Eternamente (NOVO)



Depois de Muito Tempo... Aqui está o PENÚLTIMO capítulo da Fic. Escrevi com cuidado e apesar da demora, tentei fazer o melhor. Agradeço pela compreensão de todo o pessoal que lê a fic!
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Eram mais de oito horas da noite mas o grupo esperava ansiosamente por novas notícias sobre Katrina, a última havia sido dada por McGonnagal e não havia sido nada animadora: Infelizmente ainda não podemos dar um diagnóstico muito preciso, vocês terão que aguardar. e fechou a porta da enfermaria, deixando-os ainda mais preocupados.

Lillys caminhava de um lado para o outro e acendia um cigarro a cada dez minutos, pouco importando-se se estava quebrando as regras ou não, toda essa movimentação estava deixando Talena impaciente:

- Será que dá pra você ficar quieta pelo menos um minuto? - Perguntou a garota aborrecida.

- Ficar quieta? - Lillys parou e encarou-a - Infelizmente não! E sabe porque? Porque a minha melhor amiga, está agora numa cama e eu nem sei se ela vai sobreviver! Então não me peça pra ficar quieta pois se acontecer qualquer coisa com ela eu vou me sentir completamente culpada!

Talena simplismente abaixou a cabeça e encarou o chão, aos olhos de Harry, alguma coisa no que Lillys disse mexeu profundamente com a menina. O garoto não sabia muito bem como agir naquela situação, simplismente segurava a mão de Gina e esperava saber mais sobre Katrina, sentia dó da garota, um sentimento que não costumava sentir por ninguém mas sabia que aquela era uma garota diferente de todas as outras que conhecera. Olhou para Gina e sentiu seu coração se apertar mais ainda, sabia que a garota não estava feliz com ele e que seu coração pertencia à garota a sua frente, que andava de um lado para o outro.

Ele sempre soubera disso, desde o primeiro beijo que Gina lhe deu, ele sabia que ela amava Lillys mas tentou esconder essa verdade, mentindo para si mesmo que, com o tempo, os sentimentos mudariam e Gina passaria a amá-lo, mas havia se enganado. Nunca mudou e não mudaria, Harry podia sentir isso simplismente de olhá-las, sabia que a felicidade de Gina pertencia exclusivamente a Lillys e vice-e-versa, sabia que por mais que tentasse, nunca conseguiria atingir Gina tão profundamente quanto Lillys e a cada dia se conformava mais com isso. No começou sentira ódio, fúria e revolta, havia se dedicado tanto a conquistar a garota, havia se preocupado com seu bem-estar, esperara ansiosamente por uma oportunidade de demonstrar seus sentimentos, mas depois o ódio foi substituido pela conformação e então, o amor fraternal de Harry pela ruiva, que conhecerá desde seus onze anos de idade, falou mais alto e ele decidiu que pensaria primeiro na felicidade da garota, mesmo que isso resultasse em quebrar seu coração em mil pedaços, pelo menos veria Gina sorrir e brincar como antes, algo que havia cessado desde que começaram a namorar.

Deu um sorriso e Gina o encarou de cara feia, afinal, não havia motivos para sorrir agora, mas algo no olhar de Harry dizia a ela que muita coisa estava para mudar, sentiu pela primeira vez que estava sorrindo, como se entendesse mudamente o que o garoto queria lhe dizer. Ele segurou sua mão e a beijou, como em um gesto de compaixão, Gina tinha certeza de que agora em diante, tinha todas as armas em suas mãos para se fazer feliz, abraçou-o como nunca o havia abraçado, sentiu sua pernas tremerem tamanha era a ansiedade:

- Precisamos conversar... - Sussurrou o garoto em seu ouvido.

- Sim...

- Vem aqui... - Ele puxou a mão da garota e a levou para um canto mais afastado, todos os movimentos foram seguidos pelo olhar de Lillys - Acho que não preciso necessariamente te dizer... Eu queria que você soubesse que...

Antes que Harry conseguisse terminar a frase a porta da enfermaria se abriu e por ela surgiu Dumbledore, emoldurado pelo portal. Lillys quase jogou-se em cima dele, mas controlou-se em apenas apagar seu cigarro e dirigir-se ansiosa à ele:

- Então professor, como ela está?

- Uhm... - Dumbledore tentava manter a voz calma mas havia um tom de medo em sua voz - O professor Snape fez um bom trabalho eliminando a toxina que estava no corpo de sua amiga, no entanto, o veneno tomado por ela, que era nada mais, nada menos do que Excência pura de Mortalha-Viva ainda está nos dando muito trabalho...

Hermione começara a chorar copiosamente ao ouvir Dumbledore dizendo o que Katrina havia tomado, com certeza, Harry pensou, é alguma coisa muito forte e Hermione deve saber o que é, sentiu Gina soltar sua mão e ir abraçar a garota.

- Como eu ia dizendo - Continuou Dumbledore - A senhorita Kimble está acordada e deseja te ver - Apontou seu dedo fino para Lillys - Mas ela deseja que apenas você entre...

