Brigas...

Hermione acordou muito cedo naquela manhã de domingo. Acordar não seria a palavra correta, afinal, a morena não dormira mais do que algumas horas naquela noite. Ela ouvira, mais ou menos no fim da tarde do dia anterior, o barulho da chegada de algumas corujas, mas não abriu nenhuma das cartas as quais recebera, pensando que podiam ser de Harry, e, se tinha uma coisa que ela não queria naquele momento, era ouvir as desculpas esfarrapadas do rapaz.
Por causa da noite insone e das muitas lágrimas derramadas, a moça estava com um aspecto realmente ruim. Os olhos inchados e cheios de olheiras, o olhar vago e sem vida, além do seu aspecto bastante cansado. E foi por isso que quando ouviu a campainha tocar teve um grande sobressalto, ela sabia muito bem quem era, e ela não queria, acima de tudo, que ele notasse que ela havia sofrido por ele.
A campainha tocou uma,duas,dez vezes...Cada vez que ela ouvia o barulho do toque, mais magoada ficava. Ela chegou mesmo a ir até a porta, e ficou lá, encostada, como se abraçasse o objeto, e assim, sentia como se abraçasse o namorado. Do outro lado, estava ele. Uma mão apertando freneticamente a campainha, a outra encostada na porta, assim como sua cabeça.
E ali estavam eles. Praticamente juntos, praticamente abraçados, separados apenas por aquela porta, ou, quem sabe, pela dor, pelas dúvidas e mal entendidos.
Harry simplesmente não sabia o que estava acontecendo. Não sabia o por quê do sumiço de Hermione na tarde anterior, ou por quê a namorada não respondera sua carta, e, o que achava mais estranho, era ela não abrir a porta. Porque ele sabia que ela estava lá, ele podia senti-la, como se pudesse sentir a respiração rápida e descompassada da morena batendo na porta. E foi por isso que ele gritou:
-Mione? Você está ai?
A morena ficou calada e tomou o máximo de cuidado para não emitir ruído algum.
-Eu sei que você está aí, me responda,por favor!! Eu não estou entendendo nada do que está acontecendo, desde ontem.
-Ah,é? – ela ouviu-se dizendo, antes de raciocinar – Você anda doente ou maluco? Esquecendo o que apronta?
-Mione? Do que você está falando? Eu...estou entendendo menos ainda.
-Poupe-me de todo esse fingimento,Harry.
-Olha..Será que dá pra você me explicar melhor? Abra essa porta,Hermione..Vamos conversar.
-Eu não tenho mais nada pra conversar com você. Você é baixo, mentiroso e eu tenho nojo de você...
-Como você pode sentir nojo de alguém sem nem essa pessoa saber o motivo disso tudo?
-Eu já lhe disse pra parar com esse teatro que eu não caio mais nessa.
-Alorromora!
A porta se abriu magicamente e revelou a Harry uma Hermione diferente da que ele estava acostumado a ver, ela estava com aquela aparência ruim, e seus olhos emitiam raiva, tristeza, seu rosto estava avermelhado, por causa da discussão.
O rapaz parecia simplesmente confuso. Ele observava Hermione nervosamente tentando achar algo que o fizesse entender a situação toda.
-Você não tem o direito de invadir minha casa dessa maneira – disse ela, com raiva. Embora o tom de sua voz tivesse diminuído um pouco, era muito mais difícil enfurecer-se com ele quando ela olhava aqueles olhos confusos.
-Ah, eu tenho esse direito sim. E tenho mais um, o de receber alguma explicação. Não posso ver minha namorada me tratar desse jeito sem nem saber o por quê.
-Ah,você quer saber? Tal vez,seja porque você me traiu.
-Eu nunca trai você, eu nunca faria isso.Você sabe muito bem disso,você me conhece muito bem, mais do que qualquer outra pessoa.
-Até ontem a tarde eu também pensava assim, mas os seus atos não correspondem ao Harry Potter que eu conheço.
-Eu sou simplesmente esse Harry, o seu Harry. – disse ele, agorta também com uma raiva - Que história é essa de eu ter lhe traído? Será que você pode me explicar?
-ME DISSERAM TUDO, HARRY.EU SEI PORQUE VOCÊ SUMIU DO HOSPITAL ONTEM, E EU SEI QUE VOCÊ SAIU DE LÁ COM UMA MULHER! SATISFEITO?
-O que? – perguntou ele, incrédulo – Olha, eu não sei quem inventou isso pra você, mas isso é simplesmente a maior mentira de todas. E eu, me sinto até ofendido por você acreditar nisso.
-Ofendido? Você me trai e ainda fica ofendido? Se toca, a máscara caiu, descobri tudo. Agora, suma simplesmente da minha vida e me deixe em paz. Em paz,entendeu?
-Você não quer isso de verdade.Eu sei que não, seus olhos dizem isso.


