17- Um Adeus a Grifinória...

17- Um Adeus a Grifinória...



17 – Adeus a Grifinória...


> A magia já começou! <

Folheto em auxílio aos Trouxas!!!


1. Não saia a noite.
2. Saia sempre acompanhada.
3. Leve chocolate onde for, e em caso de ataques de seres invisíveis, coma o chocolate o mais rápido possível.
4. A qualquer suspeita de invasão mágica, peça a um bruxo que enfeitice sua casa contra o sistema de anti-arrombamento e anti-aparatante.
5. Ao ver qualquer sinal estranho no céu (geralmente um crânio com uma cobra saindo pela sua boca), jogue o pó de flu que ganharam junto ao panfleto e digam claramente Beco Diagonal! Peça a um bruxo notificar um auror.
6. Não comprem sob hipótese nenhuma, produtos que prometem protegê-los e...

- O que? Fala de novo o 5ª, por favor. – pediu a menor garotinha que estava no recinto à sua irmã mais velha.

- Por que quer saber a 5ª? – perguntou a irmã mais velha irritando-se. – Bruxos não existem sua boba.

- Existem sim! – teimou a pequena. – Eu sou uma...

- Ah claro! E eu sou o Monstro do lago Ness ... – debochou a outra.

- Você é? – perguntou a menininha com cara de choro, um pouco assustada.

- Não! Eu só... Só queria dizer que eles não existem, você sabe que papai e mamãe já te proibiram de falar sobre bruxos,e essas coisas de mágicas! – começou a garota em tom de discurso, mas ao ver que sua irmãzinha abrira a boca para revidar, ela gritou: - BRUXOS NÃO EXISTEM!!!

A menininha se espantou, e fez um grande bico em sinal da sua reprovação, tal como fazíamos quando éramos crianças. Emburrada ela apenas apontou para a janela. Quando a mais velha virou e mirou o lado de fora, nem conseguiu gritar, apenas disse com o queixo tremido:

- Meu Deus! – apesar de se demorar admirando o crânio esverdeado com uma cobra saindo pela sua boca. – Por que está me olhando assim?Vamos fazer logo o que está escrito no papel...

- Eu te disse! Eu te disse!

- Tá... tá, agora vamos nos concentrar? – disse a mais velha sem demonstrar atenção a ênfase de vitória da outra.

- Ela sempre diz isso... – pensou alto a menininha rindo-se.

- O que você disse? – perguntou a outra em tom de ameaça.

- Eu? Nada não...

- Então vamos lá! Pegue o pó de folu e .. – começou a mais velha agitando-se.

- FLU!

- Pega logo!!! – apressou a outra.

- Minha primeira magia! – sussurrou a menor mais feliz do que algum dia já esteve.


*&*



- Tem alguém na lareira! – chamou Tonks quando passou pela sala sem ao menos dar atenção ao aviso.

Molly revirou os olhos em desaprovação e andando em passos rápidos, encaminhou-se a sala onde na lareira a cabeça de Fred destacava-se em meio as belas chamas esverdeadas que o envolvia, até que este entrou completamente na sala.

- É você Fred, querido. Como vai filho? – perguntou a mãe gorduxa, dando-lhe um apertado abraço.

- Eu estou bem, mamãe... porém recebemos outro aviso de trouxas, novamente a Marca Negra... – disse o filho retirando um pouco do pó que havia grudado em sua roupa.

- Onde? – perguntou a mãe preocupada.

- Ao sul, em Portsmouth.

- Não... nessa cidade não. – sussurrou a mãe quase sem voz. – ARTHUR!

- Querida? – chegou Sr. Weasley preocupado ao cômodo.

- Convoque o maior número de bruxos que está disponível para a Ordem, agora! – pediu a Sra. Weasley agitada e totalmente pálida.

- O que aconteceu? Ataque grave? – perguntou o marido sem entender.

- Qual o nome do lugar onde Godrico disse que ia na última carta que nos enviou? – disse a mulher sem responder a pergunta.


- Acho que era Portsmouth... – respondeu Arthur com um certo receio em sua resposta.

- Meu Deus! Meu filho! – disse a mãe assustada, colocando a mão sobre a boca.

- Ah não... – apavorou-se o pai. – MOODY! GUI! SHACKELBOLT! FLITWICK! HAGRID! Vamos aparatar em Portsmouth agora!

- O que? Por que? – perguntou Minerva meio ofegante ao chegar no cômodo.

- Grifinória foi atacado e talvez esteja, talvez esteja... – começou o pai incapaz de terminar.

- É o suficiente Weasley... Ordem, aparatando em um, dois, três!

Gina chegou correndo, mas apenas viu sinais de fumaça, indicando que muitos acabaram de aparatar, algo estava acontecendo. Olhou para o lado de fora da janela, mais uma vez chovia.



*&*


Guilherme Weasley foi o primeiro que sentiu seus pés tocando o chão, esperou os outros, e todos com a varinha em punho, com cautela avistaram ao longe a Marca Negra no céu escuro. Avançaram lentamente, sempre observantes, e preocupados, porém preparados, para qualquer ataque. Viram umas das cenas mais impressionantes que jamais voltariam a ver. Pessoas sem alma andavam em um mesmo ritmo, muitas delas em decomposição, apenas andavam resmungando algo sem sentindo.


Todos pararam no mesmo instante em que avistaram em um parque um corpo imóvel no chão. Ninguém se atreveu a mexer um só músculo naquela direção, pareciam incapazes de aceitar aquela triste realidade.

Observaram ofegantes, um quarteirão em que poucas chamas ainda insistiam em queimar, mesmo com a chuva fina que caia, e foi a mãe, Sra. Weasley quem correu em direção ao seu filho no chão, trombando uma vez ou outra com os mortos-vivos que passavam por lá.

- Godrico... meu filho! – sussurrou a Sra. Weasley ganhando o jovem em seus braços. – Meu Deus!

A mãe para acomodar o garoto em seus braços teve que tirar algumas cobras carbonizadas em cima de seu corpo, muitos delas ainda mantinham as presas fixas na carne do rapaz.

- Nagini! – disse o Sr. Weasley ao reparar uma grande cabeça de cobra perto do peito de Godrico. – Vamos agir, não há tempo!

- O que está dizendo? Ele está morto... – disse Gui, com olhos cheios de lágrimas.

- Não, ele pode estar sob efeito do veneno, comigo foi isso que aconteceu, e ... – começou o pai com esperança.

- Vamos Arthur, você foi picado apenas por Nagini... Grifinória foi atacado por todas estas! – disse Minerva com fraqueza.


- Eu não ouso comparar meus poderes com Godrico Grifinória,e não vou aceitar isso tão facilmente. – rosnou o Sr. Weasley sério. – Shackelbolt leve-o para a cede da Ordem, eu vou procurar um medibruxo de confiança. VAMOS - apressou Arthur, após agachou segurando no braço da mulher. – Molly querida, solte-o agora, precisamos levá-lo...

Shackelbolt carregou o garoto e sem mais demoras aparatou com destino a Ordem da Fênix, e assim todos fizeram o mesmo, menos o Sr. Weasley que foi ao St. Mungus, mais antes fez questão de pisar com força na cabeça de Nagini.


*&*



Chegaram todos agitados na casa dos Black, onde o ambiente escuro e vazio deixava a cena um pouco horripilante. Nada silenciosa a turma tentava acomodar o garoto Grifinória da melhor maneira possível.

- Minerva, conjure uma cama aqui mesmo na sala... é mais espaçoso e confortável. – rosnou Moody sem muita paciência.

- O que acontece? GODRICO! – exclamou Gina que parecia assustada, porém sua pergunta passou despercebida, todos estavam demasiadamente agitados e tensos.

Em um piscar de olhos, sobre a frente de Gina, se fez uma grande e bonita cama de casal no mesmo momento em que se ouviu um estampido. Minerva recolhia a varinha parecendo satisfeita consigo mesma. Moody lhe lançou um sorriso de canto em aprovação.

Descansaram o corpo do garoto, e lhe tiraram a capa e a camisa, enquanto esperavam o médico que ainda não chagara. A Sra. Weasley teve que sentar ao ver no peito do jovem, a marca que Nagini deixou, onde uma de suas presas ainda se mantia fixa no local. Marcas de queimaduras lhe davam um aspecto doentio.

Até que finalmente o silêncio foi rompido pelos passos do Sr. Weasley e de um velho bruxo gordo que apressadamente começou a tratar dos ferimentos do Godrico.

- Eu devo examiná-lo. – começou o médico pálido. – Preciso que fiquem apenas os pais do jovem.

Enquanto todos saiam, Gina se demorou olhando o rosto de Godrico que desacordado, lembrava incrivelmente Harry, sorriu em pensar isso.

- Vamos Gina. – Chamou Tonks.

Todos voltaram aos seus afazeres, talvez porque era a única coisa que podiam fazer, deixando em uma sala escura e suja, Tonks, Gui e sua irmã mais nova que começara a chorar silenciosamente.

- O q-que aconteceu? – perguntou Gina sussurrante.

- Não sabemos ao certo... deve ser a busca para encontrar as últimas horcruxes, penso eu que Grifinória teve um batalha feia, ele está muito ferido, seu coração não batia quando o encontramos... – disse Gui desanimado enquanto Fleur entrava no recinto.


- Gui, o banco de Gringots tentou reabrir hoje... e bem ,está um caos, precisam muito de você, até o ministro foi lá tentar resolver, mas nada.Gui vamos, vamos! – disse a mulher puxando-o pelo braço.

- Ah... Gina, você vai ficar bem? – perguntou o irmão preocupado.

- Grifinória morreu?! – respondeu a garota finalmente encontrando sua voz.

- Provavelmente não... aconteceu igual ao papai. – disse Gui, dando-lhe um beijo na testa. – Não se preocupa não, nesse cara, o Godrico, tem um Weasley, um Potter e uma Granger... precisa muito mais do que isso para matá-los. – completou sorrindo.

