12 - A Lenda de Grifinória

12 - A Lenda de Grifinória



 Qualquer semelhança com um filme, não é plagio <

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A Lenda de Grifinória




Encontrava-se em um quarto da desengonçada casa, uma garota muito bela, passara a noite toda acordada, mas o estranho é que mesmo acordada ela tinha lindos sonhos.

Um lindo sonho onde ela era infinitamente feliz com Rony, um Rony diferente, maduro, sensível, romântico, apaixonado, enfim ele era mágico.
Sorrindo sem maiores razões, olhava para Gina, mas seus pensamentos estavam distantes, não muito, há alguns cômodos acima, mas seus devaneios foram interrompidos por uma lembrança típica de Hermione.

Hoje era o dia de falar com Lupin, explicar tudo o que estavam planejando, pedir maiores conselhos, pois o que estava na parte prática eles sabiam, e bem, mas qualquer bruxo com o mínimo de talentos sabe que há muito por traz.

Por que? Ontem a noite fora a melhor noite de sua vida, onde ela descobriu o maior prazer de todos, a maior alegria, um pouco de medo, e muito mais, ela experimentou a sensação de amar e ser amada.


*&*


Rony em seu quarto olhava sorrindo para o teto, nunca tinha reparado como eram belas aquelas rachaduras. Ria sozinho feliz, era impressionante como estava se sentindo bem, a noite passada fora perfeita, a melhor de sua vida. A melhor experiência, melhor mesmo que ajudar a Grifinória ganhar a taças das casas em seu primeiro ano em Hogwarts, melhor mesmo do que ajudar a descobrir onde estava a Câmara Secreta, voar no Bicuço ou assistir a final da Copa Mundial de Quadribol, fazer a defesa da vitória ou aparatar pela primeira vez, nada era comparado com aquele beijo, aquele sentimento, aquela companhia, aquele carinho.
Remexia-se confortavelmente em sua cama, seus pensamentos foram acomodando em uma bela e preciosa lembrança, na qual jamais esqueceria... NUNCA!

Ainda sorrindo suspirou alto, sentia-se bem assim, estava tranqüilo, alias, estava tão tranqüilo que quando ouviu berros pelo corredor, caiu da cama em um baque surdo. Sentiu seu estômago dar uma reviravolta, algo muito ruim estava acontecendo.


- NÃO! Não pode ser... – Rony ouviu uma voz feminina gritar, a voz era conhecida e estava muito descontrolada.

- Acalme-se Tonks... tudo a de acabar bem. – tentava acalmar, a voz que era conhecida por ser da Sra. Weasley.
- COMO ME ACALMAR MOLLY? Ele foi atacado e pode morrer, e tudo isso é minha culpa.

- Não foi sua culpa, e se desesperar não vai ajudá-lo.- falou a Mãe em tom paciente, tentando reconfortá-la.

- Então por que há cinco anos quando Arthur foi atacado você não se acalmou, hein? Me deixe Molly...

Ao ouvir a briga, Rony não pensou duas vezes ao abrir a porta para ver o que de fato estava acontecendo. Quando chegou no local viu que seu pai já tinha chegado, e tentava acalmar os ânimos. Gina estava abraçada com Harry que estava mais pálido que o normal, viu também uma Hermione descabelada, obviamente todos acabaram de acordar.
Ela tentava domar inutilmente as mechas de cabelo rebeldes, sentia-se envergonhada por sua aparência, mas Rony pensava que se ela a achava feia assim, imagina só quando ela se sentia bonita? Rony sorriu.

- Acalme-se Tonks, descontar em quem te quer bem, não vai resolver o problema. – Falou Sr. Weasley firme.

- Você tem razão Arthur, me desculpem, eu não me sinto bem e estou descontando em vocês.- disse a garota pálida.- Eu não me sinto...

Mas não conseguiu terminar a frase, Tonks desmaiara na frente de todos. Rony com seu bom reflexo adquirido no quadribol evitou uma dolorida queda.

As garotas deram alguns gritos agudos de susto, enquanto a Sra. Weasley deitava ao lado do corpo de Tonks tentando reanima-la.

- O que houve com ela?- perguntou Harry assustado.

- Não é hora para explicações Harry, depois a gente explica tudo, mas agora não é hora.- respondeu o Sr. Weasley por cima do ombro apurado.

- O que podemos fazer para ajudar? Perguntou Hermione eficiente.

- Por enquanto, esperando e não fazendo perguntas, Harry e Rony me ajudem a carregar Tonks até o quarto mais próximo.

- Vamos, o meu é logo ali...- disse Rony se apressando ao abrir a porta.

As meninas os acompanharam meio pálidas, até quando acomodaram Tonks na cama, todos preocupados esperavam, ela se recuperar.

- O que vocês estão esperando?- falou a Sra. Weasley em tom bravo. – Vão lá, fora, para o corredor, JÁ!

- Mas mãe...- contestou Gina.

- Mas nada mocinha, já para fora! AGORA!

Os garotos saíram assustados, acharam bom não discutir, assim seria melhor. Enquanto esperavam, aproveitaram para conversar sobre tudo o que estava acontecendo naquele dia totalmente estranho, que ainda mal começara.

Hermione convocou quatro cadeiras, e em roda se arrumaram, Gina e Harry de mãos dadas e preocupados, e Rony e Hermione que se distraiam com caricias, meio distantes, pensativos.

- E ai gente, o que vocês acham que esta acontecendo? – perguntou Harry acabando com o silencio.

- Será que não é óbvio? O Lupin deve ter sido atacado, e pelo jeito é meio grave. – falou a garota com voz fria.

- Não pode ser, não pode... – comentou Harry mais para ele mesmo do que para os outros presentes, estava se sentindo cada vez pior.

- Claro, e eu aposto o que vocês quiserem que foi Greyback, aquele nojento. O Lupin não estava espionando o grupo de lobisomens?- disse Gina parecendo ter matado a charada.

- Foi isso, o descobriram, e o atacaram... – falou o garoto levando a mão a testa, sentiu repentinamente uma pontada em sua cicatriz, como se fosse um sinal de afirmação do que tinha acabado e falar.

- Você está bem, cara?- perguntou o ruivo preocupado.

