16 - A Ligação



16 – A ligação


> Desculpem por favor minha demora em postar < Boa leitura!


Godrico deitado em mais uma das camas na qual passara durante essas semanas, olhava nervoso para o teto, lembrava de um de seus sonhos que vinham perturbar toda noite, sempre a garota Lindsay, vinha em suas lembranças e em seu coração.
Despertado de seu devaneio momentaneamente, notou a pequena coruja amarela que bicava sua janela. Mais uma vez chegara o noticiário bruxo, o qual ele geralmente lia toda manhã, sempre esperançoso, buscava bons resultados, inutilmente.
Levantou-se e depositou uma moedinha da pata da coruja, que saiu toda feliz perdendo-se por meio os prédios. Uma manchete em especial lhe chamou a atenção, que assim dizia:

"Diretora de Hogwarts é presa!

Na noite passada, no dia 21 de março foi decretada a prisão da ex-diretora e professora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, por infringir a lei de ‘Segredo da comunidade bruxa aos Trouxas’, da Constituição da Magia. Seu crime ocorreu no dia 03 de dezembro, quando esta revelou aos trouxas nossa existência, que é mantido em segredo desde os primórdios da História, por um meio de comunicação que eles chamam de tevelisão, ou algo do tipo. Minerva Mcgonagall em sua defesa diz: ‘Eu tenho conhecimento do que fiz, e não posso dizer que me arrependo, creio que é melhor para todos, os trouxas terão mais acesso a segurança, pois poderão saber se proteger, e nós teremos o apoio dos bons, isto evita mortes e mesmo posteriormente, diminuirá o pavor deles contra nós, porque saberão que realmente devem temer.’
Muitos porém, dizem que McGonagall fez isso a mando de alguém, ou sob o poder Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado(...) Vide página 13."



O jovem amassou o jornal, que pegou fogo em sua mão, a raiva dominava seu corpo, e aquecia seus ossos. Sabia que isto aconteceria mais cedo ou mais tarde, mas não com tanta rapidez assim, isso só significava uma coisa; Seu tempo estava acabando.

Sem mais demoras, juntou todos os seus pertences, e guardou a bússola em especial em seu bolso, enquanto descia as escadas para pagar sua hospedagem. Cumprimentou um senhor muito educado, e ao lado de fora, conjurou sua vassoura, e a montou. Agora não necessitava mais de tantos disfarces, pois pode-se dizer que a maioria dos trouxas reagiram bem a notícia.

No ar, o vento lhe batia ao rosto, mostrando a gostosa sensação de estar vivo, livre. Após semanas na mesma rota que sua bússola mandava, Grifinória resolveu mudar seu caminho, deduziu, que a horcrux que estava procurando se locomovia, ninguém menos que a cobra de Voldemort, Nagini. Desta vez não seguia o raio da bússola dourada, mas as forças de seu coração.
Movia-se para uma cidade chamada Portsmouth, ao sul do país, uma cidade agradável, que há muito tempo, em sua vida passada ouvira falar, mas não era apenas por isso. Os noticiários trouxas e bruxos notificaram a presença de gigantes maus, ataques em massa de dementadores, e os mais extremos diziam que o próprio Lord passara por lá, o que, ao entendimento de Godrico era uma pista que ali tinha algo escondido e que pela primeira vez em semanas teria um bom resultado para contar a Ordem da Fênix, e para sua mais nova amiga Gina.

Ao sobrevoar um campo, notou que tinha chego finalmente a cidade que procurava, e isto o deixava mais animado, porém a medida que foi se aproximando para pousar, seu breve sorriso se transformou em gemido de surpresa ao mesmo tempo em que cerrava os olhos para analisar melhor a situação.
Pessoas andavam com a boca semi aberta babando, todas no mesmo ritmo, devagar e tremendo debilmente. Seus olhos vidrados passavam uma por cima das outras, que eram mais lerdas… Sem direção ou destino.

