Namoro Falso Amor Verdadeiro



Um namoro Falso... um amor verdadeiro...



- Eu nunca pensei que fosse vê-la novamente, Hermione! – Harry escutou a voz de Rony, mas não quis abrir os olhos. Ficou parado onde estava, tentando compreender o que estava acontecendo.
- Nem eu achei que pudesse sair de onde estava! – disse Hermione, sem muita empolgação. – Se não fosse por Harry...
- Sim, sim... Harry... vocês estavam namorando antes, não é? – Rony perguntou.
- Não, Rony... era um namoro de mentira. Para afastar Gina que estava em perigo e castigar você.
- A mim? Você se preocupou tanto comigo, querida? – a voz de Rony pareceu um pouco embargada.
Harry abriu um dos olhos e espiou.
Ele estava na ala hospitalar, deitado ao lado da cama de Hermione e sentado numa cadeira entre ambas as camas estava Rony, que segurava a mão de Hermione.
- Sim, Rony... – Hermione pareceu olhar para Harry que fechou os olhos rapidamente. Esperou alguns segundos, depois abriu-os novamente.
- Ah... Mione... eu fui um tolo. Um tolo! Eu não queria falar meus sentimentos. Não queria ficar com você pois eu queria mais... eu queria muito mais... mas agora sei que nunca deixei de amar você... você é o meu único amor, Hermione... eu te amo mais do que qualquer coisa nessa vida...
- Rony eu...
- Por favor, Hermione me perdoe pelas coisas que eu te disse! – disse Rony aproximando-se de Hermione, fazendo menção em beijar os lábios dela. Harry sentiu seu sangue ferver, mas não conseguiu mexer um músculo.
- Claro, Rony... claro que eu te perdôo. – disse Hermione.
- Vamos ficar juntos agora... vamos ficar juntos para sempre... – Rony se abaixou para beijar os lábios de Hermione, mas ela virou o rosto bem em tempo, fazendo-o beijar uma das bochechas.
Harry vibrou pela atitude de Hermione, mas ainda assim, não disse nada.
- Hermione... – começou Rony, parecendo um pouco desapontado. – Você e Harry não...
- Não, Rony... não há nada entre ele e eu...
Harry se sentiu extremamente triste por aquilo. Fechou os olhos e esperou que Rony saísse do aposento. Esperou ainda alguns segundos para depois abri-los.
- Hermione! – Harry chamou por ela. – Você está melhor?
Hermione virou-se para ele com um sorriso adorável.
- Harry! Ah... que bom que acordou... eu estava preocupada! – disse Hermione, levantando-se para sentar na cama.
- Hermione... você não deveria levantar... – respondeu ele, levantando-se também.
- eu não podia deixar de fazer isto! – disse ela, deixando as lágrimas correrem pelo rosto.
- Isto o que? – perguntou ele.
Então Hermione saiu da cama, subiu na dele e se aconchegou em seus braços no abraço mais doce que alguém poderia lhe dar.
- Harry... eu não sei... como... eu poderia... lhe agradecer... Acho que... ninguém... que não me amasse de verdade.... faria... o que você fez...
Harry alisou os cabelos de Hermione, encostando a sua face sobre a cabeça dela. Era tão bom, tê-la em seus braços. Era tão bom abraçá-la. Ele havia desejado tanto esse momento que imaginou por um segundo se tudo não fosse apenas um sonho bom e se acabaria acordando novamente no inferno.
Aquele momento durou uma eternidade, mas por fim, Hermione se afastou, enxugou os olhos e tentou sorrir.
- Eu sou uma boba! – disse ela, chorando cada vez mais. – Eu nunca vou esquecer de você Harry. Não importa quantos anos passem... não importa... eu sempre terei você em minha memória. Espero poder ir pro céu quando morrer, porque quero ver você no paraíso.
- Você vai... tem que ir... ou eu vou ter que ir até o inferno buscar você de volta! – disse Harry, com um sorriso nos lábios.
Até Hermione sorriu.
- Snape disse que agora vai ficar tudo bem. Quando você me tirou do inferno, minha alma foi restaurada. Não tem mais traço de Voldemort na minha alma... eu vou ficar bem agora...
- Ótimo! – disse Harry e segurou a mão de Hermione, ambos sentados ainda sobre a cama de Harry.
- Harry.. – disse Hermione, abaixando os olhos. – Eu... eu... eu preciso lhe dizer uma coisa...
- Fale...
- Eu sei que eu não deveria dizer isso agora. Sei que você pretende ficar com a Gina que é o seu grande amor e eu espero sinceramente que vocês sejam muito felizes mas...
- Mas...? – perguntou Harry, sentindo um aperto no coração.
- Mas... eu não... eu preciso dizer o que eu sinto no meu coração. Eu preciso ser sincera, sabe...?
Hermione levantou os olhos para eles. Era um olhar puro, sincero. “Vamos Hermione, diga que me ama...”, pensou Harry, tentando controlar a vontade de beijar Hermione ali mesmo.
- Bem... eu... – então, alguma coisa mudou no rosto de Hermione. Ela suspirou, respirou fundo e continuou – ... não é nada... só quero que seja feliz!
Harry sentiu um peso no coração. Queria falar alguma coisa. Mas não conseguiu. Por fim o que saiu de sua boca era tudo menos sinceridade:
- E eu quero que seja feliz com Rony!