- Obrigada...

Gui lhe respondeu com uma piscadela um pouco antes de aparatar, para socorrer o Banco.
Gina e Tonks se olharam meio chorosa, e a ruiva totalmente inquieta e impaciente, brincava distraída com a pulsera que ganhara, desejando que aquela foto não fosse a última lembrança de Harry.

- Gina... eu fui hoje no St. Mungus , sabe, ver o Lupin... – disse Tonks tentando minimizar um pouco a aflição da pequena jovem.

- Ver o Lupin? – perguntou Gina distraída, sendo despertada de um breve devaneio. – E como ele está, está melhorando?

- Os medibruxos dizem que não...- respondeu Tonks encolhendo os ombros. – Eles dizem que nenhuma atividade foi analisada, mas não sei... quando eu estava sozinha com ele, eu estava falando sobre a gente, e bom... er... eu contei para ele que estou grávida, ele apertou de leve minha mão.

- GRÁVIDA??? – perguntou Gina elevando a voz.

- Shhhh!! – pediu Tonks. – É, mas por enquanto não quero que ninguém saiba, queria tanto que o Lupin desse a notícia para a Ordem. – completou a jovem radiante.

- Isso é perfeito Tonks, nossa... meus parabéns. Agora mais que nunca eu tenho certeza que o Lupin vai sair dessa. – disse a ruiva.

- Ahhh! – ouviu-se uma voz vinda da sala onde se encontrava Godrico.

- É... eu acho que não é o só o Lupin que vai sair dessa, parece que alguém acordou. – falou Tonks sorrindo.

- Ele está VIVO! – gritou Gina feliz, abraçando sua amiga.

Após um breve momento juntas, ao se separarem, a ruiva entrou em uma forte agitação, chegando a sala em menos tempo que uma pessoa normal chegaria se estivesse correndo. A garota entrou repentinamente, assustando os pais e ao médico, porém o local se iluminou com o sorriso radiante que ele dava.

- Ele está vivo, não está?- perguntou a ruiva.

- Sim. – disse o médico apático ao passar. – Mas não sabemos por quanto tempo. Um dia, dois dias, meses, anos, décadas... os ferimentos e as queimaduras estão praticamente 100% perfeitos, o problema é essa picada aí. – completou o senhor apontando para o peito do garoto.- continuem, por favor, com essa poção.

- Obrigado doutor, eu te acompanho. – agradeceu o Sr. Weasley.

- Ah! Algumas noites difíceis estão por vir... essa poção dá febres muito altas, ele vai delirar bastante. – disse o doutor antes de sair.

- Ele vai ficar bem, mamãe? – perguntou Gina abraçando a Sra. Weasley.

- Tomara querida... tomara.




*&*




Trêmulo.
Sentia seu corpo todo tremendo pateticamente sobre os lençóis ásperos, mesmo sem poder sentir. Seus músculos se contraíam dolorosamente.
Frio.
Sentia muito frio, ainda que o monte de cobertas deixavam apenas seu rosto a vista, o que deixava a respiração um tanto incomoda, ele queria gritar forte e alto para que tudo se acalmasse... para que parasse de doer tanto?

Seus olhos não respondiam aos seus esforços em abrir,em contrapartida, vultos pretos preenchiam seu campo de visão, seria aquela a imagem da morte?

Com agonia respirou fundo, estava agora no pior dos locais... com a pior das companhias. Estavam somente naquele quarto escuro, ele e suas lembranças, que tanto o perturbavam.

~>(Flash Back)<~



Godrico caminha vagarosamente pelos corredores do segundo andar, voltava de mais um de seus encontros as escondidas, que eram geralmente a noite, onde ninguém pudesse vê-los. Parou no instante que avistou a luz do banheiro feminino acesa, “mas no meio da noite? Será que alguém esta aprontando?” pensou, mas logo chacoalhou a cabeça em um sinal típico de contrariedade.

Caminhou lentamente e prensou seu ouvido contra a parede para ouvir o que se passava lá dentro, mas nada ouviu.

- O que faz aqui, Grifinória? – perguntou Salazar saindo do banheiro, um tanto rendido.

- Pergunto EU a você? – fechou a cara, o jovem.

- Não te interessa... mas logo saberá, eu espero. – disse Sonserina com olhar maldoso no canto do rosto.


Andou em direção ao jovem, esbarrando fortemente em seu ombro ao passar. Godrico manteu-se firme, e após breves instantes, olhou para trás e viu a capa de Sonserina farfalhar no vento, ele tinha virado o corredor. Entrou no banheiro com varinha em punho para investigar o que Salazar estava aprontando.

Entrou com muita cautela, iluminou o ambiente e se pôs a procurar alguma pista, examinou cada detalhe, mas tudo parecia estar em seus devidos lugares... algo estava errado.



*&*


- Como ele está Minerva? - perguntou Moody, sento na cadeira mais próxima.

- Dormindo mau, muito mau... febres constantes e agitação contínua.... estou com medo Alastor. – desabafou a professora.

- O garoto é forte Minerva, tenha fé! Ele precisa de nossa fé. – completou Moody, confortando a professora com leves tapinhas em suas costas.



*&*



Sentado em sua cadeira na sala dos professores, Godrico meio disperso em seus pensamentos corrigia trabalhos da turma no primeiro ano, e mal ouviu a conversa que se seguia.

- Mas foi a segunda vez só nesse mês, estou ficando preocupada... – comentou Corvinal. – que pena, é uma ótima aluna.

- Também estou... já aconteceu durante as minhas aulas, hoje mesmo vomitou, mas não pude acompanhá-la até a Ala Hospitalar, preciso falar com a enfermeira. – disse Helga.

- Sim... sim, tomara que não esteja doente, queria muito que essa garota fosse da minha casa, seria um grande orgulho. – concordou Corvinal.

- Você tem sorte Godrico, confesso ciúmes a sua aluna...

- Ah... desculpe Helga, de que aluna você está dizendo? – perguntou o jovem distraído.

- Srta. Mooreson, do sexto ano.

- Ah, sim... ela é brilhante. – disse ele, ao mesmo tempo feliz com o comentário, e tenso com a conversa.




*&*


Sentiu um pano quente sobre sua testa, mas não conseguia reagir, simplesmente sentia. Seu peito doía com intensidade e se Godrico pudesse gritar, assim o faria. Sentia o corpo todo formigar desconfortavelmente, cada pedaço, cada cicatriz...
Ele por vezes apenas gemia, e Gina completamente incansável continuava mais uma de suas inúmeras compressas afim de abaixar sua febre.


- Estou pronto McGonagall, peço apenas permissão para usar minha antiga varinha, e então eu, Grope, Máxime e os parentes dela partiremos de manhã bem cedo para as montanhas do norte... – Gina ouviu por de trás da porta.

- Não, comessem ao oeste, no norte está ocorrendo ataques muito mais fortes e... – começou Minerva.

- Então é lá que mais precisam de nós... – interrompeu Hagrid agitado.

- Sim, precisam de vocês vivos, e ainda não tem uma estrutura forte o suficiente para salvar ou socorrer alguém, no oeste conseguirão trazer mais homens, bruxos e gigantes para o nosso lado, ai sim poderão partir para o norte. – completou McGonagall apontando um quê de irritação em suas palavras.

- OK, para o Oeste, então... – disse Hagrid meio contrariado, saindo.

- Rúbio...

- Minerva?

- Tem permissão para usar sua varinha... e bem, boa sorte.

- Obrigado.



*&*



(Flash Back)


Harry estava frente a frente com Dumbledore, ele estava sério e aspirava cansaço. Na sala circular do diretor Harry notou pela primeira vez como ele estava velho.

- Harry... Harry, você sempre esquece que possui um poder que Voldemort nunca teve, e foi esse mesmo poder que quase o matou há dezesseis anos. – disse Alvo ajeitado seus óculos de meia lua.

- Já sei... eu sou capaz de amar.. – falou Harry sem muita empolgação.

- Se souber usa-la com sabedoria, mente e coração, juntos podem provocar o fim daquele que nunca o sentiu, causando assim sua morte.

- Mente e coração? – perguntou Harry.

- Sim Harry... mente e coração... – afirmou Dumbledore.


*&*


Gina dormia confortavelmente no sofá da sala, tirava um leve cochilo antes do almoço, estava totalmente exausta, mas também pudera, passara mais uma noite acordada tentando controlar a febre de Grifinória, e estava muito satisfeita por ver que sua aparência já estava melhor, apesar da cicatriz no peito estar ainda bem inflamada.

- NÃO! – o grito acordou Gina. – Mas...? Não...

Gina ergueu as sobrancelhas assustada, respirou fundo e foi até a cozinha ver o que estava acontecendo desta vez.

- O que aconteceu? Mamãe? – perguntou Gina observando todos os presentes, estavam com expressões semi-derrotadas, e uma tristeza pairava assustadoramente pelo ar.

Muitos se assustaram com a chegada de Gina, outros nem notaram a entrada, o clima era tenso de difícil definição, Gina achou parecido com a presença de um dementador, sentiu como se nunca mais pudesse ser feliz.
Molly abraçava Arthur fortemente, Tonks que de uns dias para cá estava com o cabelo com um tom quase loiro (o que representava uma melhora e tanto) expunha novamente o tom cinza sem vida e a cor de seu rosto não promovia muito contraste. Moody balançava-se na cadeira sério, e seus olhos perdidos em algum lugar que não era a cozinha. Mas quem mais se demonstrava perdida e desolada era McGonagall, pálida e lacrimejante era incapaz de pronunciar uma só palavra.

- O que aconteceu? – repetiu Gina.

Moody pareceu despertar ao som da pergunta da ruiva, e se levantou.

- Bom... infelizmente, eu tenho a triste missão de dizer a todos os presentes que perdemos um dos nossos.

- O que? Quem? – perguntou um auror magro de feições ameaçadoras.