- Sim. – disse Harry retirando a mão da testa. – Ah, pensando bem... eu não estou não...

- O que você sente? – segurando o garoto pelo braço.

- Uma... dor... forte... aqui! – disse Harry caindo no chão ajoelhado, suava frio e respirava todo descontrolado.

- HARRY! HARRY! – o garoto ouvia vozes gritando, quando ia vagarosamente perdendo os sentidos, as cores se difundiam a sua frente, e os sons se misturavam, foi ficando escuro e ele desmaiou.

Sentiu uma dor tão forte, que sentiu seus olhos virarem descontroladamente, e ele gritava loucamente, mas de repente tudo parou, sentiu uma mão fria em sua testa, tudo o que estava sentido de mal, se foi. Se alívio foi imediato e ele conseguiu abrir os olhos.
Viu que Gina o acariciava com uma cara meio desesperada.

- Harry, você está bem?- perguntou a ruiva preocupada.

- Enquanto você estiver aqui, eu estarei bem. – disse Harry sorrindo.

- Olha isso Mione, ele já está melhor, está até fazendo aquelas piadinhas sem graças.- falou Rony rindo gostosamente.

- O que houve Harry, o que ele está sentindo? – perguntou Hermione séria. – O que Ele está sentindo?

- Ódio, acho que tão forte que ele não conseguiu esconder isso de mim. – disse Harry sentando-se.- Acho que Ele já sabe que descobrimos as horcruxes.

- Mas, e a morte de Dumbledore, será que não afetou nada em seu humor? – perguntou Rony.

- Pelo jeito, não... – falou Harry, triste.

- Mas não pode ser, é uma grande vitória, agora, nada o impede de invadir Hogwarts e até o Ministério.- dizia Hermione absorta em pensamentos.

Rony abriu a boca para comentar o caso, mas foi interrompido pela entrada repentina de sua mãe, Molly saiu do quarto com aspectos doentios, a ruiva estava com uma cara péssima de profunda aflição.
- O que aconteceu mamãe? – perguntou Gina levantando-se para ficar na altura da outra.

- Ninfadora passou mal, mas já recuperou os sentidos, apenas está descansando um pouco. – falou ela em tom claro.

- O que houve para ficar desse jeito? – indagou Rony.

- Vocês são muitos jovens para entender... nada que disser vai melhorar a situação, é só. – disse Sra. Weasley brava com tantas perguntas.

- Isso não é justo, nós já somos maiores e tudo, temos todo o direito de saber. – argumentou Harry tão bravo quanto.

- Quem diz o que é justo por aqui? – perguntou Molly em tom de ameaça.

- Eu não sei agora, mas antes era Dumbledore, e se ele estivesse vivo, nos contaria tudo, pois confia na gente.- disse Harry tão rápido, percebeu que suava febrilmente, e tremia a cada palavra dita.

A Sra. Weasley pareceu perder-se nas palavras de Harry, obviamente se afetando, e intimamente, concordando com o garoto, mas assim que se recuperou, colocou as mãos sobre o quadril.

- Não é questão de confiar ou não, é questão de manter assuntos importantes entre poucas pessoas.- falou Molly.

A porta novamente se abriu, o Sr. Weasley saiu e começou:

- Deixa querida, eu conto a eles.

- Mas combinamos que...- dizia ela brava.

- Deixa Molly, eles merecem saber, e vão descobrir de qualquer jeito, se é que eles ainda não sabem. – disse o pai, em seu velho tom de brincadeira.

- Eu vou ver Ninfadora... – falou ela brava entrando no quarto, saiu resmungando.

- O que aconteceu Sr. Weasley? – perguntou Harry rapidamente.

- Ocorreu uma falha em nosso plano, uma falha grave, Lupin foi descoberto no meio do bando de lobisomens, eles quase o mataram, Remo foi para o St. Mungus em estado grave... – disse o ruivo triste e desanimado.

- Mas como o descobriram?

- Seguiram Remo e o viram se encontrando com Tonks lá em Hogsmide, não perdoaram e o atacaram lá mesmo, covardes, única coisa que Lupin conseguiu fazer foi proteger Tonks, por isso ele foi atacado e bom... está mal, muito mal. – falou Sr. Weasley sentando em uma das cadeiras, ele queria muito chorar, sentia que a derrota estava próxima. – Estamos morrendo pouco a pouco.

- Isso não vai mais acontecer...- prometeu Harry deixando uma lágrima escapar.

- O que disse Harry?

- Nada, ele não disse nada, está com febre, deve estar delirando.- falou Hermione com um olhar repreensivo ao garoto.

- Ok, eu vou lá ver se a Molly precisa de ajuda.- falou Sr. Weasley virando-se, mas lembrou de algo e disse: - Façam as malas, nós vamos para a cede da Ordem, nenhum lugar é mais seguro, talvez nem lá...

- O que? Nós vamos abandonar a Toca?- perguntou Rony mais alto d que pretendera.

- É Rony, e agora vão, eu não vou repetir de novo. – disse o pai bravo, mas vendo a revolta do ruivo, continuou. – Não me traga mais esse problema filho.

- Mas pai...

- Eu já disse.


O sr. Weasley entrou novamente no quarto. Os garotos ainda assustados com tantos acontecimentos, choravam com medo de tudo o que estava acontecendo, todos choravam menos Rony, ele tinha vergonha. Desde a volta de Voldemort, só acontecia coisas ruins, mortes de conhecidos, ataques, invasões, tristezas, lágrimas...

- Bom, e então gente vocês vão arrumar as malas? – perguntou Gina enxugando as lágrimas.

- Não agora, eles estão no meu quarto. – disse Rony triste. – Não acredito que vamos fugir!

- Não vamos a lugar algum. – falou Hermione, virando-se de costas.

- O que?- perguntou Harry.

- Vocês não entendem? Terá que ser hoje. – disse Hermione séria.- Terá que ser hoje, o dia chegou, e é hoje.

- O que? Sem maiores instruções? Você deve estar louca, esqueceu que é de nossas vidas que estamos tratando? – perguntou Rony assustado com o tom frio da garota.

- Não Rony, não é só de nossas vidas que estamos tratando, é de todas as vidas de quem amamos. E o que você acha? Que se contarmos para alguém, eles não vão nos impedir? – perguntou a garota ofendida com Rony.