Lillys havia parado de chorar, como se as palavras de Dumbledore tivessem acalmado enfim, um pouco de suas aflições, simplismente concordou com a cabeça e se dirigiu para dentro da enfermaria, lançando um olhar de puro ódio para Hermione que ainda chorava, antes de fechar a porta, Dumbledore lhe disse com um sorriso:

- Só vá com calma, o estado dela ainda é muito delicado...

Lillys concordou com a cabeça e seguiu em direção ao leito de Katrina que era o último perto da janela, em sua direção vinha Snape e McGonnagal, Snape manteve-se completamente indiferente a presença dela, simplismente seguiu coma professora e as deixou as sós e Lillys agradeceu por isso. A menina estava deitada, completamente alienada a entrada de Lillys ou a saída dos professores, só notou a amiga quando esta lhe tocou a mão pálida:

- Acho que ferrei tudo dessa vez não é? - Katrina comentou com a voz fraca e pausadamente.

- Você vai sair dessa, você é forte...

Katrina apresentava um aspecto completamente doentio, a face já não tinha mais o aspecto corado do Sol da Inglaterra, os lábios, antes vermelhos, resumiam-se a duas finas linhas quase sem cor e os olhos, que sempre apresentaram um castanho brilhante e desafiador, agora estavam sem brilho e sem nenhuma esperança, Lillys não aguentou e desabou-se em lágrimas, deixando a máscara de insensível cair-lhe pelo rosto.

- Por que? Por que você fez isso? - Lillys perguntou ainda apertando a mão de Katrina.

- O amor tem razões que a própria razão desconhece... - Katrina não tinha quase forças para falar - Eu amei e me decepcionei. Meu coração se quebrou em partes tão minúsculas que nunca, nem em mil anos, eu conseguiria juntá-las novamente. O amor me pregou uma peça... Eu me entreguei de corpo e alma e fui apunhalada diretamente no coração, nada é pior do que sofrer por quem não sofre por você, amar quem não ama você... Isso destruiu minha alma e eu simplismente, para não viver como um boneco decidi acabar com que me restava, que era a parte fisíca...

- Mas eu eu? Será que em algum momento dessa loucura você pensou em mim? Pensou no quanto eu ia sofrer?

- Pensei e vi que nunca nós iríamos nos separar, esteja eu aqui ou não, você sempre será parte de mim e eu de você... E eu sei que você seria forte o suficiente para superar essa dor...

- Não! Não seria! - Lillys agora chorava muito diante das palavras de consolo de Katrina - Eu te amo e não sei como viveria sem você! Por que raios você tem que achar que eu sou forte? Olha para mim! Olha o estado que eu estou! Olha como eu estou chorando! Isso é ser forte?

- Sim, porque por mais que você chore - Katrina parou e fechou os olhos, como se procurasse forças para terminar de dizer o que queria - Por mais que você chore, você nunca desistiu de nada, você sempre luta pelo que você quer. E chorar não mostra que você é fraca ou covarde e sim que você é humana e ama como qualquer um, e tem que ser amada como todos nós queremos ser...

- Mas me diz, foi por causa da Granger?

- Foi... Ela nunca me amou talvez e deu mais uma chance para o Youri, talvez seja com ele que ela queira ser feliz e não comigo, uma simples garota que não sabe como lidar com seus próprios sentimentos - Uma lágrima escorreu pelo seu rosto pálido - Ela me traiu, assim como é da natureza de qualquer pessoa, o desejo carnal falou mais alto do que o amor...

- Eu vou matar ela! Eu juro que vou! - Lillys tinha um olhar demoniaco.

- Eu o faria se pudesse sair dessa cama... Mas ela ainda terá o que merece, ao me trair ela negou todo o amor que eu tinha por ela, eu rejeitou todo carinho que eu dei e alguém assim não merece ser amado...

- Mas você viu? - A menina perguntou curiosa - Eu sei que já disse que viu, mas você viu mesmo?!

- Vi, com esse próprios olhos...

- Ah... se eu pegar essa garota... Eu acabo com a raça dela! Essa vadia...

Do lado de fora da enfermaria, Gina ainda tentava consolar Hermione e Talena simplismente parecia completamente fora desse mundo, parecia travar uma batalha interna que não havia ganhador nem perdedor. Ouviram passos na escada e ninguém mais, ninguém menos que Youri surgiu mancando pelo corredor, quando puderam ver melhor, havia um filete de sangue que escorria pelo seu rosto e alguma folhas penduradas em sua roupa, ninguém falou absolutamente nada, ele parou, respirou fundo e perguntou:

- Como estarr sua amiga? - Falou para Harry.

- Está acordada... Mas o que você tem haver com isso?

- Foe ela que me fez esso - Hermione o encarou surpresa e Talena abriu a boca - E se focês non sabem... O feitiço lançado foe o meo...

- E por que você salvaria a vida de alguém que lhe fez isso? - Gina perguntou intimidadoramente.

- Porrque eo sei que ela non teve culpa de nada, assim como eo também non tive...

- Culpa? Culpa de que? - Harry agora aprumara-se - Se você sabe alguma coisa sobre toda essa maldita história acho melhor você começar a falar!

- Mas nem eo sei o que estar acontecendo direito! - O menino se defendeu - Eo vim exatamente aqui pedirr parra ela me explicar o porrque de terr me atacado!

