O Trasgo Oxigenado Malfoy

O Trasgo Oxigenado Malfoy




Conforme Rony já lhe dissera anteriormente, Gina sabia que aquele seria um ano bem mais difícil do que os anteriores. O quinto ano que começava a cursar agora era o ano dos N.O.Ms. E Gina já começava a sentir a diferença logo na primeira semana de aula.

Os professores estavam metralhando-os com dever de casa sem qualquer sinal de piedade. E o fato de Snape ter sido promovido a professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, além de continuar a exercitar suas funções como mestre de poções, não era de grande ajuda. Ele, em especial, parecia decidido deixar todos os seus alunos sufocados de tanta coisa extra para fazer.

Em conseqüência disso, Gina passava mais tempo na biblioteca do que em qualquer outra lugar. Arrastava Luna consigo sempre que possível, pois ela não parecia muito preocupada com os exames e preferia passar seu tempo lendo coisas como "Demônios da Era Medieval Presentes no Mundo Moderno?" ou "Um Estudo da Aparição de Medusas no Hemisfério Norte". Gina não considerava uma leitura das mais saudáveis, mas Luna tinha suas próprias opiniões.

Aquela tarde, na metade de Setembro, Luna e Gina encaminhavam-se para uma aula de poções com o professor Snape quando um grupo de alunos da Grifinória vinha subindo as escadarias das masmorras. Hermione sorriu para Gina ao passar. Também acenou educadamente para Luna, que não percebeu porque estava com todas as suas atenções voltadas para a nova edição d'O Pasquim que recebera durante o café.

- Veja quem vem vindo - comentou Gina. Luna ergueu os olhos rapidamente da revista, e observou Rony e Harry subirem as escadas discutindo qualquer coisa.

-... esse macaco velho - praguejava Rony, gesticulando. Então identificou Gina e aproximou-se, seguido de perto por Harry.

- O que houve? - indagou Gina.

- Snape - contou Rony, indignado. - Tirou dez pontos da Grifinória só porque Hermione estava ajudando a gente com nossos antídotos para a poção Derruba Javali.

- Isso é bastante típico do Snape - disse Harry, limpando os óculos na manga das vestes.

- É, é mesmo. Ei, Gina, você tem uma pena pra me emprestar? Neville confundiu a minha com um dos ingredientes e cozinhou-a em seu caldeirão...

- Eu tenho - apressou-se Luna, e apanhou uma pena velha e amassada de dentro do bolso do casaco.

Rony encarou-a, erguendo as sobrancelhas.

- Obrigado, então - ele disse, coçando a nuca e aceitando o empréstimo. Ia guardando-a dentro da mochila quando Luna soltou um grito que chamou a atenção de todos que se encontravam no saguão para eles.

- Não faça isso! - disse, os olhos mais arregalados do que o normal. - Não se deve levar as penas junto com os livros. As fadas do papel podem ficar furiosas e manchar todo o seu material com tinta...

Rony ficou parado, olhando para Luna de maneira totalmente incrédula. Aparentemente não sabia se deveria rir ou não.

- Ah... valeu a dica - disse ele, afinal. - Mas é melhor vocês irem, hum, Gina... Ou vão se encrencar com Snape também.

E afastou-se com Harry, girando o dedo indicador em torno da orelha para indicar o tipo de pensamento que tinha de Luna. Gina deu uma risadinha e olhou para Luna, que observava Rony se afastar, de maneira marota.

- O que foi? - perguntou Luna. - Ele não sabia das fadas... Não vai me dizer que você também não...

- É melhor a gente ir andando, Luna - Gina interrompeu, sacudindo a cabeça.

Luna era realmente boa em poções, o que era muitas vezes uma sorte pra Gina. A garota não se importava em ajudá-la, mas Snape não parecia apreciar muito a idéia. Quando chegaram em cima da hora na sala de aula, os pares para a atividade já estavam formados e o professor não teve alternativa a não ser deixá-las trabalhar juntas. Mas não sem antes descontar cinco pontos da Grifinória, é claro.