- Hagrid... Rúbio Hagrid faleceu na tarde de ontem nas montanhas do norte, corajosamente e indisciplinar mente, pois a Ordem da Fênix delimitou a Hagrid uma missão à oeste...


“ Mas era o Norte quem mais precisavam de sua ajuda, os ataques de gigantes naquela região devastavam tudo e as cidades já não tinham suporte de resistência, e então, foi para lá que Hagrid partiu com seu grupo, mas não conseguiu. Seu pequeno exército de gigantes não foi capaz de vence-los, morreram todos do grupo, sem dúvida, uma das perdas mais significativas da Nova Ordem, não só pelo tamanho do nosso grande Hagrid, mas pelo seu enorme coração.”

- Hagrid? – várias vozes se perguntavam ao mesmo tempo, muito mais a si mesmos que um aos outros.

- Vai haver enterro, Alastor? – perguntou Flitwick.

- Sim, já estamos providenciando os preparativos. Será amanhã às nove horas, tentarei entrar com um pedido no ministério para que seu corpo seja enterrado em Hogwarts, pois foi o último pedido de Hagrid quando o encontramos a beira da morte. Ele queria ser enterrado ao lado de Dumbledore, pois Alvo sempre esteve ao lado dele. – disse Moody sem conseguir encarar ninuém.

Ditas as palavras todos começaram a esvaziar o cômodo, Gina pálida e assustava digeria vagarosamente a notícia, quando conseguiu finalmente olhar para os lados viu-se sozinha com Minerva que olhou para esta sussurrando.

- Eu pedi para ele não ir para o Norte... ele não me ouviu.



*&*


(Flash Back)




Godrico voltava para Hogwarts dias após do enterro de Lindsay. Estava absolutamente perdido, o vazio que sentia por dentro consumia quase todas as suas esperanças, tinha certeza que não encontraria outra garota como a aquela, aliás tinha sérias dúvidas se voltaria a olhar para outra garota... não, ele não conseguiria.

Ele respirava com certa dificuldade, como se a morte de Lindsay tivesse levado muito mais que sua própria felicidade, tivesse morrido parte dele.

Olhou, então, para o céu e viu que mais uma vez chovia, não parara de chover aquela mesma chuva fraca e sem vida, o céu afinal, chorava com ele mesclando por vezes a gota d’água com suas lágrimas. Atravessava o pátio de entrada sem chamar muita atenção, preocupado com a reunião que teria com os outros professores que afinal, exigiriam saber sua ausência por tantos dias.

- O que você está fazendo aqui? – perguntou Godrico incrédulo ao ver o bruxo a sua frente.

- Eu sou um dos fundadores desta escola, Grifinória, talvez não tenha se dado o trabalho de lembrar disso durante suas férias não-planejadas. – respondeu o outro com expressões rígidas.

- Como tem coragem de voltar aqui? – disse Godrico sentindo uma veia de seu pescoço palpitar tamanho ódio que sentia.

- Por que não voltaria? – perguntou Sonserina irônico.

- Você matou Lindsay! – gritou Godrico, o que se passou muito mais como um rugido.

A essa hora todos já tinham parado o que estavam fazendo para prestar atenção nos dois. Formando um circulo gigante de curiosos que os rodeavam, e até mesmo os professores estupidificados não conseguiam impor ordem, aliás não conseguiam fazer nada a não ser, ouvir o que se passava.

- Não, eu não matei. – respondeu Salazar firme.

- Matou sim, seu nojento desprezível, mas oh não se preocupe, sua morte não será em vão, eu te avisei... eu te avisei... – continuou Godrico tremendo ao som de cada palavra dita.

- Errado Grifinória, eu te avisei, foi por sua causa que Mooreson está morta, sua culpa e não minha! – disse Sonserina irritando-se.

- Estupefaça!

Salazar foi jogado para longe, e bateu em uma árvore com força, vários gritos histéricos saiam de todos os lugares. Godrico já corria para atacar de novo seu oponente.

- Chega! – gritou Corvinal. – Vocês dois, para a sala dos diretores agora, o resto, alunos vão para os respectivos salões comunais, por hoje as aulas estão canceladas, eu não quero ver ninguém andado pelo pátio, terrenos ou corredores. O que estão olhando? AGORA!

Vários murmúrios eram acompanhados pelos sons dos passos dos estudantes se retirando do local, até ficarem apenas os quatro no pátio vazio.

- Então vamos... – começou Lufa-Lufa. – A varinha dos dois comigo por favor.

Os quatro diretores, então, seguiram-se para a sala dos diretores, e não encontraram um aluno se quer no caminho.

- O que está acontecendo aqui? – exigiu saber Corvinal.

- Não te devo explicações, Corvinal... – rosnou Sonserina. – Por que não deixam o sedutor Grifinória falar, acho que ele tem algo a dizer...

Godrico que tentava se acalmar, apenas lhe lançou um olhar cheio de ódio, e Salazar sentiu como se olhasse a morte, previamente enfraqueceu-se.

- Sedutor... Godrico? – perguntou Helga. – Mas... o que?

- Eu não sou sedutor Helga. Você vai ouvir o que diz um assassino? – perguntou Grifinória.

- Parem de enrolar os dois...- gritou Corvinal. – Godrico, por que Salazar seria um assassino?

- Matou Lindsay... a sangue frio.

- Você matou Salazar? – perguntou Helga temendo a resposta.

Salazar que estava sério até então pareceu meditar brevemente, abriu um sorriso estúpido e desdenhoso antes de prosseguir.

- Sim, eu matei, sim. Mas não foi a sangue frio... na verdade eu pedi que ela vivesse, mas não ela preferiu a morte. É pode-se dizer que ela pediu a mim para matá-la, ela quem escolheu, ou foi obrigada a escolher, hein Grifinória?

- Godrico o que você tem haver com a morte da Srta. Mooreson? – perguntou Corvinal tentando manter a calma.

- Eu não a obriguei a escolher... eu juro que tentei, mas não consegui, eu falhei com ela e agora ela está morta, eu não consegui! –disse Godrico deixando uma lágrima se soltar.

- Você tentou? O que tentou? Por que não conseguiu? – pressionou Helga.

- Eu... amava... Lindsay, foi a única que eu realmente amei, e agora está morta. – disse Grifinória começando a chorar.


- Você teve um relacionamento com Lindsay? RESPONDE GODRICO! – gritou Corvinal.

- Sim, já faz algum tempo...

- Por Merlin, onde você estava com a cabeça? Namorar uma aluna. Oh! Isso poderia virar um escândalo, nossa escola poderia fechar, você sabia?

- Eu me rendi, eu já estava apaixonado por ela, e ela por mim. – disse Grifinória encarando o chão.

- Então, em uma tarde e os vi escondidos, descobri seu romance secreto, e o alertei, mas Grifinória não me deu ouvidos. – completou Salazar rodeando Godrico.

- Você é último que pode expressar sua opinião aqui Sonserina, ou o que você achar? Que matar uma aluna iria levantar nossa escola, você não e importa com a vida, não? Então fique sentado e quieto enquanto resolvemos o que vocês dois aprontaram. – gritou Corvinal encarando Salazar.

- Você não grite comigo Corvinal. – respondeu Salazar entre dentes. – O que vocês pensam? Que poderão me denunciar ao Ministério? Não podem.

- Como não podemos? É o que iremos fazer.. – disse Helga. – Não é?

- Não... não vamos, não vê? Não podemos... – começou Rowena.

- O que? É nosso dever denunciá-lo. – espantou-se Helga indignada.

-Você não vê Helga? Isso se tornará um escândalo, de proporções inimagináveis. Nossa escola fechará, eu sei que parece egoísmo mas não é,. Não só da vida da Srta. Mooreson que estamos tratando, mas todos os atuais e futuros alunos, que tem (e terão) aqui a única oportunidade de aprenderem... e aprender e ensinar foi algo que nós quatro nos comprometermos a fazer, no momento em que decidimos criar essa organização estudantil. – disse Corvinal.

- Você tem razão Rowena não podemos... – concordou Lufa-Lufa sem olhar para esta.

Enquanto Corvinal lhe lançava um olhar digno de “é óbvio que eu tenho razão”, Grifinória reprimia seu ódio, e se controlava severamente para não gritar com nenhuma delas.

- Bom... foi o que eu pensei. Boa noite a todos, não posso dizer que foi um prazer... mas se quiserem saber mais algum detalhe da morte da Srta. Mooreson, eu estarei no meu escritório... – disse Salazar já saindo com um sorriso maldoso.

Helga e Corvinal se entreolharam, paralisadas com o atrevimento e a petulância do bruxo, “ Ele acha mesmo que vai ficar impune? “. Um ou dois passos foi o máximo que Sonserina conseguiu dar, pois um círculo de fogo se formou em volta de seu corpo. Mas aquele fogo não era um fogo comum. Normalmente eles consomem oxigênio, mas este era diferente, era promovido pelo intenso ódio que Godrico sentia.

- Eu... te... disse... para... não... encostar... num só... fio de cabelo...dela, seu desgraçado. – Falou Grifinória pausadamente, controlando sua voz para que não rugisse. – Mas assim como você destruiu meu sonho, eu vou acabar com o seu agora!

- O que vai fazer? – perguntou Sonserina recuando.

- Grifinória NÃO! – gritou Lufa-Lufa tentando impedir. – Não vale a pena.

Mas ele não ouvia, em seus olhos a chama por ele convocado era refletido, juntamente com a imagem de sonserina horrorizado. O círculo em chamas lentamente ia diminuindo seu raio, e o fogo próximo ao corpo, chamuscavas suas capas pretas.

- Você vai morrer dolorosamente no único lugar que sentiu algo parecido com afeto. – falou Godrico aproximando-se.

- PARE AGORA GODRICO! – gritou Corvinal tentando se entre por aos dois.

Seus esforços eram inúteis, ela foi arrastada para longe, quando Godrico conjurou uma parede de fogo, que deixava-os sozinho, e o som do crepitar das chamas impediam quase que totalmente os gritos das duas bruxas.

