Visita desagradável



Aviso: Todas as personagens do universo Harry Potter, assim como as demais referências a ele, não pertencem ao autor deste texto, escrito sem nenhum interesse lucrativo, mas a JKR.
Por favor, não me processem! Só peguei emprestado para me divertir e divertir os outros!
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Cap. 07 – Visita desagradável

Olharam-se nos olhos durante algum tempo trocando palavras silenciosas, ambos procuravam um sinal de arrependimento no olhar do outro, mas não encontraram, sorriram. Severo por estar revivendo emoções há muito tempo apagadas de sua memória e Hermione por descobrir sentimentos que nem imaginava existir. Aquele beijo que inicialmente foi imposto aos dois por uma obrigação era agora o primeiro contato da oportunidade que tinham em mãos de viverem juntos um relacionamento de amor, perigos, aventuras, intrigas e descobertas.

Ela quebrou o silêncio:

- Pra mim, esse foi um belo começo.

Ele não soube o que responder. Havia dito que não sabia demonstrar sentimentos. Baixou os olhos por não saber o que fazer. Era muito melhor em lidar com o desprezo do que com carinhos.

- Severo? O que houve? – Aquele silêncio a estava incomodando.

- Como lhe falei Hermione, não sei lidar com certo tipo de coisas.

- Ah, é isso? Não se preocupe, haverá mais aulas. – Ela sorriu espontaneamente a esse comentário e mudou de assunto ao ver que ele não estava à vontade – Eu vou escrever as cartas dos garotos agora, posse usar sua escrivaninha?

- Claro, nas gavetas tem pergaminhos limpos. Eu vou precisar sair para comprar alguns itens na Travessa do Tranco, volto logo, mas se por acaso precisar de algo, chame Judithe, dei ordens a ela para fazer o que você pedir.

- Obrigada, mas tenha cuidado sim? E volte rápido, não quero ficar muito tempo aqui sem você.

Ele virou-se para ir embora, mas ela deteve seu braço.

- Quer que traga algo para você?

- Não. Mas você está esquecendo de algo.

Ele se olhou para ver se estava com a capa, verificou se sua varinha estava no bolso e olhou pra ela indagador.

- Não é nada disso. É o meu beijo de despedida.

Antes que ele voltasse a ficar constrangido ela aproximou-se e beijou-lhe de leve nos lábios.

- Desse jeito Severo, vou colocá-lo em recuperação, não está se esforçando...

Ele sorriu e retribuiu-lhe o carinho. Saiu em seguida. Enquanto seguia pela trilha da floresta até o local para aparatar pensava no quanto Hermione era divertida.

Deve ser a idade – Pensou ele. - Ela tem um espírito jovem dentro de si... Mas e eu? Tenho um espírito velho? Ela deve estar pensando isso agora, como eu tão adulto não sei nem retribuir gestos, palavras e sorrisos carinhosos?... É talvez eu deva me esforçar mais um pouco, afinal é uma matéria muito agradável.

Chegou ao local da aparatação, desapareceu instantaneamente em direção para a Travessa do Tranco.

Hermione sentou-se a escrivaninha e passou um bom tempo sorrindo sozinha, lembrando que Snape não mentira ao dizer que não sabia ser carinhoso.

O professor Snape sem saber o que fazer ou falar, essa é boa, se eu contasse ninguém acreditaria.

Ao pensar nisso lembrou-se que devia escrever aos amigos sondando suas reações. Passou um bom tempo pensando no que escrever para Harry, ele era esperto demais, ela teria que ser muito sutil e mesmo assim não adiantaria muito. Depois de vários pergaminhos amassados achou que estava bom. Levantou a carta e leu:

“Querido Harry,
Eu espero que estejas bem, minhas férias estão maravilhosas, o local é maravilhoso, mas estou me sentindo muito sozinha, e o tempo parece que não passa, quem sabe se nós dois estivéssemos juntos o tempo passasse mais rápido, estou louca para começar a estudar de novo, mas meus pais me proibiram de encostar num livro até o dia 2º de Setembro, quando começam a chegar minhas lições! Que absurdo! E também posso pesquisar alguma coisa junto com você. Se quiser minha companhia manda a resposta rápido que irei correndo.
Com carinho,
Hermione Granger.”

