Linda Beckher



Aviso: Todas as personagens do universo Harry Potter, assim como as demais referências a ele, não pertencem ao autor deste texto, escrito sem nenhum interesse lucrativo, mas a JKR.

Por favor, não me processem! Só peguei emprestado para me divertir e divertir os outros!

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Cap. 14 – Linda Becker

Rony vagou pela Londres trouxa, se acostumou a ficar no meio deles desde que saiu pelo mundo após separar-se dos seus amigos, parou num pub nas proximidades do centro, havia uma movimentação de pessoas despreocupadas e ele deixou-se ficar lá sentado, pediu um drink e ficou observando casais apaixonados passarem sorrindo, de mãos dadas. Imaginou-se no lugar de um deles que parecia extremamente feliz. Sorriam e passavam minutos olhando-se nos olhos sem dar importância a nada que se passava ao redor. Mas eles eram... Eu e Hermione? Ela sorria para ele, que lhe beijava a nuca. Cochichava algumas palavras em seu ouvido que a faziam sorrir ainda mais e abraçá-lo.

- Dá uma inveja não é?

Uma voz de mulher chamou-o de volta a realidade.

- Hã? – Virou-se para olhar quem tinha lhe falado, era uma jovem, calculou ter a sua idade, ou a de Gina. – Desculpe... o que disse?

- Vi como estava olhando para os dois – Ela apontou o casal mais adiante, Rony olhou-os e viu uma jovem loira abraçada a um rapaz moreno de cabelos curtos e pretos – Às vezes a gente se sente tão solitário que se perde em devaneios observando a felicidade alheia não é mesmo?

Rony voltou sua atenção para o drink – É, acho que sim.

- Ah, a propósito sou Linda Becker. Se não se importar, também não estou nesses dias que ficar sozinha me faz bem, posso me sentar com voce?

- Não sei se sou uma boa companhia para alguém essa noite.

- Não tem problema, não precisa falar nada, só não queria me sentar isolada.

Rony olhou mais uma vez para a moça, agora mais atentamente. Ela tinha uma beleza exótica, sua pele tinha um tom bronzeado, seus olhos eram negros como a noite que os rodeava, seus cabelos caiam em cachos pequenos pelos ombros.

- Pode sim, ficar sozinho mesmo não vai adiantar muita coisa. Tinha uma amiga que sempre me dizia que conversar fazia bem.

- Tinha uma amiga? Engraçado, eu achava que amizades duravam para sempre.

- Eu também achava isso. Mas o problema deve ter sido eu mesmo, confundi os sentimentos e acabei perdendo-a.

- Ah que pena, ela devia ser muito importante para você, parece mesmo deprimido.

- Ela era minha motivação.

- Quer falar sobre isso?

Rony estudou a pergunta por algum tempo, estava entre trouxas, a moça a sua frente com certeza achava que era um também. Se expusesse o que estava incomodando-o talvez a dor passasse.

- Nós estudamos juntos por seis anos, vivemos muitas emoções, enfrentamos perigos juntos. Crescemos juntos. Desde que eu tinha onze anos de idade ela esteve comigo. Até pouco tempo atrás.

- Um amor de colégio! Só perde para amor entre primos.

- É, um amor de escola. Assim que largamos a escola, nos separamos, eu continuei com a esperança de tê-la só para mim, mesmo longe, somente ela povoava meus pensamentos. Mas ela... ela ... apaixonou-se por outra pessoa. Mas não por qualquer outra pessoa, se apaixonou por um inimigo.

- Mas como tem tanta certeza que é um inimigo, para ela ter se apaixonado por ele não eram tão opostos assim.

- Não os conhece srta. Becker, ninguém em nosso circulo de amigos jamais imaginaria Severo Snape e Hermione Granger juntos, é um disparate uma relação desse calibre. Se alguém me contasse não acreditaria, mas ouvi deles mesmo. O fato dela não ter negado confirmou que era a mais pura verdade.