Talena começou a chorar e ninguém entendeu o motivo, apenas a encaravam como se esperassem que ela se explicasse, mas ela simplismente sentou no chão e escondeu o rosto nas mãos, sentindo toda a vergonha do seu ridículo plano.

- Eu posso saber por que você está chorando? - Perguntou Hermione raivosa mas não obteve respostas.

- Serrá que eo posso entrarr? - Youri chamou a atenção das pessoas - Ela ainda estarr aqui dentro?

- Sim.. Mas acho que ela não vai querer te receber... Já que você tem alguma coisa a ver com isso...

Ele não pensou duas vezes, abriu a porta da enfermaria e encontrou as duas garotas que conversavam, no instante que fechou a porta Lillys o encarou e ele pode sentir, mesmo de longe, que o desejo que ela tinha era de matá-lo ali mesmo. Mas enxeu-se de coragem e seguiu seu rumo, meio mancando e sangrando, Katrina quase levantou da cama para bater no garoto, mas contentou-se em pegar sua varinha e apontar diretamente para os olhos do menino:

- Você ainda está vivo? É mais forte do que eu pensei... - Falou ela meio debochada.

- Eu vim aqui saber o porquê de você ter me atacado!

- E você ainda tem a cara de pau de perguntar? - Lillys respondeu por Katrina - Você tem que morrer mesmo seu...

- Mas eo non fiz nada!

- Não? E beijar a Hermione não é nada, mesmo sabendo que ela estava namorando comigo? - Apesar de fraca, a voz de Katrina tinha determinação.

- Mas porr que focê acha que eo beijei ela? - Youri começara a se desesperar - Ela mesmo me mandou um carrta explicando que non ia terr nada mais comigo porrque te amava mas que podíamos continuar a ser amigos... E ela foe me entregarr essa carrta... O que tem demais nisso?

A cabeça de Katrina girava violentamente como se nada mais fizesse sentido algum. Tinha certeza do que lera no dormitório um Sim na carta que Youri havia mandado e sabia que aquele sim só podia significar que ela iria dar uma nova chance para o garoto. E também havia visto os dois embaixo do salgueiro: Mas você não os viu beijando, viu?, falou a consciência de Katrina e finalmente ela sentiu-se uma completa idiota. Os fatos já não faziam mais sentindo e nada mais era explicável, seu coração pesava e sua mente já não pensava mais, tudo havia desmoronado bem diante dela. Lillys encarava Youri do mesmo modo que Katrina o encarava, como se não estivesse entendendo mais nada, aliás, desde o começo ela já não entendia nada, agora, estava mais confuso do que antes:

- Mas - Katrina falou com todas as forças que lhe eram possíveis - Se a Hermione lhe mandou uma carta dizendo que não queria mais nada... Eu vi... Eu juro que vi...

- Essa ê a carrta que ela me entrregou ontem... - Ele tirou um papel amassado do bolso e entregou nas mãos de Katrina.

Youri,

Sei que o que nós passamos foi muito bom e não me arrependo, mas eu amo a Katrina e não vou deixá-la. Ela é a pessoa que eu sempre procurei e estou feliz ao seu lado, por isso não quero que nada estrague o que estou vivendo, eu a amo!

Espero do fundo do meu coração que você entenda e pare de insistir em voltar comigo, pois isso não acontecerá! Mas ficarei muito feliz em te ter como amigo pois tenho um carinho muito grande por você e não gostaria de perder sua amizade.

Com amor,

Hermione


Katrina começou a chorar, lágrimas brotavam de seus olhos e sentiu-se caindo num abismo onde não havia mais volta, pela primeira vez em muito tempo, sentiu arrependimento. Hermione nunca a traíra e dissera com todas as letras que a amava, fora completamente idiota de ser levada por atos repentinos e não acreditar na palavra sincera da menina. Sentiu-se estúpida e imunda em seus sentimentos de ódio e vingança, queria simplismente que aquilo acabasse, queria poder voltar no tempo e desfazer toda a grande besteira que havia feito, mas era tarde demais, sabia do efeito do veneno e por mais que tentassem acalmá-la de que tudo iria ficar bem, ela sabia que seu destino era iminente.

Olhou para Lillys e apertou sua mão com força pois sabia que aquela seria talvez a última vez que sentiria o aperto forte e seguro da amiga, viu toda sua vida passar diante dela, todos os momentos felizes, todas as decepções, viu seus pais, seus amigos e Hermione... Óh Ceus! Queria poder sair daquela cama e abraçar a menina que amava e dizer que tudo iria ficar bem, que iriam ser felizes pelo resto da vida, mas suas pernas doíam, seu corpo já não respondia a todos os estimulos, seu cérebro ia parando aos poucos, sentiu Lillys abraçá-la e agarrou-se a garota, como se não quisesse partir, com a esperança de que talvez acordasse e visse que tudo não havia passado de um pesadelo horrível. Acordaria suada em sua cama e veria que nada disso havia acontecido, agradeceria à Deus por ter alguém como Hermione do seu lado... Mas ela sabia que nada disso era possível.

- Mas... e o sim que eu vi na sua carta... Lá no dormitório?

- Acho que eu... Acho que eu posso explicar... - Não fora Youri, nem Hermione... Fora Talena, para a surpresa de todos, que vinha entrando junto com Harry, Gina e Hermione. Todos a olhavam completamente perplexos.