Godrico procurou alguma pessoa normal, mas apenas o que encontrou foi um cachorro que latia ferozmente para sua sombra, alguma coisa nada boa ocorrera ali. O jovem passava por entre estes, sem que pudessem notar, estava claro para ele que passava por mais uma carnificina de dementadores. O cheiro de podridão tornava a respiração um ato de imenso sacrifício, e mesmo jovem guerreiro precisou entrar em uma loja para respirar melhor.

Ao se virar, no ambiente totalmente no escuro, andou de costas, com olhos e ouvidos atentos a qualquer ruído e movimento. Sua mão prestes a pegar a varinha, a qualquer instante, esperou ter a certeza de que estava sozinho para poder acendê-la. Quando deu mais uma passo para trás, caiu, tropeçando em um tipo de tronco de árvore caiu, as farpas no chão, e o cheiro doce de eucalipto lhe trouxe uma das suas lembranças.


~> Momento Flash-Back <~


Escondidos em um armário de vassouras, Godrico e Lindsay conversavam baixo sem que ninguém pudesse ouvi-los.

- Eu preciso te dizer Lindsay... não posso mais, por você, não posso. – dizia Godrico aflito com as ameaças constantes de Salazar, estava mais uma vez, tentando terminar com a garota. – Lindsay?

Lindsay pareceu não ouvir o que dizia, estava sorrindo bobamente com seus grandes olhos fechados, inspirava profundamente, sem ligar para as palavras de tristeza de Grifinória, que parecia estremecer a cada gesto de doçura.

- Sabe Godrico... o pouco que lembro dos meus pais é isso, você pode sentir? – disse a garota ao voltar sua atenção a realidade.

- Sentir... o que? – perguntou ele mais uma vez nervoso.

- Esse cheiro... meus pais trabalhavam em uma carpintaria ,sabe? Um dia vou voltar lá para sentir pelo menos a ultima vez a presença real deles. – respondeu ela um pouco mais triste agora.

- É carvalho? Desculpe ser indelicado, mas seus pais morreram por qual motivo? – falou o jovem baixinho enquanto limpava uma lágrima que caia do rosto da amada.

- Não tem problema, pode perguntar o que quiser. – respondeu em um disfarçado tom de brincadeira. – Eu não sei... simplesmente fui dormir mais cedo, ouvi gritos e quando cheguei na oficina, meus pais já estavam... bem, mortos.

- Eu sinto muito... – disse ele, enquanto a envolvia em um terno e carinhoso abraço, reconfortando-a.

Ouviram o sinal das aulas. E separaram-se, porém esta sussurrou brevemente.

- Eucalipto... É como paraíso para mim…


~> Fim do Flash Back <~


Godrico apertando fortemente a mão sobre a cabeça, tentando com seus esforços diminuir a dor e voltar ao seu estado de plena razão, levantou-se com dificuldade e sem demoras, colocou sua varinha em punho e murmurou:

- Lumos!

Seus olhos demoraram a se acostumar a luminosidade que tomava conta da pequena oficina. O cheiro de eucalipto trazia paz e agonia ao seu coração. Quase conseguia sentir seu cheiro, quase conseguia ouvir seus passos, quase podia sentir sua presença. Isso assustou tanto o Guerreiro, que ele mal conseguia se mover, apenas seus olhos percorriam o lugar a procura de uma só imagem. Pela primeira vez Godrico não estava sendo racional, ou será que estava agindo sob outro ponto de vista apenas?

- Professor... Godrico... – a voz gélida e conhecida o chamava.

Seu coração disparado, e sua nuca toda arrepiada, dava a certeza que Lindsay estava mais uma vez com ele... e ele seguia a voz.

- Grifinóóóóória... – a voz era fantasmagórica.

- Lindsay? É-é você? – gaguejou um pouco ao sair procurando a voz.

