Love is all around



“I feel it in my fingers (eu sinto nos meus dedos das mãos)
I feel it in my toes (eu sinto nos meus dedos dos pés)
Love is all around me ( o amor está à minha volta toda)
And so the feeling grows (e então o sentimento cresce)
It's written on the wind (está escrito no vento)
It's everywhere I go (está em todo lugar onde vou)
So if you really love me (então, se você realmente me ama)
Come on and let it show (vamos, deixa ele se mostrar)

You know I love you, I always will (você sabe que eu te amo, eu sempre te amarei)
My mind's made up by the way that I feel (minha mente está feita, pela maneira que sinto)
There's no beginning, there'll be no end (não há início, não haverá fim)
'Cos on my love you can depend (porque do meu amor você pode depender)

I see your face before me (vejo seu rosto na minha frente)
As I lay on my bed (enquanto me deito na minha cama)
I kind'a get to thinking (eu meio que começo a pensar)
Of all the things you said (em tudo o que você me disse)
You gave your promise to me (você me deu sua promessa)
And I gave mine to you (e eu dei a minha a você)
I need someone beside me (preciso de alguém ao meu lado)
In everything I do (em tudo o que faço)

You know I love you, I always will (você sabe que eu te amo, eu sempre te amarei)
My mind's made up by the way that I feel (minha mente está feita, pela maneira que sinto)
There's no beginning, there'll be no end (não há início, não haverá fim)
'Cos on my love you can depend (porque do meu amor você pode depender)

Oh, It's written in the wind (está escrito no vento)
Everywhere I go (em todo lugar onde eu vou)
So if you really love me, love me, love me (então se você realmente me ama, ama, ama)
Come on and let it show (vamos, deixa ele se mostrar)
Come on and let it, (vamos, deixa)
Come on and let it (vamos, deixa)
Come on and let it, (vamos, deixa)
Come on and let it show… (vamos, deixa ele se mostrar)”


Os quatro ouviam à música “Love is all around”, do conjunto Wet Wet Wet, da época de namoro dos Potter, procurando absorver o verdadeiro sentido daquelas palavras. Eles teriam que fazer essas análises com outras tantas músicas, e tinham até feito já em algumas naquele mesmo dia... mas essa foi realmente a que mexeu mais com todos até agora. Sinal de que todos estavam na mesma sintonia.


Além da significação da letra conjugada com a passagem do diário, precisariam encontrar a aplicação prática da mesma. E essa aplicação teria que valer verdadeiramente, considerando que se não houvesse aplicação no dia a dia, para Voldemort não seria nada.

- Por partes então, vamos à análise – disse Harry alegremente, um brilho lindo e cheio de calor nos olhos.

No diário, a referência da música estava junto ao relato de James à respeito do dia em que finalmente descobriu que Lily correspondia aos seus sentimentos. James descreveu que o coração dele “batia tão forte ao passar perto de Lily cantarolando baixinho essa música, ouvindo a voz dela penetrando na alma dele tão profundamente e ao mesmo tempo tão serenamente... de mansinho, roubando seu sono e seu sossego, aquela menina sabichona e petulante... mas carinhosa, amorosa, gentil...”

Os quatro se entreolharam emocionados. Sentiam a mesma coisa naquele momento! Fora a amizade que os unia, havia aquele mesmo amor forte, puro e inquestionável, que pulsava descompassadamente, rugia como fera enjaulada dentro do peito de Harry, Ginny, Ron e Mione...

Dentro de Hogwarts com tão poucas pessoas, a vigilância não era tão visivelmente controladora, como seria de se esperar. Isso porque McGonagall, somente ela, sabia de muita coisa sobre Harry e os amigos... sabia do que acontecera na casa dos Potter, dos relacionamentos recém-formados, até mesmo da proximidade dos casais... mas, mais do que isso, confiava em Harry, como Dumbledore confiou até o fim, inclusive seguindo instruções do mesmo. E por isso sabia que não era alguém vigiando que mudaria os rumos de quaisquer coisas que viessem, ou tivessem que acontecer. Tal qual na época de James e Lily, quando Dumbledore também sabia do que se passava em salas de aula vazias e escuras tarde da noite, até mesmo a Sala Precisa ajudou aos apaixonados sem a interferência do diretor... porque ele sabia, ou pressentia, de alguma maneira, que aquele amor precisava se consumar, mesmo antes de saber quem eram os Potter para Voldemort.