- Você?! O que raios VOCÊ tem a ver com isso? - Lillys perguntou.

- Eu não quero que você - Dirigindo-se à Katrina - Nem ninguém me odeie, mas eu fiz isso por amor...

- Fez o que, Deus do céu? - Lillys continuou, perdendo a calma.

- Eu escrevi o sim na carta de Youri pois sabia que a Kim ia no dormitório a noite e que com certeza ela iria encontrar a maldita carta. Eu ouvi ela falando com o Harry que queria fazer uma surpresa para a Granger e senti um ciúmes descomunal!

- De quem? - Lillys perguntou já não entendendo nada.

- Dela... - E apontou para Katrina.

- De mim?! Você pirou garota? - Katrina fez um esforço mas conseguiu se sentar na cama.

- Não! Eu sou apaixonada por você! - Hermione ofegou e Lillys ficou pasma - Você mudou muito desde que eu sai daqui e quando eu voltei...

- E por que você quis voltar comigo ?! - Lillys perguntou irritada - Se era com ela que você queria ficar?

- Eu ia insistir nela, mas eu sabia que pelo menos naquele momento eu não tinha chances e, voltando com você eu estaria perto o suficiente para tentar alguma coisa com ela! - E apontou para Katrina.

- Eu simplismente não posso acreditar no que você tá me dizendo! Você ficou maluca? - Lillys estava fora de si, mas falava baixo para Madame Pomfrey não sair de seus aposentos - Você brincou com meus sentimentos, causou toda essa briga por... por... Amar demais?!

- Eu queria a Katrina para mim! - Talena se defendeu.

- Então foi por isso que você se insinuava para mim no dormitório?! - Hermione perguntou com rancor.

- Lógico - Respondeu a loira como se fosse a coisa mais normal - Talvez se você me beijasse e traisse a Kim, ela terminaria com você e eu poderia ficar com ela!


- Você pirou né? - Lillys avançou para cima de Talena mas Harry a segurou - Eu não acredito no que você tá me dizendo!

- Me desculpa Kim... - Talena falou - Mas eu só fiz isso pois eu amo você!

- Me ama? - Katrina parecia estar piorando de estado - Eu sinto nojo de você! Você teve coragem de fazer eu acreditar que a Hermione estava me traindo com ele porque você me ama? - Ela respirou fundo - Eu nunca teria nada com você, porque você nunca prestou! Você dava em cima da minha namorada descaradamente!

- Não fala assim comigo! Eu te amo! - Talena fazia o papel mais dramático que conseguia - Mas meu plano deu errado! Minha intenção era fazer você terminar com a Granger e aí eu iria te consolar como uma amiga...

- Eu te odeio Talena! Eu te odeio com todas as minhas forças! - Katrina falou - Você foi dissimulada, você enganou minha melhor amiga e me fez... Me fez fazer a maior merda do mundo! Como você pode ser tão cruel?

- Eu... Eu não queria... Você não sabe o quanto eu estou sofrendo por isso! - Talena tentou se aproximar do leito mas Youri se pôs entre ela e Katrina - Saia da minha frente seu idiota!

- Non! Focê agiu de má fê com todos aque! Eo poderria terr morrido, assim como ela poderria também - Ele apontou para fora da sala - Seo lugarr non ê mas aque!

Talena olhou a sua volta e viu que todos a encaravam. Harry ainda, por precaução, segurava Lillys pelo braço, que encarava Talena com rancor e ódio ao extremo, Hermione parar de chorar e substituira as lágrimas por revolta e já segurava a varinha fora das vestes e Gina era a única que tinha uma expressão indecifrável, apenas observava Talena com incrível curiosidade, como se não soubesse como alguém poderia ser tão mal.

- A natureza das pessoas é má! - Disse a loira tentando se defender - Se você precisar escolher entre se salvar e deixar o outro morrer, você se salvará. se precisar escolher dar algo para alguém comer e passar fome, você comerá e verá o outro passar fome... Se você precisar escolher entre matar e viver, você matará! E se você precisar escolher entre duas pessoas, uma que você já amou e uma que você ama...

- Você escolherá aquela que sempre esteve do seu lado e nunca te abandonou! - Katrina respondeu - A natureza do ser humano até pode ser má, mas você não precisa ser como todos, você não precisa matar, roubar ou escolher quem amar... Você pode simplismente viver e se deixar levar pela vida...

- Mas tem certas coisas na vida que não se escolhem!

- Realmente... Mas entre amar uma pessoa e detruir a outra... Acho que não é preciso pensar muito!

- Vocês não entendem! - Talena falou para todos - Eu fiz o que fiz por amor! Eu não tive escolha!

- Você teve sim! - Lillys tinha lágrimas nos olhos - Você podia ter terminado comigo e não ficar me enganado e evitando que eu vivesse o que eu realmente queria viver! - Ela encarou Gina e Harry a soltou contrangido.

- E se eu não tivesse acreditado em nada disso? Você faria o que? Continuaria armando para cima de mim e da Hermione? Faria a Ly ficar triste cada vez mais?

- Eu seria capaz de matar por você! - Ela respondeu com um brilho demoniaco nos olhos.

