A batalha final



Aviso: Todas as personagens do universo Harry Potter, assim como as demais referências a ele, não pertencem ao autor deste texto, escrito sem nenhum interesse lucrativo, mas a JKR.

Por favor, não me processem! Só peguei emprestado para me divertir e divertir os outros!

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Cap. 17 – A batalha final

Quando Hermione acordou no dia seguinte a cama estava vazia. Ao seu lado, ao invés de um homem pálido e cabelos negros, apenas um exemplar do Profeta Diário dobrado e um bilhete, escrito na caligrafia que ela tantas vezes leu em seus pergaminhos dos exames de Poções.

“Pro dia nascer feliz”

Hermione pegou o jornal nas mãos e abriu na primeira página. Estampada em letras garrafais a notícia da primeira página fez um sorriso luminoso estampar-se em seu rosto.

“Encontrado corpo de Comensal da Morte”

O corpo de Bellatriz Lestrange foi encontrado ontem à noite por aurores do Ministério da Magia em uma missão de emergência nas imediações da cidade de Bristol. Segundos os aurores no local não haviam sinais de luta ou duelo. “Ela foi encontrada apenas com a própria varinha partida” Disse um dos aurores que prefere não se identificar. Os Curandeiros que examinaram o corpo da comensal informaram que a causa da morte foi a maldição imperdoável Avada Kedavra. Ainda segundo os Curandeiros, embora os aurores não tenham visto sinais de luta, o corpo apresentava escoriações e danos que foram causados por azarações lançadas antes da maldição mortal atingi-la. A comunidade bruxa agradece ao anônimo bruxo da paz que conseguiu esse feito. Mais detalhes nas páginas 3 e 4.

Arrumou-se com o coração aquecido, a batalha cada dia mais próxima não a impediu de sorrir enquanto fazia isso. A voz de Alinne acompanhada de uma batida na porta chamou sua atenção, encaminhou-se até lá e abriu a porta sorridente para deixar sua cunhada entrar.

Arrumou-se com o coração aquecido, a batalha cada dia mais próxima não a impediu de sorrir enquanto fazia isso. A voz de Alinne acompanhada de uma batida na porta chamou sua atenção, encaminhou-se até lá e abriu a porta sorridente para deixar sua cunhada entrar.

- Porque não está pronta? Não vai conosco? – Perguntou Alinne vendo que as roupas trocadas de Hermione não eram para sair.

- Hã? – Perguntou confusa.

- O Severo vai me levar pra um lugar longe daqui, mas acho que não é ele que vai ficar lá comigo... – Disse Alinne em tom choroso.

- Quando ele te disse isso? Que você vai embora?

- Agora pouco quando ele desceu pro café da manhã, não comentou com você?

- Er...nós não...não...

- Ahhhhhhhhh, entendi! Então está explicado – Alinne sorriu marotamente enquanto Hermione corava – Mas agora já sabe, vamos ponha um casaco ou qualquer outra roupinha melhor. É minha despedida.

Hermione segurou nas mãos dela.

- Porquê a tristeza, Alinne?

Alinne deixou uma lágrima escorrer.

- Ele é minha única família, Hermione, ele e você. Achei que agora ele ia querer me ter por perto. É bom viver sozinha, minha independência é perfeita. Mas sinto falta dele, de ter alguém para tomar café junto, para implicar...

- Ele não me contou qual a finalidade de mandar você pra longe, mas você sabe perfeitamente o que está acontecendo conosco. É para sua segurança. Não pense que ele quer isso, ele não fala, mas te adora. Tenho certeza que se não fosse essa guerra, moraríamos sempre juntos. Acredite, esse não é o Severo que conheci. Nenhum dos meus amigos aceitam o fato de ter me apaixonado por ele porque nenhum deles conhece o Severo que nós duas conhecemos.

Alinne a abraçou e a porta voltou a se abrir deixando Severo entrar.

- Vamos Alinne? Não temos a manhã toda. – O mau humor estava óbvio.

Severo caminho até Hermione e beijou-lhe a testa, Alinne saiu sem dizer nada e desceu até a sala para também se despedir de Draco.

- Para onde está levando-a? – Perguntou.

