e sentando ao lado de Sirius, que estava ao lado de Peter, que estava ao lado de James, que estava ao meu lado, que estava ao lado de Remus, onde Katheryn se sentou.

Somos uma confusão, e isso foi provado cientificamente.

Foi?

- Cadê a Alice? – Perguntei, notando que tudo estava calmo demais para Alice estar lá.

- CHEGUEI! – Berrou alguém extremamente pateta e retardado, que atende pelo nome de Alice, parando totalmente desequilibrada e caindo em cima de...

Mim.

A próxima coisa que eu senti foi água, MUITA água. Alice me jogou para a fonte e ficou em cima de mim! E eu estou sufocando, não consigo mais respirar, já engoli um bocado de água... Ah, eu vou morrer! Sério! PRECISO DE AR!

- Lice, a Lily! – Gritou um menino, puxando Alice para cima e depois me pegando no colo.

Eu comecei a tossir, cuspindo água, sentindo que meu corpo estava meio fraco. É, trinta segundos engolindo água... Eu preciso matar Alice!

- Cof cof. – Exclamei, tossindo e cuspindo água para o chão que nem uma retardada.

Então me virei para ver o salvador. James.

- AH! – Gritei, pulando do colo dele e ficando em pé, não sei como. – Valeu, James! Eu quase morri afogada!

Olhei para minhas roupas. Estavam totalmente molhadas! (Sério? AHHAHAHA genial!) E estava transparente, afinal era uma blusa BRANCA. Sorte que eu estava com um sutiã preto e grosso.

- Eu quero trocar de roupa! – Exclamei, choramingando e passando a mão por meus cabelos arruinados pela queda na fonte do parque.

- Hum, Lily... – James começou, olhando gentilmente para mim. – Magia.

O que, magia? Prazer, Lily Evans.

AAH, A MAGIA!

- É! – Bati a mão na testa, amaldiçoando minha idéia de sair sem varinha. – Valeu, James, eu não sei o que seria de minha vida sem você!

- Não foi nada, minha cara. – Ele deu uma piscadela e secou minhas roupas com um aceno de varinha.

Primeira coisa legal do dia!

- Então, vamos andar pelo parque? Já são duas e meia! – Exclamei, dando pulinhos frenéticos no mesmo lugar.

- Você é a Lily? – Peter questionou, olhando-me como se eu fosse louca. – Você não era assim no sexto ano.

- Cansei de me reprimir! – Respondi, enquanto caminhávamos pelo parque.

Eu que o diga. Hahaha.

[...]


Vamos agora para a parte da sorveteria.

Eu amo poder controlar isso aqui!

- Chegamos! – Exclamei, quando chegamos a sorveteria, umas quatro horas.

Pegamos uma mesa para oito pessoas e nos sentamos, para ninguém pegar nossa mesa. Combinamos de irmos de dois em dois pegar os sorvetes, para não lotar. Não somos os mais inteligentes de todos?

- Eu vou primeiro! – Gritei, sendo a primeira a se levantar. – Quem vai comigo?

- Eu! – Sirius berrou em resposta, levantando.

Seguimos juntos até o lugar onde tem os potes e os vários sorvetes.

Peguei uma bola de morango, uma de chiclete de menta, uma de chocolate, três palitinhos, confetes, cobertura de caramelo e flocos de arroz. Certo, sete dólares. POR UM POTINHO DE SORVETE! Assim eu fico pobre...

Olhei para Sirius. O pote dele tinha uma bola de chocolate, uma de brigadeiro e uma de tuti fruti, com cobertura de morango. Eu me senti A baleia.

É, talvez eu seja.

- Como você não é gorda, Lily? – Sirius questionou, quando nos sentamos a mesa e James e Katheryn foram pegar seus sorvetes.

- Merlin me ama. E você, como não é desnutrido? – Ele olhou pra mim com uma cara engraçada, e eu comecei a rir, e ele começou a rir também, e ficamos os dois rindo de motivo algum.

Depois do surto risadístico, voltamos a conversar, como se nada tivesse acontecido.

- Eu não sou muito chegado a sorvete... – Comentou ele, colocando uma colherada na boca. – E... Lily, por que você está comendo de garfo?

Eu não sei, e nem tinha reparado que estava tomando sorvete com GARFO. Por isso que eu pensei que a suposta colher estava quebrada...

- Ah, vai com garfo mesmo... – Quando virei, todos já estavam com sorvete.