- SUA LOUCA! - Katrina gritou - VÔCÊ...

A menina não terminou de falar o que queria pois na mesma hora começou a se contorcer e a tremer, seus olhos viraram e seus músculos retasavam-se, todos estavam assustados demais para fazer qualquer coisa até que Madame Pomfrey saiu de sua sala e agilmente começou a colocar um líquido verde num copinho. Talena estava estática até que Youri a empurrou:

- Acorrde Menina!

- VÁ CHAMAR O PROFESSOR DUMBLEDORE! E SNAPE TAMBÉM!

Harry saiu correndo no encalço de Gina mas Lillys parecia ter entrado em choque, Hermione puxou-a mas ela olhava diretamente para Katrina que tremia violetamente com os olhos arregalados encarando-a, Hermione puxou-a mais uma vez e ela finalmente caiu em si, mal se passaram cinco minutos desde que Youri fechara a porta e lá estava Dumbledore marchando diretamente para a cama de Katrina, seguido por Snape que parecia assustado pela primeira vez, os meninos tentaram entrar, mas McGonnagal fechou a porta atrás de si, deixando-os de novo com suas aflições:

- Professor, eu consegui controlar o ataque mas agora o corpo já não está respondendo aos remédios! - A enfermeira falou aturdida quando Snape colocou-se ao lado da cama.

- O veneno agora está atacando os rins e fígado - Ele tirou dois frasquinhos minúsculos e misturou-os - Essa poção fará com que a dor acalme, mas já lhe disse Alvo, as chances dessa garota sobreviver são mínimas uma vez que os próprios componentes da essência se separam quando entram em contato com o sangue... Mesmo eu tendo conseguido retirar a maioria dos agentes, ainda restaram muito...

- E não há nada que se possa fazer para retirar todos? - Dumbledore perguntou temeroso.

- Infelizmente não. Essa essência não é usada para nada que entre em contato com o sangue e também não é muito conhecida ou estudada, digo e repito, essa garota tem que ter um santo muito forte para sobreviver!

- E seus amigos? - A enfermeira perguntou - Já sabem disso?

- Achei que seria melhor que soubessem depois que Severo nos desse um diagnóstico melhor ou mais esperançoso, mas vejo que não há outra saída em dizer a verdade para eles.

- Mas Alvo - Foi McGonnagal - Como dizer para eles que a amiga não tem quase nenhuma chance de sobreviver?

- E não sei, mas a verdade, por mais dolorosa que seja, sempre é a melhor opção, melhor do que ser enganado por mentiras e falsas esperanças - Ele virou-se em direção à saída - Eles terão que ser fortes agora.
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Katrina não tremia mais, mas estava adormecida, além de pálida estava agora com algumas manchas roxas pelo corpo, que eram os pequenos vasos de sangue que haviam se rompido durante o ataque e a respiração era mais pesada e pausada do que antes. Abriu os olhos com dificuldade e olhou ao seu redor, a enfermaria estava escura e tinha algo em seu braço, um pequeno fio branco que entrava por um lado e saia pelo outro, como se fosse apenas um fiapo de fumaça. Sentia dor. Uma imensa dor que espalhava-se pelo seu sangue e tomava todo seu corpo, sua cabeça doía como se tivessem batido-a contra um muro umas cem vezes, seus ossos pareciam que haviam sido esmagados por um trator, sua pela pálida agora era quase trasnparente, pois podia ser visto suas veias e artérias sem dificuldade.

Tentou se sentar, mas suas pernas não respondiam a sua vontade, olhou para sua mesa de cabeceira e lá estava um bloco de pergaminhos com o brasão de Hogwarts, uma pena e um tinteiro esquecidos por Madame Pomfrey, sabia que aquele seria seu último momento, pegou-os, apoiou o pergaminho nas pernas, molhou a pena e tocou a pena no papel, talvez pela última vez.
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- Quero que todos entrem e fiquem confortáveis, o assunto que tenho para tratar com vocês não é dos mais agradáveis.

Estavam todos na sala de Dumbledore e Lillys ainda tinha a mesma expressão assustada de antes. O professor havia conjurado várias cadeiras confortáveis de Chintz onde todos já estavam acomodados, Talena havia se afastado por pura precaução. Dumbledore se sentou e tomou fôlego, aquela seria uma tarefa complicada, até mesmo para ele.

- Como sabem, a amiga de vocês encontra-se em estado muito grave, devido ao fator pouco conhecido dos agentes concentrados da essência - Dumbledore encarou Hermione - Sei que o relacionamento da Senhorita com a senhorita Kimble vai muito além de uma simples e bonita amizade.

Hermione corou e não sabia se sorria, limitou-se a concordar com a cabeça, tanto porque não tinha mais o que esconder de ninguém.

- Por isso quero conversar com você e você - Apontou para Lillys - Sozinhas depois. Agora para todos vocês o que posso falar é que devemos nos preparar. Na vida temos que estar preparados para o previsível e o imprevisível, tempos bons e ruins. Não falo que talvez tudo é destino, às vezes um simples erro pode acarretar um desastre, mas falo que devemos estar preparados aqui dentro - Ele apontou para seu próprio coração - Pois nem tudo na vida é bom ou agradável.

