Os Perpétuos



– Eu sou Destino e nós somos três dos perpétuos.

Os quatro olhavam abismados para as três figuras.

- É um prazer tê-los em minha moradia. – Falou Destino.- Harry, Allan , Edward e Ângela. – Falou olhando cada um. – Temos assuntos a tratar, sigam-me. –

Disse se encaminhando para a mesa e se sentando na cabeceira.
Todos estavam sentados em silêncio, mesmo assim aprecia que o tempo corria lentamente quase que estava parado. Ninguém se atreveu a falar por muito tempo até que Allan quebrou o silêncio.

-Quer dizer que estamos mortos? – Perguntou meio temeroso.

-Sim. – Respondeu a jovem morena. – Porém, vocês voltarão a viver assim que saírem daqui. – Acrescentou vendo o temor nos olhos dos meninos.

Isso não pareceu conforta-los, porém, para Destino, isso não fazia diferença. Logo ele olhou a todos e começou a falar com sua voz de livros velhos e sussurrante.

- Estamos em meio a uma guerra. – Falou.

- Isso já sabemos. – Retrucou Allan.

- Porquê jovens sempre são insolentes. – Falou sem se mover. – Essa guerra não deveria existir, não está em meu livro.

- Tudo o que for existir tem que aparecer escrito no livro dele, afinal ele é Destino. – Dessa vez quem interrompeu foi a Morte. – Desculpe, interromper irmão, mas eles precisavam entender sobre seu livro.

- Muito bem, como eu disse, não está em meu livro essa guerra, e isso vai contra o curso da história. Voldemort apenas segue as ordens de nossos outros três irmão Delírio, Desejo e Desespero. – Falou sussurrante. – E precisamos de vocês nessa guerra porque...

- Tiago e Sirius!! – Gritava Lilian. – Cadê nossos filhos??

- Não sabemos, isso não era para ter acontecido. – Tentava se explicar Tiago.

- É, não era. – Apoiava Sirius.

- Mas aconteceu seus loucos!!! – Lílian encurralava-os

- Acho que ela já esqueceu o Twister. – Comentou Lupin sorrindo para Fred e Jorge.

- Cadê os nossos filhos??? – Ela estava a gritar pela enésima vez já.

Foi quando um barulho surgiu do meio do mato, todos tomaram posição quando de lá saíram os quatro desaparecidos, sorrindo e acenando. Lílian agarrou Harry, Lisa agarrou Allan, Ed e Ângela tiveram mais sorte não sofreram “ataques” de seus pais que foram mais tranqüilos em abraça-los.

- Onde vocês estavam? – Perguntou Lupin olhando para eles.

- Mortos. –Respondeu Allan sorrindo. – E na moradia do Destino, mas a Morte nos trouxe de volta à vida.

Todos olhavam perplexos para Allan que sorria, cada vez mais o silêncio se tornava incomodo. Edward quebrou o silêncio, percebendo a perplexidade nos olhos dos demais, começou em tom calmo e baixo.

- Quando nós abrimos o baú, fomos pegos por uma luz azul. – Todos estavam focados em sua explicação. – Assim que acordamos, nós vimos que estávamos em um lugar com nevoa cerrada e sem saída. – Essa foi a hora que Lílian olhou feio para Tiago, que apenas encolheu os ombros. – Logo nós nos vimos presos ali, mas por alguma razão Harry soube o caminho. – Ele pausou para respirar. – Foi quando vimos uma enorme mansão e entramos, parecia deserta porém um vulto saiu das sombras e se apresentou como Destino, logo nos apresentou a outros dois seus irmão. Eles se nomeavam..

- Os Perpétuos – Falou uma voz fraca porém audível.

Todos se viraram para onde veio a voz, era o Senhor Simmons que havia interrompido, ele ficou meio assustado e pedia desculpas freneticamente.

- Papai, você conhece sobre os Perpétuos? – Perguntou Ângela curiosa.

- Sim filha, afinal sou um historiador. – Falou ainda baixo. – Os Perpétuos são seres mais antigos que os próprios Deuses, são os imortais mais poderosos, mas apesar disso eles têm idades e ordem de existência, afinal eles existem devido à necessidade humana, quando não precisar mais deles, eles morrem, ao contrario dos Deuses que se apenas se deixar de crer neles, eles morrem, os próprios Perpétuos existem até ninguém mais precisar. – Falou com tom de professor.

- Como assim? – Perguntou Lupin interessado.

- Por exemplo, o mais velho deles é o Destino, afinal todo homem necessita de um destino, quando um humano encontrou o destino final, ou seja, a morte, ela nasceu em segundo lugar, então os homens começaram a sonhar e assim nasceu o Sonho, desejavam o que sonhavam e nasceu o Desejo, e assim sucessivamente veio Desespero, Delírio e, por fim, Destruição. – Ele falava como se desse uma aula. – Afinal todos temos um destino, uma morte, sonhos, desejos, delírios, desespero e destruição.

- Nossa, isso é fantástico. – Respondeu assobiando.

- É, muito. – Concordou Sirius.

-Mas o que você dizia, meu jovem? – Perguntou Sr. Simmons a Edward.

- Então, como eu dizia. – As atenções se voltaram a ele agora. – Destino, nos alertou que a guerra que Voldemort está a praticar, vai contra tudo e não se encontra nos livros dele. – Ele respirou. – Então ele disse que devemos parar Voldemort, pelo bem do mundo, mas que ele está recebendo ajuda de três dos Perpétuos: Desespero, Delírio e Desejo.

Todos arregalaram os olhos, aquilo parecia surreal, toda história contada pelos Perpétuos, sobre Voldemort e sobre a guerra, até para magos, mas o que não queria calar naqueles olhares eram, por quê os quatro e não os adultos, que eram mais bem preparados, mas ninguém se sequer cogitou perguntar o porquê. Naquele dia mesmo, eles resolveram voltar para casa, já haviam tido aventuras demais, como Lilian havia dito, estavam felizes de poderem voltar a suas camas fofinhas, casa quentinha, sem insetos e ato coçando, apesar que sentiram saudades do acampamento.
Já haviam se passado 2 semanas desde que voltaram do acampamento, parecia ser apenas mais um dia normal, mas...

- Ahhhhhhhh.. – Gritou uma voz feminina. – O QUE É ISSO??

Três pessoas abriram a porta.

- O que foi, filha? – Perguntou a mulher ruiva.

- Filha? – Falou ainda a voz fina. – Tia Lilian?

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