- Para o Hemisfério Sul. – A voz dele saiu amargurada – A diretora fez questão de dar um corretivo no imbecil do Weasley e obrigou-o a cuidar dela já que foi ele que a trouxe até o perigo.

- E toda essa amargura é porque não confia nele?

- Como, em nome de Merlin, eu confiaria naquele estúpido? Pode me explicar?

- Eu confio nele Severo. Ele tem um bom coração. – Disse carinhosamente.

- Coração não vence guerras Hermione! Emoções não valem nada quando está lutando pela sobrevivência. Só idiotas costumam confiar nos sentimentos.

- Está errado! – Quase gritou – Desculpe, mas está enganado. As pessoas costumam chegar aos extremos de suas forças por sentimentos, Severo. Algumas fariam qualquer coisa para proteger quem amam.

- Fariam bobagens. Já vi muito disso. Se vista, temos que ir.

Chamas verde-esmeraldas irromperam na lareira da Ordem da Fênix e três pessoas entraram na cozinha dos Black. Um carrancudo Severo e uma serena Hermione. As poucas pessoas que estavam reunidas à mesa contemplaram uma jovem parecendo tristonha acompanhá-los.

- Boa noite – Hermione cumprimentou – Essa é Alinne Snape, irmã do Severo.

A moça tentou forçar um sorriso que falhou, Minerva caminhou até ela e lhe abraçou.

- É um prazer conhecê-la senhorita Snape, se não fossem as condições tão inoportunas nós a receberíamos com mais entusiasmo.

Alinne apenas assentiu e sentou-se na cadeira que gentilmente Minerva indicou. Severo não quis sentar-se, ficou em pé próximo à lareira, dando a entender a todos que queria sair de lá o mais rápido possível. Hermione ficou ao seu lado.

- Bem, não vamos prolongar muito isso. – Minerva declarou – Rony Weasley, já sabe que fará companhia a nossa queria senhorita Snape. Aqui está escrito o local protegido pelo fiel do segredo, eu mesma, no qual ficará encarregado de fazer companhia a moça por, assim esperamos, quatro dias que restam até que algum dos lados saia vencedor.

- Sei sim diretora, e eu espero que nós saiamos vencedores depois de todo esse terror. Eu queria... bem... queria me desculpar com a Alinne por tê-la posto em perigo e dizer que sinto muito e que farei o possível para que não se sinta sozinha.

- E o que pretende exatamente fazer Weasley? – Snape rosnou – Acompanhá-la em passeios?

- Eu pretendo fazer meu melhor para agradá-la, Snape. Não ficou com a minha amiga? Posso ficar com a sua irmã.

Severo avançou para o garoto. – Pare! – Hermione gritou.

Minerva levantou-se – Senhor Weasley, comporte-se! Não adiantou conversar com você? Gostaria que pedisse que o Esquadrão de regulamentação das Leis Mágicas tirasse sua varinha? Incompetência geraria sua exclusão do mundo mágico! Se não levar a sério o que designei a você não serei tolerante! Agora peça desculpas a senhorita Snape pelo desrespeito.

Rony murmurou algumas palavras para Alinne que assentiu com a cabeça com a expressão de enfado diante de todas aquelas tolices. Severo foi até a irmã e recomendou-lhe algumas coisas, deu as costas e foi embora pela lareira, Hermione apenas contemplou a figura de negro sumir por entre as chamas e suspirou resignada.

- Bem, tome seu papel e pode levar a senhorita Snape em segurança até o local, senhor Weasley. A moda trouxa é mais seguro, tenho certeza que ela própria será uma boa guia.

Essas outras coisas no envelope são passagens de avião. A senhorita Snape com certeza saberá agir com relação a isso. – Minerva sorriu para a moça e ela sorriu de volta.

Alinne mais uma vez foi até Hermione e abraçou-a despedindo-se. Rony também chegou até ela e desculpou-se por ter sido incompreensivo. Hermione emocionou-se profundamente e o abraçou agradecendo.