- Por que fez isso? Por que matou Lindsay? – gritou Godrico chorando.

- Eu te avisei Grifinória, sua imaturidade a matou. – respondeu Salazar receoso.

- Mas... eu dei o colar de minha mãe a ela antes dela desaparecer, isso devia protegê-la. – murmurou Godrico muito mais para si mesmo do que para o oponente.

- Mooreson não estava com seu colarzinho mágico. – respondeu Sonserina petulante.

- Por que a seqüestrou? Não bastava matá-la? Teve que desaparecer com ela por 7 meses, isso fazia parte do seu plano, não é? – desabafou o garoto.

- Eu não desapareci com Mooreson... ela me procurou. – resmungou ele entre dentes, como se alguma lembrança o perturbasse.

- Isso não faz sentido, não havia razões para Lindsay te procurar... ela, ela sentia intenso desprezo por você... – respondeu Godrico.

- Eu sei disso... ela fez questão de esconder seu rancor por mim nesses 7 meses. – concordou Sonserina contrariado. – Mas uma mulher, ou melhor, uma garota magoada é capaz de tudo, quando magoada.

- Magoada? Comigo?... Por quê? – confundiu-se Godrico.

- Ela tinha deixado um bilhete para você, em sua mesa, explicando todos os motivos de suas constantes indisposições e vômitos, notícia na qual ela ficou muito feliz ao saber, pensando, claro, que você compartilharia da mesma felicidade, mas nesse dia você deu um adeus definitivo, seria a última vez que você veria Lindsay viva.

- Eu nunca li esse bilhete... mas é claro, foi você... você roubou e impediu que eu lesse... – virou-se Grifinória, como se desvendasse o final de um filme com um final nada bom.

- Sim, então ela me procurou, e eu assegurei que ela ficasse bem escondida, e confesso que não consegui matá-la quando grávida... talvez pelo seus constantes pedidos e...

- Grávida? – perguntou Godrico encarando incrédulo Salazar.

- Sim Grifinória, você tem um filho... – e dizendo isso sua imagem começou a se retorcer e enevoar, no instante seguinte ele não estava mais lá.

As paredes de fogo imediatamente se cessaram deixando no chão, apenas as marcas de madeira carbonizada.

- Cadê o Salazar? – perguntou Helga.

- Desaparatou... – comentou Corvinal ao ver o pozinho brilhante por ele deixado.

- Impossível, ninguém pode aparatar ou desaparatar nas terras de Hogwarts... – falou Helga.

- Mas esse feitiço foi o próprio que conjurou... deve ter feito algo para ser auto imunizar ao feitiço... – começou Corvinal pensativa... – Godrico?? Você está bem?

- Eu... eu tenho um filho.



*&*


Os dias passavam sem que as esperanças se renovassem. Dias chuvosos eram aqueles.

Idêntico ao da ultima vez.

*&*

Godrico dava um breve olhar enquanto se afastava. Não era apenas mais um dia de inverno, onde a neve cobria os terrenos de Hogwarts, era um dia diferente, o dia final.
Andava a passos largos em direção ao lago, completamente sozinho. Nenhum aluno ousava a lhe perguntar ou lhe dirigir a palavra, não depois do que deu no café da manhã. Ele disse aos seus alunos que seria substituído, que sairia de Hogwarts sentido, mais feliz, deixando um diretor a altura. Simplesmente não suportava a idéia de dirigir sua escola sozinho... sem Helga e Corvinal não teria sentido, afinal criaram tudo aquilo juntos.
Aquele dia acabado no enterro de Helga, e Corvinal já havia morrido há muito.

Olhou para o lago e viu o reflexo de sua imagem, um bruxo velho de olhos verdes vivos, olhos nem simpáticos nem arrogantes como em um dia fora, apenas tristes. Suas rugas condenavam sua idade, algo em torno de 130 e 135 anos (algo não muito comum até para os bruxos), demonstravam-no que já era hora de partir. De continuar sua busca, há vários anos buscava saber o paradeiro de seu filho... e de Salazar.

Dirigia-se agora para a prisão de Azkaban, onde o irmão de Salazar estava retido, este, mais jovem saberia de tudo... com certeza. Godrico não mediria esforços, e desafiaria a lei se fosse necessário para tirar a verdade daquele bruxo.

Aparatou.

Azkaban era fria e sem vida, tal como mereciam viver os bruxos das trevas. Mas a presença de dementadores não alegrava Godrico, sabia que eles podiam sentir o medo e angústia que possuía. Cumprimentou brevemente um bruxo de feições rústicas enquanto procurava a sela certa.

- Você? – indagou um bruxo de feições bonitas e arrogantes.

- Percival Sonserina... – disse Godrico lançando um olhar feroz. – Shan, pode nos deixar a sós, por favor. E peça que nenhum dementador entre aqui enquanto eu estiver. – completou dirigindo-se ao guarda que ajudou-o a achar a sela.

- Sim senhor, professor.

- O que quer comigo? – exigiu saber Percival, que era uns 20 anos mais novo que Godrico, porém suas feições doentes, mostrava que o bruxo não tinha mais muito tempo de vida.

- Suponho que soube da minha busca incessante sobre o seu paradeiro, não? Resistiu bastante tempo... quanto? Uns 100 anos?

O bruxo ficou quieto e pareceu temeroso.

- Fiquei sabendo hoje mesmo de sua prisão... não pude deixar de vir para te fazer algumas perguntas. – disse Godrico diminuindo a distancia assustadoramente.

Nesse momento Percival começou a gritar.

- POR FAVOR! TIREM-ME DAQUI... ELE VAI ME TORTURAR! ELE VAI ME MATAR! – gritou ele batendo na porta debilmente.

- Grite... vamos grite, ninguém vai te escutar... ah! Nada vai lhe acontecer se apenas... você colaborar. – continuou Godrico paciente.

- O que quer de mim?

- Diretamente nada... preciso saber do paradeiro de seu irmão e o que ele fez com meu filho – começou Godrico sério. – E quero a resposta certa... ou se não...

- S-se não? – perguntou o bruxo se encolhendo ao máximo.

- CRUCIO! – gritou Grifinória quando um jato vermelho saiu de sua varinha, fazendo o outro cair e se contorcer.

- Pare... por favor tenha piedade... – gemia o bruxo enquanto se arrastava no chão. – já estou velho.. e fraco...

- Então diga meu caro, é fácil.

- Eu não sei... – respondeu Sonserina tentando levantar.

- Resposta errada. CRUCIO! – mais uma vez o feitiço maligno atingiu seu oponente.

- Eu não posso... – chorou Percival.

- Apenas diga... só diga. – insistiu Grifinória levantando-o pelo colarinho.

- Eu não posso contar nada... eu morreria.. eu morreria.

- Faça valer seu risco. – falou Grifinória entre dentes.

- Você está me sufocando... por favor... – pediu ele tentando se desvencilhar. – Eu estou doente...

- Diga-me e eu te devolvo a vida...

- Eu não tenho mais vida... – argumentou o outro.

- Então ajude a devolver minha vida. – disse Godrico se comovendo pela primeira vez. – Eu não tenho uma vida desde que seu irmão matou minha Lindsay... prometi que o mataria, jurei perante seu túmulo.

- Impossível... – rosnou ele parecendo de repente mais forte ao ver o sofrimento no outro.

- O que é impossível? – perguntou Godrico colocando o bruxo de volta ao chão.

- Você cumprir sua promessa... Salazar morreu há dois anos, em uma batalha na Irlanda contra David... – dizia Percival enquanto cambaleava.

- Morreu? Quem é David? O que ele fazia na Irlanda?

- Ele foi para Irlanda para matar seu filho, claro que eu fui junto para ajudar, e ele realmente matou... David é um de seus netos, que morreu em batalha também... – falava ele agora frio e indiferente.

- O que? Meu filho morreu? – indagava Godrico mais para si mesmo do que para o outro. – O que aconteceu com meu neto... como ele morreu?

- Eu o matei... – disse sorrindo.

- AVADA KEDAVRA! – uma luz verde saiu de sua varinha atingindo Percival bem no coração. Ele caiu seco e sem vida.

Godrico nunca havia matado... podia sentir sua alma se dividindo em duas metades.


.....:::....


Após ter assassinado Percival, Grifinória pegou uma grave doença. Nada parecido com remorso, mas sim a desesperança degradavam sua alma. Acabara de procurar seus últimos parentes pela Irlanda, mas não os encontrou.

Voltou para Godric’s Hollows onde Lindsay estava enterrada. Entrou no cemitério com um ramalhete de lírios brancos e depositou sobre seu túmulo.

Sem força alguma, seus velhos joelhos vacilaram fazendo-o ajoelhar. Ele conseguia sentir a vida fugir de seu corpo, e sua respiração ficar mais pesada e dolorida, e tinha inconfundivelmente gosto de sangue em sua boca.

- Lindsay... eu estou aqui... – disse ele derramando uma lágrima. – Mas não poderei partir com você agora, devo fazer o que lhe prometi.

Retirou a varinha de seu bolso e apontou para o seu próprio coração dizendo.

- Minha alma está dividida, se aloje e se esconda dentro do coração que não está mais dentro de mim, esteja onde estiver, metade de mim agora a você pertence!

Uma luz branca saiu de seu corpo, com extrema dificuldade, causando-lhe a maior dor física imaginável, tinha feições humanas de um bonito jovem de traços sérios. Que o olhou brevemente, antes de explodir em uma forte luz vermelha e dourada para todos os lados.

- A lenda está feita...

Foram as últimas palavras de Grifinória, antes de cair deitado sobre a grama seca do túmulo de Lindsay. Godrico não havia morrido mas sim, se transformado em pó de ouro, que o vento não teve compaixão e o levou com um sopro.

*&*


- NÃO! – gritou Grifinória, acordando de seu coma.