Todos encaravam Dumbledore mas ninguém queria acreditar no que ele estava dizendo. Aceitar que a morte faz parte da vida é uma das coisas mais difíceis que se pode exigir de alguém, aceitar que todos temos um destino traçado e que no final ninguém sairá vivo não é fácil e estamos sempre tentando de uma forma ou outra adiar cada vez mais esse momento de encararmos a vida como ela é. Mas agora estavam todos lá, de peito aberto, temendo que mais uma vida se encerrasse precocemente por um erro.

- Creio que vocês poderiam nos deixar um pouco a sós - Falou Dumbledore dirigindo-se à Harry, Gina, Talena e Youri - Preciso conversar com elas.

Os quatro saíram e esperaram encostados na parede, mortalmente cansados. Youri limpava o sangue que cismava em escorrer de sua testa, Gina encarava Talena com vontade igual a de quem quer enfiar a varinha goela dentro e Harry entendia o ódio que a garota deveria estar sentindo, mesmo que ainda não aceitasse completamente a idéia de ter que se separar de Gina.

Na visão de Gina Talena era um monstro que deveria ser morto sem dó nem piedade. Por causa dela havia perdido a chance de ficar com Lillys, acreditando que a ruiva ainda amava sua ex. Perdera seu tempo e o tempo de Harry, tivera que enganar o garoto simplismente para não dar o braço a torcer mostrando o quanto sentia falta da ruiva. A vontade era de avançar no pescoço de Talena e machucá-la de forma a fazer ela sentir pelo menos um pouco de toda a dor que ela havia sentido, fazer ela sentir todo sofrimento pelo qual Hermione e Katrina passaram e estavam passando. Sentia nojo de ficar no mesmo lugar que aquela aberração.


- Acho que vocês duas devem se unir e juntarem forças, pois agora o que mais precisam ser é fortes e esperançosas, devem se juntar e compartilhar a esperança de um novo dia, melhor e mais forte, devem unir os laços e jogar fora as inimizades, pois as duas enfrentam a mesma dor, uma enfrenta a dor de perder uma amante e a outra de perder uma amiga...

- Mas professor, o senhor está dizendo que ela... Ela não vai aguentar?

- Senhorita Granger, a senhorita sabe como funciona a essência concentrada de Mortalha Viva?

- Não muito bem, só sei que é um veneno muito forte, pouco usado e estudado.

- Esse veneno realmente não é tão usado nem estudado pelo fato de que é muito difícil você matar uma mortalha viva e fazer um concentrado dela. No entanto, aquele que consegue, tem em suas mãos um poderoso veneno pois é o único ser no mundo que possui seres vivos em sua composição - Ele se encostou na cadeira e continuou - Quando se retira a pele muito fina de uma mortalha, as bactérias que digerem suas vítimas vem juntas e sobrevivem até as mais altas temperaturas, por isso, ao ingerir esse veneno, sua amiga transportou essas bactérias por todo o seu corpo através da corrente sanguínea e esse pequenos seres estão fazendo seu trabalho, digerindo e alimentando-se de sua amiga.

Hermione soluçou e Lillys, desesperada, se levantou:

- E não há nada para tirar esse malditos bichos de dentro dela?

- Há uma forma, a qual o professor Snape já está administrando, mas é muito demorada, por isso não sabemos qual o estrago que terá sido feito até que todas essas bactérias sejam eliminadas...

- Então, ela ainda tem uma chance? Uma chance de viver? - Perguntou Hermione esperançosa.

- Tem, as chances são pequenas, mas o que nos resta agora é a fé e a esperança.

Hermione e Lillys se encararam e viram que não podia mais ser inimigas, uma vez que estavam no mesmo barco, compartilhando do mesmo sentimento. Dumbledore aconselhou que todos dormissem na sala precisa, para que não chamassem mais ainda a atenção e tivessem que responder às perguntas recentes do colegas curiosos, Talena ainda tentou argumentar que preferia ir para a Torre, mas Dumbledore insistiu que ela fosse junto com os demais, sem saber o que realmente havia passado ali.

Eles caminharam em silêncio até o corredor do sétimo andar, Talena vinha mais atrás, evitando os olhares dos colegas. Ela sabia que havia cometido o maior erro de sua vida e que jamais se perdoaria se algo realmente acontecesse à Katrina, pois tudo que estava acontecendo era culpa exclusivamente sua. Havia sido idiota, mesquinha e traíra Lillys. Não queria dormir no mesmo lugar de pessoas que não suportavam a sua presença. Sentia-se suja demais para ficar perto deles, mas infelizmente era a única escolha que tinha, ou isso, ou passaria horas e horas respondendo às perguntas dos outros grifinórios. Sentia fome e sede, mas a dor de saber que quase havia matado uma amiga era maior do que tudo. Quase.

Harry passou três vezes em frente a parede desejando um lugar onde pudessem comer, dormir e passar a noite, quando a porta se materializou e todos entraram, encontraram seis confortáveis camas, um grande armário com comidas e frutas e uma mesa ao centro, Harry jogou-se em uma das camas e comtemplou os outros, o vento frio que batia de uma das vidraças fazia seus pelos arrepiarem.