Os dias se arrastaram depois que ambos saíram da ala hospitalar. Gina insistia para recomeçarem o namoro, mas ele pediu para dar um tempo. As aulas recomeçaram depois de um tempo e Hermione estava mais do que nunca concentrada nas aulas, principalmente a de Defesa contra as Artes das Trevas, novamente a cargo de Snape. A antiga antipatia que Harry, Rony e Hermione tinham pelo professora parecia ter evaporado. Agora o professor os tratava muito bem e as aulas era muito divertidas, sempre aprendendo feitiços interessantes.
- Mais dez pontos para a Grifinória! – disse Snape, quando Hermione conseguiu efetuar um feitiço perfeitamente. – Srta. Granger... você realmente é muito boa. Quase tão boa quando seu amigo Harry Potter. Poderia ser uma aurora se quisesse.
Harry sorriu para Hermione. Os dois eram sempre parceiros nas aulas de Defesa.
- Não... eu já me decidi. Eu serei professora. A professora Macgonagal está se aposentando. Eu irei substituí-la no próximo ano. Já está tudo ajeitado.
Harry sentia um aperto no coração cada vez que escutava isso de Hermione. Ela estava decidida em ficar em Hogwarts. Já Harry, Rony e Gina haviam recebido uma proposta do Ministério para trabalharem no departamento de Aurores. Aquilo afastaria os dois. Eles só poderiam se ver no final de semana. Mesmo assim, ficaria difícil.
- Hermione... você vai comigo no baile de formatura, não? – disse Rony, de repente, abraçando Hermione bem no momento em que ela se defenderia de um feitiço de Harry.
- Rony! – disse ela, surpresa, sorrindo para o amigo.
Harry não suportou mais ficar na sala e como já estava acabando, resolveu sair.
Ele tinha se esquecido completamente do baile de formatura. Sua primeira e única alternativa era convidar Hermione, mas como Rony resolvera tomar a iniciativa, pensou que era tarde demais. “O que você estava esperando, Harry Potter?”, pensou Harry consigo, “os dois se amam”. Fique longe e deixe-os serem felizes.
Era fácil pensar isso, mas a prática doía demais. Harry subiu direto para a torre naquela noite. Já estava quase dormindo quando Gina o abraçou de repetende se aconchegando nos braços dele.
- Você tem me evitado tanto, Harry... você tem me deixado muito infeliz nesse últimos dias.
- Sinto muito, Gina... – disse ele, sinceramente. – Sabe, Gina, acho que não existe mais nada entre nós. Eu queria muito poder te amar, mas não sei se posso mais.
Gina marejou os olhos quando Harry disse aquilo.
- Eu faria qualquer coisa por você. Se quiser que eu espere eu vou esperar... você sabe que eu vou...
- eu não quero que espere... eu quero que arranje alguém que realmente ame você, querida... eu quero que seja feliz... com outra pessoa.
- Mas eu só sou feliz com você! – reclamou Gina, enxugando as lágrimas.
Foi então que ela escutou um barulho... escutou a voz de Hermione se aproximando, dizendo a senha. O quadro da mulher gorda começava a se abrir.
- Harry... – Gina se abaixou sobre o peito de Harry e fê-lo beijar os seus lábios.
Ele tentou afastá-la, mas como ela forçou, Harry não quis machucá-la. Quando ela acabou de beijá-lo, Harry percebeu que eles não estavam mais sozinhos na sala comunal.
Hermione, Rony, Neville e Simas estavam ali.
- Ei, Harry... mandou bem, eihn..! – disse Simas, enquanto Harry ficou petrificado olhando para Hermione.
Ela parecia triste mas não demonstrou mais nenhuma emoção. Deu um sorrisinho triste e gracioso para Gina que a olhava com malícia e depois subiu discretamente a escada para o dormitório feminino.
- Vamos deixar os pombinhos em paz, sim! – disse Rony, apontando a Simas e Neville (que olhava triste para Gina) para que subissem. Rony subiu por último, piscando para Gina.
- Se pensou que com isso ia me recuperar... enganou-se Gina! – disse Harry, afastando Gina que fazia menção em beijá-lo novamente.
- Ela não quer você! – gritou Gina, aborrecida. – Não vê? Ela nem ligou para nós. Ela gosta do Rony! Vamos ficar juntos, Harry... como é para ser...
- É você quem não vê! – disse Harry, irritado. – Neville gosta de você e faria você feliz se desse uma chance a ele...
- Ele é um paspalhão...
- Mas ele gosta de você, Gina... eu não! – gritou Harry, bruscamente. Depois respirou e se acalmou um pouco – Eu não amo você! Acho que nunca amei de verdade. Eu amo Hermione. Se ela não me ama... eu não posso fazê-la me amar... e você não pode fazer-me te amar... O amor é assim, Gina.... eu sinto muito... mas não vou ficar com você... nem hoje... nem nunca!
Harry subiu as escadas escutando os soluços de Gina atrás de si.