Sentou pela primeira vez em meses e sentiu-se fraco. Suado e dolorido tentou dar alguns passos. Parecia que realmente ninguém tinha notado o seu retorno. No quarto sozinho ele tentou com esforço colocar suas vestes. Caminhou a passos leves até a cozinha, onde todos lá estavam reunidos.

- Grifinória? – disse Moly deixando uma xícara de chá espatifar no chão.

Vários outros aurores acompanharam seu olhar com admiração e felicidade.

- Meu jovem...? Que? Quando? – perguntou Moody aproximando-se de Godrico.

- Acordei agora a pouco Alastor... – disse ele sério mas não parecendo tão abatido.

- Como você está? – perguntou McGonagall preocupada.

- Eu estou pronto...

- Pronto? – várias vozes perguntaram ao mesmo tempo.

- Eu estou pronto para partir... e espero que vocês também estejam... – respondeu ele caminhando para a ponta da mesa.

- Para a onde? – indagou o Sr. Weasley sério.

- Nós vamos acabar com Voldemort hoje. Eu sei qual é o último horcruxe.

- E qual é, filho? – perguntou Moody.

- É o meu coração. Muito bem aurores e integrantes da Ordem da Fênix, será hoje o dia em que a Segunda Guerra Bruxa terminará de uma vez por todas. Será hoje que os corajosos, inteligentes e os leais se unirão... luz e trevas irão batalhar até que uma apenas viva, hoje é o dia Srs. E Sras., em que mataremos por um ideal ou que morreremos por honra!

Vários gritos eclodiram de todos os lugares da cozinha, que agora parecia tão pequena devido ao grande número bruxos.

- Onde está o coração de Tom Riddle? – perguntou Grifinória por entre os bruxos agitados.

- Não entendo... – disse McGonagall.

- Onde está o coração de Voldemort? – reperguntou Godrico.

Todos ficaram em silêncio.

- Está em Hogwarts... Hogwarts sempre foi a paixão de Tom. – disse Gina com clara convicção.

Godrico abriu um sorriso em afirmação.
- E onde é o lugar mais confiável para se guardar ou esconder artefatos em Hogwarts?

- É a sala Precisa. – novamente Gina.

- Vocês ouviram a Srta. Weasley não? É para Hogwarts que iremos, e será em Hogwarts a nossa maior batalha... VOCÊS ESTÃO COMIGO?

- SIM!

- VOCÊS ESTÃO COMIGO?- repetiu Godrico.

- SIM!

- ENTÃO... PARA HOGWARTS!

Godrico sorriu em ver todos os bruxos com uma nova esperança, e mais que isso, necessidade de lutar. De ganhar, de se superar... de ajudar trouxas e elfos, seu exército estava finalmente formado pelo melhor tipo de soldado. Aquele que deseja a vitória, e não simplesmente por glorias ou honrarias, mas pela intensa procura em salvar seus filhos, em dá-los algum futuro. Seu exercito era formado por trouxas, bruxos, centauros, elfos, mestiços, puros , adolescentes, adultos e velhos, que agora não mais temiam a morte, Godrico riu em pensar que ela (a morte) deveria ter medo deles.

- Minerva... preciso que vá mais uma vez ao noticiário trouxa, mas agora pedir reforço, preciso de todos que se propuserem a lutar... – dizia ele saindo do Largo Grimoud.

- Não é preciso Godrico... durante este período em que você ficou desacordado, fizemos alianças, é só mandar este sinal aos céus e todos se reunirão no centro de Londres. – disse Minerva convocando um feitiço.

Saiu da ponta da varinha de McGonagall um leão que rugindo ganhou os céus, era vermelho e dourado enorme. Cobria as estrelas e a lua. A confiança em seu retorno os planos já formados para sua volta vez Godrico sorrir mais uma vez.

- Obrigado... – disse à Minerva, mas depois dirigiu-se aos outros. – Para o centro de Londres! É um... dois... três!

Godrico pode ouvir muitos estalos indicando que os bruxos estavam aparatando.

No instante seguinte, a rua escura em estavam deu lugar a uma muito iluminada e bonita, onde uma multidão de trouxas vinham de todos os lados e cada vez estava mais cheio.

- Trouxas obrigado pelo apoio, precisamos mais do que nunca dessa união, irei tele transportar vocês a um castelo onde haverá a última e mais terrível batalha. Os que tem medo da morte não se acanhem em sair deste grupo, não serão desonrados por isso. Mas para aqueles que permanecerem, eu tenho algo a falar. – alguns saíram mais a maioria não se moveu e assim Godrico prosseguiu.

“ Duas das três pessoas que eu mais amei n a vida eram trouxas... meu pai e a garota que eu amei. Ambos foram mortos por bruxos das trevas, então eu posso dizer certamente que sei o que é a dor de perder alguém que se ama, como suponho que todos vocês já sofreram da mesma dor. Ainda grande parte perdeu um ente nesta guerra, foram pais, filhos, tios, avos, netos, sobrinhos, mulheres, homens, crianças e famílias inteiras ,pessoas que foram cruelmente assassinadas sem saber o porque de estarem morrendo. E é por estes que morreram na esperança de uma vida melhor para seus filhos, que amaram incondicionalmente suas vidas, é por eles, trouxas, por quem devemos lutar, e elevar a vida e o amor em um plano supremo, plano que só conseguiremos com a derrota de Voldemort e seus Comensais da Morte.”

Enquanto nitidamente alguns se demonstraram lívidos a luta, outros choraram em lembrança dos que partiram. Então todos esperaram Godrico continuar.

- Nossas armas não são mais que varinhas, mãos, pedras e paus. Mas sim nosso desejo de viver! – disse Grifinória enquanto a multidão explodia em gritos. – Se estão todos prontos, será... AGORA!

Godrico lançou um feitiço sobre a multidão, algo com uma luz sólida que envolveu a todos e rapidamente formou uma enorme bolha, que se contrai, se contraiu, até explodir, e quando explodiu ninguém mais estava lá.

Grifinória sorriu ao ver mais uma vez uma das melhores coisas que fez na vida, lá estava exuberante, e majestosa Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Mas algo estava diferente, na tinha mais aquelas luzes tão conhecida por todas as janelas, e sim sombras. Vultos denunciavam que havia muitas pessoas lá e que pela agitação, já tinham conhecimento da invasão.
Não se podia dizer que Grifinória e seu exército, tinham algum medo de serem reconhecidos, já que ocupavam grande parte dos terrenos e não havia possibilidade de se esconderem. Mas o ataque não foi menos surpreendente por isso.

- VAMOS JUNTOS!!! PARA HOGWARTS!!!

- PARA HOGWARTS! – muitos repetiram.

Com galhos de árvores e a ajuda de um feitiço bem simples, os trouxas se fizeram armados por flechas de fogo, que muitos bruxos enfeitiçavam, fazendo uma verdadeira chuva de fogo cair sobre Hogwarts. Essas flechas quebravam vidros e atingiam seus oponentes, promovendo mais gritos de excitação e amor a luta.
Mas Comensais da Morte são Comensais da Morte.

Estes lançavam sobre Godrico e seu exército, feitiços que cortavam o céu com jatos verdes e brilhantes. Matando alguns trouxas que estavam na frente de batalha. Foi nesse momento que centauros saíram da Floresta Proibida e começaram a avançar trotando para o castelo. E todos os acompanharam, em gritos delirantes.


- Gina... você terá que me acompanhar, e-eu não sei onde é a Sala Precisa... – disse Grifinória no meio da multidão.

- Claro... estarei lá.... – respondeu a garota.

- Não, você não pode sair perto de mim, ok? Eu te protejo... – falou ele mais uma vez sério.

- Tá bom. – disse ela parecendo confusa, tinha a mesma expressão de quando a Sra. Weasley lhe dirigia um castigo. – Luna? Neville? O que fazem aqui? – distraindo-se previamente.

- Viemos lutar é claro. Hogwarts é nosso lar. E queremos presenciar a queda de você-sabe-quem e ajudar a derrotá-lo... – falou Neville.

- Ótimo... Longbotton, Lovegood e Srta. Weasley, vocês três não saiam de perto de mim, ok? É prudente que não saiam...Vai começar uma batalha feia... e eu quero que saiam ilesos. – falou Grifinória um pouco mais flexível.

- Já lutamos contra Comensais antes.. – defendeu-se Gina.

- Mas nunca perderam alguém que se ama para eles. – disse Godrico lançando um olhar breve. – Eu consigo sentir como o afeto entre vocês seis é intenso...

- Vocês seis? – perguntou Luna tranqüila.

- Sim, Harry e Gina, Rony e Hermione, Luna e Neville.. isso que liga vocês é o amor e a amizade. Os melhores sentimentos.. com certeza. – disse a última frase mais para si próprio do que para os outros. – Eu não posso deixar vocês perderem isso... como em um dia eu perdi.

Um silencio momentâneo açoitou o local, mas Godrico recuperou-se rapidamente. A memória de Lindsay em sua mente fez ter mais certeza que nunca de que estava no caminho certo. E assim irromperam para dentro do castelo junto com todos os tipo de criaturas.

Quando entraram, o Grande Salão já estava tomado por bruxos, trouxas e todos os tipos de criatura, que batalhavam entre si, promovendo vários estragos no castelo. Todas as janelas praticamente não tinham vidro, o que foi útil para os trouxas que jogavam cacos de vidro sobre os Comensais.

Enquanto subiam as escadas Godrico sentiu uma luz verde passar a centímetros de seu nariz, e achou prudente fazer uma bolha de proteção nele e nos três que o acompanhavam. Ainda subiam, eles observaram brevemente que os Comensais libertaram Gigantes pelos terrenos, e Grifinória fez intimamente uma oração para que muitos dos seus não morressem.

- É por ali! – gritou Gina na esquina do corredor que levava a Sala Precisa.