Gina sentou-se na cama ao lado de Harry e esperou que todos se acomodassem, um clima pesado pairava sobre a sala, e as poucas velas que iluminavam o ambiente projetavam fantasmagóricas sombras, Talena não encarou e nem falou com ninguém, simplismente dirigiu-se para a cama mais afastada e deitou-se de costas para o resto, Gina achava que a presença da garota era perturbadora mas de nada falou, porque não queria causar mais alvoroço ainda.

- Acho que não temos muito o que fazer não é? Temos que comer e dormir - Harry começou a tirar os sapatos - E esperar por mais notícias amanhã, não adianta ficar se martirizando, agora é deixar o tempo decidir o que acontecerá...

- Não vou dormir, eu simplismente não consigo tá legal? - Lillys já tinha um cigarro aceso - Vou esperar até amanhã de manhã para poder ver a Katrina, porque eu sei que ela vai sair dessa!

Infelizmente, Lillys sabia que estava engando-se, pois as chances eram mínimas, mas sabia também que alguém pagaria por isso, e na mesma hora, seu olhar caiu sobre a última cama, onde uma garota loira descansava.
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Katrina colocou o tinteiro e a pena de volta à mesa de cabeceira e releu a carta, seus movimentos já eram lentos e sentia agudas pontadas no coração, seu ritmo estava acelerado e a respiração era pesada, dobrou o pergaminho e colocou-o ao lado de sue travesseiro. Encarou o teto e todas as lembranças de sua vida vinham em sua cabeça, seus momentos tristes e felizes, absolutamente tudo.

E ela chorou. Chorou por si própria. Chorou por Lillys e pelos seus pais. Chorou por tudo aquilo que não veria de novo, por todos os gostos que não sentiria novamente, por todos os rostos que não iria encarar ou as palavras que não iria dizer. Chorou por não ver seu futuro e sim uma névoa branca, intimidadora e triste, chorou pelos seus poucos, mais fiéis amigos. Chorou pelo seu passado, pelas suas mágoas e pelas suas alegrias. Mas chorou ainda mais pelo seu amor, perdido, inatingível... Belo e acabado.
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A enfermeira já havia colocado seu roupão quando decidiu dar mais uma olhada na única garota que ocupava a enfermaria, saiu de seu quarto escuro com uma vela até chegar onde a menina repousava, via o fiapo branco que entrava e saia de seu corpo, percebeu que a garota dormia, apoiou a vela na mesa de cabeceira e puxou um pouco mais a coberta, pois era uma noite fria, ao tocar lhe o peito não sentiu sua respiração, não sentiu sua pulsação... E depois de muitos anos de trabalho sentiu a realidade atingi-la de forma inesperada, doentia... E chorou, um choro silencioso que era a resposta a esse impasse do destino... Encarou de frente o último estágio da vida.

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- NÃO ! NÃO PODE SER! - Lillys estava jogada de joelhos no chão da enfermaria

- Acalme-se - Pediu McGonnagal.

- ME ACALMAR?! VOCÊ QUER QUE EU ME ACALME?! - Lillys não conseguia suportar toda a dor que estava sentindo, algo em seu corpo ia se romper - ELA NÃO... ELA NÃO PODE... EU SEI QUE NÃO!

- Por favor, Pomona, ministre uma dose de poção para ela se acalmar! - McGonnagal agora entrava em desespero.

Hermione chorava abraçada à Harry, apertava-o com força, querendo passar um pouco de sua dor para ele. Sentia-se exausta, triste... Queria gritar mas não conseguia! Sua alma aclamava por socorro! Queria correr sem olhar para trás, sem pensar no que estava acontecendo, queria se jogar da mais alta montanha para o mais fundo dos abismos! Queria arrancar seu coração e todo esse sentimento de ódio e dor que estavam nela! Queria fazer de suas lágrimas o seu sangue, queria se juntar àquela garota que tanto amava!

Não podia acreditar no quão cruel a vida era, nas incontáveis peças pregadas pelo destino, nos inúmeros erros cometidos... Era como se uma parte de si tivesse ido embora. Achava que Deus havia abandonado-a, seu destino agora seria vagar sem rumo, pensando nos tempos em que conseguia sorrir, pois duvidava que sorriria novamente, nos tempos em que a vida era simples e não se pensava no amanhã, apenas vivia-se de acordo com o destino, demorando-se em encarar a verdadeira realidade, de que nada é para sempre...

Com muito esforço conseguiram acalmar Lillys que recusou-se a tomar a poção, agora a garota estava sentada em uma das cadeiras, respirando profundamente e deixando as lágrimas correrem, sem medo de mostrar o que estava sentindo, porque mesmo que quisesse, a dor da perda era tão grande que não caberia dentro de si.

- Eu quero vê-la... - Falou baixinho - Onde ela está?

- Seu corpo foi removido hoje de manhã, os pais dela já foram avisados e o enterro será no mundo trouxa, como os pais preferiram - McGonnagal tentava manter um voz seca, mas era visível que estava chocada com a perda - O Sr. e Sra. Kimble disseram que seria uma homenagem final a ela se todos os amigos estivessem presentes...

- Mas por que no mundo trouxa? - Gina perguntou.