Rony estava no terceiro drink já, Linda ainda estava em seu primeiro.

- Mas se você diz que ninguém nunca imaginaria, pode ser somente um “fogo de palha”, não pode?

- Isso eu não sei lhe responder, mas se conhecesse o Snape como alguns de nós conhecemos diria que ele não é uma pessoa que viva em “fogos de palha”. E a Hermione, ela nunca ficaria com alguém que não amasse. Embora me machuque muito pensar nessa possibilidade, acho que é pra valer, seja lá o que for que estejam vivendo.

- Pelo que está dizendo então eles pareciam muito apaixonados?

- Não o conheço suficientemente bem para saber, mas ele nunca atenderia uma ordem para sentar de alguém que até pouco tempo era sua aluna.

De repente o peso em seu peito pareceu diminuir. Linda se mostrou imensamente divertida e atenciosa, cada minuto que ficaram juntos ela sempre dizia palavras que o faziam se sentir muito melhor que todos os homens que Rony conhecia. Ainda tocaram no assunto da tristeza de Rony por algumas vezes, Linda parecia interessada em fazê-lo perceber que um amor entre pessoas tão diferentes quase nunca dava certo. Ela fez questão de acompanhá-lo até próximo ao caldeirão furado, despediram-se em frente a uma lojinha de discos onde uma musica baixinha tocava. Linda beijou-lhe a face e disse que um dia ainda se encontrariam.

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Hermione acordou preguiçosa quando as cortinas foram abertas. Virou-se de lado contrário a claridade e puxou mais as cobertas para cima de si. Sentiu uma mão forte puxá-las de sobre seu corpo e um corpo pesado sobre si. Beijos e mais beijos pelo seu rosto, pescoço, cabelos.

- Não... só mais um pouquinho...

- Já passam das nove.

- hum hum... não tem trabalho hoje...

- Mas tem um homem aqui esperando sua mulher acordar.

Ela arregalou os olhos e sentou-se no meio do colchão.

- Sua o quê?

- Mulher. Ou é homem e não reparei ainda? Vou ter que verificar, não estou bem lembrado... - Derrubou-a de novo no colchão e deslizou seu rosto pelo dela, sentindo a textura da sua pele. - Não parece ter barba. - Usou uma das mãos para tocar um de seus seios, enquanto concentrava-se em beijá-la no pescoço. Ela sorriu. - Parece de verdade.

Hermione sorriu. – Não quis dizer que sou um homem, Severo.

Ele parou de chofre – Então quis dizer que não é minha mulher?

- É... bem... não foi isso, eu quis dizer... não oficialmente.

Ele voltou às carícias. – Quando terminar, se vencermos, esse problema será facilmente resolvido, srta. Granger.

- Vamos vencer, Severo. Precisamos vencer.

Ele saiu de cima dela e deitou-se ao seu lado na cama. Parou para observar seu rosto. Os olhos ainda tinham marcas da dolorosa noite que passou chorando, ele só havia voltado para lá quando teve certeza que os olhos dela já não suportavam mais derramar lagrimas e fecharam-se. Observou-a dormindo, transfigurou as vestes pesadas que vestia na camisola fina que ela estava vestida agora, com a varinha secou os travesseiros úmidos pelo choro e a vigiou pelo resto da noite.

- Como você está? – Ele perguntou.

- Com relação a quê você está se referindo?

- Com relação aquele imbecil. Ao que ele lhe disse na noite anterior.

- Não é isso que quer me perguntar não é mesmo, Severo? – Ela o fitou – Minha auto-estima é elevada o suficiente para não deixar opiniões alheias interferirem no meu relacionamento com você. Estar com você só me traz vantagens.

- Achou aquela tortura uma vantagem?

- Qual o seu problema? Eu não o culpo pelo que aconteceu, Severo. Estou aqui para combater esse mal, acho que o peso que você carrega por estar no meio de dois lados extremos, o machuca muito mais que aquelas feridas me machucaram. - Passou a mão pelo rosto dele afastando alguns fios negros que lhe caiam pela face. - Nada o convence não é seu teimoso?

