Verdade Ou Desafio (NOVO)



Hermione começou a beijar o pescoço de Katrina enquanto a garota tinha os olhos fechados, pensava no quanto havia esperado aquele momento e o quanto era bom estar a sós com a menina que tanto amava, os beijos de Hermione eram vacilantes mostrando a ingênuidade e talvez até, o medo que estava sentindo, deixou-se seduzir pela garota que estava por cima dela e abriu os olhos quando Hermione beijou sua boca:

- Te amo... - Sussurrou Hermione em palavras vacilantes para Katrina - Eu sempre te amei...

Uma lágrima teimosa escorreu pelo rosto de Katrina, fazendo Hermione sorrir, o sorriso mais sincero que já havia dado para alguém, um sorriso tímido veio da boca de Katrina. Sentiu Hermione pressionar sua virilha contra a dela e um calor subir pelo seu corpo, Hermione beijou seu pescoço e desceu para seu peito nu onde começou a beijar so seios de Katrina e a dar leves mordidas em seus mamilos. Katrina se sentia a menina mais feliz do mundo, um suspiro saiu de sua boca e as mãos agarraram os lençóis amassados quando Hermione desceu os lábios pela sua barriga e começou a arranhar as coxas de Katrina, num momento lúcido Katrina levantou Hermione e meio vacilante e ofegante encarou a menina:

- Você não precisa fazer nada que não queira...

- Por que pelo menos uma vez na vida você pode não dar ordens? - Falou Hermione sorrindo - Você não está me obrigando a nada...

Hermione deitou Katrina de volta na cama e começou a alisar a sua pele pálida, beijou-lhe a boca e desceu sua mão para o meio das pernas de Katrina, sentiu que a menina estava completamente excitada e começou a fazer gestos leves que foram sendos aumentados conforme Hermione percebia que Katrina estava quase tendo um orgasmo, os movimentos tomaram um ritmo frenético até que Katrina soltou um gemido abafado e relaxou completamente e se deixou cair quase desfalecida nos braços de Hermione.

Katrina fechou os olhos e sentiu Hermione acariciar seus cabelos e beijar seu rosto, quando abriu encontrou Hermione encarando-a e sorriu, algo dentro de si estava em chamas pelo calor do ambiente mas também pelos sentimentos que tinha pela garota a sua frente, as duas eram cúmplices de um doce pecado, haviam fugido da realidade e se jogado no mundo dos sonhos onde tudo era possível, lá não havia nada nem ninguém que as proibissem de viver essa grande loucura, abraçou Hermione e puxou as cobertas para cima. Hermione deitou-se junto a ela, em seus braços, Katrina podia sentir a respiração de Hermione e Hermione, sentir as batidas do coração acelerado de Katrina. A morena acariciou os cabelos das outras e como num conto de fadas, as duas adormeceram sob a luz do luar, o único cúmplice do crime que haviam cometido, o de se amarem acima de todas as coisas do céu e da terra.
_____

Uma luz forte bateu em seu rosto e a fez acordar, por um momento achou que estava em sua casa, mas depois que olhou para o lado e encontrou aquela garota deitada calmamente em seus braços e se deu conta do que havia passado, olhou no relógio e viu que já eram quase onze horas e o trem saia exatamente ao meio-dia, com um beijo doce acordou Hermione que abriu os olhos como uma criança e olhou para ver da onde vinha o beijo, sorriu ao constatar que não havia sido apenas um sonho maravilhoso. Katrina tentou beija-la mas Hermione não deixou:

- Eu acabei de acordar, não vou te beijar! Deixa eu escovar os dentes... - Falou Hermione pulando da cama e deixando Katrina estirada lá.

- Deixa disso vai...

- Não... - Hermione olhou para os lados - Deseje uma pia, escovas e pasta de dente..

Katrina olhou incrédula mas segundos depois havia surgido exatamente o que Hermione havia pedido, a garota foi e escovou os dentes enquanto Katrina vestia sua saia e punha sua camisa, ela foi até a pia onde Hermione terminava de escovar os dentes e colocou pasta em sua escova, olhou para o lado e viu que Hermione a olhava com ar de riso:

- O que foi? - Disse com a voz meio pastosa.

- Nada... Você é linda até quando acorda...

- Com certeza - Katrina cuspiu a espuma e lavou a boca - Será que agora a srta. pode me beijar?

Hermione entrelaçou seus braços em volta do pescoço de Katrina e deu um beijo doce nela, o beijo tinha um gosto de morango, devido a pasta de dentes, demorou alguns minutos até as duas se soltarem e com as testas coladas, elas se olharam:

- Você não sabe o quanto eu desejei estar assim com você - Falou Katrina baixinho.

- E eu fui idiota de esperar tanto tempo - Hermione a braçou - Me desculpe...

- Já está desculpada...

Hermione então se deu conta de que o trem iria partir hoje e começou loucamente a caçar as suas roupas, diante do olhar de Katrina que apenas sorria:

- Que horas são? - Perguntou Hermione vestindo-se apressadamente.

- Uhm... Agora são... - Katrina olhou em seu relógio - Onze e vinte e três...

- Meus Deus! E eu ainda tenho que arrumar minha bagagem! - Hermione colocava os sapatos com pressa quando Katrina subiu na cama e a abraçou.

- Relaxa...

- Não dá... - Hermione tinha se acalmado quando Katrina começou a beijar-lhe o pescoço - Sério, eu preciso ir...

- Quando eu vou te ver? - Katrina perguntou quando Hermione se lavantou.

- Acho que só quando voltarmos as aulas - Katrina soltou um muxoxo - É que talvez eu e meus pais vamos viajar para a França, mas de qualquer forma - Hermione foi até Katrina e a beijou - Eu vou te escrever!

- Assim espero! - Katrina começou a fechar a camisa e colocar os sapatos.

- Eu amei passar a noite com você - Hermione se agachou de frente para a menina - Amei de verdade!

- Eu também, e você não sabe o quanto...

As duas trocaram olhares cheio de ternura e deram o último beijo, Hermione saiu então da sala e deixou Katrina terminando de se arrumar, a garota não conseguia suprimir um sorriso sempre que pensava em Hermione e foi sorrindo que deixou a sala e se dirigiu para as masmorras. Quando Katrina passou pelo salão viu que muitos dos alunos já aguardavam as carruagens, mas mesmo assim sabia que teria que arrumar apressadamente as suas coisas. Disse a senha e entrou no salão comunal não encontando ninguém a não ser alguns segundanistas perdidos ainda, subiu a escada cantarolando uma música e quando entrou no quarto deu de cara com Lillys sentada na cama, de cara fechada e braços cruzados.