Talvez por estarem no sétimo andar, não havia nenhum movimento, o que fez Godrico estourar as bolhas de proteção. Mesmo com um certo sexto sentido que o dizia que estava tudo tranqüilo demais, e se ele não ouvisse os gritos lá em baixo, juraria que era apenas mais uma das noites em que ele passeava pelo castelo.

- Varinhas em punho... – sussurrou enquanto olhava para os dois lados.

Iluminado o caminho, os quatro jovens pararam em frente a uma parede, com aparência normal, perto de uma estátua de pedra.

- Temos que entrar pensando no que mais precisamos... – disse Neville, com voz embargada.

- No que precisamos desejar Godrico? – perguntou Luna, tão serena, que parecia ter acordado em uns cinco minutos atrás.

- Um depósito, algum lugar para esconder ou ACHAR objetos... – disse ele fechando os olhos e caminhando em direção a parede.

“Um depósito... um depósito... onde Voldemort escondeu meu coração.” Pensava, quando uma porta se formou em sua frente. Ele entrou acompanhado de perto pelos outros.
Olhou a sua volta e parecia um sala velha com vários móveis quebrados. Em uma ponta da sala havia carteiras velhas empilhadas, montanhas de livros velhos e uma estante. Aquela era a forma original da Sala Precisa, como um segredo óbvio... surpreendente sem que se possa assustar.

- É aqui? – perguntou Gina, não disfarçando o tom de decepção em sua voz. – Temos que procurar no meio de tudo isso um amuleto em forma de coração?

Mas Godrico não parecia prestar atenção. Ouvia algo estranho... algo perto do engraçado. Não tinha aquela sensação desde sua vida passada. Sentia seu coração bater, e ouvia as batidas soar um pouco longe. Pôs a mão sobre seu peito, mas de lá aquele som não saia. Com certeza era o seu coração fora do corpo que batia, seu horcruxe. Caminhou-se até o fundo da sala, o que teve um pouco de dificudade tamanha a quantidade de objetos, e quanto mais caminhava, mais o som se tornava alto e nítido... era seu coração... ele conseguia sentir...

Não mais caminhava mais corria e quando ia dar de encontro a parede, fechou os olhos e quando abriu já tinha passado por ela. Mirando ainda a porta que os separava. Era um portal.

- GINA! LUNA! NEVILLE! PODEM ME OUVIR? – perguntou ele assustado.

- SIM! – gritou Gina de volta.

Isso o deixou momentaneamente tranqüilo, ainda estava em Hogwarts, é claro. Aquilo era apenas uma barreira mágica, muito parecida com a parede da estação nove e três quartos.

- GINA, VOCÊ CONSEGUE VIR PARA CÁ, TAL COMO EU FIZ? - perguntou Godrico novamente.

- NÃO, ME PARECE QUE ESTE PORTAL ESTÁ FECHADO!

Grifinória socou a parede com força, pois como ele havia de trazer seus amigos para cá, ou talvez voltar para lá?
Mas no momento em que se virou, nada mais disso lhe importava, estava Grifinória olhando para pessoa que mais desejava ver no mundo, mirava uma Lindsay sorridente.
Godrico não resistiu em sorrir de volta e diminuiu a distância entre eles afim de tocá-la.

- GODRICO VOLTE! PODE SER UMA ARMADILHA! – gritou mais uma vez a voz de Gina.

Isso fez com que ele acordasse de seu estado hipnótico, fazendo-o mirar mais uma vez a parede. Mas quando retornou a olhar Lindsay ela não estava mais lá, e ele pode ver que havia a sua frente, poucos passos de distancia um espelho reluzindo em ouro.
Era um magnífico espelho, da altura do teto, com uma moldura de talha dourada, aprumado obre dois pés em garra. Godrico via uma inscrição atalhada no alto:

“ Oãça rocu esme ojesed osamo tso rueso ortso moãn.”

Godrico arrepiou-se ao ver um espelho de Ojesed. Deve ter sido por isso que Lindsay apareceu, porque era o desejo do coração de Grifinória... do coração?
Aquilo que estava atalhado como se fizesse parte do espelho na extremidade superior era o seu colar?? O Coração de Grifinória, o último horcruxe?

Era.

Ele podia sentir sua pulsação. Nas pontas dos pés Godrico conseguiu retirar, e não se surpreendeu que nenhuma magia secreta estava protegendo aquela horcruxe, com certeza havia muitas, mas como lá tinha um pedaço da alma de Grifinória também, mal não poderia lhe fazer. No momento em que seus dedos tocaram a pedra fria de rubi, a parede que separava os garotos desapareceu, fazendo Gina, Luna e Neville entrarem correndo.

- Você está bem Godrico? – perguntou Gina afobada.

Ele virou-se para esta sorrindo mostrando-lhe o coração com rubis brilhantes, e que se observados de perto, dava para ver um leão dentro em dourado.

- Você achou! – comemoraram os garotos.

Godrico depositou o objeto no chão e quando se ergueu olhou fixamente para o espelho. Mas não viu seu rosto, tal como a mensagem dizia. Estava encarando sua alma, sua alma que era composta por três jovens, Harry, Rony e Hermione sorriam serenamente para ele.

- Ola jovens... – cumprimentou Godrico.

Gina fez uma careta ao ver Grifinória conversar com um espelho, achou muito estranho aquela atitude a essa altura.
Mas Luna cutucou suas costelas apontando seu dedo indicador sujo para o espelho, induzindo-a a ficar lado a lado com Godrico.

Ela apertou os olhos para poder ver. Via muito claramente a imagem de Harry e então sorriu radiante.

- Bom... acho que já cumpri minha missão, está na hora de vocês cumprirem as suas... – disse Godrico com uma certa tristeza em sua voz.

- Para onde você vai? – perguntou Gina.

- Vocês sabem o que devem fazer não? Vocês devem duelar com Voldemort e uma vez que ele morra nesta batalha jamais voltará a vida... trouxe para vocês três dos melhores bruxos que irão ajudá-los, minha força estará com vocês ainda, mas irá embora em pouco tempo. Utilizem esse PODER com SABEDORIA e CORAGEM... – dizia Grifinória ignorando a pergunta de Gina. – Ah! Antes que eu me esqueça... sobre a Lenda, vocês devem ter lido que após se separarem os três se dividiriam e iriam para qualquer parte do mundo... não é verdade, era só para garantir que as pessoas certas fizessem o feitiço. E assim o fizeram...

“Nunca desistam do amor.... porque só o amor é capaz de isentar alguem de toda a tristeza e angustia, trazendo-o a verdadeira felicidade, o que deve ser profundamente desejado. Muitos procurarão arrancar-lhe este sentimento, muitos ainda virão querendo substituir, mas consigo sentir que vocês ao amarem, descobriram uma nova razão, não para desfazer um feitiço, e sim para concretizarem uma missão ao qual todos somos destinados, acho que vocês já descobriram as suas. Assim como em outrora eu descobri a minha... mas hoje vou na certeza de que amei, descobri e concretizei minha missão, por isso, agora eu posso partir em paz”.

- Gina? Obrigado por tudo... – disse Godrico abraçando-a pela primeira vez. E ao se soltar olhou para o espelho. – Harry, Rony e Hermione... o que os faria voltar à vida em seus próprios corpos?

Eles não responderam, apenas continuavam a sorrir. Então Gina ao observar piscou rapidamente, e em instante não estava mais ao lado de Grifinória, e sim olhando-o de frente. Sentiu sua mão ser envolvida por uma outra quente, não precisou olhar para o lado para saber que era a mão de Harry que a envolvia, só aquela pele era capaz de provocar aquelas reações. Viu-se então dentro do espelho, olhou para o lado e viu Hermione e Rony abraçados olhando para Godrico que lhes sorria, entendendo a resposta.

- Adeus...

Godrico retirou uma espada de dentro de sua capa preta e levantou ao máximo que pode, segurando-a com as duas mãos que tremiam debilmente. E... com um estrondo rouco ouviu a lâmina tocar o chão e espalhar por todos os lados, os pequenos cacos de rubi, isso aconteceu no mesmo instante que Godrico Pegou fogo e tornou-se cinzas.

Ninguém pareceu notar às duas sobras que apareceram na parede lateral, uma era de homem alto, e a outra de uma jovem mulher, que lhe cedeu a mão e o puxou para cima até subirem ao teto e assim desaparecerem de vista.

- Como entramos ai? – perguntou Neville assustado, mas pronto para a ação.

- Apenas desejem do fundo de seus corações... sua imagem, é parte de você, se desejarem estar conosco assim aparecerá no espelho de Ojesed. – disse Harry.

Neville e Luna se concentraram de mãos dadas, fechando os olhos. E quando os abriram lá estavam dentro do espelho.

- Nós conseguimos? – perguntou Neville cético.

- Nunca duvidei do contrário. – disse Hermione brevemente sorrindo.

- Ótimo, estamos mais uma vez juntos... os seis tal como no Ministério. – falou Rony não se preocupando em retirar o braço de Hermione.

- É realmente muito bom mesmo... mas devemos agir rápido, temos ainda o poder de Grifinória... – começou Harry.

- Mas onde Voldemort está? – perguntou Gina sabiamente.

- Lá dentro... – respondeu Harry virando-se de costa para onde Godrico momentos antes estivera.

Todos se viraram e viram que dentro daquele espelho era inconfundivelmente a parte anterior de Hogwarts, porém mais sombria. Não havia nenhuma pintura nos quadro, apenas uma tela preta por vezes com manchas de sangue. Aquele espelho era um mundo paralelo à Hogwarts, um refugio das trevas para Voldemort.

- Como v-você sabe Harry? – perguntou Rony admirando o Salão Principal já conhecido.

- De alguma forma Godrico me deixou com sua bússola. – disse o garoto retirando o objeto de dentro de sua jaqueta. Apontava para frente e então eles começaram a correr de varinhas em punho em direção a porta.

Mas antes de que estes chegassem perto, ela se abriu com um estrondo. Passando por elas os melhores Comensais da Morte.

- Saiam de nosso caminho... – gritou Hermione em voz esganiçada.