- Talvez o “eleito” tenha razão, estaria muito mais segura com eles.

- E quem vai usar a saia que ia pôr no Rony?

- Talvez ele mesmo – A sombra de um sorriso passou seu rosto – O Weasley ficaria bem com uma sainha de havaiana, não?

- Ah, seu bobo. Quem diria não é Severo? Quem diria que um dia estaríamos aqui juntos conversando sobre banalidades.

- É mesmo, quem diria que a insuportável sabe-tudo de Hogwarts, um dia estaria na minha cama.

Ela fez uma expressão zangada. – Você não disse isso, Severo Snape!

- O que srta? Que está na minha cama? E onde está agora?

- Mas isso é um absurdo!

- O que é um absurdo exatamente srta.? Eu ter conseguido trazê-la até meus aposentos?

- Você não está falando sério!

Severo levantou-se – Não, não estou. Mas agora sim, vamos tomar café da manhã lá em baixo.

- Não acha que vou me sentar na mesa com Draco Malfoy?

- Se eu fizesse questão iria sim, mas para sua felicidade ele não está, foi visitar a mãe. Vamos acompanhar a Alinne, ela está esperando desde as sete da manhã a bela adormecida acordar para não comer sozinha, portanto tem apenas dez minutos para se aprontar. Não tolero atrasos.

- E o que vai fazer? Tirar pontos da minha casa?

- Não, srta... minha forma de castigo será muito mais excitante. – Disse isso já na saída, fechou a porta sem dar tempo dela dizer uma palavra.

- Bastardo!

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- Até que enfim, boa tarde pra vocês, estou morrendo de fome! Costumam fazer isso com os hospedes? Sevvie, se ninguém já te visitava antes, agora é que não vai vir mesmo. Sua namorada lhe prende o dia todo dentro do quarto!

- Hermione querida, não ligue para a Alinne, ela é retardada mental, só fala asneiras. Na verdade ela também é mestiça, o

trouxa do meu pai era um pervertido e teve uma relação com uma burrica que resultou nisso que está na nossa frente.

- Ah Sevvie, que mau humor! Como você agüenta querida? Em quê precisa se transformar para excitar um cavalo como esse?

Hermione se engasgou com o chá.

- Esqueceu do feitiço paralisante que ameacei lançar em você, ou é mais idiota do que eu pensei?

- Está bem Sevvie, vou dar uma trégua pela garota, ou senão ela vai ter uma impressão errada de mim. Diga Hermione, quantos graus você achou que a saliva dele mede? Trinta abaixo de zero? Porque afinal ele é mais gelado que o Alaska inteiro! Beijá-lo deve ser o equivalente a tomar dez litros de sorvete de uma só vez!

Severo socou a mesa – Estou falando sério mocinha, comporte-se ou vou trancá-la no porão até poder despachá-la para aquele interiorzinho onde vive! – Seus olhos brilharam em direção a irmã.

- Ô, ô... passei do limite não foi? Está bem Hermione, como foi o jantar ontem?

- Foi... Bem... desastroso, a palavra ideal para defini-lo.

- Ah que pena, o meu e o do Draquinho – Ela olhou de rabo de olho para Snape – foi excelente, demos até uma esticadinha ao jardim para olhar as estrelas, sabe casais fazem isso às vezes.

Hermione notou o sorriso de satisfação no rosto dela, enquanto Severo fechava os punhos sobre a mesa.

- Você e o Malfoy... – Hermione começou a preguntar.

- Namorando? Não, não posso namorar ainda Hermione, tenho um irmão muito ciumento sabe... não sei porque, afinal, ele namora alguém mais novo que eu!

Severo levantou-se da mesa de repente, Hermione arregalou os olhos para a expressão furiosa dele, por um instante acreditou que ele esbofetearia a irmã, mas ele apenas deu meia volta e saiu em direção ao laboratório. Alinne sorriu com gosto.