- Aonde a srta. esteve? - Perguntou Lillys de forma intimidadora.

- No paraíso - Respondeu Katrina simplismente e começou a caçar as suas coisas no quarto.

- E esse paraíso se chama Hermione Granger?

- Você deveria ser vidente sabe, ou até Legilimente...

- Não acredito! - Falou Lillys pasma - Você passou a noite inteira com ela?

- A noite inteirinha... - Katrina jogava suas coisas no malão - E ainda tenho o gosto dela na minha boca e o seu perfume no meu corpo...

- Me poupe desse detalhes...

- Foi... Lindo!

- E ela não correu dessa vez? - Lillys falou sarcástica.

- Não, ela ficou deitada e adormeceu nos meus braços...

- Oh céus! Você realmente está apaixonada por ela! - Lillys jogou uma almofada na cara de Katrina - Desisto!

- Desiste do que? - Katrina tirava a camisa e colocava uma camiseta.

- De vocês duas! Entendam-se sozinha! Não vou mais interferir...

- Eu também te amo viu?! - Katrina abraçou Lillys.

- Sei... Você só tem olhos para ela!

- Tá com ciúmes? - Katrina deu risada - Dela?!

- Não... Lógico que não! - Mas era mentira - Eu? Com ciúmes dela?

- Fica sossegada que você é a menina mais importante para mim!

- Sei...

Quando Katrina finalmente terminou de arrumar suas coisas as duas se dirigiram para o salão principal e encontraram Os ímpossíveis, Draco sorriu para as duas e virou-se para Katrina:

- O outro lá não parecia muito feliz...

- Quem é o outro? - Perguntou Katrina confusa.

- O Russo... Vi ele hoje discutindo com a Granger...

- Sobre? - Katrina tentou parecer discplicente.

- Não entendi direito, mas parece que a sangue-ruim não voltou para o dormitório ontem a noite e isso o deixou um tanto quando frustado.

- Ah tá, e antes que eu me esqueça Draco, pare de chamar a Hermione de sangue-ruim...

- Por que? - Draco olhou pasmo para ela.

- Porque se o russo está bravo porque a Hermione passou a noite fora, ela irá querer se matar se descobrir com que ela estava... - Falou Katrina com um sorriso enigmático.

- Você e... Ela?! - Perguntou Draco perplexo.

- Sim...

- Parabéns! Pra quando é o filho? - Brincou draco.

- Cala a boca bobão! - Katrina deu risada e junto com os outros seguiu para os jardins do castelo onde as carruagens começaram a chegar. Uma menina ruiva passou e esbarrou em Lillys, ela estava prestes a xingar a pessoa quando se deu conta de quem era, Gina a olhou sorrindo.

- Tinha que ser você né? - Lillys comentou.

- Quem mais existe para te atazanar? - Gina brincava com um mexa dos cabelos.

- Só você mesmo... Mas e qua...

Lillys não completou a frase pois Miguel Corner estacou atrás de Gina e olhou a garota com cara feia:

- Vamos Gin?

- Já vou... - Responde a garota impaciente.

- Mas as carruagens...

- Vai indo que eu já vou...

Miguel lançou um último olhar raivoso para Lillys e foi esperar Gina perto das carruagens:

- Me escreva no verão? - Perguntou Gina.

- Não gosto de cartas...

- Mas pelo menos uma... Pode ser?

- Vou fazer um esforço... - Sorriu Lillys para a garota.

- Vou esperar e ...

- VAMOS GINA! - Gritou Miguel.

- JÁ VOU - Gina pareceu impaciente com o garoto - Bom, me escreva, quem sabe a gente não combina de se encontrar?

- Pode deixar...

- VAI LOGO GINA!

- Ah que saco! Bem... Então - Gina beijou Lillys no rosto - A gente se vê...

- Sim... - Lillys deu um último aceno para Gina e virou para o grupo que a olhava perplexo - O que foi?

- Você também? - Falou Draco - Com uma grifinória?

- Você conhece alguma sonserina? - Perguntou Lillys e olhou descaradamente para Pansy.

- Não - Draco abraçou Pansy - E essa daqui é minha!

- Não por muito tempo Draquinho - Lillys brincou.

- Hei! - Pansy se manifestou - Eu não sou de ninguém... E nem sou lésbica viu dona Lavinscky...

- Mas pode me beijar... - Lillys fingiu que ia beijar Pansy e todos começaram a rir diante do espanto da garota - É brincadeira tonta! - A menina respirou aliviada - Você é do Draco e eu respeito isso... Mas só porque está com ele!

- Hei! - Pansy mostrou sua indignação e rindo os quatro embarcaram em uma carruagem, prontos para voltarem para casa.

A viagem se encaminhou tranquila até a estação King Cross de Londres, a não ser por um incidente que envolvia Draco, Harry, alguns doces espalhados pelo chão e a senhora dos doces a gritar loucamente com os dois. Quando desembarcaram Katrina sentiu um imenso alívio em estar de volta ao seu mundo, onde a magia era algo banal e onde as pessoas não a olhavam estranhamente, sorriu ao avistar os pais de Lillys parados junto ao portal. Cumprimentou-os, a mãe de Lillys era ruiva como a garota e tinha um ar aristocrático, não era de muitas palavras e apesar da frieza era uma boa pessoa, já o pai, chamado Louis, tinha um ar mais descontraído e um carregado sotaque francês, possuia os olhos verdes da filha mas tinha o cabelo escuro, quase preto, vestiam-se como dois integrantes da alta sociedade de Londres.

- Como está lá, em seu colégio? - Perguntou a mão tentando manter um assunto depois que atravessaram o portal.

- A mesma merda de sempre...

- Já não disse para não falar palavrões garota? - A mãe de Lillys a reprimiu.

- Okay, está a mesma coisa chata, insuportável e rídicula, como todos os anos...

- Por que insiste tanto então para continuar a ir para esse lugar? - Era visível que a mão de Lillys não achava muito interessante a filha ser uma bruxa.

- Porque se eu não o fizesse a senhora não teria porque implicar comigo! - Lillys deu um sorriso sarcástico e Katrina a cutucou.

- Continua com a língua afiada não é mesmo?

- Exatamente, mas dessa vez, adivinha? Eu estou melhorando a minha sarcástidade! - Lillys abriu a porta do carro e entrou, um Volvo preto de rodas cromadas.

- Mal-educada como sempre! - Suspirou a mãe no banco da frente.