Rony repentinamente ficou mudo, sua garganta estava seca e ele não sabia o por que. Gina levou Harry para seu quarto, seu mal estar aumentara depois da noticia de Hermione.

O silêncio era cortado pelo soluço de Hermione que retomara seu choro, ela olhava fixamente para Rony, mas este olhava para qualquer lugar menos para a garota. Sentia-se mal por faze-la sofrer, mesmo que sem querer, e agora estava lá evitando a garota que mais amava, a única que realmente amou.

- Você acha que eu não sinto, não é mesmo? – perguntou ela em meio a soluços.

Rony se aproximou ainda não ousando a encara-la, era muito para ele insistir naquela bobagem, ele realmente não estava bem, e nem ela, não era momento para brigarem, apesar que Rony e Hermione sempre arranjavam momentos para brigarem, mas esta vez era diferente. Agora que estavam juntos, ele não deixaria nada de mal acontecer.

- Não... não era isso, eu estava nervoso, me desculpe, eu não quero te fazer sofrer, me desculpe esta bem?- desculpou-se Rony triste.

- Mas Rony...


Mas ela não conseguiu terminar sua frase, foi tomada por um beijo de seu ruivo, e se entregou ao gesto de amor e carinho.

- Você está com medo? – perguntou Rony abraçando sua garota, estava bem melhor em contato com ele.

- Eu só tenho medo de ficar sem você... – disse ela, retomando o choro, sentindo o cheiro de seu amado.

- Isso nunca vai acontecer, você entendeu? Eu nunca vou te deixar. – falou Rony triste, segurando o rosto da garota fazendo o olhar diretamente em seus olhos azuis.- Eu sempre estarei com você... onde estiver.

Eles se beijaram novamente, o ruivo sentiu-se melhor depois do beijo, de volta as pazes com a menina que ama. Era muito gostosa aquela sensação, seus lábios formigavam prazerosamente em contato com os dela. Com ela não podia ser diferente, sentia constantes ondas quentes subindo e descendo pelo seu corpo.
Ficaram algum tempo assim, para eles, o tempo deveria ter parado pois sentiam-se bem, e agora estavam mais confiantes com seu destino.

- Bom eu vou perguntar para minha mãe que horas eles vão embora... – disse Rony em uma voz rouca, ainda não conseguindo parar de olhar para Hermione.

- Tudo bem, eu vou ver se Harry já está melhor. – falou a garota já saindo. O ruivo observou Hermione descer as escadas e então seguiu para o seu quarto.

Rony bateu na porta pacientemente, e ouviu uma voz brava que ele reconheceu ser de sua mãe, dando permissão para entrar. Entrou olhando para seus sapatos, ainda estava bravo com a atitude dos pais, após olhou para Tonks deitada sobre sua cama.
Ela estava muito pálida e tinha leves hematomas, como pequenos arranhões e alguns roxos, mas a Sra. Weasley já estava tratando.

- O que você está fazendo aqui? – perguntou a mãe sem paciência, parecendo se incomodar com a presença do garoto.

- Vim perguntar que horas vamos. – falou ele ainda observando Tonks que não parara de chorar, neste momento Rony sentiu compaixão com a auror, sabia o que ela estava sentindo, há dois anos era ele chorando por seu pai, quando fora atacado.

- Vem Minerva, Rúbeo, Madame Máxime, Moody, Gui, Fleur e alguns outros aurores novatos da Ordem. – falou a Sra. Weasley se atrapalhando na resposta.

- Tudo bem, mas... que horas?

- Eles vem para o almoço. – disse a mãe desanimada. – Vamos, eu te acompanho, preciso começar a preparar tudo para recebe-los, e também preciso arrumar algumas coisas.

Ele saiu com a mãe, desceram juntos as escadas, o ruivo parou e segurou o braço da outra, fazendo-a parar também. A mãe pareceu mais uma vez se irritar com o gesto do filho, mas quando ela abriu a boca para começar a discutir, Rony simplesmente a abraçou, a ruiva achou a atitude muito estranha, e por mais que soubesse que seu filho a amava, conhecia também sua dificuldade em demonstrar seus sentimentos.

Não se demorou muito em se separar, o ruivo saiu correndo para o quarto onde todos estavam sem olhar para traz. A Sra. Weasley teve a certeza que Hermione teve muita participação na mudança de comportamento do filho, e mais que nunca abençoou esse namoro, porem ao ver Rony se distanciar ficou com medo, não sabia o porquê, mas teve medo de nunca mais poder abraça-lo. Após um tempo pensando, ela foi para a cozinha.

Rony chegou ao quarto rapidamente, viu Harry descansando no colo de Gina, e mais frente se encontrava Hermione olhando o sol se escondendo sob as nuvens pela janela.

- E ai cara, como você se sente agora? – perguntou o ruivo parando na porta.

- Bem melhor... – respondeu o amigo, com um sorriso amarelo.

- Que bom... – comentou Rony distraidamente, enquanto observava a costa de Hermione.

- Que horas vamos? – falou Gina.

- Para o almoço, e pelo jeito vem a Ordem inteira para nos buscar, quero dizer, para buscar você e nossos pais.

- Rony eu preciso falar com você, a sós... – interrompeu Hermione.

- Tudo bem. – falou ele sem graça, pois viu de canto de olho que Harry rira abertamente.

- Harry quando voltarmos, bem... já vai ser para irmos para o Morro da Lenda. – disse a garota em tom firme, enquanto se virava para encara-lo.

- Ok, eu estarei pronto. – respondeu Harry sem conseguir olhar para a mesma.

Hermione puxou Rony pela mão enquanto passava pela porta. O ruivo seguiu o caminho inteiro em silêncio, ele tinha um pouco de medo quando Hermione agia daquele jeito, séria. Assustou-se um pouco quando ela indicou para entrar em um pequeno cômodo, que ele reconheceu ser o armário de materiais escolares velhos, sorriu em pensar que aquilo era bem coisa de Hermione.

- O que foi? – perguntou o garoto curioso.

- É, bem, eu queria te dar isso... – disse ela enquanto retirava um belo colar de prata de seu pescoço, após abriu a mão de Rony e o depositou nela.