Ouvindo sua própria voz tremula, sentiu-se com sede e saudade, ele parou onde estava. Pensou em várias coisas, armadilhas, mensagens, a morte, a vida, o amor, o ódio... foi quando reparou que a voz não existia, ou pelo menos tinha parado. Isso o deixou mais alarmado e nervoso, preparado para alguma explosão ou uma aparição, Godrico se assustou ao ver a própria varinha diminuir a luminosidade, e um objeto, que mais lhe parecia um cristal flutuando lentamente em sua direção. Tinha um brilho violeta que chamava bastante a atenção, e o jovem agarrou o vidrinho quando este chegou dentro de seu alcance.

Abriu sem alguma dificuldade a rolha que o tampava, e retirou a meio uma substância, nem líquida nem sólida, retirou uma pequena carta embrulhada em um papel amarelado.

"Neste feriado de Natal resolvi voltar para minha antiga casa para me sentir mais uma vez com meus pais que tanto amei. Te deixei lá na escola com tristeza e saudades, porém precisava vir e fiquei super feliz com seu apoio.

Estou preocupada com você, quase não sorri mais, quase não tem mais tempo para mim, quase esquece de seus compromissos. Desculpe ser quase o tempo todo egoísta, mas se eu te deixar refletir muito, você se esquece também de lutar por você... por mim... por nós!

Ah!

Já te contei deste lugar, não é mesmo? Meus pais e eu fomos muito felizes aqui, esse cheiro, essas toras de madeira me lembram a Floresta de Hogwarts, que nós adotamos de Floresta Proibida, sabe né o porquê? Para que ninguém nos descobrisse.
E aquela noite da detenção eu irei guardar para além da morte...

mas nem tudo é alegria, você quer terminar comigo, e ontem no vagão do trem eu tive a maior demonstração do porquê. Esta lembrança pode-se dizer que é uma das mais felizes que eu tenho e a mais apavorante. Com medo de sua atitude ao saber, não te contei em seguida, tenho certeza que você terminará comigo depois disso, porém prefiro a morte que a distância dos seus lábios, mas tenho a certeza que você esta lendo agora e lembrando da minha voz sussurrante em seu ouvido, a voz que diz o seguinte..."

- Te a-amo... – disse Godrico voltando a realidade enquanto uma lágrima escorregava do seus olhos verdes para sua bochecha.

"Eu sei que me deu com todo seu amor, mas devolvo-o como um presente que guardarei para sempre dentro de mim. Sei que parece estranho você estar aqui, agora lendo tudo isso... mas foi a única forma que eu encontrei pra te mostrar tudo o que aconteceu na viajem, no tem, sem que terminasse mais uma vez comigo. Tinha a certeza que você vinha... algo muito maior me dizia que eu não estava errada. Feliz Natal Godrico... e quando ver esta memória, me beije sem dizer nada, você entenderá o por quê. Te amo mais que a mim mesma... Lindsay."

Godrico chocado imaginou por um momento o que viria a ter no frasco de memória, balançou a substância nem líquida nem gasosa, enquanto pensava "Por que ela voltou novamente? Por que não me deixa em paz? O que ela quer me dizer?".

*&*

Tão escura e triste era a casa do largo Grimmauld, se intensificava com a tensão entre as pessoas que lá estavam. Pessoas entravam e saiam com muita freqüência para a surpresa do bairro trouxa que começara a notar a casa, discussões, e o desespero já havia se instalado lá há muito. Lupin ainda em situação grave no hospital não apresentava sinais de melhoras, ele estava morrendo, e Tonks o acompanhava nesta jornada. O Profeta diário dizia todos os dias aparentemente a mesma noticia, muitos jovens que se alistaram na Ordem morreram por pura falta de experiência e preparo, porém, não deve-se negar que morreram corajosamente por um objetivo único, na qual não se desviaram nem sobre tortura do Lorde das Trevas. Quem ia ganhando destaque eram os jovens Luna, Neville e Gina, é claro, com sua incrível coragem e talento em suas lutas.