- Exatam...

- Vamos parar com isso? - A voz de Louis era forte e grave - Será que podem dar um trégua nas brigas?

- Desculpe Louis - Lillys nunca chamava seus pais de pais, e sim sempre pelo nome.

- Sou seu pai, pode me chamar de pai de vez em quando.

Lillys não respondeu, o clima tornara-se pesado dentro do carro, Katrina olhava o movimento da rua, as pessoas que passavam agitadas, os enfeites natalinos às portas das lojas, era nostálgico ver o clima natalino se instalar em cada parte da cidade, Katrina odiava natais, talvez pelo fato de ter o passado poucas vezes com os pais, só sabia que negava essa data sempre, querendo socar a cara dos palhaços vestidos de papai-noéis que balançavam sinos e perturbavam a paz.

- Chegamos garotas - O Sr. Lavinscky abriu o porta malas e retirou o malão das duas - Alojem-se e depois desçam para comermos.

As duas pegaram os malões e subiram os degraus de mármore da entrada. A casa de Lillys era o que podia se chamar de mansão colonial, com um estilo rústico porém elegante, as tapeçarias da
parede, os móveis de luxo, a lareira que era acesa poucas vezes ao ano, davam um ar ainda mais chique para a família Lavinscky, subiram até o quarto de Lillys que era o único lugar onde não havia o gosto chique da mãe ou o estilo antigo do pai. Largaram as malas num canto e sentaram-se na cama:

- O que vamos fazer? - Katrina perguntou brincando com o cobertor.

- Vamos almoçar e depois vamos sair - Lillys abriu o guarda-roupa e tomou um susto - O que...

- O que foi? - Katrina se juntou a ela e tomou um susto também - Tua mãe pirou dessa vez não é?

- Ela deve estar louca - Lillys pegou um vestido de festa pink com alguns detalhes em salmão - De achar que eu vou usar isso!

- Não se esqueça que tem isso aqui também - Katrina segurava um par de sandálias no mesmo tom do vestido.

- Nem pensar! Ela realmente pirou! - Lillys tacou o vestido para dentro do guarda-roupa e tirou as sandálias das mãos de Katrina - Eu iria parecer uma Barbie com isso!

- Ia ficar linda - Debochou Katrina - Realmente você iria ficar linda!

- Nem pensar - Lillys tacou as sandálias para dentro do guarda-roupa também e desceu as escadas correndo seguida por Katrina.

- Posso saber o motivo da correria? - Indagou a mãe sentada na mesa de jantar.

- Que droga pink é aquela no meu guarda-roupa?!

- Droga Pink!? Aquilo lá é um vestido Armani feito sob encomenda para você!!

- A Senhora sabe que eu não uso rosa e derivados - Katrina apenas observava a cena da porta - Eu não irei usar aquilo!

- Irá sim! - O pai de Lillys havia entrado na sala - Irá usar no jantar de Natal que eu darei para comemorar tal data e também os lucros altos da minha empresa.

- Eu não vou passar o natal em casa!

- Vai sim garotinha!

- Quero ver me obrigar!

- Você anda muito insolente! - Falou a mãe de Lillys com a voz um pouco alterada - Chega desse assunto, vamos todos sentar à mesa e almoçar como uma família decente, comporte-se com uma Lady, que é o que você é, ou pelo menos deveria ser!

- Não vou almoçar! Vamos Kim! - Lillys a puxou pelo braço e bateu a porta ao sair sem ao menos dar atenção aos gritos de seu pai.

Caminharam pelo jardim bem cuidado, o Sol era coberto pela nuvens e a neve já se acumulava apesar dos empregados a limparem todos os dias de manhã, nenhuma das duas falava nada, e a respiração pesada de Lillys era ouvível por ambas. Abriram o portão e sairam caminhando pelo bairro onde Lillys morava, cumprimentou umas duas pessoas.

- Nós teremos mesmo que passar o natal na sua casa?

- Infelizmente sim - Lillys acendia um cigarro - Odeio os jantares que meus pais dão, são cheios de pessoas ricas, esnobes e hipócritas, além de uma comida de coelho insuportável!

- Uhm... Por que nós não saímos escondidas? - Katrina olhava de esgueia para Lillys.

- E ser pega por um dos seguranças do meu pai? Porque pode ter certeza que ele irá pôr um em cada saída!

- Essa não é a Lillys que eu conhecia - Katrina parou de repente - Antes você iria sair com certeza e agora parece que... Está com medo...

- Sem essa! Mas também não quero passar o natal na rua, é deprimente! Nós precisamos arranjar outro lugar!

- Realmente precisamos...

As duas caminharam até o escurecer, o tempo havia piorado e a neve fazia montes nas portas das casas, as duas garotas chegaram e não encontraram Louis ou Vivienne, subiram para o quarto onde havia uma das serviçais arrumando as malas.

- Pode deixar como está Giuseffa - Falou Lillys da porta para uma senhora que aparentava ter uma idade elevada - Não precisa ficar arrumando meu quarto.

- Mas Monsieur Louis pediu que arrumasse todos os dias - Ela também possuia sotaque francês - Não gosto de contrariar Monsieur.

- Não se preocupe que com ele eu me entendo - Lillys se sentou na cama - Falando nisso, onde eles estão?

- Ouvi Milady Vivienne falar sobre um jantar, esperaram a srta. voltar mas desistiram.

- Ainda bem! E pare de arrumar meu quarto, não tem necessidade!

- Como quiseres! - E saiu do quarto.

- Eu gosto dela, lembra da Giuseffa?

- Lembro sim, desde quando ela está aqui?

- Desde antes de eu nascer, trabalhava para o Louis e a Vivienne lá na França e eles a trouxeram junto quando se mudaram para cá, mas acho que ela é o assunto menos importante aqui, nós temos que arranjar um lugar mais divertido para passar o natal ou teremos que aguentar os comentários chatos dos ricaços babacas amigos do Louis.

- Mas, vamos sair hoje?

- Claro! Primeiro dia das férias você acha que eu vou mofar em casa? Vamos tomar banho e sair por essa Londres!
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- Como foram as aulas filha? - Hermione estava sentada na sala junto com sua mãe assistindo um noticiário.

- Tudo bem no geral - Hermione estava imersa em seus pensamentos - Onde está o papai?

- Foi fazer as compras para o natal, nossa família virá para cá esse ano!

- Os primos Andreas e Chris também? - Perguntou chateada Hermione.

- Sim! E trate-os bem dessa vez!