Os dois se foram em direção à saída da casa. Graças ao próprio Harry que vinha desenvolvendo uma poderosa magia nos treinamentos com o Lupin, o quadro da Sra. Black havia sido removido da parede e não haviam mais preocupações com o silêncio. Hermione contemplou os dois jovens desaparecerem pela porta afora em direção ao esconderijo e suspirou. Voltou a cozinha e preparou-se para também ir embora. Já havia se despedido da Sra. Weasley e da diretora quando Harry entrou a cozinha e disse com a voz rouca:

- Gostaria de conversar com você. Entenderei se me achar um idiota completo e não quiser, mas preciso dizer o que estou sentindo pra você.

Hermione encarou-o um momento antes de concordar com a cabeça. As duas senhoras saíram da cozinha e deixaram os dois jovens sozinhos. Harry caminhou até ela com passos firmes, Hermione encarou-o um breve instante de tempo. Seus olhos verdes brilhavam umedecidos e ela viu refletido neles toda a angústia que ele trazia dentro de si.

Ela o envolveu num abraço apertado e o ouviu soluçar em seus braços. Ela deixou-se chorar pelos dias de ausência de seu melhor amigo. Harry chorou pelo mesmo motivo e entre um dos soluços murmurou:

- Me perdoa Hermione, eu amo você.

- Perdoar de quê Harry? Eu machuquei você, acho que estamos quites.

Eles se afastaram e ela voltou a encará-lo. Os olhos dele agora estavam vermelhos e faziam um contraste com sua pupila verde.

- O que fez não chegou nem perto do quanto te machuquei. Logo você, minha irmã de coração, minha amiga verdadeira, na maioria das vezes mandona, mas que sempre desejou o meu bem... Como fui tão idiota?

- Ah Harry, você nunca foi bom em pensar não é?

Ele riu – Não, você costumava fazer isso por mim, lembra?

- Como poderia esquecer? Lembro de tudo que passamos juntos, nós três. Está tão impregnado em mim que acho que mesmo depois que morrer ainda terei essas lembranças.

- Digo o mesmo Hermione. Esses dias que fiquei brigado com você foram terríveis. A Gina simplesmente me acusava também, e o Rony... Bem ele era o que menos pensava, você sabe... Cada vez que pensava em você me sentia menor, inferiorizado... Não quero morrer – Levantou a mão para fazê-la esperar quando a viu abrir a boca para contestar –sabendo que você não me perdoaria.

- Porque afirma que vai morrer, Harry? Não podemos perder as esperanças...

- Você sabe a resposta porque insiste que eu diga?

- Mas eu não...

- Ele é o motivo pelo qual entrei nesse mundo, Hermione. Esses dias que estive conversando com o Lupin, entendi isso. Aceitando o fato é bem melhor. Não tenho medo, aliás nunca tive, você sabe bem quantas vezes estive frente a frente com ele.

- Mas Harry, porque essa certeza? Está me escondendo algo?

- Lembra do nosso primeiro ano? Lembra quando eu e o Rony encontramos o espelho de Osejed? – Hermione confirmou, tremendo involuntariamente – O Rony realmente virou monitor, e com certeza seria o chefe deles se estivéssemos cursando o sétimo ano, ele também entrou no time de quadribol e comandou o time na final do ano passado quando estive cumprindo detenção com o Snape. E eu Hermione, lembra do que vi?

- Sua família... Harry... - Ela o abraçou novamente - aquilo eram só os desejos mais profundos dos corações de vocês naquele momento Harry! Não leve a sério!

- Você realmente acredita no que está dizendo Hermione? Eu quero vê-los, preciso deles, desejo isso todos os dias e todas as noites. E vou encontrá-los, assim que chegar a hora, e ela está bem próxima, eu consigo sentir.

Ficaram em silêncio por um longo tempo, cada qual perdido em seus próprios pensamentos. Harry tirou de dentro das vestes um pergaminho e estendeu para ela, ela desdobrou-o e leu.

“Harry Potter, a cena voltará a se repetir caso não se apresse, amanhã as 11:00hs da manhã, no povoado mágico de Hogsmeade, no local conhecido como A Casa dos Gritos poderá ser feita a troca de lugar com sua amiga, é sua última oportunidade antes do novo show”

Não tinha assinatura, e nem precisaria. Hermione olhou para ele que a fitava como se não a visse de verdade.