- Não é justo, porque Grifinória perde pontos e a Corvinal não? - reclamou Gina, injustiçada.

- Porque é a senhorita quem fica falando besteiras no corredor e que atrasa minhas outras alunas para a aula - disse Snape calmamente. - Mas já que insiste tanto, menos cinco pontos para a Corvinal a pedido da Srta. Weasley.

Sob os olhares furiosos de vários alunos da Corvinal, Gina correu para sentar ao lado de Luna com sua carteira.

- Desculpe - sussurrou ela.

- Está ok - Luna encolheu os ombros, e levantou-se outra vez para apanhar os ingredientes da poção que teriam que produzir aquela tarde.

Enquanto a amiga não voltava, Gina espiou o exemplar do Pasquim que Luna deixara aberto sobre a mesa.

SEGREDO DESCOBERTO

Sede do Ministério da Magia está construída entre os ossos de centenas de gigantes.

- O que é que a maluca está lendo dessa vez? - indagou um garoto que estava sentado atrás de Gina, espichando o pescoço para poder ver a revista.

- Cai fora - disse Gina, puxando a revista para longe das vistas do intrometido.

- Ah, deixa de ser chata - resmungou ele, mas parou de aborrecê-la. Luna voltou naquele minuto, carregando os ingredientes nos braços. Seus olhos arregalaram-se quando não encontrou sua revista favorita no lugar onde deixara.

- Quem foi que...

- Tudo bem, Lu, fui eu quem peguei - sorriu Gina, e lançou um olhar assassino ao garoto, que se chamava Larry Davies, quando este ia jogar alguma coisa no lixeiro.

Gina passou a maior parte da aula observando, porque Luna estava tão concentrada em sua poção que nenhuma ajuda parecia necessária. Quando Snape voltava seu olhar para a dupla, Gina procurava fingir que estava fazendo alguma coisa.

- Os alunos que terminarem suas poções, deixem os frascos com uma amostra sob a minha mesa e podem sair - anunciou Snape, quando Anne Madison da Corvinal aproximou-se para entregar seu trabalho.

Luna terminou logo depois, e despejou cuidadosamente a poção rosa claro no seu frasco de amostra.

- Pode deixar que eu entrego - precipitou-se Gina. - Vá arrumando as coisas.

- Avise a Srta. Lovegood - disse Snape, um sorrisinho irônico desenhado em seus lábios finos. - Que quero dar uma palavrinha com ela antes de sair.

Gina concordou rapidamente com a cabeça, e ao voltar para junto de Luna passou-lhe o recado do professor.

- Então... acho que encontro você no salão principal, certo? - disse Gina a Luna, pouco antes de deixar a sala de aula. Luna concordou com a cabeça aproximou-se da mesa do professor, que observava Gina deixar a classe.

- O senhor quer falar comigo - indagou Luna. Teria havido algum problema com sua poção ou algo assim? Decididamente fizera tudo correto... mas o professor gostava de implicar com seus trabalhos quando fazia em conjunto com Gina.

- Lovegood - disse Snape lentamente, encarando-a com se a estudasse. - Eu gostaria de dizer... que você é uma das minhas melhores alunas de poções desta classe. Para ser mais claro digo que foi a única que apresentou capacidade, até o momento, de produzir poções corretamente e não envenenar a criatura que consumir.

Luna esboçou um pequeno sorrisinho, sentindo-se levemente satisfeita. Snape continuou, "Por isso gostaria sinceramente em lhe dizer... para considerar a minha matéria para os seus N.E.W.Ts ano que vem."

- Hum - disse Luna, olhando sonhadoramente para o quadro negro as costas do professor. - É... se eles ainda não tiverem me levado...

Snape ergueu uma sobrancelha, confuso. Alguns alunos nas primeiras carteiras deram risadinhas sem preocupar em disfarçá-las.

- Mas como eu ia dizendo - acrescentou Snape. - Certas companhias com quem você tem andado podem ser de péssima influência para...