- Meio difícil quando ficam os dois mexendo em suas coisas querendo que você faça mágica o tempo todo, mesmo sabendo que não posso!

- Não se preocupe, eles cresceram, estão com onze anos já!

- E a mentalidade continua de sete não é mesmo?

A mãe de Hermione riu mas viu que algo pertubava a filha, ela estava mais dispersa do que o normal e mais quieta também, pensou que talvez estivesse cansada demais para conversar mas assim se seguiu por vários dias, Hermione andava pensativa e trancada quase o dia inteiro no quarto, pouco falava à mesa, até que Margaret não aguentou mais:

- Está acontecendo algo Hermione? Anda não tão cabisbaixa...

- Não é nada demais mãe...

- Eu lhe conheço à dezesseis anos não é mesmo? Eu sei muito bem que tem algo que está lhe aflingido e que você não quer conversar comigo...

- Não é nada, mesmo mãe...

A música do noticiário das sete tocou e o âncora do jornal, Albert Guilhiard começou a falar sobre a décima segunda Passeata do Amor que havia acontecido nas ruas de Londres três semanas a trás.

- De novo essa história? Será que não cansam de passar homens se beijando, mulheres fazendo top-less, isso é uma vergonha!

- O que tem demais mãe? - Hermione perguntou meio receosa.

- O que leva alguém fazer um enorme festival onde rolam orgias, drogas, bebidas e gays?

- Uhm... O que tem os gays mãe?

- Você sabe que é errado não sabe minha filha? - A mãe de Hermione havia recebido uma dura educação religosa na infância e carregava isso até hoje - Homens com homens, mulheres com mulheres, isso é contra a ordem natural das coisas!

Hermione sentiu que algo estava se mexendo no seu estômago, ouvir a mãe falar aquelas coisas complicava o fato de Hermione gostar de uma menina e querer assumir isso, levantou-se de repente e subiu as escadas:

- Está tudo bem querida?

- Sim mamãe - Hermione falou ao pé da escada com lágrimas nos olhos - Esqueci que tenho que terminar uma tarefa.

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Eram quase dez horas da noite quando um coruja minúscula bateu na janela do quarto de Lillys e despertou as duas garotas que assistiam televisão, Lillys olhou com receio para a corujinha afoita e abriu a janela para que ela entrasse, ela carregava uma carta que depositou na cama onde Lillys estava dormindo e ficou piando em volta da cabeça das garotas. Lillys ia pegar a carta mas Katrina chegou antes:

- Me devolve Kim!

- De que bruxinha vem essa carta? - Katrina olhou para o papel e viu uma letra fina e corrida - Ora essa! É da Weasley!

- O quê?! - Lillys pegou a carta da mão de Katrina e abriu, a letra de Gina era pequenina - Não é que é mesmo?

- Vai, lê alto que essa eu quero ouvir!

Lillys começou a ler para Katrina ouvir:

Querida Lillys,

Sei que não tem coruja, por isso me mande uma resposta pelo Pichitinho mesmo, ele tem ordens de ficar te pentelhando até você me responder.

Mas então, como você está? Eu estou ótima apesar de alguns ocorridos. Miguel terminou comigo porque me disse que precisava de liberdade, não estou chateada, parece que foi melhor assim, já não havia mais paixão entre nós.
O natal está chegando e gostaria de lhe fazer um convite, que tal comemorar a data em minha casa? Já tenho autorização da minha mãe e de meu pai, e ambos disseram que adorariam. Rony e Harry não ficaram muito felizes em terem sonserinos em casa, mas convenci eles para lhe tratarem gentilmente. Talvez você conheça os gêmeos.

Aguardo sua resposta,

Com um beijo, Gina


- Ela está... GAMADA EM VOCÊ! - Terminou Katrina dando risada para Lillys.

- Cala a boca Kim! - Lillys olhava bobamente para o papel - Louis e Vivienne nunca me deixarão ir!

- Mas não custa nada pedir...

- Eu sei mas...

- Deixa de ser besta! Responde que adoraria passar o natal lá - Lillys ainda estava receosa - VAI!

A Garota pegou uma pena que estava em cima da mesa e escreveu um palavras curtas:

Adoraria passar o natal aí! Quando posso ir?

Beijos, Lillys


- Bem - Lillys dobrou a carta e tentou agarrar a coruja - Vem cá peste - Quando conseguiu, prendeu o papel e olhou para aquela bola de pena - Acho que você sabe para quem mandar isso não é?

Ela abriu a janela e Pichí voou pela nevasca que caia lá fora, ficou olhando o nada e pensando que algo estava tomando conta do seu corpo quando pensava na Weasley e ela sabia que aquilo estava muito além de um prazer carnal. As meninas desceram e encontraram os pais tomando conhaque e conversando sobre negócios na sala de estar, a lareira estava acesa e o clima aconchegante, ela entraram de mansinho e Lillys pigarreou para chamar a atenção dos dois:

- Sim filha? - O pai levantou os olhos da garrafa.

- Uma amiga minha, sabe, lá do me colégio, acabou de me escrever e me...

- E o que querida?

- E me chamou para comemorar o natal lá... - Ela falou bem rápido e seus pais demoraram um pouco para entender o que ela havia acabado de dizer.

- Não, de jeito nenhum, você irá passar o natal conosco! - Falou a mãe de Lillys.

- Mas Vivienne...

- Não e ponto!

- Bom... Eu não descerei então no seu jantar entendeu? - Lillys retrucou.

- Que fique trancada então, não coma, não festeje, mas não sairá e aprontará outra das suas!

- E o que foi que eu aprontei? - Lillys perguntou cínica.

- Ter que ir te buscar na delegacia na noite de natal está bom para a srta.?

- Já disse que a culpa não foi minha!

- Mesmo assim! Ficará em casa dessa vez!

- EU ODEIO OS DOIS! - E saiu correndo escada acima.

Lillys entrou bufando e seu quarto e chutou um bicho de pelúcio que estava ao lado da porta.

- Como eu os odeio!

- Relaxa, nós vamos e ponto final!

- Está pensando no que? - Lillys a olhava meio incrédula.

- Fácil, nós falamos que vamos ficar no quarto, com certeza eles não irão vir aqui para ver, nós saimos pela janela e vamos para a casa da Weasley!

- Tá, dessa vez foi você que pirou! Como você pensa em ir para a casa dela?

- De Trem...

- Tá, e depois como você pensa em voltar?

- De Trem oras...

- E como você pode estar pensando que nós vamos sair sem sermos vistas e que nós iremos voltar sem que meus pais tenham dado pela minha falta e chamado a Scotland Yard?!