- Viu? Cão que ladra não morde Hermione. Não posso demonstrar que tenho medo dele. Ah e a propósito sou totalmente a favor da relação de vocês, só falei aquilo para deixá-lo mais irritado.

- Sabia que adorei você?

Ambas sorriram e continuaram seus cafés da manhã, a conversa durou tanto tempo que Hermione até esqueceu que Severo estava enfurnado no laboratório com certeza ainda bufando de raiva. Assim que se lembrou dele pediu licença e saiu para procurá-lo. Encontrou-o parado ao lado de um caldeirão onde uma poção borbulhava. Ele não a olhou quando se aproximou.

- Espero que não tenha levado a sério às idiotices que aquela demente lhe disse.

- Me diverti muito com ela, não sei porque se irrita tanto.

- Talvez porque minha infância esteja muito longe de mim.

- Então nós duas somos crianças agora?

- Não? Então são o quê? Uma dupla sertaneja?

Ela o abraçou pelas costas, apoiou seu rosto nela.

- Seu bobo, não vê que ela adora encher você? Mas é uma boa pessoa, e te adora muito. Descobri até que tem ciúmes de mim! Refere-se a mim como sua “namoradinha”.

- Ah é mesmo? Ela me adora? Engraçado o jeito dela demonstrar, não?

- Mas é idêntico ao seu! Você vive salvando os outros e quando está frente a eles os trata como vermes.

- Quem está querendo dizer que salvei e trato como verme?

- Quem mais senão o Har...

- Não fale esse nome aqui. Ele escapou de ter uma Avada Kedavra cortando seu peito ontem, porque você ainda o idolatra.

- Eu nuca o idolatrei, mas o conheci por tempo suficiente para considerá-lo um amigo.

- Tem uma idéia péssima do que são amigos, aqueles dois patetas nunca foram verdadeiros amigos.

- Foram sim, Severo. E hoje com calma percebo que eles só querem o meu bem. O problema que aconteceu ontem é que as pessoas que nos amam sempre supõem que sabem o que é melhor para seus parentes e amigos, embora nem sempre o que é melhor para eles, é o melhor para os outros. Já devia saber disso.

- Claro, a srta. Sabe-tudo. Como não percebi uma coisa tão óbvia?

- Não me chame desse nome, eu não gosto. – Ela largou-o – Vou pedir desculpas ao Harry pelo tapa, ele não mereceu, só estava nervoso.

- Aproveite e também ceda carinho a seu outro amiguinho, eles devem mesmo estar precisando muito de você por lá.

- Vamos parar por aqui? Não pode ser menos sarcástico?

- No dia que isso acontecer tenha certeza que alguém está se fazendo passar por mim pela poção polissuco.

- Que ótimo consolo, por que assim vou perceber a farsa.

- Ótimo Granger, agora vamos falar sobre um out...

Severo soltou a colher que mexia a poção de repente, sua respiração tornou-se pesada e ele caiu no chão de joelhos, Hermione ajoelhou-se ao seu lado preocupada. No momento que ia perguntar o que tinha acontecido o viu colocar a mão direita pôr sobre o braço esquerdo, no local onde ela sabia estar tatuada a marca negra, seu coração gelou na hora. O rosto dele se contorcia em dor.

- Para o quarto. – A voz dele saiu rouca e descompassada.

- Não vou lhe deixar sozinho – Ajoelhou-se ao seu lado – Não vou sair daqui, ele não lhe chama assim torturando-o.

- Não discuta menina! Para o quarto e leve a Alinne junto! A-G-O-R-A!

- Não discuta você! Ficarei aqui até que passe.

- Menina tola! Não vai passar, agora saia daqui. Saia!

Hermione saiu correndo pela casa, derrubou um vaso que estava no meio do caminho sem se dar conta. Encontrou Alinne na sala e saiu puxando-a pelo braço escada acima. Trancou-se no quarto e colou o ouvido a porta para tentar ouvir alguma coisa, mas havia só o silêncio lá fora. Alinne olhava tudo assustada.