- Não precisa fazer isso. Acredito que o Severo saiba o local da próxima... você sabe... Pode chegar lá de surpresa e pegá-lo desprevenido.

- Ele estará rodeado de Comensais, Hermione. Vou enfrentá-lo sozinho. E vocês vão enfrentar os Comensais, o Snape dará as localizações através da marca e abrirá a passagem até o Departamento de Mistérios. Ele elaborou todo plano com a Minerva e o Lupin, e não queria que você estivesse na linha de frente, mas não adiantaria não é mesmo? - Ela negou com a cabeça. - Acho que ele também quer ficar com você antes de começar isso.Não vou me indispor novamente com ele, acho que já perdi tempo demais odiando-o.

Hermione sorriu e afastou os cabelos rebeldes de cima de sua testa, levantou-se da cadeira enquanto Harry continuou sentado. Beijou-lhe na cicatriz, deixou o pergaminho em cima da mesa e seguiu para a lareira.

- Harry, se pensar em adiar sua ida até sua família, e se todos sairmos imunes, aceitaria ser meu padrinho de casamento?

- Claro, assim o Snape faria o serviço no instante que me visse entrando na igreja e postado próximo ao altar. Me anima muito mais essa expectativa de ser morto no dia do seu casamento.

Ela riu – Vocês não têm jeito!

Quando surgiu em casa novamente, encontrou Severo olhando para o horizonte através da janela do quarto. Ela chegou por trás dele e abraçou-o. Ficaram assim durante muito tempo, apenas sentindo a fragrância entorpecente que vinha do corpo de cada um deles. Hermione sussurrou baixinho que deviam descansar, amanhã seria um dia longo. Finalmente começaria a grande batalha.

Quando a noite caiu e o sono chegou, Hermione ganhou a companhia de terríveis pesadelos e Severo, da insônia. Ele não pregou o olho um minuto sequer, em vários momentos quando percebia a agitação de Hermione diante de mais um pesadelo, apenas envolvia seus braços em torno dela até se acalmar. Contou todos, ela havia tido sete durante toda à noite. Chegou até a acordar com um deles, ele conseguiu acalmá-la quando nem ele mesmo estava se sentindo assim. O que sua mente insistia em remoer era a segurança dos que amanhã estariam no campo de batalha. Como ia conseguir proteger todos? Como ia protegê-la? Com a vida se precisasse... Os momentos que viveram valeriam cada gota de sangue que derramasse, cada feitiço que recebesse, cada vida que tirasse. Tudo valia tratando-se de proteger Hermione.

Mas o que falava mais alto em seu coração, era que ela pensava a mesma coisa... também o protegeria a todo custo. Esse era seu grande problema.

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- Levante-se menino tolo!

A gargalhada fria doía nos ouvidos de Hermione enquanto assistia Voldemort torturar Harry quase da mesma maneira que ela havia sido. Nagini dava voltas ao redor dos dois, fazendo a cena parecer ainda mais apavorante aos olhos dela. Permaneceu imóvel assistindo a tudo no andar superior da Casa dos Gritos. Seus olhos estavam rasos de água enquanto ela tentava em vão se mexer numa tentativa frustrada de ajudá-lo.

- Solte-a! Cumpra sua palavra seu monstro. – Harry gritava do chão.

- E porque eu deveria Harry Potter? Porque deveria soltar a trouxa?

- Me fez vir até aqui para soltá-la. Cumpra sua palavra! Se acha tão poderoso e tem essa palavra que não vale nada.

- Crucius! – Os gritos de Harry voltaram a encher o aposento – Vai sentir dor até saber respeitar seus adversários. – Severo, solte a trouxa. Mas certifique-se que a marca continua acesa, ela terá uma surpresa ao sair daqui... E minha palavra será mantida.

Mais uma vez a gargalhada fria encheu o aposento e Hermione sentiu o encantamento acabar. Tentou correr até Harry mas a mão forte de Snape se fechou em volta de seu pulso esquerdo.

- Me largue! – lutou inutilmente para liberar o braço – Harry! Harry!

Harry olhou-a decidido – Vá embora! Corra!

Snape aproveitou a deixa de Harry e arrastou-a para fora da Casa.

- Me largue! Harryyyyyyyyyy! – As lágrimas caíam pesadamente de seus olhos – Ele precisa de mim, Severo! Me largue!