- Bom, aí eu já não sei, mas e o prazer da aventura, a adrenalina...

- Tá tá... Espera a resposta da Gina e a gente vê aonde ela mora!

___

- Por que você tinha que chamar ela para passar o natal aqui?! - Reclamava Rony na mesa da cozinha - Ela é uma sonserina!

- A Katrina também é e eu não o vejo reclamando da presença dela aqui - Falou Gina compenetrada na carta a sua frente.

- Mas a Katrina é diferente - Rony ficou vermelho - Ela é legal, agora aquela Lavinskcy... Ela é insuportável!

- Não reclame dos meus amigos Ronald! - Gina se levantou e prendeu a carta na pata de Pichí - Ela virá e você será gentil com ela entendeu?

- Tentarei, mas não prometo nada, não é mesmo Harry?

- Não conheço ela direito...

- Mas ela só sabe enxer o saco da Mione e falando nisso, porque não chama a Mione para passar o Natal aqui também?

- Eu já chamei - Gina soltou Pichitinho - E ela aceitou!
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Lillys comia calmamente o salmão grelhado, poucas eram as palavras que eram trocadas a mesa, uma ou outra coisa sobre as empresas de Louis, ou alguma fofoca de Vivienne, mas as duas garotas comiam quietas, Lillys tomou um gole do vinho e quase engasgou quando levantou os olhos para a janela e viu a corujinha minúscula batendo contra a janela, na nevasca lá fora.

- Uhm... Eu acho que já terminei - Lillys se levantou e fez sinal para Katrina sair da mesa - Você também não é?

Nenhum dos dois fez obsessão ao verem as duas se retirarem da mesa, estavam entretidos demais em falar sobre o marido da vizinha. Lillys discretamente abriu a janela e guardou Pichí no casaco, as duas subiram e quando a corujinha se soltou ela voôu alegremente pelo quarto dando alguns beliscões na orelha de Lillys.

- Uhm, é da Gina, ouve:

Lillys, adorei saber que vocês vão vir! Aguardo ansiosamente, mando meu endereço abaixo. Esperamos vocês na noite de Natal.

Meu endereço é: Vilarejo Ottery St. Catchpole - A Toca

P.S: Fica nos arredores de Londres.

Um Beijo, Gina


- Ela mora numa toca?! - Perguntou Katrina perplexa.

- Ah... Essa eu realmente não entendi! Mas enfim... Você sabe onde diabos fica Ottery St. Catchpole?

- Sim... - Katrina parecia receosa - E digamos que é um pouquinho longe...

- Um pouquinho Londre-Kent ou um pouquinho Londre-Liverpool?

- Uhm... Londres-Liverpool...

- AHH! Como nós vamos chegar lá? E como nósvamos voltar depois?

- De trem... Sei lá... Mas nós vamos sim! - Katrina deitou na cama - Tô sentindo saudades de uma pessoa...

- E essa pessoa chamaria-se Hermione Granger?

- Exatamente...
___

A manhã de 24 de Dezembro amanheceu fria e enevoada como sempre, enquanto em um lado de Londres duas garotas dormiam, Na Toca a família Weasley enfeitava a casa com os enfeites natalinos. Molly Weasley estava mais do que atrapalhada, mandava nos gêmeos arrumarem as coisas sem usar a varinha. infelizmente isso era um pedido que não era atendido, Rony tinha problemas com Gnomos que haviam resolvido entrar embaixo da casa, Harry ajudava o senhor Weasley e arrumar a árvore de natal quando ouviram um som de pneus entrando no gramado.

Rony se levantou cheio de terra e correu para cumprimentar Hermione, o mesmo fizeram o Sr. e Sra. Weasley e Harry, Hermione parecia felicissíma em estar Na Toca e não junto com seus primo chatos, abraçou os meninos, evitou apenas Rony, limitando-se a dar um beijo no rosto dele. Quando os pais de Hermione partiram, Molly convidou-a para tomarem um chocolate quente.

- Obrigado Sra. Weasley - Hermione tinha as buxexas coradas pelo frio - Adorei o convite de vir aqui!

- Que bom! Porque hoje teremos a casa cheia! - Molly mexia alguma panelas no fogão.

- O Gui e o Carlinhos também virão? - Hermione tomava seu chocolate quente enquanto Rony tentavalimpar um pouco da sujeira no rosto.

- Nããão... São as amigas de Gina... - Nesse momento a cozinha ficou quieta e Gina, Harry e Rony desviaram os olhares - Como elas chamam querida?

- Ah quem?! - Gina fez-se de desentendida.

- Suas amigas querida... As que vem hoje..

- Ah... A... - Gina olhou suplicante para Harry e Rony mas ambos ocupavam-se com outras coisas - A Lillys e a Katrina...

Hermione cuspiu o chocolate que estava na boca e olhou incrédula para Gina que deu um olhar de Desculpe-não-ter-te-avisado e esperou a mãe se afastar para a sala e esperou Hermione falar alguma coisa:

- Obrigado Gina por ter me avisado!

- Se eu falasse poderia ser que você não viesse...

- Vocês também sabiam? - Perguntou intimidadora para Harry e Rony.

- Sabíamos... Mas não demos essa idéia! - Rony falou na defensiva.

- A Lillys também? Ela me odeia!

- Não... Você só não cheira nem fede para ela...

- Que ótima explicação! - Falou Hermione com um sorriso amarelo

- Seria uma boa hora para vocês começarem a se entender... Uma vez que você a Katrina já estão se entendendo, não é mesmo?

- O que tem você e a Katrina, Mione? - Rony perguntou - Vocês...

- Sim, nós tivemos um caso - Hermione estava cansada dessa história - Nós nos beijamos e tals...

- Ah, eu desconfiava... - Rony parecia meio chateado - Mas fazer o que? Apesar de eu achar realmente estranho... Mas ainda há de existir alguém que queira me namorar...

- Ahhhh Ronyyy!!!! - Os três bateram com carinho na cabeça dele fazendo o garoto rir.
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Não passava do meio-dia quando as duas garotas resolveram levantar-se, ouviram vozes lá embaixo, parecia que havia uma grande quantidade de pessoas, elas se levantaram e foram observar da escada, a mãe de Lillys corria de um lado para outro enquanto vários empregados carregavam cadeiras, enfeites e arrumavam as pressas o salão de baile, Lillys deu um muxoxo e voltou para quarto:

- É estressante ver a minha mãe quando ela dá jantares, ela corre de um lado para o outro e fica irritada com tudo - Lillys começou a se trocar - Mas então, você já tem um plano para nós irmos para a casa da Gina?