- Mione é muito bonito, mas eu não posso aceitar. Eu não vou aceitar! – falou ele devolvendo o colar para a mão de Hermione.

- Vai sim! Não é uma daquelas jóias passadas de geração para geração, na verdade nem é uma jóia, este colar já passou por várias famílias antes de chegar a mim, e tem uma historia. – começou ela olhando fixamente para Rony. – Cada pessoa que ganhou este presente, tem o dever de escolher e dar esse colar para uma pessoa, no tempo que desejasse, mas essa pessoa tem que ser diferente, tem que ser especial, e bem, a minha hora chegou, e essa pessoa é você Rony.

O garoto olhava fixamente para Hermione, ouvindo atentamente suas palavras.

- Eu te escolhi, porque você é a pessoa que eu mais amei, e que vou amar para sempre... – disse ela abaixando a cabeça, estava muito envergonhada, nunca dissera nada parecido para alguém, e agora as palavras que saiam de sua boca parecia ter vida própria.

- Obrigado, isso é realmente... não sei. – falou ele emocionado, não sabia o que responder, porque em sua presença todo e qualquer pensamento sumia, ele resolveu falar a verdade. – Como você consegue?

- Consegue... consegue o que? – perguntou ela sorrindo.

- Me fazer sentir especial... – disse ele em sussurro, a garota novamente colocou o colar em sua mão, desta vez ele o aceitou e sem jeito disse: - Desculpe, eu não tenho nenhum presente.

- Você é meu maior presente...

Rony mais uma vez ao ouvir aquelas palavras, que ele sentia ser tão pura e verdadeira, a abraçou fortemente, como se por nada desse mundo a deixasse ir embora. As lagrimas começaram a se formar nos olhos castanhos da garota.

Ele sabia que tinha o dever de se entregar a sentimento, mas seu orgulho não o permitiu chorar, mas sentiu-se tão infeliz, que teve a leve impressão de ouvir explosões em seu peito. Rony sabia que Hermione também se sentia assim, pois se uma coisa ele tinha aprendido com Hermione é que depois de algum tempo de convivência com uma pessoa que você ama, você acaba tendo a mesma reação para determinadas situações, ou começa a sentir da mesma forma, como se fossem um só.

Beijou a testa da garota, que agora soluçava, olhou-a diretamente aos olhos, e notou a tristeza em seu olhar. Beijou-a docemente a boca, transformando quase instantaneamente aquele momento triste, em belo.

O beijo primeiramente calmo, foi se transformando pouco a pouco em mais íntimo e mais caloroso, separaram-se no momento seguinte negando aos seus corpos o pedido de prosseguir. Agora estavam mais felizes e confiantes, com a certeza de que por mais terrível que poderia ser, estavam fazendo a escolha certa.

Saíram do pequeno cômodo, e seguiram de braços dados para o quarto. Hermione se adiantou a bater na porta com nó nas mãos. O ruivo teve a impressão de ver a mãos de Hermione tremerem um pouco ao bater.

Abriram a porta e viram Gina e Harry se abraçando fortemente, tal como Rony e Hermione fizeram a momentos antes. Rony pigarreou alto para que eles notassem sua presença. Harry olhou assustado para eles, Gina os olhou, seus olhos estavam vermelhos, obviamente também chorara.

Harry se levantou sem encarar a ruiva, estava com aquele olhar decidido que Rony e Hermione tanto conheciam, chegaram até ver um brilho estranho em seu belo olho verde. Deu alguns passos em direção a porta, mas foi segurado pela fria mão de Gina. Olhou-a intrigado, mas sabia perfeitamente o que ela queria dizer com aquele olhar, então falou:

- Eu não vou deixar você ir...

- Desculpe Harry, mas eu vou. – respondeu Gina firme.

- Não vai não, Gina o que você quer? Que eu te deixe ver tudo? NÃO! Vai ser muito difícil para mim e para você... vamos evitar isso. – tentava argumentar Harry.

- Você disse que me ama, e se realmente me ama, tem que confiar em mim, permitir que eu possa te apoiar nesse momento. – disse a ruiva muito séria, colocando as mãos sobre o quadril.

Harry olhou diferente, como se pensasse em cada palavra da garota, ele sabia que não valia a pena discutir, ainda mais com aquela ruivinha teimosa. Ainda a olhando ele sorriu.

- E eu te amo...

- Então vamos? – perguntou Hermione timidamente.

- Os quatro? – completou Rony.

- Sim... é claro. – falou Harry segurando a mão de Gina.

Pegaram as vassouras e escondidos partiram para o Morro da Lenda.

Gina foi na garupa de Harry que se deixava agarrar pelas mãos frias da garota. Hermione seguiu com Rony, segurando-o com força, eles fizeram essa viajem de vassoura já a algum tempo mas a garota ainda tinha o medo da primeira vez.
O caminho todo foi aquele velho e conhecido silêncio.

Chegaram lá, desceram das vassouras e seguiram para o ponto mais alto do Morro. Harry, Hermione e Rony se adiantaram na roda e se olharam diretamente nos olhos. Gina um pouco a traz do grupo conseguia sentir a habilidade de cada um, tal como era descrita naquele livro. Hermione com olhar atento, demonstrava que estava pensando em algo, sabedoria, obviamente já caracterizada e reconhecida desde seu primeiro ano em Hogwarts, quando ganhou 50 pontos pelo seu raciocínio em momento tenso. Em Rony, Gina demorou a acreditar que sua principal habilidade era a coragem, pois sempre conviveu com um irmão que morria de medo de aranhas, mas após várias conversas com Hermione, assustou-se em saber de histórias onde ele era sedento por novas aventuras e encrencas, onde Rony mesmo machucado protegeu seu amigo, onde certa vez enfrentou Snape pois ofendera Hermione, e também enfrentou seu maior medo, entrando em uma floresta com aranhas gigantes, e por tudo isso ela o respeitava, e viu também que seu olhar dos três era o que demonstrava maior confiança. Seu olhar demorou quando repousou em Harry, que apertava sua varinha com força enquanto olhava para o horizonte, era nítido o seu poder, dava até para sentir, ninguém contestava esse poder, pois com seus onze meses de vida enfrentou e destruiu o maior bruxo das trevas daquele tempo, e em cada ano em Hogwarts, todos os anos enfrentava constantemente perigos mortais, como trasgos, serpentes, dementadores, dragões, e Comensais da Morte, e tudo o que ele chamava de sorte, era todo o seu talento e seu poder camuflado em uma parede que estava preste a ser derrubada, ele sentiu que estava sendo observado e então retribuiu o olhar.