- Acalme-se! Chega de escândalo! – O que pretende com isso?

- Eu... ele... precisa de mim... Ele quer desistir Severo... O Harry... ele...

- Chega Hermione! O Potter vai cumprir o que disse e sim, ele vai morrer de uma forma ou de outra. Mas você também quer acompanhá-lo? Lembra-se que tem a marca da morte no seu braço? É uma armadilha, há comensais lá fora esperando você sair para matá-la!

- Não importa! Ele vai desistir Severo, ele não quer mais lutar...

- Ele vai lutar. Você mesmo disse que confiava nele, prove agora! Ele a quer salva, por isso veio até aqui hoje. Tome – Severo lhe estendeu um relógio de cabeceira antigo – Chave de Portal, levará você diretamente a Mansão Black.

- Não vou embora de jeito nenhum! E você? E o Harry?

- Se não for por bem eu a obrigarei. E não é por muito tempo, já estão todos a postos para voltarem assim que você chegar. Essa guerra vai acabar hoje, você é o sinal. Vá!

Ela o abraçou antes de ir – Por favor, preciso de você quando acabar... não se exponha! Por favor Severo...

Snape empurrou o relógio nas mãos dela e a viu partir, voltou até onde estava o Lorde das Trevas e informou que ela havia ido embora.

- Excelente, poderíamos ir assistir Potter, o que acha? – Apontou a varinha para o garoto e elevou-o do chão – Lá fora, estão meu Comensais esperando sua amiguinha sair, o que acha que eles farão com ela?

Harry não respondeu, desviou seu olhar para Snape que lhe deu um imperceptível aceno afirmativo com a cabeça.

- Acho... Que eles não tem a menor chance contra Hermione...

Voldemort riu – É mesmo um insolente. Nem a beira da morte admite que fracassou na sua idéia absurda de slavar o mundo. Severo, vá na frente e avise todos, o espetáculo será lá fora, vou matá-lo com as própria mãos se preciso e a comunidade bruxa não pode ser privada de tal realização.

Severo atendeua a instrução e se reuniu ao grupo de Comensais que aguardavam do lado de fora, com ele estavam em número de onze. Draco não estava ali, havia recebido a missão de buscar os Comensais que estavam presos, ele e Avery haviam conseguido um feitiço de localização e a partir da comunicação em comum que tinham através da Marca Negra, conseguiram travar um duelo com os Aurores. Deveriam vencer e voltar a tempo de acompanhar a vitória do Lorde. Se tudo saísse como o próprio Voldemort planejara.

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Com um baque surdo Hermione caiu no chão da sala da Ordem da Fênix. Sentiu dois braços puxá-la para cima e reconheceu a figura sorridente de Tonks.

- Ela chegou! Temos que ir! – Comunicou aos outros – Oi querida desculpe te receber assim, onde você pegou a Chave de Portal?

- Dentro da Casa dos Gritos, no andar inferior... O Severo tinha que me levar para fora onde os Comensais me matariam, é para lá que devemos voltar...

- Lupin! Ouviu? Estamos prontos?

Rapidamente Lupin repassou as instruções com cada um deles. Demorou mais alguns minutos para conversar com Hermione que somente fora posta a par da situação agora. Quando todos afirmaram estarem prontos, tocaram a Chave de Portal e estavam de volta ao local onde minutos antes, Severo havia se despedido de Hermione.

Estava silencioso, mas um gemido vindo do andar de cima indicou que Harry ainda estava lá com Voldemort. Hermione apontou a direção a Lupin, que subiu com Gina até lá. Os demais seguiram Hermione para fora da casa, onde ela sabia, os Comensais a estavam esperando. Fez sinal para os outros que sairia na frente, Severo já devia estar lá fora também, Lupin havia reforçado as instruções de que não deveriam atacá-lo e Hermione ficou encarregada de levá-lo embora do local quando os Aurores chegassem.

Caminhou a passos duros até a porta de onde as tabuas haviam sido retiradas. Com um chute forte derrubou-a e encontrou o grupo reunido esperando-a. Encapuzados não reconheceu nenhum deles, somente Severo que estava a frente de todos estava com o rosto descoberto. Eles conversaram com os olhares. Snape pôs sua mascara fria no lugar.