What hurts the most, is being so close
And having so much to say
And watchin you walk away
Never knowing, what could have been
And not seein that lovin you
Is what i was tryin to do


-VÁ EMBORA,HARRY.- gritou ela. Os dois trocaram olhares por alguns instantes, e ela, acalmando-se, continuou – Você foi só uma ilusão na minha vida. A mais doce, a mais singela ilusão. E eu não posso viver apenas disso. Eu quero verdade, verdade, entendeu? Agora,simplesmente vá embora que eu tenho que trabalhar.
O rapaz não se moveu. Que história seria aquela? Quem inventara aquilo? E por que, por quê Hermione cismava em duvidar dele desta forma?
Mas ele reconheceu que, naquele momento, nada se resolveria. Estavam os dois cansados, irritados, a ferida estava simplesmente aberta demais ainda. E então ele partiu, mas não sem antes lançar um forte olhar para Hermione.
Esta, depois que o namorado se foi, fechou a porta e jogou-se no primeiro canto que viu.Estava pior do que nunca... Havia tanta verdade naquela confusão do olhar de Harry, será que aquela história toda seria verdade?


It's hard to deal with the pain of losing you everywhere i go
But i'm doin it
It's hard to force that smile when i see our old friends and i'm alone
Still harder gettin up, gettin dressed, livin with this regret

But i know if i could do it over
I would trade, give away all the words that i saved in my heart that i left unspoken

Agora não havia mais tempo para pensar nisso. Com muito esforço, ela levantou-se, tomou um revigorante banho e rumou para o St.Mungus. havia muita gente, como Emília Brady, que precisava dela. E isso, era muito mais importante do que qualquer dor ou sofrimento que ela sentisse.
Chegando no hospital, qual não foi sua decepção e dor quando soube que Emilia havia falecido? E ainda mais, que sua morte não tinha, aparentemente nada a ver com o motivo que a levara até lá. Logo agora que Emilia estava prestes a receber alta, pensava Hermione, será que mais alguma coisa podia dar errado em sua vida?
Ela estava justamente comentando isso com Agatha, na sala em que as duas dividiam.Hermione falava:
-Sabe, Agatha..Me deu uma vontade de viajar, pra bem longe sabe? Fugir de tudo isso, dos meus sentimentos, dos meus medos.
Agatha, que observava atentamente o relato da amiga, ficou com o olhar meio vidrado durante essa parte da conversa, e disse, como se tivesse tido uma idéia luminosa:
-Ah, vá mesmo,Mione. Quer saber, por que não vamos agora mesmo? Estou de carro, eu te levo em casa, ajudo a arrumar suas coisas.Vamos?
-Bem que eu queria, amiga. Mas nós temos muitos compromissos aqui,você sabe...
Hermione fora interrompida por uma batida na porta. Era a recepcionista mal educada do dia anterior.Ela dirigiu-se diretamente a mesa de Agatha e não disse uma palavra para Hermione. A morena notou, no entanto, que a ignorância da recepcionista aparentemente só era distribuída com ela, pois ao falar com Agatha, a moça era toda sorrisos e simpatia. Sua amiga, no entanto, parecia realmente aborrecida por ter sido interrompida por ela.
A situação fez Hermione pensar... Ela lembrava, levemente, daquela moça de algum lugar, ela só não sabia de onde. Mas decididamente, ela percebeu que aquela mulher não gostava nem um pouco dela.
-Então? – disse Agatha, quando a moça havia partido – Você tem andado muito ocupada,Hermione. Esta é a primeira vez, em muito tempo, em que temos tempo de conversar...Você tem ficado muito ocupada com seus pacientes e com Harry. Que tal fugir disso tudo? Vamos, não haverá grandes problemas, eu te levo.
Hermione começou a considerar favoravelmente aquela possibilidade. Ela precisava, mais do que nunca, de umas férias, e de ficar longe de tudo, de seus problemas, de Harry.
-É, Agatha, você tem razão. Vam..
Ela havia sido interrompida mais uma vez por batidas na porta.E, desta vez, era quem ela menos queria ver.
Ou talvez, quem ela mais queria ver.Mesmo sem admitir para si mesma.
-O que você está fazendo aqui,Harry? Eu não fui clara o bastante quando disse para você sair da minha vida?
-Você tem que ouvir algumas coisas, eu não vou deixar você me abandonar. Não assim, tão fácil. Agatha, querida, será que você podia nos deixar a sós?
-Hum, claro. – disse ela, embora parecesse mais aborrecida do que nunca, e saiu.
-Então..O que você tem a me dizer? Seja breve, porque além de não querer ouvir nada, eu estou em meu local de trabalho, não tenho muito tempo para você e suas lorotas.
-Eu já sei a razão de tudo isso,Hermione. A culpa é toda daquela recepcionista idiota. Eu descobri. Ela inventou essa história, me envenenou para você!
-Da Lana Weinberguer? Poupe-me Harry, por quê ela faria isso?
-Porque ela é um ser extremamente egoísta, e porque ela não gosta de você e nem de mim.
-Isso é bastante óbvio.
-É, mas você não sabe as razões.Ao menos, você não lembra...
-Ah,é?
-É, sim. A Weinberguer odeia você, porque há algum tempo atrás houve um teste pra recepcionista do hospital, do qual você era a responsável por escolher quem iria trabalhar aqui, e você não a escolheu, e sim a Margareth Segabizanni, que morreu há alguns dias.E ontem, quando eu a forcei a cumprir seu pedido, ela também ficou com raiva de mim, e então, enquanto eu estava sentando numa área reservada às famílias dos clientes do hospital, ela arrumou um jeito de me afastar, levando-me à diretoria,porque eu resisti às ordens sem fundamento dela, e enquanto eu estava lá, ela inventou toda essa história pra você.
-Nossa! Essa mulher é.. é..
-Maligna.Egoista. Mesquinha.