Estavam já preparando as varinhas nas mão e se voltando para suas posições, quando de repente Gina saiu correndo e deu um abraço tão forte em Harry que quase o derrubou. Se beijaram vivamente com uma certa dor.

- Me espere... – pediu Harry. – Me espere, por favor... eu te amo!

- Eu vou te esperar... também te amo.


Rony e Hermione se afastaram.

- Mas se por acaso der errado, não fique triste, eu quero que você seja muito feliz, porque eu... – disse Harry em um fôlego só.

- Não Harry, vai dar certo, vai dar tudo certo... eu te prometo. – interrompeu a garota confiante. E mais uma vez se beijaram.


*&*


Enquanto Harry ainda se despedia de sua ruiva, Rony, seu melhor amigo acariciava levemente o rosto de Hermione, sua melhor amiga, como podia? Duas pessoas com tantas diferenças e tantas brigas, puderam um dia desenvolver o mais verdadeiro dos sentimentos... o Amor.

Rony em silencio não conseguia olhar para Hermione, olhava apenas as mãos tremulas da garota que agora se entrelaçava a dele. Ela respirou fundo para chamar sua atenção, ele olhou-a brevemente, mais uma vez não conseguiu encarar aquelas lágrimas que desciam pela bochecha corada da garota. Ele apenas a puxou para um abraço forte tomado pela dor e sentimento. Hermione se soltou e olhou para Rony, poderia jurar que tinha visto uma lágrima se formar nos olhos do garoto.

- Rony... você está chorando? – perguntou Hermione com timidez.

- NÃO! – respondeu ele tão rápido que quase nem esperou Hermione terminar de fazer a pergunta. – Claro que não... homem não chora. – disse ele ao se virar.

- Mas é claro que chora. – falou ela triste em vê-lo assim. – Chora quando está com medo.

- Ou quando ama... – completou ele virando-se novamente para encarar a garota, agora não fazia mas questão de esconder seu sentimento.

Hermione sorrio, feliz pela demonstração de amor que Rony acabara de te dar, mas seu sorriso era tão sem vida, que ele chegou a duvidar se era realmente um sorriso. Ficaram algum tempo se olhando, apenas se olhando, apesar que em suas trocas de olhares conter mais carinho e mais amor que qualquer casal jamais experimentara, não, talvez Harry e Gina já tinham passado por isso, mas não do jeito de Rony e Hermione, o jeito deles era diferente, era especial, era apaixonante. O ruivo ainda chorando em silencio puxou a garota para mais um terno abraço, em que Hermione dedicou-se fielmente a demonstração de amor, apertando-o com tanta força e com tanto desejo que a separação seria impossível, no mínimo tão dolorosa que a vida de um sem outro não teria o mínimo de sentido, pois mesmo com tantas diferenças, eles juntos se completavam. Mas como nossa sábia Hermione sabia que estavam entrando em um caminho que não haveria mais volta, separou o abraço e aceitou a caricia sobre a face, onde Rony limpava as lágrimas da garota e as impedia de deslizar. Hermione o olhou mais uma vez e sorriu, puxou sua mão e se virou, já era hora de partir.

Foi quando Hermione deu o primeiro passo que ela sentiu o peso do corpo de Rony, pois este não se movera um passo do lugar onde estava e a impedia de prosseguir, virou-se e viu que o garoto olhava calmamente para o céu.

- Rony... temos que ir, agora. – disse ela com tristeza.

- Me desculpe mas... é que eu preciso tanto te falar, o quanto ter você me fez viver, eu não poderia mais adiar, tinha que te dizer agora. – disse Rony olhando para garota de maneira profunda.

- Eu te amo...- sussurrou Hermione.

- Eu também te amo...

E dizendo essas que eles temiam ser a ultima declaração de amor, eles se beijaram docemente, tristes.

Voltaram até o local onde Harry e Gina estavam, Hermione e Rony receberam um caloroso abraço da ruiva e assim se adiantaram para desta vez não serem mais interrompidos.
Concentrados, eles trocavam olhares tensos enquanto empunhavam a varinha em suas mão. Seguiram para suas posições, onde Harry ficava no meio e Rony e Hermione nas pontas, um de cada lado de Harry.

- Vamos gente... esperem o “já”. – disse Hermione com sua voz um pouco tremula. – No um, dois, três e JÁ!


FUSIC INTERALMANTUS!

Com movimentos perfeitamente coordenados, eles iniciaram o feitiço, giraram e sacudiram a varinha, e após, levantaram os braços com firmes movimentos. Uma aura de poder foi conjurada sobre os corpos dos garotos. A de Harry era dourado-ouro, e de Rony e Hermione era o mesmo tom vermelho-sangue.

E quando os três apontaram para o centro, em um ponto comum,as varinhas tremiam intensamente, o que forçava a segurar com as duas mãos, e sentiram seus corpos queimarem em chamas, provocando gritos de dor.
Sentiram uma grande força os puxando do centro de seus corpos. Rony e Hermione firmaram os seus pés na grama, porque a força neles era de maior pressão, mas não foi o suficiente, seus corpos se desprenderam do chão, e foram com uma grande velocidade ao corpo de Harry, os garotos fecharam os olhos temendo o impacto. Estavam com tanta velocidade que o que era para ser um choque, foi a união dos três corpos que provocou uma grande corrente de vento, tão forte que chegou a derrubar Gina. Quando se levantou e olhou novamente, viu apenas um imponente leão dourado, e dando um forte rugido ele se desfez em chamas.

