Promessa é Dívida
- Hermione, querida. Que acon ... teceu? - perguntou Molly, em meio a um bocejo. Ela vestia um roupão bege claro. os cabelos, desgrenhados, e a cara de sono denunciavam que acabara de acordar. O céu ainda estava escuro, com uma leve faixa alaranjada no horizonte, que anunciava o início do dia. Deveriam ser ainda umas 5 horas da manhã.
- Eu-eu posso ver - Hermione interrompeu sua fala, chorando compulsivamente. Molly abraçou a garota. Ela era como uma filha. Ainda mais depois de tudo que ocorrera com Gina.
- Calma... Não chore. Venha, entre. - disse a mulher, puxando a garota, que ainda chorava, pela mão.
Minutos se passaram. Molly acalmava-a, passando carinhosamente as mãos pelo cabelo da jovem. estavam agora sentadas no grande sofá da sala. Aos poucos, Hermione parou de chorar. E, depois de se 'recuperar', ela finalmente falou:
- Molly, posso ir ao quarto da Gina? - seus olhos lacrimejaram novamente. Mas então, um longo suspiro impediu que alguma lágrima chegasse a escorrer por seu rosto, já marcado pelo choro.
- Por que isso agora, querida? - perguntou Molly, evidentemente surpresa. Desde a morte de Gina, o quarto ficou intocável. Hora ou outra a Sra. Weasley entrava e o limpava. mas nem uma folha de papel era retirada do lugar. Era uma espécie de doce lembrança. Um lugar que se tornara sagrado.
- Por favor, Molly... Eu realmente preciso ir lá. - Implorou Hermione. A mulher hesitou mais um pouco, mas acabou cedendo. Guiou a jovem até o quarto de Gina. A porta estava fechada. Molly então deixou que Hermione se postasse a sua frente, para abrir a maçaneta.
- Hermione querida, eu vou te deixar aqui para que se sinta à vontade. Qualquer coisa, me chame, okay?
Hermione concordou levemente com a cabeça. Viu Molly andar pelo corredor da casa até desaparecer de sua vista. Virou seu corpo de frente à velha porta de carvalho. Lentamente, sua mão alcançou a maçaneta, empoeirada. E, no mesmo ritmo, a menina a girou. Abriu a porta calmamente, revelando em seguida um pequeno aposento, escuro pelo horário.
- Lumus! - bradou Hermione. Uma fraca luz iluminou o lugar. E então, Hermione pode localizar, ao lado da porta, um castiçal. - Incendio! - falou a garota, com um gesto da varinha. Então, o quarto ficou claro.
Era pequeno, e do lado direito da porta, havia uma janela, encoberta por grossas cortinas brancas. Hermione foi até lá e as abriu, prendendo-as com um laço rosa clarinho que estava ali. A vista era magnífica. Ao longe, algumas faizas alaranjadas anunciavam o nascer do sol. Podia se ver um grande bosque, com árvores de grandes copas verdes. E dois grandes montes, tão verdes quanto as folhas das árvores. Um vilarejo ao longe era visível, com pequenas luzes iluminando-o.
As paredes do quarto eram brancas. Apesar do tempo ter passado, elas continuavam intactas. Assim como os ursinhos na estante, ao lado da janela. E como a cama, rosa, com a colcha igualmente rosa, com alguns lacinhos decorando. Um velho guarda-roupa estava do outro lado do quarto. Ao lado, um espelho. Alguns livros sobre o criado-mudo e alguns pôsters de belos bruxos na parede.
Apesar de pequenno e humilde, era um belo quarto. Todos os móveis combinando. Cada mínimo detalhe.
Hermione se viu sentando na cama da garota. Prendeu sua atenção em uma pequena foto. Lá, estavam ela e Gina, andando pelos jardins de Hogwarts e sorrindo. Deveriam ter uns 16 anos. Talvez um pouco menos. Logo atrás, vinha Luna. Todas sorriam para a Hermione atual. Ela não poe deixar de sorrir ao relembrar os velhos tempo.
Tudo era tão mais fácil... - pensou Hermione. Passava tanto tempo repreendendo Harry por falar isso, mas, infelizmente, essa era a realidade. Então, sua atenção se voltou para um pequeno pergaminho, que estava embaixo da fotografia. Hesitou um pouco, mas acabou pegando-o. Cuidadosamente, desdobrou e leu.
"Contrato de Amizade Eterna
Por meio deste, estamos reforçando nossa amizade. Este é um contrato, no qual nos comprometemos a ajudar umas as outras, e nunca, NUNCA, trair qualquer uma que seja. Essa será a prova de nossa verdadei e eterna amizade.