- Não posso evitar. Eles estão sempre me seguindo - Luna arregalou os olhos. Nova onda de risadinhas pela classe.

- Eu estou falando - Snape disse, os lábios apertados. - Da Weasley.

Luna continuou com os olhos arregalados, encarando o quadro negro como se nele houvesse alguma coisa realmente interessante ou assustadora.

- Tchau - disse de repente, e saiu da sala com passos apressados deixando o professor de poções completamente incrédulo.



***


- Gina! Gina! Espera, eu preciso... tenho que falar com você - exclamou Dino, quando avistou a garota saindo das masmorras. Gina revirou os olhos e continuou a caminhar, ignorando-o. - Ei, espera!

- Não tenho absolutamente mais nada para falar com você - Gina retrucou, apertando o passo. Dino a alcançou na entrada do salão principal, e segurou-a pelo pulso.

- Vamos, não seja tão cabeça dura - disse ele, aborrecido. - Você sabe que ainda gosta de mim.

Gina deu uma risadinha sarcástica.

- A única coisa que eu sei é que se você não me soltar serei obrigada a acertas um belo chute no seu...

Dino soltou uma exclamação, soltando-a.

- Também não precisa ser tão violenta - disse ele, parecendo analisar se era seguro falar com Gina daquela distância.

- Olha aqui, Dino - começou Gina, mas naquele momento seus olhos viram algo que chamou sua atenção. Malfoy e um grupo de alunos da Sonserina estavam rindo gostosamente de Luna, que vinha se aproximando com o rosto enfiado no Pasquim. Ele disse alguma coisa para Pansy, que quase teve um ataque histérico de gargalhadas. Os olhinhos maliciosos do garoto loiro brilharam maldosamente quando ele colocou-se a frente do grupo, observando fixamente a distraída Luna.

- Oh, nem pense nisso seu sujo... Deixe-a em paz - murmurou Gina, dando um passo lento para a frente. Mas não havia mais nada a ser feito. No segundo seguinte Malfoy deixou o pé no caminho de Luna que, distraída como sempre, não percebeu e tropeçou, caindo com um baque seco no chão de pedra fria do saguão de entrada.

As coisas aconteceram realmente rápido agora. Um piscar de olhos e Gina estava sobre Malfoy, socando cada parte do corpo do sonserino que conseguia alcançar. O garoto loiro, atordoado, simplesmente não parecia compreender o que estava acontecendo. Luna levantou-se lentamente, uma careta de dor por causa das mãos e dos joelhos que ralara com a queda. Olhou confusamente para Gina espancando Draco e murmurou qualquer coisa que ninguém ouviu, até porque observar Malfoy apanhar da caçula dos Weasley era bem mais interessante.

- Seu trasgo oxigenado! Maldito! No-jen-to! - xingava Gina entre dentes.

Malfoy segurou os pulsos da garota, os olhos em fogo.

- Sua maldita vaca - exclamou ele, e muita gente contou mais tarde que ele realmente pretendia bater na garota. Só não o fez porque naquele momento a profa. McGonagall surgiu para apartar a briga, parecendo realmente aborrecida.

- Mas que... - dizia ela, enquanto tentava afastar Gina de Draco sem muito sucesso. Luna aproximou-se para ajudá-la, mas no exato momento em que se abaixava calmamente para puxar Gina foi atingida por um pontapé no nariz. Cambaleou, atordoada. O sangue quente manchando seus lábios. Algumas garotas que assistiam a cena fizeram caretas.

Luna passou o dedo sobre o nariz e observou o sangue como se o analisasse. Não parecia muito preocupada. Na verdade, nunca se preocupava com nada que alguém consideraria normal. Mas isso não vem ao caso. Com a ajuda de feitiços paralisantes, a profa. Minerva finalmente conseguiu fazer Gina parar de meter suas unhas no rosto de Draco. A jovem ruiva agora mexia seus olhos furiosamente, sem conseguir falar por conta da paralisia.