Gina olhou com mais atenção enquanto levantava-se, muito assustada, procurou algum sinal de vida, mas nada encontrou, ela já entrando em desespero aproximou-se do local.
O medo que alguma coisa dera errado era evidente em seu olhar. Chegando ao local, a única coisa que conseguiu ver foi as marcas dos sapatos dos garotos e um monte de cinzas espalhadas.
Ajoelhada na grama quente, ela não pode evitar as lagrimas que pediam para se libertar, em pouco tempo já chorava alto, triste pela certeza da perda e tomada pela dor, sentiu-se só. Sabia que as chances realmente eram mínimas, mas com tantas horas de treinamento, e dias após dias sem desistência, aquela situação chegava a ser injusta.
Como aquilo podia estar acontecendo?
Perdera em alguns instantes três das pessoas que mais amou em sua vida, Hermione sua sempre fiel e melhor amiga, Rony seu atrapalhado irmão e Harry o amor de sua vida. Chorando cada vez mais alto com aflição da partida, ela se deixou culpar por não ter contado aos seus pais, para que os impedissem. Fiel até o ultimo instante, mas o que adiantava a fidelidade agora?
Estava tão entretida em seus devaneios que mal deu atenção a m forte vento que soprava, levantando todos os grãos de cinzas que flutuavam no ar, o vento fazia as cinzas dançarem em um belo redemoinho.
Curiosamente o redemoinho foi tomando pouco a pouco em uma forma humana, as formas humanas que continuavam a girar cada vez mais rápido, e uma luz ofuscante obrigou Gina fechar os olhos. Quando tornou a abri-los, viu um jovem ajoelhado na grama verde.
O garoto se levantou e olhou para Gina, ela viu que ele tinha mais ou menos a idade de Harry, Rony e Hermione, por volta dos 17 anos.
Pele clara, ombros largos e particularmente forte, o rapaz caminhava em direção a Gina, que deixava sua boca semiaberta, pois ainda estava muito assustada.
A postura correta, o jeito seguro, ar astuto e também leves ondulações em seus cabelos deixava marcante a características de Hermione. Características também marcadas pela presença de Rony, no leve tom ruivo de seus cabelos, o ruivo escuro-quase moreno, e uma grande habilidade ainda escondida pelos passos firmes do jovem. Mas a característica mais forte e marcante eram seus belos olhos verdes vivos, que lembravam os olhos de Harry, não, eram iguais aos de Harry.

Apenas uma coisa o tornava diferente de Harry, Rony e Hermione, era aquele jeito sério, só pela sua expressão, dava para ver que o garoto não gostava de brincadeiras ou algo do tipo. Gina inevitavelmente lembrou de Snape, mas ele não continha a arrogância, e o olhar petulante que Snape tinha de sobra.
A ruiva se levantou da grama verde, cerrou os olhos intrigada, será que este continha a memória de seus amigos? Será que ele a reconhecia?

- Não, me desculpe, eu não me lembro de você... – disse o jovem educado.

Gina assustou-se dando um passo para traz, ele lhe respondera sem que ela perguntara nada. Ele lera sua mente.

- Não tenha medo, eu não vou machuca-la. – continuou o jovem gentilmente, porem ainda sério. – Sei que é bruxa, eu posso sentir, peço que me leve aos seus pais, ou se não tiver, a algum bruxo maior de idade...

- Claro que tenho pais, você não se lembra? Molly e Arthur Weasley, ruivos, pobres e gentis, tem que se lembrar. – pediu Gina um pouco desconfiada.

O rapaz piscou rápido, fleshs de imagens de uma senhora bondosa, ruiva e ligeiramente gordinha, um pouco brava, e um senhor ruivo gentil e muito esforçado, via o causal com uma grande admiração. De repente uma forte dor de cabeça tomou conta do garoto, o rapaz gritou de dor. Algumas de suas lembranças voltavam muito rapidamente e isso o perturbava.

- AH! – bufou ele de dor, apertando com mais força a mão sobre a cabeça. – NÃO ME DIGA NADA! Por favor, não estou pronto ainda... para ouvir.

- Tudo bem, tudo bem, acalme-se. – pediu Gina. – Você está melhor?

- Estou... obrigado. – disse ele abrindo os olhos lentamente. - Por favor, agora me leve aos seus pais.

- Tudo bem, vamos de vassoura, e me siga, não é muito longe. – disse Gina montando na vassoura que outrora pertencera a Harry.

- Ok, eu estarei bem a traz de você. – falou ele enquanto montava a vassoura de Rony.

O vôo foi bem rápido e silencioso, Gina olhava constantemente para trás, mas continuava sendo seguida fielmente pelo belo jovem, e após constatar que mesmo depois de aumentar sua velocidade, o bruxo ainda a seguia em uma distancia considerável. Isso era incrível, pois sua nova Firebolt era super veloz e a vassoura de Rony não era nada de mais. Vocês devem estar se perguntando, nova Firebolt? Sim, Harry a deu antes de partir, e ela faria o melhor possível com aquele bem.

A chegada a Toca fez o rapaz sentir novamente dores fortes de cabeça, estas um pouco mais leve do que as do Morro da Lenda. Inspirando lentamente e ainda muito sério, abriu a porta sem usar suas mãos, não esperando nem Gina entrar antes dele. Não era questão de ser mal educado, não... ele apenas tinha um pressentimento ruim.

Sentiu um forte cheiro de comida, galinha ensopada, o curioso era que seu nariz já se acostumara com aquele maravilhoso cheiro. Ouviu conversas e vozes alteradas, pelo jeito, já sentiam a falta dos garotos.
Gina entrou antes que o jovem, sem ação olhava para os próprios sapatos gastos. Sua mãe a viu, e seu rosto se transfigurou de preocupada para brava - raivosa, mas quando se aproximou o bastante, gritos não saíram de sua garganta, e nem tapas de suas mãos, apenas uma apertado e delicioso envolvia a jovem de cabelos de fogo, apesar que todos os presentes a olhavam com um olhar repreensivo.

- Você está bem, minha querida? Por que fez isso comigo? Onde está seu irmão, Harry e Hermione? – perguntou a mãe num fôlego só.

- Calma mamãe, eu estou bem...

- IMPEDIMENTA!

- EXPELIARMUS!

- ESTUPORE!

- ESTUPEFAÇA!

- PETRIFICUS TOTALUS!

Gritaram os jovens aurores, enquanto apontavam a varinha a um jovem rapaz que entrou em silencio no cômodo. Várias luzes voavam em sua direção.

- PAREM!!! Ordenou Moody em voz rouca.