- Minerva... você terá que ficar aqui, sem se atrever a sair... igual ao Sírius. – disse brevemente Moody.

- Sim, é claro, mas posso, nas batalhas mais importantes tomar poção Polissuco com extratos de cabelo ou unhas de algum trouxa, não poderão me descobrir Alastor. – respondeu a foragida com astúcia.

- Acredito que não... o Ministério mudou completamente o rumo de suas buscas, ao invés de procurar e combater o Lorde e seus Comensais, estão atrás da Ordem, em busca de você... é muito risco, ao meu ver.

- Não tenho escolha... lá fora tem bruxos e trouxas precisando de mim. – disse ela aparentando, agora, um pouco de irritação.

- Ou é você, ou serão eles. – resmungou Alastor seco.

- Então que seja eu! – respondeu Minerva com confiança.



*&*


Godrico ainda envolvido pelo perfume de eucalipto, conjurou sussurrante, uma coisa que os bruxos chamam de penseira. Estava prestes a jogar toda a substância, tom violeta, que lhe transmitia tanto alegria quanto pavor, como a carta. Ou viu um nítido estalo.

- LUMUS! – gritou o jovem.

Suava frio com os intensos acontecimentos que lhe causavam medo, nada havia em seu campo de visão, nada fora do normal, as toras de madeira e alguns instrumentos de cortar continuavam em seus lugares. Mas a atmosfera estava diferente, a solidão e tristeza que antes envolvia o lugar, agora havia sido trocado por uma de aflição e horror.

Sua curiosidade, e saudades em ver novamente Lindsay foi mais forte que qualquer outra coisa naquele momento de tensão. Ele despejou o líquido e o misturou lentamente com sua varinha. Viu o rosto tranqüilo de Lindsay se formar na bacia, ele se aproximou mais no intuito de beijá-la do que realmente entrar na penseira.
Seus pés pareceram desgrudar do chão, enquanto uma sensação incômoda dominou seu corpo, sentia enjôo com a pequena viagem, e dobrou pés ao aterrissar em um piso gélido.


Se deparou em um vagão do trem Expresso de Hogwarts, que estaria vazio, se não fosse a presença de uma jovem bonita, de cabelos encaracolados, e grandes olhos castanhos, que acenava alegremente para um outro jovem, quase senhor, que disfarçadamente retribuía o aceno. Quando o trem pegou velocidade, esta foi guardar sua mala debaixo do banco, de costas para o corredor, murmurava melodicamente uma bela música, que se Grifinória não tivesse enganado, falava sobre o amor.

Voltou a se sentar enquanto lia uma revista, distraída. Godrico,observava pálido e mudo, estava junto a ela mais uma vez. Isso era potencialmente incrível.

- Professor? – disse a jovem assustada.

- Ola Srta. Mooreson, espero que não esteja incomodada com a minha presença. – respondeu um bruxo alto de bonitas expressões.

- Hum... o que faz aqui? E por que está fechando as cortinas? – perguntou a garota mais uma vez enquanto, seu professor com toque de magia fechou a cortina. Impossibilitando qualquer um que passasse no corredor de ver qualquer coisa.

- Vim falar com você... a sós. – respondeu com simplicidade, parecendo se deliciar do pavor crescente da garota.

- O que quer comigo?

- Isso. – disse Salazar pouco antes de puxar a garota para um beijo forçado.

- Afaste-se de mim! – dizia a garota, escapando das mãos de Sonserina, e direcionando a própria varinha para o coração do outro, com extrema agilidade.

- Hahaha... – soltou uma risada gélida. – você vai me matar? Vai Srta. Mooreson?

- Repito o que eu digo, afaste-se de mim e Godrico... – falava ela enquanto a varinha tremia de raiva.

- NÃO! – gritou o professor agora sério. – Afaste-se você de Grifinória, ou vocês dois pagarão muito mais caro do que realmente valem...