- É, eu pensei em algumas coisas e acho que esse é o melhor plano - Katrina tirava a blusa e pegava outra no malão - Nós esperamos os convidados chegarem, lá pelas oito horas e você fala para sua mãe que não é para ela te imterromper, nós voltamos para o quarto e saimos pela sua janela que é a mais perto do portão dos fundos - Katrina tomou fôlego e continuou - Nós pulamos o portãoe vamos até a estação que não é tão longe e lá nós pegamos o trem que passa pelo Vilarejo e estaremos lá por volta das dez horas...

Lillys a olhou espantada enquanto terminava de se trocar:

- A probabilidade de tudo isso dar errado é de 90% e você sabe disso né?

- Eu sei, mas é o melhor plano que nós temos...

- Bom, o máximo que pode acontecer é nós nos perdemos, ou sermos pegas pelo meu pai ou...

- Chega de pessimismo, vai dar certo e aí nós pegamos o trem das quatro e meia que passa na estação de Chaws Crains que é a mais perto de lá... Estermos em casa antes da sua mãe dar por falta de nós...

- Que seja, vamos descer e comer alguma coisa antes que a Vivienne dê piti e comece a quebrar tudo...

As duas desceram as escadas e se dirigiram para a cozinha onde uma trupe de cozinheiros faziam comidas mais do que estravagantes, uma das cozinheiras serviu panquecas, suco e alguns Weaffles para as meninas que resolveram comer no jardim, uma vez que o clima estressante já estava contagiando-as.

- MENINAS! - Vivienne vinha gritando - VAMOS! EU MARQUEI HORA PARA VOCÊS NO SALÃO!

- Como é que é? - Lillys encarava a mãe, desacreditando no que estava ouvindo - Salão?!

- Sim, vocês tem que estar impecáveis para hoje a noite!

- Vivienne, eu te disse que nós iríamos ficar no quarto! Eu não vou à salão nenhum!

- Mas...

- Chega! Eu vou sair e só volto à noite! - Lillys largou o Waffle que comia - Não suporto o clima de festa e não suporto a senhora querendo me fazer parecer uma barbie!

Katrina apenas deu um sorriso e saiu junto com Lillys deixando Vivienne pasma e soltando fogo pelas ventas. As duas caminharam até o centro de Londres, deram algumas voltas e pararam para tomar algo para aquecer o inverno rigoroso pelo qual estavam passando, entraram nu pub escuro onde haviam apenas quatro pessoas além delas, sentaram-se numa mesa e lá ficaram até as sete horas, as ruas estavam meio vazias quando sairam, em compensaçao a mansão dos Lavinscky estava cmeçando a enxer com os carros caros e as mulheres usando seus sapatos Prada e suas pérolas, algumas pessoas olharam quando as duas garotas, que destoavam completamente do ambiente entraram no salão e subiram as escadas, por um momento Katrina achou ter visto Vivienne falar alguma coisa parecida com : Que Vergonha mas não deu muita importância.

- Bom... Vamos tomar banho porque daqui a pouco nós temos que sair - Lillys pegou uma toalha e jogou outra para Katrina - Vamos ver no que vai dar não é mesmo?
___

- Hei Gina, quando elas disseram que iriam estar aqui? - Rony usava uma toca de papai noel.

- Bem, elas não disseram, mas acredito que daqui a pouco elas vão estar aqui não é mesmo? - Gina usava um vestido preto que contrastava completamente com seu cabelo - É só aguardar agora.

A cada minuto que passava Gina sentia um frio percorre-lhe a espinha, estava muiro ansiosa por saber que Lillys iria passar o natal com ela e não via a hora de poder beija aquela boca e sentir o corpo de Lillys junto ao dela. Viu Fred e Jorge subirem as escadas rindo e pensou no que estariam aprontando mas nem ligou muito, estava de ouvidos alerta para qualquer barulho diferente que ouvisse vindo do jardim.

- Quando suas amigas vão chegar Gina? - O sr. Weasley apareceu na porta e usava vestes verdes e vermelhas em comemoração a data - São quase oito e meia e elas ainda não chegaram...

- Não se preocupe papai, elas logo vão chegar - Mas Gina já estava ficando preocupada, mesmo sabendo que elas não haviam dado horário para a chegada.

Sentaram-se todos na sala tomando chocolate quente e conversando sobre besteiras quando ouviram uma batida na porta, Gina quase derrubou seu chocolate de excitação, a Sra. Weasley foi até a porta e a abriu, o feixe de luz iluminou as duas garotas com os rostos corados pelo frio e rangendo os dentes apesar de estatem bem agasalhadas. Molly convidou-as a entrar, Artur Wealey ainda estava sentado no sofá junto com os gêmeos, Gina estava com um mega sorriso, Harry e Rony estavam parados encostados no sofá e Hermione olhava estática para a porta.

Katrina e Hermione se encararm e Katrina tinha uma cara de completa incredulidade no rosto, o sorriso frouxo em seu lábio não explicava se era de satisfação ou se era de decepção, o resto do grupo também encarava as duas.

- Você deve ser a... - Molly perguntou quebrando o silêncio

- Lillys - A garota esticou o braço - Lavinscky.

- E você... - Molly virou-se para Katrina

- Katrina - Ela virou meio vacilante - Kimble.

- É um prazer ter vocês aqui - Molly apontou para o sofá - Sentem-se... Vá Fred, vá buscar uma xícara de chocolate para as duas...

Molly começou a conversar com as garotas mas Katrina não conseguia parar de reparar em Hermione e essa demorava-se em encarar a garota também.

- Não, eu sou francesa - Lillys explicava bebericando seu chocolate - Mas mudei-eme para cá quando tinha apenas dois anos.

- E o seus pais fazem o que? - O Sr. Weasley estava sempre interessando em filhos de trouxas.

- Meu pai é dono da Stempleton Tires, uma empresa de Assesoria de Dados e Empresas e minha mãe, bem, ela faz parte da aristocracia Londrina...

O jantar ocorreu normalmente, Rony concluiu que Lillys não era de todo ruim quando estava longe do pessoal da sonserina e isso começou a gerar um interesse maior da parte de Rony, uma vez que ele não sabia a preferência sexual da parte de Lillys. Artur e Molly não se demoraram muito e os adolescente ficaram sozinhos na sala de estar, estavam todos meio quietos quando Jorge deu uma ídéia:

- Alguém aí está afim de jogar Verdade ou Desafio?