Ass: Gina Weasley Hermione Granger Luna Lovegood
Data: 26/05/1995"
Lágrimas escorreram pelo rosto de Hermione. As lembranças povoavam sua mente. Prometera não trair, nunca, Gina. E cumpriria isso, mesmo que precisasse passar por cima de qualquer sentimento. Até mesmo se esse sentimento fosse o mais nobre de todos: o amor.
Hermione colocou a carta em seu devido lugar e ficou a observar cada pequeno detalhe do quarto.
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- Hermione... Mione, acorde.
- Ahn... - murmurrou a garota.
- Anda Mi. Acorda.
Em um salto, Hermione acordou. Olhou ao redor, tentando localizar onde estava. Viu, a sua frente, Rony. E então, lembrou-se da madrugada. estava no quarto de Gina. Rapidamente, ela levantou-se da cama da garota, e começou a se desculpar, sendo impedida por Rony.
- Mione, não foi nada. Acalme-se, sim? - disse o ruivo, com um carinhoso sorriso.
- Onde está sua mãe? - perguntou, sem maiores delongas.
- Está na cozinha. estava preocupada com você. Ela disse que você chegou logo cedo, querendo ver o quarto de Gina.
- É... Ron, eu vou vê-la, 'tá?
- Vamos lá. Também vou descer.
Ambos desceram em silêncio. Quando atingiram a cozinha, Molly virou-se para eles e sorriu ao ver Hermione.
- Você está bem, querida?
- Estou sim, obrigada.
- Sente-se. Quer tomar o desjejum?
- Não posso, Molly. Já devo estar atrasada para meu trabalho. Muito obrigada, 'tá? - disse a garota, com um triste sorriso.
- Magina, querida. Venha nos visitar mais vezes, sim?
- Virei.
Dizendo isso, Mione abraçou a Sra. Wesaley e despediu-se de Rony. Então, aparatou em sua casa. Rapidamente, tomou um banho e vestiu roupas adequadas para o seu trabalho.
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- Harry? O que faz aqui? - perguntou Hermione, na porta de sua casa.
- Vim fazer uma visita. Não posso? - perguntou o rapaz, brincalhão. Vestia uma calça jeans desbotava e uma blusa branca. Seus cabelos, como sempre, estavam bagunçados. e os olhos, mais verdes que nunca.
Hermione se viu admirando as feições do rapaz. "Como ele é lindo... Hermione! Que é isso! Pode parar, agora! lembre-se. Você prometeu NUNCA trair a Gina, e não o fará! ... Mas, se pensar bem, não estarei traindo-a. Chega! Pare já com isso!".
- Harry, me desculpe, mas eu estou de saída. Te vejo outra hora.
Dizendo isso, Mione fechou a porta na cara do rapaz, antes mesmo que ele pudesse dizer algo. Seu rosto mostrava o quão confuso ele estava.
"Quem entende??? Mas fazer o quê...". Ele então, desistindo dos planos que tinha para divertir a amiga, voltou para a sua casa. Andou vagarosamente pelas escuras ruas. Seria muito mais simples aparatar, mas andar fazia bem a ele. E o ajudava a organizar seus pensamentos.
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N/A - Dani: Oie! Bom, depois do fiasco que foi o capítulo 6, eu fiz esse aqui - que tabém não está lá aquelas coisas, mas está um poco melhor. Para tentar em desculpar, fiz um capítulo um pouquinho maior. Tudo bem que tem apenas 3 cenas, mas... Queria ter colocado uma cena H/Hr, algo mais romântico. Mas achei melhor não. Afinal, aquele sonho mexeu com ela. Agora, vamos ver o próximo capítulo. huahuhaua...
Bom, queria agradecer a compreenssão de vocês em relação aos probleminhas que tive com o outro capítulo. E o capítulo anterior, que a Mari escreveu... Meu Merlin. Como eu gostei! Adorei essa história do sonho/pesadelo da Gina. Muito bom! huhuhu... Bom, agora, vamos aos comentários.
sy_: olá! Que bom que está gostando ^^. fala sério, né? Esse Harry. Também achei uma sacanagem. Ele é meio tapado. Não é possível! Será que ele não percebe que a Mi tá apaixondada por ele?? ¬¬... huhuhu... Valeu pelos elogios. espero que tenha gostado do capítulo. E continue lendo e comentando ^^
Well. É isso aí ! Mil beijinhos e até logo ^^
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