not seein that lovin you
that’s what I was tryin to do…


-É – disse ela, com um esboço de sorriso – ela é isso tudo,sim.
-Então? Será que estou perdoado? – disse ele, aproximando-se dela. Aproximando seus lábios dos dela.
-Ahh,eu fiquei realmente confusa com isso tudo.Quer dizer, essa mulher pode ter assassinado Margareth...
Mas ela não pode continuar, foi interrompida, pela terceira vez naquela noite. Mas dessa vez a interrupção se deu ao fato de Harry ter puxado-a para um beijo apaixonado.
-Harry! Eu..Eu..Eu ainda não sei..Você..Eu..Não sei.
Ele a olhava com os olhos sorridentes, não dizia nada perante a confusão da namorada, apenas a calou com mais um beijo,.
-Quem disse que lhe perdoei,Potter? – disse ela, depois do beijo, mas seu tom era brincalhão, quase divertido.
-Não precisa dizer, eu sei que você perdôo.
-Você está acabando com minhas desculpas para não te deixar ficar aqui, me beijando em pleno local de trabalho.
-Ah, finalmente!-disse ele, dando-lhe mais um beijo, um beijo mais profundo,mais demorado.



N/A: Oiii gentee! Nuss, vcs não tem idéia do quanto que estou feliz por estar postando assim,tão rápido! Hmm, essa história dos 130 comentários deu MUITO certo \o/ Acho que vamos começar a usa-la!
Peço desculpas por n por o cap exatamente ontem, que foi quando chegam n so aos 130, mas aos 134 comments, mas é que eu passei a noite TODA lendo A Pincesa na Balada \o/
Enfiim!
Muiiitos pedidos para saber o nome da música do trailer,hein?
Bom, ela se chama Iris, da banda Goo Goo dolls e ela é realmente linda!!
Quanto ao cap..Até que ta sofrido, mas a bruxa da recepcionista n vai conseguir atrapalhar o amor do casal mais fofo do mundo assim tão fácil,vai?
; ]
Beeeijos a todooos!!
Próximo capitulo? Só com 150 comentários, certo Daaanii? (Não falei ainda com elaaa, mas acho que ela vai gostar da idéia!
\o/
Comemmmmteemmm!

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