- Nada e nem ninguém vai nos separar! Eu tenho parte dele em mim. – vociferou a garota mais brava que nunca.

Sonserina momentaneamente ficou sem ação, mas se recuperou rápido, e com mais um seus olhares de puro desdenho disse:

- Vou providenciar que toda sua raça seja punida por essa sua idiota escolha... sua garotinha de sangue-podre!

- SAIA DAQUI!!!

Godrico tentou voar para cima de Salazar... mas passou por seu ectoplasma e caiu do outro lado e lá ficou, observante.

- Eu sei seu segredo Mooreson, eu te visitei na ala-hospilar esses dias, me contaram que voc...

Godrico ouve um barulho à cima das lembranças, com astúcia volta a serralheria onde estava.

Inconfundivelmente tinha alguém ali, ou melhor, vários alguéns que escondidos na escuridão, andavam de um lugar para o outro.
Empunhou a varinha, na qual segurava com firmeza, não ousava sequer aumentar o volume de sua respiração. Pelo mau cheiro, coisa boa não era, parecia com cheiro de carne humana em decomposição, se aproximavam mais e mais...

- AGORA!!! – gritou uma voz rouca e sinuosa.

Várias criaturas avançaram na direção de Godrico, e eram muitas, em tal quantidade que a grande serralheria lhe aparentava um cômodo minúsculo, as criaturas avançavam velozmente enquanto destruíam toda e qualquer coisa que ainda se mantia inteiro.
O jovem ágil convocou uma magia antiga, um escudo transparente que recobria seu corpo, impedindo todos os inimigos de machucá-lo. Porém, devida a grande quantidade de bruxos, inferius e até dementadores no local, não pode resistir muito tempo, mesmo sendo quem era, não iria agüentar muito tempo. Pensou em aparatar longe dali, e voltar a luta de um outro anglo de preferência um que ele esteja encurralado desta forma covarde, mas simplesmente não podia abandonas a penseira onde continha a memória de Lindsay, e ainda mais, um segredo seu, e qual fora o presente que ela lhe dera e onde estava?

Não tinha tempo para perguntas, depois ele as respondia, agora sua varinha tremia debilmente, e uma veia de sua têmpora saltada, devido ao enorme esforço. E com um corajoso gesto este interrompeu seu escudo lutando individualmente com todos os presentes.

- Expetro Patronum! – gritou tendo em mente um momento feliz, logicamente uma de suas mais alegres lembranças com Lindsay.

Um leão dourado foi conjurado pela sua varinha, e ao mesmo tempo que ganhava tamanho, ganhava força, rugindo ferozmente dilacerava os dementadores que tentavam fugir, porém era impossível, o leão era ágil, era corajoso, era feroz, impossibilitando aos dementadores de misericórdia, talvez essa foi a primeira vez que um ser daqueles sentiu medo e dor.


A batalha era desigual, muitos guerreiros encurralando só um, o melhor. Todavia mesmo o melhor sendo o mais resistente, o mais corajoso, e o mais inteligente, não poderia deixar de uma vez ou outra ser atingido covardemente pelas costas. Godrico estava sendo massacrado, era atingido por vários feitiços ao mesmo tempo. Um comensal acertou sua mão fazendo com que sua varinha voasse longe de seu alcance, e Grifinória estava prevendo o fim. Mesmo ferido desviou sem alguma dificuldade de um objeto que jogaram em sua direção.


Porém ao ouvir o barulho da cerâmica se partindo, e a substância que lá estava voar para todo lado e ao cair no chão, brotar uma flor vermelha, não pode-se dizer a espécie, que de tão bela, teve o poder de parar a luta por alguns instantes só para os guerreiros brevemente poderem observarem.

A flor lembrava Lindsay mais que tudo. Ele estava bravo, muito bravo, eles haviam destruído uma coisa muito preciosa que Lindsay havia deixado para ele.