Uma fumaça cinza havia tomado conta do local, há essa hora o jovem já deveria estar
morto, pois foi atingido com vários feitiços ao mesmo tempo.
Todos os presentes cerraram os olhos para ver a situação do jovem. Quando a fumaça se espalhou, permitiu que todos conseguissem olhar.

Viram um jovem de vestes branca, com feições sérias mas belas, que estava com o braço esticado mostrando a palma de sua mão, ao julgar pelo seu estado sem ferimentos ou como nem tinha se sujado com a fumaça, dava a entender que simplesmente repelira todo os feitiços sem varinha e sem pronunciar uma só palavra.
Os olhos se arregalaram enquanto o jovem se aproximava.

- Oh! Meu Deus... – comentou Minerva deixando o copo se estilhaçar no chão, quando caiu.

- Não pode ser. – disse Hagrid entre sua emaranhada barba.

- Ele é... – falou McGonagall com a mão sobre a boca – você é...

- GODRICO GRIFINÓRIA! – disse Moody sentando-se com o susto.- Mas como?

- Sim senhor, supondo que seja Alastor, não é? – disse o rapaz mais uma vez infiltrando-se na mente do bruxo.

- Sim, mas... eu...

- Não se deixe enganar Moody, pode ser um impostor – disse Tonks pálida, obviamente perdera a confiança em todos, após o acontecimento de manhã.

- Desculpe, mas sei que sente o quanto não sou impostor,... – dizia o jovem em voz grossa.- Agora vou me apresentar; sou como dizem Godrico Grifinória, um dos fundadores da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. E estou de volta.
- Mas isso não é possível. – começou Moody com seu olho de vidro girando pateticamente. – Você não é da nossa época, você não pode estar vivo, ao menos que alguém...

- Fizesse o Extremo de Três em Um.- completou Minerva encrespando os lábios.

- Você é a Lenda de Grifinória! – disse Arthur, de repente parecendo muito assustado e preocupado.

- A Lenda de Grifinória? – perguntou uma bruxa negra com sotaque puxado.

- É Rita, a famosa, porém ha algum tempo esquecida Lenda de Grifinória. – disse Minerva muito pálida. – Este é um dos feitiços mais poderosos e perigosos que existem em nosso mundo, é uma união de três corpos, mas muito mais que isso, é o encontro de três almas que se unem em um só corpo, mas para isso as três pessoas tem que ter habilidades distintas, que se completem, se conseguirem fazer tudo isso, haverá a criação de um poderoso guerreiro, extremamente forte.

- Por Merlin! Foram Harry, Rony e Hermione. – disse a Sra. Weasley levantando-se de sua cadeira. – Eles são a Lenda! Gina diga o que sabe...

- Bom, eu descobri a pouco tempo, é isso o que a professora Minerva disse, mamãe, as habilidades de Harry, Rony e Hermione sempre se completaram, eles sempre se salvaram assim com suas habilidades, Harry entrou com o poder, Rony com a coragem e Hermione entrou com sua sabedoria,todos os dias que saiam, não era para treinar quadribol, era para praticar o feitiço.- falou Gina corando um pouco por todos estarem a olhando. – Eles fizeram isso por achar que era a única chance.

- E por que não nos disse nada? – perguntou a mãe agora brava.

- Prometi a eles...

- Por causa da sua promessa boba, talvez eles nunca mais voltem a vida! – acusou a ruiva.

- EU NUNCA IRIA TRAÍ-LOS! Eles só fizeram isso por todos vocês... por todos nós! – gritou a garota sentida com a acusação da mãe.

- Você tinha que ter nos contado...

- CHEGA MOLLY! Não somos nós que decidimos, nem Gina, muito menos Harry, Rony ou Hermione! – falou o pai mais pensativo do que bravo.

- O que? Como eles não decidiram? Então o que os induziram a fazer? Destino? Me poupe Arthur... – falou a mãe em tom irônico.

- Exatamente, o Destino. É uma Lenda, já era predestinado, muito mais forte que uma profecia, pois as profecias só são realizadas por uma decisão nossa, mas Lenda é Lenda, e esta querida, esta é uma Lenda Real.

Após as palavras de Arthur, todos os aurores se reuniram para murmurar e os novatos chegaram até a apontar para o belo rapaz de vestes brancas.

- Qual é o final da Lenda? – perguntou Gina interrompendo os murmúrios.

- Não sei, mas estamos diante do autor desta lenda... só ele sabe. – disse Moody apontando para o jovem.

Todos voltaram a olhar para o rapaz que se mantinha do mesmo jeito sério. Ele olhou rapidamente para o chão e após um tempo encarou Gina, que recomeçava a chorar.

- Me perdoe garota... eu não sei o final, quando escrevi a Lenda eu sabia que voltaria por um só propósito. – disse Godrico. – Teria que enfrentar novamente Salazar, ou apenas o seu herdeiro... Voldemort.

Todos os presentes recuaram ao som da simples palavra, do pronunciamento de um nome, com se aquilo que o jovem havia dito era proibido ou algo do tipo.

- Eu só gostaria de ter mais informações antes de partir, sobre quanto tempo eu tenho nesta forma, e também a segurança dos jovens que me possibilitaram a voltar. – falou Godrico com suas belas expressões sérias.

-Alastor, eu vou buscar o baú do guerreiro que esta em Hogwarts, você conta tudo a ele ou prefere que eu fique? – perguntou Minerva.

- Tudo bem Minerva, pode ir, eu explico... – respondeu ele em seu tão notável tom rouco.

McGonagall ao ouvir as palavras, fez um discreto sinal afirmativo com a cabeça, e em mínimos instantes após, a bruxa aparatou, com um estralo ardido.

- Por favor, nos deixem a sós, eu e o guerreiro, agora. – pediu Moody em tom claro.

- Eu não vou sair! – disse Gina firme.

- Garota por favor...

- NÃO! O senhor não entende o quanto isto é importante para mim? – perguntou a ruiva em meio a lagrimas.

- Srta. Weasley! – bradou Moody com ar de censura.

- Deixa Alastor, deixa, a garota tem todo o direito de ouvir, ela foi fiel ao meu segredo, ela foi fiel a mim. – disse Godrico esboçando pela primeira vez um sorriso. – E os pais também, são todos família.