Harry ajeitou a gravata no espelho enquanto se preparava para descer para o baile. Desde de que discutira com Gina, não se aproximou mais dela e Rony começou a evitá-lo, assim como Hermione, o que significava que ele passara as duas últimas semanas completamente solitário, vagando de um canto a outro. Rony se arrumou do lado dele, mas os dois não falaram nada um para o outro.
Quando desceram, as garotas todas já estavam na festa. Harry ficou parado num canto olhando os casais felizes se beijando, agradecendo por tudo que viveram juntos. Nunca desejou tanto estar ao lado de Hermione, mas esperava vê-la feliz ao menos, depois de tudo. Viu Gina entrar no salão. Ela lhe dispensou um olhar aborrecido, antes de dar a mão a Neville que estava muito bonito por sinal e os dois começaram a dançar. Depois foi a vez de Simas e Parvati, completamente enroscados num beijo.
Rony chegou muito mais tarde. Havia uma garota ao lado dele... mas não era Hermione. Luna... era Luna Lovegood num lindo vestido verde que lhe cabia perfeitamente.
- Rony... Rony... ! – disse Harry, correndo para o amigo antes que começassem a dançar.
- O que é, Harry? – perguntou Rony aborrecido, olhando para ele de soslaio.
- Você e Hermione..? Vocês não estão juntos? Ela não está com você? – perguntou ele, sentindo uma estranha sensação no peito.
- Como se você não soubesse! – disse o amigo, irritado, fazendo menção em começar a dançar com Luna que assistia a discussão com curiosidade.
- Não eu não sei! – disse Harry, impedindo-o. – O que está havendo aqui?
- Hermione disse que não queria vir comigo ao baile. Eu insisti depois disso, veemente, mas ela não me quer, Harry. Disse que me perdoa, mas que não quer ficar comigo porque sempre amou você... !
O ar faltou a Harry naquela hora... as pernas ficaram bobas e se Luna não segurasse seu braço ele estatelaria ali mesmo no chão.
- Não vai desmaiar aqui, Harry... vai ser o maior mico! – disse Rony, segurando Harry que realmente ficou tonto. Harry parecia estar totalmente desnorteado. – Vocês se amam, não é? Se você foi capaz de ir até o inferno por ela, quer dizer que a ama muito mais do que eu seria capaz de amar... você merece ficar com ela... Harry... vai lá... vai lá... e vê se a faz feliz!
Harry seguiu os conselhos do amigo e saiu na mesma hora do salão de festas. Quando pôs o pé na escadaria para subir, porém, uma garota linda e adorável estava descendo. O rosto iluminado pra ele.
- Oi, Harry! – disse Hermione, parando para dar um beijo no rosto dele, que estava completamente petrificado. – Você está esperando pela Gina? – perguntou ela, olhando para cima para onde o olhar de Harry estava perdido.
- Você acha que eu estou esperando pela Gina? – perguntou ele, as palavras saindo da boca sem o seu controle.
- Eu vi o vestido da Gina. Ela está linda, Harry... Vocês farão um belo casal. Torço para que sejam felizes...
Harry não resistiu mais. Deixou que a torrente de emoções que extravasavam do seu coração viessem a tona. Ele agarrou Hermione, enfiou uma das mãos nos cabelos, a outra segurou a cintura e tomou aqueles lábios que nasceram para serem seus.
Hermione tremeu quando seus lábios se tocaram, mas ela, novamente, entregou-se ao desejo. Novamente ele teve que segurá-la, pois ela ficou mole, as pernas tremiam e ela, por mais que quisesse, não conseguia ficar de pé.
- Harry... – sussurrou ela de olhos fechados quando ele se afastou um pouco para beijar a testa dela. – Eu não posso... Gina é minha amiga...
- Gina está no baile com Neville. Está brava, é claro, mas logo vai perceber que Neville é um grande companheiro. Rony está namorando Luna agora, Hermione... o que quer dizer que nós dois sobramos...
- Harry... – disse ela, tremendo de emoção, sem controlar as lágrimas que brotavam agora do canto dos olhos. – Eu sempre te amei... não consegui dizer antes... simplesmente não consegui... mas eu amo você... eu amo você...
Harry abraçou Hermione com toda a ternura que podia, deixando que ela se aconchegasse nos seus braços.
- Você é minha, Hermione... e vamos ficar juntos para sempre... Dumbledore conversou comigo antes de ontem. Não contei a ninguém pois todos estavam me evitando. Eu não vou mais para o ministério. Eu vou ficar aqui em Howarts. Slughorn vai se aposentar de uma vez. Snape vai voltar para as aulas de poções o que significa que EU vou assumir as aulas de Defesa contra as Artes das Trevas, meu amor... ficaremos sempre juntos..
Os dois se beijaram novamente, agora mais apaixonadamente do que nunca, o desejo crescendo em ambos.
- Eu amo você, Hermione... não importa até onde eu precise ir... se no céu ou no inferno... mas eu sempre irei para onde você estiver... para todo o sempre...









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