Esses, sem dúvida, não perdem tempo. Haha.

- Nossa... – Joguei o pote em cima da mesa, sentindo a cabeça girar com uma pontada alucinante. – Ai! Acho que o gelo foi rápido demais...

E debrucei-me em cima da mesa, metendo a cara no...

Sorvete de James.

- AAh! – Gritei, tirando a cara do sorvete. – Socorro! Sorvete em minha cara!

Mais um aceno de varinha de James e eu estava limpa, com uma tremenda cara de pânico. Uma cena extremamente ridícula e engraçada pra minha vastíssima coleção. Eu acho que eu devo ficar na história com meus micos...

- James, eu não sei o que seria de mim sem você! – Exclamei, sorrindo para ele. – Desculpe por isso. Quer meu sorvete?

- Por que não andamos e comemos sorvete? São cinco horas e estamos longe de casa. – Alice sugeriu, levantando.

Todo mundo menos eu, James e Sirius já tinham terminado o sorvete.

Eles definitivamente NÃO perdem tempo.

- Só a Lily e o Sirius estão com sorvete, mas tudo bem... – Diana respondeu.

Todos se levantaram das cadeiras. Só sobrou o pote de sorvete com a marca de minha cara... Tsc tsc.

Merlin, que sorvete o James gosta? É bom pra caramba! Pelo menos o que entrou em minha boca.

- Quer dividir o sorvete comigo? – Perguntei, enquanto andávamos lado a lado, com todo mundo na frente. – Sabe, eu não agüento mais sorvete.

- Tudo bem! – Ele sorriu e pegou uma garfada de sorvete. – Com garfo?

- Não reclame! – Exclamei, batendo de leve no ombro dele. – Valeu.

Ele fez uma expressão estranha.

- Como disse?

- Valeu. Por salvar minha vida três vezes hoje. – Eu sorri, ficando vermelhinha feito um tomate...

Tudo bem que existem tomates verdes, e eu sempre sonhei com o tomate roxo da Bélgica, mas eu fiquei bem vermelha. Da cor de nosso sangue, da cor de uma rosa vermelha, da cor de a parte de dentro de uma melancia... Ah, VERMELHO, ok?

- Você é exagerada demais... Foram apenas pequenas ajudas para a pobre Lily sem varinha. – Certo, NÃO precisa esculachar ok?

- Sim senhor! – Exclamei, jogando o sorvete no lixo mais próximo e dando uma risadinha. – Preparado para ser monitor-chefe, James?

Ele sorriu misteriosamente.

Ih...

- Eu nasci preparado para tudo, Lils. – Éééé. E eu sou o BOZO! Hahaha.

- Eu não sabia disso... – Respondi, esticando os braços.

- Brincadeira... Por exemplo, até hoje eu não sei o que é golfe.

- Não sabe? – Comecei a rir escandalosamente, imaginando James num campo de golfe.

Hilário!

- Não, e isto não é motivo para rir, ruiva. – Cortou ele, parando de rir.

- Certo, mas não se irrite... – Eu pareci o Chaves naquela hora. Sabe quando a pessoa faz cara de “ah, se você ficar bravo eu vou ficar em depressão!” e diz Certo, mas não se irrite? Exatamente isso.

E James voltou a rir, revirando os olhos.

- Merlin, não tem como ficar sério perto de você. – Ele disse, olhando de um jeito estranho para mim.

Eu me sinto estranha quando ele olha assim. Calma, Lily, ele é só um amigo...

- E você?! Merlin, eu fico com dor de barriga se passo o dia todo com você... – Respondi, vendo Remus e Sirius tentarem se matar mais na frente. – Vamos ver quem consegue ficar sem rir com as palhaçadas dos outros?

- Combinado! Você começa...

Ok... O que eu posso dizer?

Procure a sua melhor besteira, Lily... Vamos, quando você precisa falar besteira não consegue! Ruiva inútil, protótipo de ser unicelular desenvolvido de uma célula simples que há bilhões de anos ficava no mar... Vamos!

- Eu tinha amidalite. Mas meu pâncreas já está melhor, obrigada. – Ele continuou sério, mas eu caí na risada, parecendo uma retardada.

- Não foi o bastante! – Ele pareceu pensar por um momento, e disse: - Quanto mais salgado, menos doce!

HAHAHAHAHAHAHA! Olhando assim não parece engraçado, mas ele faz um sotaque tão engraçado e uma voz fofa... HAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAH! Merlin, eu preciso me controlar.