- O que aconteceu Hermione?

- Minha varinha! Preciso da minha varinha. – Ela falava com urgência na voz, correu pelo quarto revirando as gavetas, espalhando as roupas pelo quarto, olhando debaixo dos moveis. Alinne somente olhava tudo atônita.

- Mas o que houve, onde está meu irmão?

- Alinne, por favor, preciso que me ajude a encontrar a minha varinha.

- Mas eu não sei bem o q...

- É somente um pedaço de madeira comprido. – Parou de remexer no armário onde estavam as vestes de Severo e segurou nas mãos da cunhada – Você sabe algum lugar onde o Severo guarde algo muito importante?

- Não! Não sei quase nada da vida dele Hermione, ele mesmo diz que para minha própria proteção ninguém deveria nem saber que ele tem uma irmã. – Ela sentiu as mãos de Hermione tremerem mais ainda. – O que aconteceu? Por favor, me conte, eu só o tenho na minha vida.

- Não sei ainda Alinne, mas o Severo está correndo algum risco, o bruxo das trevas o convocou. E eu sinto dentro de mim uma força dizendo que talvez ele não volte. – Ela soltou as mãos que segurava e sentou-se na cama, enterrou os dedos nos cabelos, sua garganta queria fechar – Não posso perdê-lo...tenho que chegar até ele...

Alinne viu duas lágrimas escorrerem pela face da jovem que até poucos minutos atrás irradiava felicidade. Sentiu a gravidade da situação, mas o próprio Severo sempre lhe disse para nunca se meter com bruxaria, ela perderia feio. Queria muito poder ajudá-la, no mínimo encontrar a própria varinha. Isso a reconfortaria muito. Mas não fazia idéia de como. Um barulho de aparatação do lado de fora fez as duas jovens sobressaltarem-se. Alguém bateu na porta do quarto.

- Snape! Preciso falar com você.

Era a voz de Draco, Hermione fez sinal para Alinne atender o rapaz a porta e ocultou-se próximo à mesma.

- Oi Draco, pensei que voltaria apenas mais tarde. – Alinne tentou falar o mais natural possível.

- O que faz no quarto do Snape? Pensei que somente aquela sangue-ruim entrasse aqui.

- Ele me pediu para fazer companhia para ela até ele voltar.

- E onde ela está? Não a estou vendo.

- Estou aqui, Malfoy.

Draco virou-se para encarar Hermione. No momento que voltou-se na direção da voz dela, sentiu uma dor absurda do lado direito de sua cabeça e caiu de joelhos no chão. Estendeu o braço para apanhar a varinha, a cabeça ainda tonta fez seus movimentos serem lentos demais e ela conseguiu ser mais rápida e pegá-la de dentro das vestes dele.

- Sua sangue ruim imunda! Vai se arrepender do que fez!

- Ora, ora, Malfoy. Está em desvantagem. Além do fato de estar sem varinha, o belo corte do lado direito de seu rosto não vai deixá-lo lúcido durante umas duas horas? Alinne, cuide dele. Faça algum curativo e não o deixe sozinho. Ele não vai sair desse quarto, até que nós dois voltemos.

Draco sorriu desdenhoso. – Granger, como acha que uma trouxa vai me impedir?

- Ah Malfoy, vou ter ficar explicando todos os feitiços que aprendi para você? Não tente sair daqui. É um conselho. Se não o levar a sério o problema é seu.

Ele encarou Hermione nos olhos, ela não parecia mesmo estar brincando.

- Você vai trazê-lo não vai? – Alinne a perguntava.

- Vou! Mas continuo precisando da minha varinha. Essa droga aqui não serve para muita coisa. Pode ir buscar a Judithe para mim? - Alinne concordou e saiu do quarto, Hermione voltou sua atenção para Malfoy novamente. – Quero que me diga onde ele está.