- Porque a demora Granger? Posso matá-la lentamente se eu quiser.

Os comensais sorriram por baixo do capuz e Snape aproveitou o momento de distração para acenar imperceptivelmente para ela. No instante seguinte ela pulou para cima dele e os dois jogaram-se ao chão. Pegos de surpresa pela ação inesperada de Hermione os Comensais não reagiram de imediato pela chuva de azarações que vieram em suas direções, mas logo se recompuseram e começaram a duelar. Snape e Hermione também se levantaram e lançavam feitiços hostis um contra o outro, embora soubessem que não seriam de verdade atingidos, por terem o cuidado de mirar sempre acima de seus corpos.

Uma explosão no andar de cima atraiu as atenções dos bruxos. Nesse momento os Aurores aparataram ao redor da casa, os membros da Ordem não tiveram tempo de respirar aliviados, no instante seguinte mais comensais aparatavam e os duelos recomeçaram.

Após a chegada dos comensais criaturas também surgiram, dementadores circundavam o céu e uma bancada de Aurores protegida por outros lançavam Patronos para afugentá-los. Elfos domésticos corriam armados com alguns apetrechos domésticos que funcionavam de acordo com suas mágicas. Os Elfos de Hogwarts também apareceram assim que a diretora lançou seu Patrono no ar, cada criatura ocupava-se com um ser igual a si próprio. O lado da Ordem e do Ministério lutavam ferozmente com os Comensais da Morte, até que os gigantes surgiram e a batalha começou a ser vencida pelo lado negro.

- Snape! O Lorde precisa de você lá em cima! Eu cuido da Sangue-ruim! – Com os olhos brilhando de malícia e a boca escorrendo sangue, a criatura meio-humana veio correndo até onde Snape e Hermione ainda fingiam duelar.

- Ela me pertence Greyback! – respondeu Severo com desprezo.

- O Lorde o convoca, estão atacando-o para apanhar o Potter. Ele quer você lá, deixe-a que a liquido para você.

- Não preciso que ninguém termine minhas obrigações para mim seu estúpido! Ela é minha desde o primeiro dia que pisou naquela escola. – Hermione não rebateu o feitiço, Snape mirou em seu peito e gritou Estupefaça, sua vista se fechou e ela não viu mais nada – Saia da minha frente!

Fez o corpo dela flutuar até si e carregou-a para dentro da casa. Tinha que sair do campo o mais rápido que pudesse, os Aurores estavam ocupados demais para caçá-lo, mas a batalha estava tendo muitas baixas do lado deles. Tinha que correr contra o tempo e lançar a Chave de Portal ao Potter. Reanimou Hermione antes de subir ao andar superior sozinho, quando chegou ao aposento, viu Gina Weasley caída num canto. Lupin tentava reanimá-la enquanto Voldemort e Potter duelavam. Como Potter havia recuperado a varinha Snape não entendeu, mas percebeu que Voldemort estava surpreso por não ter acontecido o Priori Incatatem.

Severo lançou um feitiço paralisante em Lupin, mas fez questão que não atingisse o alvo, por que queria somente chamar sua atenção. O membro da Ordem entendeu a deixa e virou-se para confrontar-se com ele. No furor provocado pela entrada abrupta de Snape, Harry se distraiu e o Lorde das Trevas lançou-lhe a maldição da morte. Severo percebeu a maldição voar na direção de Potter e rebateu, ela ricocheteou na parede e atingiu Nagini em cheio. Voldemort urrou com a cena e virou-se para dessa vez atacar Lupin, que ele achava fosse quem tivesse rebatido. Severo rodopiou nas vestes e precipitou-se até Harry. Ele percebeu a intenção do bruxo e agarrou o objeto lançado por Snape no mesmo instante que fechou o braço ao redor do pulso de Voldemort, ambos desapareceram no mesmo instante.

- Cuide delas e tente conseguir reforços. Vou pro campo de batalha!