Respirei e inspirei, contraindo a boca.

- Idem! – Mais uma besteira... Go go go! – A vida é bela e você é uma cadela.

Ele prendeu a risada, que nem eu, embora ele estivesse vermelho e eu não.

- Caranguejos têm apêndice? – Indagou ele, quando eu prendi a risada com todas as minhas forças.

Meeerlin, eu quase ri. Eu já estava com a mão na barriga.

- Eu conheço um pai de santo. – Falei, segurando a risada.

Ele mostrou a língua. Eu vou rir, tenho certeza.

- Siricutico.

- HAHAHAHAHA! – Comecei a rir que nem uma retardada, não conseguindo mais reprimir a risada. Então ele começou a rir juntos, e andamos até chegar em casa assim, dois loucos lado a lado rindo do nada.

Mas o nada é BEM engraçado, se você quer saber.

- Chegamos! – Exclamei, abrindo a portinha da cerca de minha casa. – Vamos?

Eles me seguiram, e entramos na casa, risonhos. Gritei por um bom tempo, mas nem mamãe nem o pônei desnutrido estavam em casa... Irrra!

Vai ter muita, muita diversão.

[...]


Às seis da noite estávamos todos na piscina de minha casa, brincando uns com os outros como se fossemos do jardim de infância. Ah, eu amo isso! E agora estou aqui, boiando, com o ouvido cheio de água...

Leve, calma...

E levando um baita caldo na cara.

- QUEM FOI A ANTA? – Perguntei, ficando em pé na piscina (Entendeu, né?).

- Anta não! – Peter resmungou, ofendido.

Mostrei a língua e comecei a olhar em volta.

Sirius estava em pé no escorregador, na parte de cima, gritando “vou me jogar”. Diana e Remus estão brincando com a cascata, Katheryn está mergulhando, Peter idem, eu tentando boiar e James...

Onde está James?

- AAH MEU PÉ! – Gritei, sentindo uma mão puxar meu pé e lentamente ser puxada para o chão da piscina, engolindo um bocado de água.

Abri os olhos, tentando ver alguma coisa, e tudo que eu vi foi James com um sorrisinho no rosto, segurando firmemente meu pé. Coitado (do pé). Não pude evitar dar uma risadinha, mas como sou uma anta quadrada, abri a boca.

E lá eu quase me afoguei de novo, engolindo mais água ainda.

Consigo encher metade dessa piscina só com a água que engoli hoje, sério.

Então James me puxou para cima, segurando meus ombros, e eu logo roubei praticamente todo o ar da atmosfera, indo para frente e para trás, com o cabelo cobrindo todo o rosto e meus lindos olhos verdes (Que estavam vermelhos por causa do cloro da piscina).

Abri meus olhos. Agora... ESTOU PRATICAMENTE COLADA AO JAMES!

Se fosse um filme clichê, ficaríamos parados e nos aproximaríamos lentamente, como casais apaixonados. Mas como eu não tenho patente, assim que abri os olhos, dei um berro de machucar os tímpanos e abaixei a cabeça dele, como se estivesse tentando afogar o pobre salvador de minha vida.

Lindo. Muuuito lindo.

E agora estou afogando James, com ele balançando os braços freneticamente. Eu acho que ele também vai engolir água, mas eu dei DEFEITO e não tenho mais controle sobre meu bracinho assassino.

Mentira! Eu não posso matar o pobre Jamie, ele é tão legal! E o mundo está cheio de homens feios, e matar um dos bonitos seria idiotice. Viu como eu também penso coisas úteis?

(Pela primeira vez nestas férias. Hahaha).

Puxei então para cima. Ele, quero dizer. Pelos cabelos, de um jeito malvado. Tadinho.

- Ai ai ai, Lily... – Resmungou ele, cuspindo uma boa quantidade de água para fora da piscina. – Isso não tem graça...

Ele massageou a cabeça, tentando tirar a parte de cima de seu cabelo do aperto da Lily malvada. Eu apenas ri diabolicamente, apertando ainda mais. Ele fez uma careta de dor e começou a tossir, cuspindo mais água.

- Isso DÓI, pare!

Ok. Eu não consigo ser má. (Pelo menos não com o James. NÃO que signifique algo a MAIS).

- Ok, ok. – Soltei os cabelos dele, recostando-me a borda, de frente para James, que estava na mesma posição. – Notou que estamos conversando bastante esses dias?