- Ahhhhhhhhhhh! –gritou Godrico com raiva.

Mesmo sem sua arma principal, a varinha, Godrico conseguiu libertar todo o ódio e raiva que queimavam seu corpo durante muito tempo, com seu rugido que mais uma vez o assemelhou com um verdadeiro leão, explodiu algo por dentro dele que ele liberou em forma de fogo e energia, provocando a devastação não só da loja, mas de um quarteirão inteiro. Ouviu-se somente o feroz rugido contrastando-se com o som de dor e de morte dos seus inimigos.

Por entre as chamas pôde-se avistar uma imagem de um bruxo com capas pretas meio rasgadas e meio queimadas sair flutuante do fogo. Seu rosto era sério e pensativo, apesar de todo machucado. Exausto, atravessou a rua e sentou-se na grama seca e imediatamente desmaiou.


~> Flash Back <~


Godrico observava ao longe Salazar conversar com um aluno Helga, ele o humilhava e xingava alto, pensando estar sozinho com a criança que começara a chorar.

- Seu sangue-podre pare de chorar! É uma ordem... – dizia o professor demonstrando raiva em seu tom.

- Pare com isso Salazar! – disse Godrico encaminhando-se ao local onde estavam.

Sonserina assustou-se com a presença do outro, não que tivesse medo de Grifinória, não, porém pensava que estava sozinho. O garoto, todo esperto, aproveitou momentaneamente a distração e se libertou, saindo correndo.

- O que quer Godrico? Já conseguiu me atrapalhar... – respondeu Sonserina com seu sarcasmo que enjoava.

- Por que os trata dessa forma? Não consegue ser gentil? – perguntou o outro sério.

- Consigo, para quem é do meu nível, portanto nem o aluno nem você são merecedores da minha gentileza... – respondeu com o rosto rígido.

- Por que tanto ódio contra os trouxas? Todos somos iguais...

- Você não imagina o por quê?- perguntou Sonserina, de forma estranha ele sorria, como se fosse tão óbvio.

- Por que eu imaginaria? – afrontou Godrico.

- Sua queridinha... Srta. Mooreson, ela é trouxa, e apenas uma sangue-podre poderia seduzir um jovem burro e inexperiente diretor como você, e acabar com a reputação de uma escola que tem tudo para ser a melhor Escola de Magia e Bruxaria de todos os tempos. – completava Salazar lívido de ódio.

- Não fale assim de Lindsay, seu sujo! – vociferou Godrico. – Você ensina seus alunos a terem ódio de toda uma origem genética... você não sabe o que isso causará, hein Sonserina?

- Todos os mais inteligentes e melhores bruxos terão raiva dessa raça, deles... até eliminá-los por completo da face da Terra, deixando apenas uma elite bruxa de sangues-puros, como eu sou, e como você não é. – dizia Salazar no mesmo tom, com um sorriso patético por entre os lábios. – E isso graças a mim! Assim eu serei eterno!

- Você é desprezível... os trouxas são iguais a nós, tem a mesma capacidade, mesma...

- ISSO NÃO INTERESSA! – gritou o outro. – Eu vou cuidar pessoalmente para que estes sejam tão desprezados quanto realmente merecem ser, isso por sua culpa e de sua aluna ou vagabunda, não sei como a chama.

Godrico deu um soco na boca de Salazar, ele estava transtornado de raiva por ouvir palavras tão dignas de morte, porém recompôs-se a tempo de lhe dizer:

- Afaste-se de Lindsay e dos trouxas... você só faz isso em busca de honras e por pura ambição, nada disso lhe trará a verdadeira felicidade... só o amor puro e eterno por alguém pode, por isso ainda estou com Lindsay e é por ela que vou lutar! – dizia ele controlando a respiração.