- Ele quem sua sangue ruim? Não viu que eu também o estava procurando? E como vai me obrigar a falar? Usando minha própria varinha Granger, lamento informá-la mas ela não funcionará muito bem nas mãos de uma sangue ruim como você.

- Esse problema é simples de resolver Draco. Accio Varinha Hermione Granger. – A varinha voou de algum lugar do lado de fora do quarto direto para as mãos de Hermione, ela conjurou cordas que o amarraram aos pés da cama. – Agora posso fazê-lo falar. Onde estão reunidos os seus comparsas Malfoy?

- O que acha que vai fazer lá Granger? Passou tanto tempo com aquele paspalhão do Potter que vivia implorando para qualquer um salvá-lo que quer fazer o mesmo com o Snape? Não terá a mínima chance lá Granger, sabia que os comensais detestam trouxas?

- As minhas chances, serão as suas chances Malfoy. Será você quem eles verão. – Hermione caminhou até a cômoda e tirou um frasco de dentro de uma das gavetas onde tinha arrumado suas roupas. – Polissuco. Quando eu retornar com o Severo, Malfoy, contará o que fez para ele.

- Não fiz nada sua estúpida! Queria encontrá-lo para contar o que descobri por conta própria.

- Que seja Malfoy, vai estar sob veritasserum de qualquer forma. Agora, onde fica o esconderijo?

- Não vai gostar de ir lá Granger, sob nenhuma forma, nem a minha, muito menos com a sua.

- Eu decido o que vou gostar Malfoy. E qualquer lugar é melhor do que onde você esteja, seu cheiro de bonequinha de luxo da mamãe me enjoa. Vai falar logo, ou quer que eu comece a minha sessão de tortura com você? Tenho muitos motivos para vingança.

Ela jogou seu olhar mais mortal sob Malfoy e encostou a ponta de sua varinha no pescoço dele. Malfoy começou a suar frio.

Alinne e Judithe chegaram à porta nesse momento e pararam observando a cena.

- Estão na minha casa. Todos eles.

- As proteções estão liberadas para você?

- Claro, sua...

- Olhe como fala comigo. Sua boca anda mesmo muito suja. Limpar!

Bolhas de sabão cor de rosa saíram da boca de Draco. Seu rosto foi atingindo lentamente uma cor rosada.

- Judithe, preciso que venha comigo. Leve alguns fracos de poções reparadoras.

- Mas o senhor de Judithe não deu ordem para ela sair!

- Judithe querida, eu sou sua senhora também, ele não lhe disse? – A elfo balançou a cabeça em negativa – Comece a gritar e não tente se calar quando eu ordenar.

Judithe começou a soltar guinchos horríveis pela garganta afora. Alinne tapou os ouvidos. - Cala a boca Judithe! – Imediatamente os gritos cessaram enquanto a Elfo ainda movia os lábios. Quando a criaturinha percebeu o que havia acontecido curvou-se aos pés de Hermione.

- Judithe pede desculpas a sua senhora e diz que nunca mais duvidará dela!

- Pode se levantar Judithe, precisamos correr para buscá-lo. – O elfo desapareceu porta afora para ir buscar as poções.

- Hermione? – Alinne olhava para Draco com preocupação – Ele não está bem está?

Hermione olhou na direção que o rapaz estava. Sua boca continuava a derramar espumas e seu rosto agora estava levemente azulado. – Tinha esquecido desse idiota. Finite Incantatem! Vigie-o, ele não é nada sem uma varinha.

Hermione abraçou a cunhada e lhe deu um pequeno sorriso.

- Tenha cuidado, por favor.

- Voltaremos logo. Prometo!

Ela juntou-se a Judithe no centro do aposento e sob os olhares de Alinne e Draco sumiram de repente.

- Sangue ruim idiota! – Draco murmurou.

- Que Deus a ajude – Alinne desejou.

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N/A: Gostaram? Nos reviews, palpites sobre o motivo da convocação do Severo, gostaria de saber quem prestou atenção aos detalhes! Obrigada pelos que recebo sempre e por estarem acompanhando essa aventura!

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