- Porque os pais dela são trouxas... - Lillys respondeu - E quando será?

- Conseguimos uma permissão exclusiva do Ministério da Magia para que vocês possam usar uma chave do portal, o funeral será às quatro horas da tarde, presumo que até lá vocês já estejam prontos não é mesmo?

- Sim... - Disse Lillys olhando no relógio.

- E antes que eu me esqueça - Ela retirou um pergaminho de dentro das vestes - Isso estava ao lado de Katrina, acho que é para vocês - Ela entregou o pergaminho e saiu, deixando-os a sós.

Lillys abriu-o com cuidado e reconheceu os garranchos da amiga, sorriu por uns instantes ao lembrar dela, mas logo voltou-se as lágrimas.

- É para todo mundo... - Ela falou e todos chegaram mais perto.


Caros amigos, se assim posso chamar todos que estiverem lendo essa carta,

Eu sempre soube que a morte é uma das fases inevitáveis da vida, diferente de uma partida de quadribol, ou de um passeio... Por mais que adiemos, ela sempre estará lá, agourenta...

A vida me trouxe e me levou com ela, do mesmo modo como uma estação muda para a outra...

Não esperem palavras de consolo de alguém a beira da morte, escrevo essa carta exclusivamente para pensarem e não desperdiçarem mais ainda o pouco tempo que lhes restam...

Acreditem, o amor é o rídiculo da vida, nós procuramos nele uma beleza inexistível, inatingível, que está sempre se pondo... Indo embora. O bom é aceitar essa vaga idéia de paraíso que nos persegue, bonita e bela, como borboletas que só vivem vinte e quatro horas.

Mas mesmo assim, mesmo que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria. Porque é só o amor que conhece o que é verdade.

Me perdi por aí, em algum momento eu virei a esquina errada, tomei o caminho e a decisão errados, julguei-me experiente diante da vida, uma experiência que nunca existirá pois a vida, bem, a vida nos prega peças todos os dias e tentar lidar com ela como se fosse um simples inimigo é querer se atirar de cabeça no desconhecido, nunca subestime o valor da vida para você e nem o valor que você tem diante dela.

Um dia vocês aprendem que não importa o quanto você se importe, porque algumas pessoas simplismente não se importam, descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Talena... Por mais ódio que eu sinto de você, por tudo o que você está me privando de poder fazer eu quero que você saiba que um dia você vai aprender que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo e que, com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Harry, por menos tempo que eu tenha convivido com você eu sempre soube de tudo o que você sentia então aprenda que não é só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Lillys, você sabe que nada do que eu diga vai expressar a dor que estou sentindo mas eu quero que você aprenda que falar pode aliviar dores emocionais, aprenda que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida e preste atenção porque você vai ver que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Não desperdice os momentos agrádaveis ao lado de quem você ama e preste atenção, você e a Gina, nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar e nunca, nunca esqueçam que o tempo não é algo que possa voltar atrás então parem de negar o que sentem, pois o amor que existe entre você é lindo e puro e não devem desperdiçá-los ao ficarem pensando no futuro.

Hermione... Te deixei por último pois te dizer o que sinto e pensar que não verei mais o seu sorriso, o seu rosto, dói demais e é uma dor acima dos limites aguentados pelo ser humano. Eu desistiria da eternidade para te tocar, pois eu sei que de alguma forma você me sente e quando todas as coisas são feitas para serem destruídas eu só quero que você saiba quem eu sou.

Lembre-se, quando existir luz para te guiar e ninguém para andar ao seu lado, eu estarei com você. Quando a noite dor fria e tempestuosa você não precisará me chamar, pois eu já estarei aqui. Não sou uma pessoa perfeita e há muitas coisas que eu não gostaria de ter feito, mas eu quero que você saiba antes que eu parta que eu gostaria de ser aquela que segura suas lágrimas quando elas caem e ser alguém, não que te levante quando você cair, e sim aquela que te dá apoio para você se levantar sozinha.

Lembrem-se que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte e que você realmente pode suportar, que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

A vida veio e me levou com ela... E só quero que se lembrem que a vida é curta demais para não a vivermos, então aproveitem, corram, dancem, sorriam, cultivem amizades e criem laços, mas além disso, vivam intensamente cada momento e cada amor em suas vidas.

Com carinho...

Katrina


Ninguém falou absolutamente nada, todos, sem excessão tinha lágrimas nos olhos, ela havia partido mas havia deixado uma lição de vida que tocou cada um deles, a lição de que a vida pode ser traiçoeira e nos pregar peças, mas que eles deveriam ser fortes e encará-la, sem nunca perder o amor e a esperança, de uma forma ou de outra, ela permaneceria para sempre dentro deles.

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1- A FIC NÃO ACABOU! O PRÓXIMO E ÚLTIMO CAPÍTULO JÁ ESTÁ SENDO ESCRITO, PROMETO NÃO DEMORAR TANTO!

2- JÁ TENHO SEGURO DE VIDA, SE ALGUÉM QUISER ME MATAR...
=D

3- A CARTA FOI ESCRITA TIRANDO TRECHOS DE MÚSICAS, TEXTOS E POEMAS. E ALGUMAS COISA DE MINHA AUTORIA.

4- NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR...!

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