Hogwarts - Lar Doce Lar



Dentro dos minutos previstos por Harry, todos se aprontaram e aguardavam. O Sr. Weasley conseguiu chegar antes da partida deles, avisando que, mesmo aqueles que não tinham realizado ou passado no teste estavam autorizados a aparatar se quisessem ou soubessem. Sabendo da situação de Ron, Mione ofereceu-se para levá-lo, mas ele decidiu fazê-lo. Sem dificuldade, eles foram aparatando em Hogwarts, um a um, inclusive Ginny, que mesmo não tendo idade não teve dificuldades em aprender, enquanto McGonagall acompanhava de perto a chegada deles. Os últimos a ficar em Godric’s Hollow foram Harry e o Sr. Weasley.

Harry tomou a varinha, fechou a porta de sua casa cantarolando uma música que o Sr. Weasley não conhecia, porque era música trouxa, claro. Mas Harry tinha plena certeza do que estava fazendo.

- Eu ainda não entendi muito bem essa coisa toda das músicas e diários, Harry... será que isso será o suficiente para aniqüilar Você-Sabe-Quem?

- Voldemort, Sr. Weasley. Diga em voz alta, não tema. Esse medo de pronunciar o nome dele não é nada bom, o Sr. sabia? É esse medo sem motivo que faz com que o poder dele aumente, Sr. Weasley, saiba disso. Ele incute o medo nas pessoas, até que elas tenham medo até de dizer seu nome, e isso não é nada! O poder dele vem de dentro das pessoas, inclusive daquelas que o temem, tanto faz se boas ou más. Lembre-se que todos os servos de Voldemort não o respeitam. Eles o temem.

- Desculpe, Harry, é muito difícil para mim...

- Acredite em mim, Sr.! Combater Voldemort não é possível apenas com magia avançada. Magia negra é bem complicada porque exige conhecimento profundo e um sentimento de auto-suficiência e superioridade enorme... Enquanto a magia branca, antiga, a do amor, é simples, mas extremamente poderosa porque está ao alcance de todos. E quanto mais simples, mais desconhecida a ele, que agora aguarda ataques ferozes e malignos, engendra planos sofisticados. É difícil de acreditar, mas nem mesmo Dumbledore poderia imaginar que as Horcrux não são as únicas fraquezas de Voldemort. Mas vamos deixar isso pra depois, só me dê dois minutos...

Harry, após selar a porta magicamente, colou um pergaminho na porta com os seguintes dizeres:

“O amor é a chave. Eu desejo amar a todos que eu cruzar pelo meu caminho.”

O Sr. Weasley emocionou-se ao ler a frase escrita com sangue do próprio Harry. E isso mostrou a Harry que o raciocínio dele estava correto, porque automaticamente após a leitura das palavras no pergaminho pelo Sr. Weasley, a porta adquiriu uma coloração diferente...

Isso quer dizer que a boa intenção daquele que lê palavras edificantes aumenta a energia positiva de um ambiente. Imagine um lugar repleto de pessoas que se amam, é uma fortaleza! Exatamente como foi Godric’s Hollow nas últimas semanas. Uma fortaleza inatingível.

- Essa casa deve ser constantemente vigiada, Sr. Weasley. Hoje mesmo alguém à mando de Voldemort tentará entrar aqui. Não vai conseguir, presumo. Mas vai tentar. Preciso saber de tudo, certo?

- A Ordem se encarregará disso, tomarei providências agora mesmo.

- Estou indo para Hogwarts, o Sr. não precisa me acompanhar. Pode ir tranqüilo, Sr. Weasley. Nos falaremos mais tarde, certo?

Com isso, um CRAQUE, seguido de outro, ouviu-se na porta de entrada da casa dos Potter.


Quando Harry chegou na sala da Profa. McGonagall, os outros o aguardavam ansiosos. Gina estremeceu quando Harry aparatou na sua frente, tranqüilizando-se segundos depois. Confiava cegamente no discernimento do namorado.

Harry dispensou Neville e Luna primeiro, incumbindo-os de pesquisar, com a ajuda preciosa de Madame Pince, agora mais calma do que de costume, na biblioteca, sobre o que conseguissem sobre o poder escondido em objetos, como fotos, cartas, entre outros, assim como sobre a influência da música na vida das pessoas, extremamente importante para eles naquele momento.

Ele e Ginny, assim como Ron e Mione, estariam trabalhando nas músicas e no diário. Juntos, porque haviam laços afetivos mais estreitos entre eles, sem contar o laço consangüíneo de Ron e Ginny.

As aulas em Hogwarts não começariam antes dos próximos 30 dias. Tinham muito tempo.

Aos poucos, nos dias decorrentes, outros alunos começaram a procurar a escola, para saber como seria o ano letivo a se iniciar em Hogwarts. McGonagall procurou tranqüilizar aos pais e alunos, afirmando veementemente que as aulas voltariam normalmente, pois agora, mais do que nunca, os alunos precisariam de muita informação, precisariam aprender o que pudessem! Os alunos pertencentes à Sonserina também voltariam, por exigência de Harry. Inclusive parentes e amigos de pessoas ligadas aos Comensais da Morte.

- Informação sempre vaza para os dois lados, gente. O bem precisa do mal como o mal não existe sem o bem. Privar essas pessoas de voltar é fechar uma porta muito larga que dá em informações muito necessárias. Eles precisam de nós, e nós deles.

Com esse argumento irrefutável, Harry calou as reclamações mentais dos amigos.

A segurança de Hogwarts foi magicamente ampliada, com a ajuda de todos os professores e funcionários. Até mesmo Filch, e sua Madame No-r-r-a mostraram-se leais a Dumbledore e ao legado dele.

Por mais arriscados que fossem os tempos vindouros, os amigos sempre tem um ao outro.

Era impossível não se sentir em casa e seguro em Hogwarts.

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