- Prefiro muito mais esta Lily a Lily do quinto ano. – Certo, ele ainda não esqueceu as coisas que eu disse a ele no dia dos NOM’s. Que droga, eu já disse que AGORA não prefiro mais a lula gigante. – Você ainda mantém a opinião sobre a lula gigante?

Ele nunca mais pediu para sair comigo, desde o meio do sexto ano. O que eu achei meio suspeito, mas deixei para lá.

Por que ele não pede AGORA?

Quero dizer, não... NÃÃÃÃO, EU NÃO QUERO DIZER NADAAAAA!

Shush, Lily. Just shush.

A água foi pro cérebro e deu curto-circuito, só isso...

- Não, claro que não. – Respondi, revirando os olhos.

- E o que responderia se eu perguntasse agora? – Perguntou ele, arqueando a sobrancelha e dando um sorriso.

Sorriso é covardia. NÃO vale.

- Não sei. – Respondi, sendo sincera pela primeira vez naquele dia.

Mentira, foi só pra dar um toque humano de drama e... Humor... E drama...

Ah, esquece.

- Bom, quando souber me fale. – E saiu nadando, em direção a cascata.

E eu fiquei com cara de boba, pensando no que ele disse. Merda. Eu PRECISO pensar nisso URGENTE. Mentira, eu não preciso pensar. Não quero gostar de ninguém. Portanto, assunto morto!

[...]


É, eu estou embaixo da cama. Por quê? Não me pergunte, apenas tive vontade de dormir sobre o carpete de madeira de meu quarto. E embaixo da cama, que graças a Merlin está sem poeira (Judy, a empregada, AMA limpar meu quarto) e cheirosinha. Sabe, são cinco e meia da madrugada e eu não consigo dormir.

Mentira, são sete e pouco. Há há. Meu relógio está duas horas atrasado... Ele também deu defeito, sabe como é.

Se já são sete horas, eu posso levantar e começar a me arrumar para ir a HOGWARTS! Meu sétimo ano, cara! Isso é quase tão bom quanto arrancar página por página as apostilas da faculdade de Petúnia, ho ho.

Levantei, totalmente dolorida. O chão não é TÃO confortável assim como parece.

Mas quer saber? EU ESTOU ANIMADA! AAAAAAAAAAUCH!

- Dança da motinha, dança da motinha, dança da motinha, as popozuda perde a linha! – É, eu comecei a dançar essa linda música, com as mãos fechadas e indo pra cima e pra baixo, como numa moto, e pra frente e para trás. Que lindo!

A vida é bela! AWEEE!

Pena que minha voz tem o poder de estragar os tímpanos de qualquer um, porque eu canto assombrosamente mal. Yeah. O que não quer dizer que eu não cante, porque é meu passatempo favorito irritar Deus e o mundo. Há. É, tipo assim, um produto sem patente. Um produto estragado, o último da liquidação, com caixa aberta e jogado no chão.

Sem falar no curto-circuito. Uh.

E Lily tem a voz!
Cara, eu tenho minhas notas aqui *-* Ainda bem que meu cachê é mais alto do que na Oh Star. Sabe como é, a gente tem umas necessidades... Hahaha.
Esse prólogo foi... Um prólogo. Para explicar como vai ser esta fic! Mas não se acostumem com capítulos tão grandes e detalhados, porque se for um dia por capítulo, a fic daria uns 90 capítulos. E eu não agüentaria isso, eu também preciso de FÉRIAS!

[Certo, Lily, nós ENTENDEMOS!]

E Luh também tem a voz!
É, isso mesmo que a tia aí falou. Aliás, muito obrigada a todos que comentaram neste capítulo \o/ Ou melhor, no trailer, HÁ. Muito obrigada MESMO, eu nunca pensei que teria tantos comentários assim *_*
Agora, falando do prólogo, que é o que realmente interessa... Foi uma coisa lerdinha e meio sem graça, mas começo de fic quase sempre é assim... O que mais? Ah! Essa é a nova forma de N/A! Eu gostei mais, e vocês? Sabe, eu realmente não gostaria de falar depois da Lily (Vai que ela enlouquece de vez), mas se ela não tiver um espaço aqui a fic não fica completa. Há há há.
Ai, como mentir é feio.
Enfim... Até o capítulo 1! Que tem o nome de... O amor por batatas. É.
Até a próxima! Amo vocês!

Luh~

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.