- Eu te provarei que seu conceito é errado, quanto você sofrer por ela, por sua perda, por vê-la gritando me pedindo misericórdia, e eu terei a verdadeira felicidade em te ver apodrecendo por dentro! – disse Salazar limpando o filete de sangue que escorria de sua boca.

Godrico deu outro soco, dessa vez acertou seu estômago.

- Você é covarde Grifinória, teve a sorte de sua mãe ser uma das bruxas mais poderosas que já vi, e ela ter te dado um colar que bruxo ou trouxa nenhum pode te ferir, mas cadê o colar...? – disse Salazar um pouco apavorado por perder o colar de suas vistas, mas ao mesmo tempo lançando-lhe um olhar de compreensão.

- Não sou covarde... – disse Godrico brevemente, desviando seus olhos com aflição.

~> Fim do Flash Back <~



Godrico voltou a consciência, a dor na cabeça quase explodia seu cérebro, apesar de simples a mensagem era importante. Que colar seria aquele?

- Olá Grifinória, acordou já? – a voz fria enraizava-se em seu ouvido.

- Voldemort... – disse o jovem tentando levantar.

- Eu mesmo. – disse ele com um sorriso bobo. – Procurando minhas horcruxes mais uma vez?

- Sim, foi para isso que eu vim. – afrontava Godrico, mesmo sem poder levantar.

- Afaste-se da minha alma... por bem ou por mal você é quem escolhe. – começou o Lord. – Por que não se une a mim? Juntos nossos poderes, nada e nem ninguém poderia-nos derrotar...

- É uma pergunta escrota herdeiro, eu vim aqui como já disse para te matar, e não para me unir ao verme como você! – disse o jovem com raiva.

- É realmente uma pena a sua vinda, veio em vão, eu sou imortal, ninguém pode me ferir ou me matar, eu sou um DEUS! – dizia Voldemort com um sorriso débil.

- Vou te mostrar o quanto vim em vão, varinha em punho! – gritou Godrico. – hora do duelo.

Voldemort sorrio gostosamente ao ver a situação do jovem, inteiro machucado, e com muita dificuldade conseguiu levantar-se, empunhou a varinha, seria hoje que Godrico Grifinória o único bruxo que ressuscitou, iria morrer. Godrico limpou o sangue que escorria de sua boca, empunhou sua varinha sério, sem pensar em nada, e irritado por ver a alegria do oponente.

- Crucius! – Gritou Voldemort.

- Protego! – defendeu-se o jovem.

- Hum... mesmo ferido continua ágil, interessante. – começou o Lord, ainda sorrindo.

- Isso é só o começo. – retrucou o outro. – IMPEDIMENTA!

O feitiço que deveria atingir o peito de Voldemort fez a volta em um giro de 180 graus, voltando para si mesmo, e o ferindo mais que já estava ferido. O feitiço forçou Godrico cair no chão, sem entender nada. Voldemort que não esperava o ataque, lançou um olhar de incompreensão, não foi ele quem fez o contragolpe.

- Crucius! – gritou Voldemort covardemente ao ver seu inimigo ao chão, porém ocorreu a mesma coisa, e ele foi atingido.

- O que está acontecendo? – pensou alto Godrico já levantado mantendo-se em guarda todo o instante.

O Lord apenas o fitou, parecendo pensar por um instante. Não demorou muito para que este raivoso descobrisse a razão. Sussurrando apenas:

- Maldito colar!

- Colar? O que? – perguntou Godrico apreensivo.

- Não se preocupe Grifinória, eu não posso matar você, mas tenho alguém que pode ter este prazer... – disse Voldemort tornando a dar mais um de seus sorrisinhos sujos, ficou quieto levantou a mão dizendo. – Riash esh aoshh!

Godrico não conseguiu ouvir a última frase, parecia que ele falava em uma língua não-humana, era um ruído estranho que lhe trazia maus pressentimentos.

- Shheru, mashoo shh. – ouviu-se novamente a voz, que não vinha da boca de Voldemort.