- Nossaaa - Exclamou Lillys - Quantos anos que eu não ouço ninguém falar dessa brincadeira!

- Como se joga isso? - Perguntou Gina.

- Bom - Jorge pegou uma garrafa que estava em cima da mesa e colocou-a no chão - Nós vamos rodar a garrafa, dependo da onde cair uma pessoa pergunta - Ele apontou para o gargalo - E a outra responde - E ele apontou para o fundo - É simples, você escolhe em dizer uma verdade ou em pagar um desafio.

Todos concordaram com a cabeça e fizeram um círculo, Fred lançou a garrafa e o primeiro a responder foi Jorge para Gina:

- Verdade ou Desafio?

- Verdade...

- Uhmm... É verdade que você chegou a namorar a Angelina?

- Não. nós só ficamos duas vezes... - Ele pegou a garrafa e lançou fazendo com que Harry respondesse para Fred;

- Verdade ou Desafio, Harryzinho?

- Verdade...

- É verdade que você é apaixonado pela Gina? - Fred perguntou isso e todos ficaram quietos, Gina olhou instintivamente de Lillys para Harry e este último estava completamente envergonhado.

- Ah... - Começou ele ficando cada vez mais vermelho e deixando Gina envergonhada também - Eu...

- Fala logo Harry! - Rony falou rindo.

- Não... Considero ela como uma amiga... - Ninguém acreditou - É verdade, ela é como... Bem... Como uma irmã para mim...

- Harry - Katrina o chamou - Olha nos meus olhos e diz que você não é apaixonado por ela.

- Quê?!

- É olha no meu olho e diz se você é ou não apaixonado por ela... - Harry olhou de esgueia para Rony e esse deu nos ombros - Vai Harry...

Harry olhou fixamente nos olhos dela e de repente sentiu um mal estar subindo pela sua garganta e viu Katrina dar um sorriso:

- Foi o que eu imaginei... - Comentou ela simplismente.

- O que foi isso?! - Fred perguntou.

- Ah nada não... - Lillys deu um sorrisinho.

- Não vem me dizer que você... - Hermione começou.

- Ah... Não especialista, mas sou sim...

- É o que?! - Rony não estava entendo.

- Legilimente...

- Nem vem! - Harry ficou sem graça - Você não podia ter feito isso comigo!

- Relaxa Harry...

- Mas como você aprendeu? - Rony perguntou abismado.

- Uhm... Vamos voltar ao jogo né? - Katrina pegou a garrafa e deu na mão de Harry - Roda isso...

Harry rodou e a garrafa caiu de Gina para Rony:

- Verdade ou Desafio Irmãozinho?

- Ah... Verdade...

- É verdade que você ainda é virgem? - Todos começaram a rir e as orelhas de Rony ficaram vermelhas - Hein?

- Não! - Falou Rony muito rápido dando na cara que estava mentindo.

- A Sra. Palmada e seus dedinhos não contam Roniquinho... - Fred comentou.

- Sim eu sou, pronto! - Rony ficou emburrado - Daí logo isso aqui! - Rony rodou e teve que perguntar para Lillys - Verdade ou Desafio?

- Já que ninguém é corajoso aqui... Desafio!

- Ah deixa eu pensar... - Rony lembrou das tatuagens da garota - Mostra suas tatuagens!

- Como você... Ah, o Colin mostrou minha foto?

- É... - Rony ficou meio receoso.

- Tá eu mostro - Lillys tirou o casaco e o cachecol e começou a desabotoar a camisa preta xadres que vestia, ela tirou-a e ficou só de sutiã fazendo os meninos babare, Katrina rir e Gina ficar envergonhada - Estão satisfeitos?

- Claro - Fred falou sme retirar os olhos dos peitos da garota - São lindos - Todos riram - Opa, Linda!

- Vamos ver... - Lillys rodou a garrafa - Verdade ou Desafio, Katrina?

- Desafio também...

- Vamos ver - Lillys lançou um olhar de puro veneno para Katrina e Hermione - Dá um beijo nela... Na boca! - Todos olharam de Katrina, perplexa para Hermione, envergonhada - Vamos lá...

Katrina chegou perto de Hermione e entortou um pouco o pescoço, todos esperavam um beijo de língua mas apenas rolou um selinho.

- AHHH.... Era de língua... - Lillys exclamou.

- Não reclama - Katrina pegou e girou a garrafa - Gina pergunta para Harry.

- Verdade ou Desafio?

- Desafio... - Harry estava com medo do que a garota poderia perguntar se ele pedisse verdade.

- Dá um selinho no Rony! - Fred e Jorge cairam na gargalhada quando Rony fez sinal que não com a cabeça - É só um selinho Rony!

- Eca... - Rony olhou com cara de nojo - Se eu não fizer o que acontece?

- Bem - Fred estava inventando na hora - A Katrina vai invadir sua mente e contar seus detalhes mais sórdidos para nós!

- Ah... - Rony olhou com medo para Katrina - Tá... Eu deixo...

Harry e Rony se aproximaram e soltaram-se em um fração de segundos.

- Pronto. Satisfeitas? - Harry falou meio irritado - Dá essa garrafa aí...

- Gina? - Lillys chamou - Onde é a cozinha? Eu gostaria de um pouco mais de chocolate e quem sabe uns bolinho?

- Ah, vem cá que eu te levo até lá - Gina tinha uma cara de felicidade.

As duas entraram na cozinha e Gina não teve tempo nem de falar nada, Lillys a empurrou contra a pia e começou a beija-lhe nervosamente, A ruivinha respondeu agarrando o pescoço de Lillys e arranhando-lhe as costas. Lillys colocou Gina em cima da pia e começou beijando o pescoço da garota, a mão dela acariciava um dos seios da garota e a outra levantava o vestido, ouviram passos perto da cozinha e trataram-se de se arrumar o mais rápido possível, foi então que Hermione, Katrina, Rony e Jorge entraram na cozinha e acharam estranho ver Gina meio descabelada e a Lillys dando um sorriso que não disfarçava que alguma coisa elas estavam aprontando:

- Tem alguma coisa que eu deveria saber aqui? - Rony indagou indo até o fogão e pegando o chocolate quente.

- Nada não irmãozinho, Por que a pergunta? - Gina parecia afoita.

- Nada não, querem mais? - Ele mostrou o jarro - Eu vou levá-lo lá na sala...

- Pode levar, nós... Ah... - Gina olhou para Lilly - Nós já vamos...