- Mas eu nunca vi tamanha... Srta. Weasley! Que grande desaforo foi esse? Simplesmente atacou o Sr. Malfoy...

- Desculpe, professora - interrompeu Dino, que parecia realmente disposto a melhorar sua imagem diante da ex namorada. - Mas foi Malfoy quem começou. Ele derrubou a Loony no chão...

- Derrubou quem?

- Ah... Luna Lovegood, senhora - Dino apressou-se. - E Gina... bem...

- E a Srta. Weasley o atacou feito uma selvagem - terminou Minerva, sacudindo a cabeça. - Eu estou muito decepcionada com você, Srta. Weasley. Nunca me deu problemas antes! Se ainda fosse um garoto.. mas uma senhorita.. ah... os tempos mudam. Mas, de todo modo, aplicarei detenções para todos os 3: Srta. Weasley, Sr. Malfoy e Srta. Lovegood.

- Me desculpe - disse Luna lentamente. - Mas estou sendo punida por ter... tropeçado?

Os olhos de Gina apertaram-se furiosamente. A prof. McGonagall encarou Luna durante alguns segundos, mas decidiu fingir não ter ouvido a pergunta da aluna.

- E dez pontos serão descontados de cada um. - ela apontou a varinha para Draco e Gina e desfez o feitiço. - Quero todos os três longe de confusões por um bom tempo, ou terei que escrever aos seus pais. E agora todos os desocupados que estavam aqui incentivando esse ato de selvageria façam o favor de dirigirem-se ao salão principal para jantarem. E quanto a vocês três... quero vê-los em minha sala amanhã antes da primeira aula.

E a professora afastou-se, seu coque levemente desarrumado. Lentamente os alunos foram afastando-se para seus respectivos afazeres, mas Gina ainda parecia furiosa demais para sair de cima de Draco.

- Quer levantar, Weasley? Você não é nenhuma peninha, sabe - disse Drago, sarcástico. Gina o encarou. Seu nariz sangrava bastante, e ela torceu para que estivesse quebrado. A garota levantou-se rapidamente, empertigando-se.

- Agh! Você pisou na minha mão, sua... - ele parecia pensar na ofensa mais apropriada.

Gina deu um pequeno sorrisinho e subiu as escadarias rumando para a torre da Grifinória. Estava tão completamente furiosa! Como alguém podia ser tão maldito e asqueroso como Malfoy? E a professora Minerva ainda deixara Luna em detenção! E ela não fizera absolutamente nada!

- Está ok, sabe. Eu realmente não me importo.

Gina levou um susto. Não havia percebido que Luna a estava seguindo. Não disse nada. Viraram a direita num corredor e começaram a subir a escadaria da torre da Grifinória. Gina ainda ouvia os passos de Luna às suas costas. Agora pensando, sentia-se bastante idiota. Não precisava ter atacado e batido e mordido Malfoy. Podia tê-lo xingado, mas não precisava ter partido para a agressão. Era uma Weasley, de todo modo. E como seu pai sempre dizia, tinham a cabeça quente. Como fogo.

Parou diante do retrato da Mulher Gorda. Fechou os olhos, suspirou lentamente, e então se virou para encarar Luna.

- Luna, eu sin.. - mas parou no meio da palavra, pois levou um susto ao constatar o estrago que havia sido feito no nariz da garota. - Isso está péssimo!

- É... Não sei se foi você ou Malfoy quem me acertou, mas acho que no fim realmente não importa, não é? Espero que não inche...

- Precisamos cuidar disso.. Ah, Lu... Vamos até a ala hospitalar!

Luna sacudiu a cabeça, balançando seus cabelos loiros raramente lavados.

- Não há necessidade, Gina. Sério - ela disse, lentamente.

- Ok. Então eu vou cuidar disso pra você - disse Gina, decidida. - Vamos.