- Não Grifinória, você também não pode me matar... infelizmente nós temos uma ligação muito forte. – comentou Voldemort em olhar de desprezo.

- O garoto? Harry? – perguntou Godrico um pouco assustado. – É por causa dele?

- Não... nem profecia e nem lenda...

Um silêncio assustador climatizou a praça, com uma atmosfera que lhe causava enjôos, e medo. Era um sensação estranha, Godrico tinha a certeza que perdera algo, mataria Voldemort ali, mas não conseguia atacá-lo, o que seria? Qual seria essa ligação? Coisa boa com toda a certeza é que não é.

Tão entretido em seus pensamentos, procurando algum vestígio de conclusão e nada. De tão disperso não reparou que muitas cobras se aproximavam lentamente quase sem fazer barulho, todas as espécies todas as cores possíveis, e é claro todas venenosas. Godrico se espantou ao ouvir um chocalho, mas já era tarde demais.

Viu-se enrolado em milhares de cobras que o esmagavam forçando-o a largar sua varinha, apertavam tão forte que mal podia se mexer, só o que conseguia sentir era uma dor horrível em todas as partes do seu corpo e raiva ao ver Voldemort rindo abertamente, dando-lhe as costas. Dizendo:

- Adeus Grifinória, não posso dizer que foi um prazer te conhecer... AH! – parou um momento enquanto retornou e olhou de perto o jovem que já se ajoelhava por não conseguir manter-se em pé. – Adeus Potter! Deixo com você querida.

Assim Voldemort aparatou deixando apenas uma fumaça preta no lugar que estava, que cheirava fortemente enxofre, tal como os demônios de hoje. E para o local onde este disse querida, saiu uma cobra um pouco maior que uma normal, e tinha estranhamente modos quase humanos. Nagini a cobra de Voldemort, a mesma que há alguns anos quase matou Arthur, estava em sua frente pronta para dar o bote.

- Shuuuuuuashh eshhh!- disse ela na linguagem de cobra.

Godrico mesmo sofrendo as dores compreendeu que aquele som, significava, saiam daí ou afastem-se, algo do tipo, pois imediatamente estas se afastaram deixando um lugar vazio no ombro e um pedaço do peito do garoto. Ele sentiu seu corpo mais frouxo e mentalizou um feitiço, voltando a raciocinar friamente. Sua varinha comandada por fracos murmúrios ergueu-se no ar, direcionada na nuca da cobra, que fazia um tipo de dança escolhendo o melhor e mais dolorido local para eliminar o maior Bruxo que o mundo já havia visto.

No mesmo momento que Nagini avançou, enterrando suas presas em seu peito, todas as outras ‘cobrinhas’ aproveitaram o momento o atacando também. Pode-se dizer que foi a ultima presa delas, pois o feitiço foi acionado matando a todas, queimando suas escamas sujas de magia negra, porém Godrico não pode evitar o ataque múltiplo e covarde, e mais uma vez ferido, sangrando, e trêmulo sobre efeito dos venenos, perdia a visão ao mesmo tempo em que via Nagini sem cabeça estremecer agonizante até perder todos os movimentos e morrer.

Grifinória ao fechar os olhos sorriu, faltava apenas uma horcruxe, para destruir Voldemort, para salvar o mundo e para reencontrar Lindsay e descansar em paz. Sentiu cheiro de couro queimado e desmaiou.


*&*


Olá olá queridos leitores...
sim é um milagre.. agradeçam aos céus... brincadeiras a parte é bom estar de volta
sei que sempre ouvem isso mas ME DESCULPEM pela demora... tentarei postar o mais rapidamente possível
beijos a todos


Devido a (graças a DEUS) ter muitos leitores deixo um abraço e um agradecimento a todos e cada um especial que me ensinaram a "magia de ser leitora"

Obrigada.. comentem por favor.

MALFEITO FEITO|||
FUI|||

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