Katrina tinha um ar de riso pois sabia muito bem o que as duas ruivas estavam aprontando, Hermione não entendia os gestos frenéticos que Gina fazia por trás das costas de Rony pedindo que os trirasse de lá, Jorge estava apenas parado na porta olhando o desenrrolar da cena:

- Vamos voltar para o jogo? - Rony estava parado na porta.

- Vamos, já estamos indo... - Respondeu Lillys.

Os três se retiraram da cozinha e Jorge foi o último a sair, antes de se retirar ele virou para trás e falou:

- Da próxima vez - Ele olhou sério para Lillys - Não deixe marcas na minha irmã... - E saiu pela porta da sala deixando Lillys sem-graça e Gina a procurar marcas em seu pescoço.

As meninas voltaram da sala e se sentaram nos seus lugares, Jorge evitava olhar as duas garotas como sinal de desaprovação pelo que as duas estavam fazendo, tornou a prestar atenção no jogo deixando Gina chateada.

- Opa! - Fred exclamou quando a garrafa apontou para ele perguntar para Gina - Verdade ou Desafio Ginevra?

- Primeiro, não me chame por Ginevra e segundo, desafio!

- Certo... Já que você judiou do pobre Rony então você vai ter que... Beijar ela - Ele apontou para Katrina - De Língua!

Gina olhou para Katrina que tinha a boca aberta de espanto, Hermione fez uma cara de desaprovação pelo desafio e Lillys também olhou feio para Fred, Jorge não se deu o trabalho de responder, apenas bufou e encostou no sofá. Gina não queria fazer aquele desafio pois achava traição com Hermione, tentou achar uma desculpa boa para não precisar fazer aquilo, olhou no relógio e deu-se conta do adiantado da hora.

- Olha, já são quatro horas...

- O QUÊ?! - Exclamaram Lillys e Katrina juntas.

- É na verdade quatro e vinte e quatro! - Fred completou.

- Estamos ferradas! - Lillys olhou para Katrina - Nosso trem sai as quatro e meia!

- Que trem? - Hermione perguntou.

- O trem que nós temos que pegar para voltar para Londres oras - Lillys já se levantava e colocava o cachecol - Vamos logo que talvez a gente consiga chegarlá antes da minha mãe dar pela nossa falta!

- Sua mãe não sabe que vocês estão aqui?! - Gina perguntou

- Não, ela não tinha deixado eu vir então nós saimos escondidas, agora nós temos que voltar antes de ela ver que nós não estamos no quarto!

Todos se levantaram e foram até a porta, toda a estrada estava deserta, não havia ninguém ainda e o céu estava escuro, elas se encapotaram e saíram para o gramado.

- Como vocês pensam em pegar o trem? A estação mais próxima é a Chaws Crains e fica no mínimo à uns três quilómetros daqui! - Rony falou.

- Acho que a pé né? - Lillys punha as luvas.

- Peraí - Fred correreu até o barraco atrás da casa e voltou carregando duas vassouras - Nós te damos carona!

- Vocês estão loucos? - Hermione perguntou olhando feio para as vassouras na mão de Fred - Alguém pode ver vocês!

- Hermione - Começou Fred - Ou nós damos carona para elas ou elas só vão chegar lá às seis horas da manhã!

- Mas...

- Nada de mas! Harry você é um dos melhores pilotos - Fred deu a vassoura na mão de Harry - Você leva uma e eu levo outra!

Harry pegou e subiu na vassoura, o mesmo fez Fred, Lillys se despediu de Jorge que cumprimentou a garota de má vontade e Rony e parou na hora de beijar Gina, elas se encararam com olhares cheios de malícia, uma sorriu para outra, mas Lillys viu que estava sendo observado por Jorge e apenas se despediu com um beijo na buxexa.

- Então até mais gente - Katrina ia subir na vassoura de Harry mas parou e sussurrou no ouvido de Hermione - Me escreve...

Da porta, o quatro garotos viram as duas vassouras de distanciarem e entraram para esperar eles voltarem. Harry pressionava a vassoura para ir mais rápido e sentia o vento gelado bater em seu rosto e congelá-lo, sentia a mão de Katrina segurá-lo na cintura como se estivesse com medo, deu uma olhada para o lado e viu Lillys com os braços abertos e Fred sorrindo:

- Essa daí gosta de emoção - Gritou Fred para Harry.

Os dois pararam alguns metros antes da estação para que ninguém os visse, as meninas desceram e agradeceram e viram os dois voltares pela estrada que vieram, haviam poucas pessoas na plataforma mas infelizmente o trem delas já havia partido, chegaram para um guarda sonolento e perguntaram a que horas saia o próximo trem para Londres, ficaram derrotadas quando ele falou que o próximo só iria sair as cinco e quinze:

- Estamos completamente ferrada! - Lillys sentou-se em um banco e olhou para o relógio - Não vou nem ficar espantada se a hora que nós chegarmos houver carros de polícia, a Interpol e a Scotland Yard atrás de nós!

Katrina fechou os olhos, estava morrendo de sono mas porém feliz, tinha sido muito agradável passar a noite com aqueles garotos, eles não eram tão chatos e insuportáveis como tinham imaginado, mas o que deixou a garota mais feliz foi poder passar a noite inteira, mesmo que não juntas, mas ao lado de Hermione, sem querer pegou no sono e foi acordada por Lillys que dizia que o trem havia chegado.

- Vamos antes que nós percamos esse também! - As duas pagaram o moço dos bilhetes e sentaram-se em uma das confortáveis poltronas, ao fundo o sol começava a nascer - Espero que dê tempo...

- Vai dar... - Mas Katrina já não tinha mais tanta certeza disso.

Chegaram a King Cross apenas as seis e vinte da manhã devido ao mal tempo que impossibilitou o trem de seguir em certos pontos do caminho, correram para fora da estação e pegaram o primeiro táxi na rua, o motorista era um velho mal-humorado que passou o trajeto inteiro reclamando sobre o fato de ter que trabalhar no dia de Natal. O táxi parou em frente à casa das meninas e as duas desceram, deram graças a deus que estava tudo quieto e aparentemente seus pais estavam dormindo, entraram pelo portão principal e subiram as escadas de mármore entrando na casa, deram um suspiro quando não encontraram ninguém, apenas os restos de uma festa, subiam as escadas quando ouviram passos atrás delas, olharam com espanto, Louis e Vivienne estavam parados junto à porta e olhavam com um olhar de que com certeza as duas estavam ferrada:

- Posso saber onde as duas estavam!? - Luis perguntou com a voz grave, ele não gritava, mas o seu desprezo e a raiva estavam estampados em cada palavra que ele havia dito.

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