A verdade é que, no fundo, McGonagall era uma romântica inverterada, que no passado fora como Hermione, estudiosa demais... nunca pensara em ter alguém, só queria saber de estudar e ser a melhor... até que, um dia, percebera tarde demais a importância do amor na vida de alguém. Havia alguém especial no passado da Profa., mas que já havia morrido, e ela simplesmente preferiu, por vontade própria, devotar-se à escola para esquecer Dylan Harrison, o trouxa pelo qual se apaixonou há décadas atrás... enfim, McGonagall não interferiria em nada que pudesse acontecer na sala comunal da Grifinória, nas salas de aula, na Sala Precisa, nos dormitórios... por compreender a importância do amor nos tempos de guerra, e principalmente por compreender que há coisas que não podem ser explicadas racionalmente.

Os quatro amigos não sabiam, mas nem estavam planejando nada. Queriam apenas acabar logo com Voldemort, para terem a chance de viver sem medo e poderem curtir o amor que sentiam um pelo outro.

Mione foi a primeira a falar. Um pouco ruborizada, mas consciente de seu papel, ela começou sua explicação.

- Sabemos que o amor está em tudo, principalmente quando o sentimos. – falava olhando para Ron instintivamente, corou e sorriu. – Quando sentimos o amor, ele se torna onipresente, vemos coisas que antes não podíamos ver porque não estávamos apaixonados... tudo fica mais lindo, colorido, cheio de vida quando estamos apaixonados!

Harry, Ginny e Ron concordavam, sentiam o mesmo... Harry completou:

- E se o amor não for demonstrado, se não for externado, não terá o mesmo valor, porque quando ocultamos nossos sentimentos, privamos aqueles que mais amamos de sentir o que sentimos.

Harry procurou a passagem no diário novamente e encontrou as palavras grifadas: “se você me ama, Lily, me deixa saber...”. Logo depois, o pai e a mãe de Harry relatam o que aconteceu. Harry leu em voz alta para todos.

“Era uma linda tarde ensolarada, quase final de ano letivo, as provas terminavam naquele dia. Lily, mais linda do que nunca, estava sozinha, sentada perto do lago, recostada numa árvore cantarolando, o pensamento longe... Já tinha pedido à ela tantas vezes para me dar a chance de provar que estava mudando, até mesmo tinha deixado de importunar Snape...

Cheguei mais perto dela, em silêncio. Não queria atrapalhá-la. Queria ouvir sua doce voz. Queria ouvir o que a canção dizia. Queria me aproximar, sentir-lhe o perfume, o calor...

Ela ainda cantarolou mais um pouco, me deu vontade de chorar. Porque o meu amor é verdadeiro, porque a canção dizia tudo o que eu queria dizê-la...

Cheguei mais perto dela, chamando-a pelo nome. Quase sussurrando. Não queria parecer um bandido, não queria assustá-la. Ela, incrivelmente linda, os cabelos avermelhados e os olhos muito verdes e profundos, olhou-me e permitiu que eu sentasse perto dela. Eu simplesmente disse a ela:

- O que eu preciso fazer para que você acredite no meu amor? Há muito tempo venho tentando lhe dizer, lhe demonstrar de todas as maneiras que a amo, com cada fibra do meu ser... o que faço para que você acredite em mim? Eu estou perdido, sozinho, no escuro sem você Lily! Eu te amo!

Lily olhou profundamente nos olhos de James. Como ela não havia visto antes o garoto insistente e exibido olhando para ela com tanto amor e sentimento? Ele estava falando a verdade, ela sabia... aproximou-se dele como se jamais tivesse olhado para ele. Respirou fundo, fechou os olhos dele com um toque suave de seus dedos. Aproximou-se dele, ele tremia, respirava aos trancos... pegou na mão dele gentilmente, disse baixinho no ouvido dele, fazendo arrepiar os pêlos da nuca de James:

- Esse é o primeiro verdadeiro, de muitos outros que virão... eu juro!

Beijou James com paixão, desejando que aquele momento fosse eterno... ele correspondia emocionado, lágrimas escorriam pela sua face, ele a abraçava como se o mundo fosse acabar...”

Lágrimas rolavam da face de todos eles. A emoção descrita no diário era a emoção que eles sentiam, era o amor que eles sentiam um pelo outro, Harry e Ginny, Ron e Mione...

Sem dizer uma palavra, Harry pegou na mão de Ginny e levou-a para o quarto dela.


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.