- Então tudo bem.
Enquanto todos os cinco, Godrico, Gina, Olho-Tonto, Molly e Arthur se acomodavam confortavelmente em algumas mesas da cozinha, os outros aurores iam saindo os deixando a pouco a sós. E novamente se iniciou o mais profundo dos silêncios.

- Quanto tempo eu tenho?- perguntou o jovem cortando o silencio.

- Pelo o que soubemos, o tempo que precisar, pode variar de um dia como o de hoje, até anos, e o mais impressionante, com o seu poder intacto, como se estivesse no auge de sua forma, isso há algumas centenas de anos, mas é preciso que saiba, esta forma não é eterna. – respondeu Moody.

- E se eu precisar até a eternidade? – insistiu o jovem na pergunta.

- Você morrerá, e eu te explico o por que; infelizmente o senhor ressurgiu da alma de três talentosos jovens, mas isto tem um preço muito caro, principalmente para eles, sendo assim, você depende deles. E esse poder os desgasta, por tanto se o senhor demorar muito, como anos, Potter, Weasley e Granger morreram de esgotamento de suas forças vitais. - disse Moody tão serio quanto.

A Sra. Weasley soltou um gritinho, seu marido a abraçou firme. Gina levou as mãos a boca, ela viu o quanto ia sofrer e o tempo de espera seria muito grande, mas não ia desistir de Harry, nada a faria desistir de seu grande amor.

- Tudo bem, trabalho rápido, Ok. – disse ele em uma anotação mental. – E quando eu me separar?

- Saiba, não sabemos ao certo, mas tudo indica que os três jovens ficaram algum tempo com o poder extremo, um tempo consideravelmente bom, e após sentiram o impacto, e nem Merlin sabe se suportaram, basta torcermos...

- Eu tenho o poder de me separar por vontade própria? – perguntar Godrico não aparentando surpresa nas palavras do outro bruxo.

- Sim... e não, se o senhor conseguir terminar essa jornada sem maiores problemas, destruir Voldemort sem sofrer grandes ataques súbitos de memória ou um grande ferimento, sim, o senhor conseguirá se separar, todavia, se passar por algumas provações terríveis, que exijam de mais da memória dos jovens que o compõe, então a separação será inevitável, e dolorosa. Mas ainda vale a história que por um tempo continuaram com o poder, antes de sentirem o impacto. – explicou Moody.

- Tudo bem, obrigado, acho que são apenas estas minhas duvidas, queria te pedir uma coisa, posso? – agradeceu o garoto.

- Mas é claro...

- Eu quero que me mandem noticias, sobre vocês, e também mandarei constantemente noticias minhas, para tranqüilizar os pais, peço também que quando a morte de Voldemort for concluída, distribuam seus homens da Ordem da Fênix para procurarem o rapaz, pois estes podem estar em qualquer lugar do mundo.- disse o jovem.

- Deixe conosco, é o que faremos. – disse Moody sorrindo, gostava muito da confiança do jovem.

Neste instante McGonagall aparatou no cômodo, dando um, leve susto em todos, todos menos Godrico, que talvez nem piscara com a chegada da bruxa. Ela trazia consigo um belo baú de madeira, entulhado a mão um belo e poderoso leão.

- O que é isso? – perguntou Godrico entre suas expressões sérias.

- Isto, meu jovem, são todos os seus antigos pertences, e algumas coisas que achamos que deverá ser útil na sua missão, como...- disse ela abrindo o baú e tirando uma espada de lá de dentro.

- Muito bom... minhas antigas coisas, não é? – disse ele parecendo se divertir.

- Sim, também temos a sua roupa, é bruxa, mas muito discreta, pois creio que passara a maior parte de sua jornada entre trouxas. – falou Minerva. – Vá se trocar, e olhe também o que te interessa no baú, você vai quando?

- Hoje mesmo, é só o tempo de eu me vestir e pronto.- respondeu ele novamente sério.

- Certo...

O jovem saiu do cômodo levando junto a si o baú. Após algum momento de espera o jovem aparatou na cozinha. Ele estava diferente, já não parecia mais tão jovem assim, quem sabe aquela roupa o deixou com ar de mais velho, era uma roupa negra, com bonitos e discretos detalhes dourado e vermelho. Um pequeno desenho de leão da costa deixava a visão de todos sua marca registrada. Empunhava uma varinha que soltava constantemente faísca ameaçadoras.

- Obrigado por tudo. – agradeceu gentilmente o jovem. – Espero vê-los em breve, iria ser uma grande honra.

- Obrigada pela oportunidade de conhecê-lo. – disse Minerva.

- Boa sorte meu jovem... – desejou Moody.

- Estaremos a espera de noticias suas. – disse o Sr. Weasley.

- Vá até Godric’s Hollow, era o que eles fariam se tivessem escolha. – pediu Gina.

O guerreiro ficou esperando um comprimento da Sra. Weasley, mas esta estava assustada de mais para conseguir pronunciar alguma coisa. Então com um leve aceno de adeus para todos ele se virou para a porta, foi quando sentiu que uma mão a segurava.

- Posso te dar um abraço? - perguntou a Sra. Weasley timidamente.

- Ah, claro... – disse o jovem pela primeira vez se surpreendendo.

A ruiva o abraçou tão forte e com tanta ternura que o rapaz se sentiu muito bem nos braços da mulher, como se encaixasse, como se aquela sensação ele já tinha algum dia sentido, ser protegido, talvez a ultima vez. Sentiu uma leve dor de cabeça, e assim se separou.

Não havia mais tempo.




*&*



Ola
Desculpem a demora mais uma vez, parece que eu só sei dizer isso, né??
Espero que todos tenham lido o resumo, é bom que saibam que terá a 2ª temporada da Lenda...

Recomendação de uma linda fic, por Paty Granger:
http://floreioseborroes.net/menufic.php?id=15109


Vocês podem estar estranhando eu hoje não ter deixado recado, é que hoje é uma terça feira ás quase 1hr da madrugada e com é a 2ª vez que eu tento postar, eu vou deixar os recadinhos amanhã, ok?
Espero que entendam, e muito obrigada!



Sei que prometi a todos o recado, e sei que mais uma vez falhei mas os recados estão no próximo capitulo que já está saindo!

espero que mais uma vez me entendam...


MALFEITO FEITO
FUI!!!

^^'

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