- HU-HU... Saia você do nosso, sujeitinha de sangue-ruim.- respondeu Molfoy ameaçadoramente.

- Não se atreva a repetir isso! – disse Rony com dentes cerrados.

- Onde está Voldemort? – perguntou Harry.

- Está a sua espera Potter. – respondeu Belatriz - Mas quem receberá seus amiguinhos somos nós.

- Não tive a pretensão de achar que ele lutaria com todos nós, sendo um covarde que é... agora preparem a varinha... pois vai ser a última coisa que irão fazer. – disse Harry preparando a sua.

- VAMOS COMENSAIS! – gritou Malfoy.

- VAMOS AD!- gritou Harry.

E ambos começaram uma batalha fortíssima, onde fazia jatos de luz sair para todas as direções. Harry lutava com três comensais e sabia que com os outros não seria diferente.
A luta era desleal por parte dos Comensais com seu grande número de bruxos. Mas o pequeno grupo tinha fé e determinação, lutavam com garra de quem se é adulto, e não foi nada difícil dizer que para Harry, Rony e Hermione a batalha era facilitada tamanha a intensidade de seu poder.
Harry viu de relance Luna cair, ao mesmo tempo que Neville gritava, todavia a incessante guerra não lhe permitira olhar muito.

- Você de novo! Você já acabou com a vida de meus pais, mas desta vez vai ser diferente. – disse Neville com raiva.

- O bebê Longbotton vai chorar por causa de sua namoradinha? – perguntou Lestrange fazendo um beicinho e voz infantil.

- Não... eu vou te matar mesmo. – gritou o garoto, e uma luz muito forte saiu de sua varinha. Iluminando o Salão Principal.

A magia atingiu Belatriz que perdeu sua varinha, e totalmente sem defesa saiu correndo para atrás da porta. Neville saiu correndo atrás da Comensal, Gina, Hermione e Rony também foram, e Harry bem que tentou, mas foi impedido por seu maior rival de escola; Draco Malfoy.

- Agora, Potter, somos eu e você... assim eu me redimo com o Lord das Trevas e ainda tenho o prazer de acabar com a sua vida. – começou Draco arrogante. – CRUCIO!

- PROTEGO. Malfoy não precisa ser assim, eu não quero e nem vou matar você, é só sair do meu caminho. – disse Harry repelindo o feitiço com certa facilidade, o feitiço ricocheteou na proteção de Harry e quebrou uma vidraça.

- Jamais Potter... AVADA KEDAVRA! – gritou Draco.

- PROTEGO! – protegeu-se Harry.

- NÃO! – gritou Narcisa correndo para a frente de seu filho.

O feitiço mais uma vez ao ricochetear, agora, direcionava ao peito de Draco, mas sua mãe conseguiu chegar a sua frente impedindo-o de morrer. Sua mãe dera a vida pelo filho, e desacordada e imóvel descansava no colo de seu filho.

- Mamãe? Acorda... e-eu é... – gaguejava inutilmente Draco.

Harry olhou brevemente a cena, não fizera de propósito, aliás, nem o fizera. Apenas aconteceu, Draco havia dado corda para sua mãe morrer sufocada, porém este não deixaria barato, ele vingaria a morte de Narcisa, sim... vingaria.

- Seu.. seu... agora você morre Potter, nem que seja a ultima coisa que eu faça da minha vida, mas você morre nas minhas mãos! – disse ele fazendo um movimento com a varinha.

- ESPELIARMUS! – gritou Harry rápido, antes que o garoto fizesse alguma coisa. O feitiço lhe atingiu no rosto, fazendo desmaiar ainda com feições de ódio. Harry não esqueceria daquela promessa.

Harry virou-se para correr, mas Lúcio estava parado a sua frente apontando-lhe a varinha pelo pescoço, ficou claro para Harry que ele havia presenciado a cena, ele continha feições alucinadas e seu cabelo loiro comprido parecia um tanto acinzentado.

- Que foi Lúcio? Está com medo de me matar? – perguntou Harry em uma clara tentativa de ganhar mais tempo.

- Não brinque comigo Potter... você acabou com minha vida... – dizia ele, com mãos tremulas tamanho ódio que sentia.

- Então não estamos muito diferentes... agora você sabe como o seu Lord me fez sentir todo esse tempo... um ninguém sem nada, sem afeto ou amor. Não é o que você é agora Lúcio? – perguntou Harry.

Lúcio pareceu recuar por um instante, mas se recuperou rápido. Quando abriu a boca para convocar seu feitiço foi atingido pelas costas. Minerva o atingiu fazendo-o ajoelhar. Harry olhou-a brevemente, estava um pouco machucada e atrás vinham mais bruxos que já começavam um duelo um pouco mais justo contra os Comensais.

- Vá Harry... mate Voldemort e acabe logo com esse derramamento de sangue. – gritou ela no meio da batalha com Malfoy.

Harry não a respondeu, corria para fora do salão e pode sentir que algum bruxo lhe fazia retaguarda, pois nenhum feitiço o atingiu, olhou rapidamente para sua bússola, e a seguiu, ela apontava para a entrada das masmorras, e Harry riu-se ao pensar que lá seria o lugar ideal para uma batalha digna de Voldemort, um lugar sombrio e frio perfeito para o seu arquiinimigo.

Ouviu vozes conhecidas enquanto descia. Gritos de Gina inundaram-lhe o ouvido. Sim ele estava no caminho certo. Descia cada vez mais rápido.... mais rápido, e foi com um choque que viu Gina deitada no chão, olhou para baixo e viu uma mescla de cores. Estava acontecendo uma batalha na em baixo. Mas Harry não poderia ir, poderia?

- Gina? Acorda... não... você não pode ter morrido. – chorou Harry ao acomodar o corpo imóvel de Gina em seu colo.

- Harry? – disse ela com voz fraquinha. – Eu.. eu não to mort... você tem que ir agor...

- Não eu vou ficar aqui com você e pedir ajuda, você vai sair dessa eu te prometo... – falou Harry no mesmo tom.

- Não! Neville, Rony e Hermione precisam de você... e-eu ficarei bem... - disse ela em um só fôlego. Completamente machucada a sua respiração saia um tanto dolorida.

- Por favor não morra... eu preciso de você... eu preciso. – falou ele abraçando-a.

- Eu vou te esperar... mais uma vez. – disse ela sorrindo.

Harry depositou seu corpo delicadamente no chão, mas não conseguiu retribuir o sorriso. Doía tanto deixá-la lá, no escuro, sozinha. Se Deus existia ela não sabia, mas naquele momento ao sair correndo ele rezou com toda a sua fé pedindo para lhe salvar. Salvar o amor de sua vida.
Mais uma vez correndo e descendo as escadas, viu a porta de uma sala aberta, uma sala que ele nunca tinha estados, seus fundos davam uma saída aos jardins de Hogwarts. Harry teve que tapar a boca com força para reprimir seu grito, viu no pé da porta, de costa para ele ninguém menos que Lord Voldemort, lutando com Hermione e Rony que aparentavam bastante cansaço e lhe expunha ferimentos feios.

- Agora é a vez da sangue podre. – dizia Voldemort assustadoramente feliz. – CRUCIO!

E o grito de Hermione cortava todo e qualquer silencio que havia. Rony inutilmente resistia aos feitiços de corda em que estava preso. Sua mão esquerda estava próxima a sua varinha no chão em que ele lutava para alcançar.

- EXPELIARMUS! – gritou Harry mirando as costas do oponente.

Foi quando Belatriz pulou a sua frente e foi atingida, protegendo seu amo e senhor.

- Meu Lord... vai me deixar aqui? – perguntou Belatriz enquanto contorcia-se de dor no chão.

Voldemort olhou Harry com surpresa, e viu que atrás dele vinham mais bruxos em seu socorro. Vendo-se sozinho ele empenhou uma corrida pelos jardins, seguido por Harry que já havia libertado Rony, que este somado a Hermione seguiam Harry.

Harry, Rony e Hermione, como se ainda estivessem unidos por um só corpo conjuraram juntos um círculo de fogo, deixando-os quatro isolados da batalha lá fora.

- Seria tolice de sua parte tentar me matar agora, Harry... ainda mais depois de ver aquela demonstração de como um Lord trata crianças que ousam a desafiá-lo. – disse ele dirigindo-se a Rony e Hermione.

- Será mesmo? – perguntou Harry dando uma breve olhada a seus amigos que, estavam de mãos dadas, como se tivessem medo que algo pudesse separá-los pela vida.

- Eu sozinho não sou nada... – começou Rony erguendo a cabeça. – Posso ter apenas coragem... mas a situação muda quando estou com meu amigo Harry, e minha Hermione...

- Comovente Weasley... – disse Voldemort apontando sua varinha atento.

- Você debocha V-Voldemort, mas não sabe o que é isso... nunca vai saber o que é o amor, mesmo com todas as chances que lhe foram dadas, suas oportunidades de amar, até mesmo a vida, morrem hoje com você. – falou Hermione séria em guarda também.

- EXPELIARMUS! – gritou Voldemort com extrema rapidez fazendo a varinha de Hermione e Rony saírem voando até perder-se de vista. – Quero só ver se o amor de você vão lhes salvar agora! AVADA KEDAVRA!

- EXPELIARMUS! – gritou Harry fazendo unir a luz verde que saia da varinha de Voldemort com a luz vermelha que saia de sua própria.

Aquela ligação desgastava muito Harry, para piorar as coisas Voldemort sorria. Harry pensava consigo onde estaria a força e o poder que grifinória tinha-lhe prometido. A ligação incessante desfavorecia Harry que foi obrigado a segurar a varinha co as duas mãos, mesmo assim não pode impedir que houvesse um bom avanço da luz verde, Harry ajoelhou quase sem forças.
Sem saber o que realmente estava fazendo Rony, ajudou a segurar a varinha de Harry, e o mesmo foi feito por Hermione. Quando a varinha sentiu-se tocada pelos três, promoveu algo que parecia um tiro de canhão e imediatamente a luz que saia da varinha de Harry transformou-se em dourado forte, e quando a luz colidiu com o corpo de Voldemort milhares de chamas douradas se espalharam por todo o lado, promovendo grande fumaça.