Ela puxou a Luna pela mão e disse a senha para a Mulher Gorda ( que resmungou e olhou feio para o sangue escorrendo do nariz de Luna). O salão comunal estava totalmente vazio aquela hora. Todos estavam jantando ou aproveitando o resto do tempo livre de circulação pelo castelo para ficar na biblioteca. Luna parou, olhando sonhadoramente para o as paredes cobertas de tapeçaria vermelha e as poltronas macias do salão comunal da Grifinória. Obviamente, nunca estivera ali antes.

- Parece realmente confortável - ela disse, evidentemente mais para si mesma do que para Gina. - Deve ser bom ser da Grifinória. Mas na Corvinal temos livros, basta saber onde procurar.

- Vou apanhar um material de primeiros socorros no banheiro - disse Gina, sem prestar atenção ao que a garota dissera. Quando voltou, encontrou a amiga sentada confortavelmente em uma poltrona próxima a lareira, ainda observando com interesse a decoração do salão comunal.

- É bem quente aqui.

- É, você está perto do fogo, o que esperava? - indagou Gina, distraidamente. Ajeitou um pequeno vidrinho com uma substância azul escura sobre o braço da poltrona de Luna, e conjurou habilmente alguns pedaços de algodão. A ruivinha ajoelhou-se diante de Luna, que agora a observava, e pingou algumas gotas do conteúdo do vidro numa bolinha de algodão. - Ok... Isso pode arder um pouquinho. - Gina advertiu.

Luna fez uma careta bastante feia quando Gina pressionou cuidadosamente o pedaço de algodão sobre seu nariz machucado.

- Arder um pouquinho? - perguntou ela, os olhos lacrimejando.

- Não seja manhosa - disse Gina, revirando os olhos. - Agora cale-se e deixe-me cuidar disso.

Luna soltou um longo suspiro, vencida. Gina limpou o sangue dos lábios de Luna gentilmente, descendo pelo queixo e um pouco que escorrera para seu pescoço. Até que não era tão desagradável, a gosma azul. Era levemente fria, Luna sentia até alguns arrepios quando Gina deslizava o algodão pelo seu pescoço. Era algo bem legal. Talvez devesse se cortar mais vezes...

- Está bem feio - Gina examinou os joelhos de Luna. Deixou o algodão velho de lado e apanhou um novo, repetindo todo o processo nos joelhos, nas mãos e pulsos da amiga. Luna soltava alguns resmungos quando o liquido azul entrava em contato com os cortes, mas estava mais receptiva aos curativos agora. Depois de alguns minutos, os cortes começaram a se fechar lentamente. - Vai ficar bom. - concluiu Gina, orgulhosa.

Ela ergueu-se e deixou-se desabar na poltrona diante de Luna. Agora era sua cabeça que estava doendo. Encarou o teto durante vários segundos, exausta. Então Luna falou:

- Obrigada, Gin.

Gina a encarou. Os olhos claros da amiga encontraram os seus. Elas sorriram uma para a outra, Luna perdendo momentaneamente seu ar desconcentrado. Mas só por um momento. Logo achou outra coisa qualquer com o que ocupar seus pensamentos, e seu olhar tornou-se vago como de costume. Gina, no entanto, continuou a observá-la com atenção.

Por que tinham que ser sempre tão maldosos com ela? Simplesmente não conseguia compreender. Luna era avoada, sonhadora e tinha umas idéias estranhas... Ok, muito estranhas. Mas mesmo assim, não fazia mal a ninguém. E era uma garota doce e gentil quando queria ser. Mas ninguém se interessava realmente em conhecê-la. Não. Preferiam rir e caçoar e se divertir as custas da estranha Luna "Loony" Lovegood. Era tão horrível.

- Luna - disse Gina, lentamente.

- Sim?

- Nós somos amigas - não foi uma indagação, mas sim uma afirmação.

Luna não disse nada. Ficaram em silêncio durante vários minutos.

- É legal - disse Luna, repentinamente. - É legal ter uma amiga, Gin.

Gina sentiu-se inevitavelmente feliz. Só agora percebera que Luna a estava chamando por um apelido. Era decididamente um começo.

***

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