Snape tentou persuadir Hermione a ir embora com Gina ao Saint Mungus. Ela recusou-se terminantemente. Snape conjurou um feitiço de camuflagem e eles esconderam a garota ainda desacordada, num canto do quarto, ele ainda conjurou seu mini-patrono e o fez viajar como ondas, contactando todos os bruxos que os membros da Ordem haviam comunicados ao redor do mundo bruxo.

Voltaram à batalha, somente eles sabiam que a essa hora Potter e o Lorde das Trevas estavam trancafiados no Departamento de Mistérios, mas a luta estava desleal, vários corpos já estavam no chão a maioria deles de aliados da Ordem. Os gigantes sem dúvida eram o maior trunfo das trevas. Quando os bruxos que receberam o patrono de Snape começaram a Aparatar no local da batalha, esta começou a se equilibrar. Grupos de doze bruxos cuidavam de um gigante cada.

Os Dementadores já pareciam contidos, Hermione correu na direção de Tonks que duelava com dois Comensais da Morte. Severo lançava algumas maldições nos próprios companheiros tentando manter-se oculto de Aurores e algum Comensal que o observasse. A azaração que lançou mirando Greyback no peito foi rebatida por alguém que chegou de surpresa ocupando seu campo de visão. Lucius Malfoy estava diante dele o olhando com dezprezo.

- Seu traidor ! – Gritou para Severo – Morrerá sangrando.

Severo apenas sorriu sarcasticamente e rebateu as maldiçoes mortais que Lucius lhe lançava.

- O que deseja aos outros se volta contra você Lucius, nunca ouviu esse ditado? Seu Comensal imundo. Sectusempra!

O feitiço atingiu Lucius Malfoy em cheio e Severo aproximou-se dele para observá-lo agonizar. Sorriu e seguiu para seu alvo inicial, antes porem que pudesse chegar até Greyback o viu avançar sobre alguém pelas costas, um grito seu conhecido ecoou pelo ar. Com as garras afiadas o viu despedaçar o que parecia ser uma boneca em suas mãos. Lupin avançou sobre o lobo e o atingiu mortalmente. Esquecendo-se da batalha Severo correu até Hermione que tremia observando a cena, Lupin corria até o corpo da Auror da Ordem da Fênix que havia lutado bravamente, ela agonizava nas mãos do também ex-professor de Hogwarts ele não se importava com o sangue encharcando-o e chorava copiosamente implorando-a para não deixá-lo. Severo sentiu um pesar no peito com a cena e acolheu Hermione em seu peito, ela soluçava e escondia mais o rosto encharcando as vestes de Severo com suas lágrimas.

Gritos vindo do seu redor ecoaram no seu ouvido no mesmo instante que Severo sentiu uma dor alucinante no antebraço esquerdo e caiu de joelhos no chão não segurando o peso do próprio corpo. Da mesma forma que havia sido doloroso ter sido marcado, a Marca Negra dele corroía sua pele, durante alguns minutos da insuportável dor que parecia queimá-lo em brasa e rasgar-lhe em dois, ele perdeu a consciência. Sentiu duas mãos pequenas sobre seu rosto, mas não conseguia enxergar mais que um dedo a sua frente.

O véu do tempo rasgou-se, os movimentos de rotação e translação da Terra pararam e tudo escureceu. Por longos minutos as Trevas preencheram toda face do lugar onde se encontravam até os confins da Terra. Ninguém enxergava nada, nem falava, nem ao menos respirava. O Mundo parecia ter acabado. Até os pensamentos haviam sido interrompidos. Até que um risco atravessou o céu e todos puderam contemplar a mesma forma que havia na testa do menino-que-sobreviveu. Um raio cortou o céu de ponta a ponta e a luz do Sol voltou a brilhar com força total. Havia acabado. As trevas terminaram e a luz voltou a brilhar.

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N/A: O penúltimo capítulo da nossa aventura! Espero que gostem... O que será que ainda está por vir? No próximo, os destinos dos personagens, espero que tenha valido a espera por esse capítulo. Beijinhos a todos e gostaria que me dissessem o que gostariam que acontecesse com seus personagens favoritos! Até o próximo!

N/B: Aaaaahhh...agora sou eu que falo...capítulo fofo né! Sangue, violência, e amor... é isso aí... Mi, minha querida.. brigado por deixar eu betar essa fic maravilhosa! Bjus!

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