Um raio de sol, mostrou-lhes que o dia já estava nascendo acompanhado por uma garoa fina que cobria os terrenos de Hogwarts. O círculo de fogo em poucos instantes apagou, e Rony ajudava Harry a se levantar, enquanto a fumaça abaixava. E lá estava Voldemort, morto com quase ou nenhum ferimento, deitado de braços abertos como alguém que espera eternamente um abraço. Suas feições de cobra, pareciam agora serenas, e nada a mais poderia ser feito.

- Isso que é morrer... aprenda e acostume-se. – disse Harry sem encarar o corpo inerte do companheiro no chão.

As dores de seu corpo finalmente foram libertadas e ele caiu desmaiado no chão. Hermione e Rony ajoelharam-se a seu lado preocupados, mas após um momento em que eles se entre olharam sentiram-se demasiadamente fracos, e Hermione revirou os olhos enquanto via o mundo rodar, mas não sentiu o chão primeiramente, sentiu os braços de Rony a envolver em um abraço e assim caíram deitados juntos.
O último pensamento racional que Hermione lembrou de ter, foi que já não lhe importava muito a vida ou a morte, como a incerteza do tempo em que estamos vivos é maior que o tempo em que estamos mortos, mas o amor que sentia por Rony e ele por ela, era maior que qualquer coisa. E assim desmaiou, com a sombra de um sorriso em seu rosto tão sereno.

*&*


Dias se passaram após o fim da Segunda Guerra Bruxa, dias.. semanas ou meses, ninguém atrevia-se a dizer. Foram dias de festas e dias de luto, em que muitas famílias perderam entes queridos, mas a certeza que jamais voltariam a passar por esta triste situação devolvia-lhes a vida. E as transformações decorridas do episódio foram marcantes, tal como acontece em uma revolução.
Brevemente vos conto, queridos leitores, que no momento em que Voldemort morreu, todos seus Comensais da Morte renderam-se, alguns escaparam, outros morreram, muitos encheram a prisão de Azkaban que agora não era vigiada por guardas como dementadores, estes seres foram extintos da face da Terra, mas muitos ainda acreditam que estão vagando por ai alimentando-se das desgraças alheias, mas são os mesmos que ainda acreditam no retorno de seu eterno Lord: Voldemort.
Alias, ninguém ousou a tocar no corpo inerte de Voldemort, foram recolhido todos os corpos, e resgataram todos os feridos, retiraram-lhes do espelho,e Minerva McGonagall teve a sensatez de quebrar, deixando Voldemort em seu túmulo solitário, dentro do mundo sombrio que ele mesmo tinha criado, onde a eternidade seria sua companheira.
Seria eu muito infantil se dissesse que o mal venceu o bem, não... esta luta continua incessante até os dias de hoje, onde cada ação, desequilibra os poderes, basta nós termos a razão favorecida de incentivar o lado considerado certo.
O que diz respeito aos personagens principais, eu não contarei...deixem que o último suspiro da ‘A Lenda de Grifinória’ vos conte.


*&*


Sempre atrasados... Nenhuma vez em todos esses anos eles conseguiram chegar na hora. A correria já era praticamente lei, enquanto os seis jovens corriam com suas malas para não perder o trem. Entraram no portal da plataforma nove e três quartos, e tudo estava agitado como sempre.

- Aqueles não são os heróis de Hogwarts? – perguntou um bruxo pequeno no colo de sua mãe.

Muitas vozes explodiram para recepcionar os jovens, que coraram, enquanto despediam-se dos parentes.

- Rony meu querido, você está levando suas meias novas, tem certeza de que não esqueceu? – perguntou Sra. Weasley, apertando de leve a bochecha do ruivo.

- Sim mamãe... – disse ele revirando os olhos, com uma careta de descontração. Olhou brevemente para Hermione que lhe enviava um sorriso um pouco sarcástico.

- Harry... cuide bem da minha filha, está bem? – falou o Sr. Weasley dando um aperto de mão no genro.

- Papai... acho que sou grandinha, não preciso de nenhum herói para me proteger. – disse Gina colocando as suas mãos sobre a cintura.

- Claro querida.. eu só estava brincando. – respondeu Arthur, mas abaixou o tom para que só Harry ouvisse. – Você vai protegê-la, não é?

- Ah! É claro senhor Ministro da Magia... – disse Harry lançando-lhe um sorriso radiante.

- Que isso Harry, para você eu ainda sou apenas o Sr. Weasley... – falou o bruxo rindo-se.

- Arran! Então esse é o famoso Rony Weasley, minha filha? – perguntou o Sr. Granger aproximando do ruivo a quem Hermione envolvia um terno abraço.

- Ah! Bem.. s-sim, papai, este é Ronald Weasley... – apresentou Hermione corando loucamente.

- Er... ah... m-muito prazer Sr. Granger, a Mione, quero dizer a Hermione falou muito do senhor, e... ah! Sra. Granger, Hermione sempre cita seus dotes culinários... – disse Rony passando de vermelho para branco azulado, oferecendo a mão.

- E, querida... o ruivinho aqui já está querendo filar uma comida sua... – respondeu o Sr. Granger aceitando a mão.

- Pare de assustar o garoto, Mikel, é um prazer conhecê-lo Ronald... – disse a mulher com um sorriso materno.

- É um prazer conhecê-la também... Sra. Granger. – falou Rony com um sorriso meio amarelo, estava um tanto desconfortável desde que Harry começou a sorrir abertamente do seu sufoco.

- Bom.. bom... então Sr. Weasley, quais são suas intenções com minha filha Hermione? – perguntou Sr. Granger.

- Ah... Sr. Granger, o senhor quer ficar triste ou quer que eu minta? – brincou Rony, mas vendo o trouxa fechar a cara (brincando). – Quais são as intenções de um jovem que nem sabe expressar o que sente por sua namorada? Se isso que eu sinto é amor, o que eu duvido, acho que é muito mais, acho que as minhas intenções são as melhores que posso oferecer...

- Que bom... – disse o Sr. Granger lançando um olhar forte, e sorrindo. – Bom aqui está meu cartão caso precise, de mim, porque o Senhor, senhor Rony, já pode contar comigo.

- Obrigado senhor Granger... – falou Rony enquanto recebia o cartão do outro. Que assim estava escrito:

“ Dr. Mikel R. Granger
Tenha uma razão para sorrir... consulte seu dentista”

Rony esperou a despedida dos Granger, para puxar Hermione pela mão lhe dizendo:

- Eu acho que já encontrei minha razão para sorrir...

Hermione ficou vermelha e lhe deu um selinho, quando Harry e Gina, Neville e Luna entravam no trem, ouviu-se um grito:

- ESPEREM!!! ESPEREM POR FAVOR!!!

Eles desceram rapidamente pensando que algo muito ruim estava acontecendo. Mas ao verem a imagem de Tonks chegando correndo, carregando um bebê, e Lupin meio mancando um pouco atrás sorriram.

- Desculpem o atraso... acho que vocês deveriam conhecer nosso filho antes de partir. – disse Tonks radiante.

O bebê era lindo, e incrivelmente parecido com Lupin, talvez por ser um pouco mais peludo que um bebê normal.

- O nome dele é Godrico Lupin... e ai, gostaram do nome? – perguntou Remo, tão feliz quanto podia estar.

- É perfeito! – exclamou Gina.

- É bom te ver vivo professor. – disse Harry sorrindo.

- É bom estarmos todos vivos... passaremos o Natal juntos, não?

- Claro que sim...

O apito do trem tocou... e eles não tinham mais tempo, com um abraço rápido em todos, eles entraram correndo dentro do trem, ajeitaram-se em uma cabine vazia, e ignoraram os olhares curiosos e cheios de admiração. Afinal eles continuavam os mesmos, normais.

- Irmãozinho, fiquei impressionada com sua declaração, você nem gaguejou ao falar tudo aquilo para o Sr. Granger. – brincou Gina.

- É... eu decorei tudo ontem na frente do espelho... – respondeu ele rindo-se.

- E da onde você tirou tudo aquilo? – perguntou Neville rindo também.

- Eu assisti tvelisão trouxa... alguma coisa como em uma novela disseram isso! – falou Rony ajeitando seu cabelo.

- A é?- fechou a cara Hermione. – Então foi tudo copiado... que típico Rony, você não muda mesmo?

- Estou brincando Mione... – disse ele tentando agradar, mas afinal era verdade. – Eu te amo, e não preciso de frases feitas para demonstrar o que eu sinto...

- Eu sei disso.. – disse ela deitando a cabeça em seu peito.


O resto da viagem foi muito agradável onde os três casais, se divertiram conversando, brincando, jogando... Finalmente aquela incrível férias chegara ao fim, mais um ano escolar os esperava cheio de aprendizado e conhecimento.

Se eu dissesse para vocês agora FIM! Eu estaria mentindo ou quem sabe enganando inutilmente minha razão. E se eu dissesse que Harry e Gina, Rony e Hermione, Luna e Neville, viveram felizes para sempre, me enganaria da mesma forma.
Neste 17 capítulos vocês acompanharam uma história de amor revelada por meio a dificuldades, e por ser uma história de amor está não contem final... porque o amor... o amor não acaba... o amor não tem fim!


*&*





Leitores desculpem mais uma vez a demora, ano complicado, mas que me aconteceram coisas esplendidas... espero que gostem deste capitulo e comentem...

Haverá um capitulo de considerações... espero poder contar com os comentários de vocês, e sempre agradecer esse apoio e o acompanhamento...
Vocês me fizeram muito feliz este ano!!!
OBRIGADA POR TUDO!!!

Mais que MALFEITO
FUI!!!


Mas eu volto... ;]

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