É está boa – Pensou. Conjurou seu patroninho e enviou a carta de Harry, começando logo em seguida a escrever a de Rony, muito menos trabalhosa. Poucos minutos depois, ela erguia o pergaminho:

“Rony amigão,
Como você está indo com o pessoal por aí? Tomara que bem. Eu estou ótima, mas me sinto muito sozinha longe de vocês. Estava pensando em abandonar um pouco o descanso e te fazer companhia, o que você acha? Não seria ótimo? Essa excursão aqui não está dando muitos resultados, você gostaria de me ter por perto? Manda a resposta logo e eu espero que seja positiva.
Beijos de sua grande amiga,
Hermione Granger.”

Conjurou novamente seu mini patrono e enviou a carta de Rony. Levantou-se e foi até a estante de livros. Retirou um exemplar que havia examinado mais cedo intitulado “Magia Negra – como usá-la para o bem” e começou a folheá-lo muito concentradamente. A leitura era muito interessante, tanto que quando levantou os olhos para janela viu que o crepúsculo já descia.

Deve ser tarde, porque será que Severo ainda não voltou?

Um arrepio de preocupação perpassou pelo seu corpo, imaginando que Severo podia ter sido capturado por algum Auror. Balançou a cabeça para afastar o pensamento pessimista e tentou voltar a ler, mas agora que havia se dado conta do quanto ele estava demorando, não conseguiu mais se concentrar. Foi até a janela e ficou observando a escuridão descer no bosque. Assustou-se quando uma vozinha fina falou por detrás de si:

- A senhorita Hermione vai querer jantar agora? Judithe já aprontou o que pediu mais cedo.

- Não Judith. Eu prefiro esperar o seu senhor chegar. Ele costuma demorar muito quando sai às compras?

- Judithe é um bom Elfo. E um bom Elfo não fala da vida de seu senhor senhorita. Judithe não pode.

- Tudo bem Judithe, entendo que não pode falar. Mas ele me disse que voltaria logo e até agora não chegou... Pode ir.

Hermione subiu para tomar um banho. Talvez a água quente a fizesse relaxar um pouco. Encheu a banheira e deitou-se pensando no que teria acontecido para ele não ter chegado ainda. Em sua cabeça só vinham imagens dele duelando com os Aurores e ele sendo aprisionado por eles, torturado, condenado... Balançou a cabeça para afastar os pensamentos negativos fechou os olhos e tentou imaginar coisas boas acontecendo entre eles. Imaginou ele sendo inocentado e reconhecido por sua utilidade como espião, eles felizes após o fim da guerra passeando de mãos dadas pela Londres trouxa, tendo filhos. Forçou sua mente a afastar os pensamentos ruins que queriam voltar e concentrava-se somente nessas imagens felizes.

Saiu do banho, um pouco mais animada. Vestiu um roupão e voltou para o quarto, na mesa de cabeceira um veado minúsculo e um cãozinho brincavam de rolar. Eram as respostas de seus amigos que havia chegado muito mais rápido do que ela esperava. Recolheu primeiro o Veado de Harry, imediatamente após o pergaminho cair em seu colo, o veadinho se desmanchou em fumaça prateada. Alguma coisa dentro dela dizia que a carta de Harry era a que ela menos gostaria. Abriu-a e leu:

“Hermione,
Que história é essa de abandonar as suas férias? Você sabe o quanto isso é importante para todos nós, e foi você mesma que falou que iria curti-las até o fim. Porque essa súbita mudança? Não gostei nada disso, você sempre cumpriu tudo que falou, não é do tipo de pessoa que deixa as coisas pela metade. Você está escondendo alguma coisa da gente? Não quero que abandone suas férias em hipótese alguma, vou escrever para Rony agora mesmo, porque se você fizer essa proposta a ele, tenho certeza que ele vai aceitar de imediato. Não que eu não queira sua companhia aqui, pelo contrario, seria tudo mais fácil com você por perto, mas estou bem acompanhado. Quero até falar com vocês dois sobre isso, mas terá que ser pessoalmente, vou marcar um local pra gente se encontrar. E quero ouvir de você o motivo dessa súbita mudança de posição, não terá como esconder algo de mim, não sou legimente, mas sou seu amigo, isso é o que realmente importa.
Beijos e divirta-se,

Harry Potter.”

Hermione suspirou desanimada. Agora estava enrascada. O quê ela ia dizer para Harry?

Desculpe Harry, quero abandonar a caçada porque me apaixonei pelo vilão.

Nem pensar! Desse jeito ele mesmo mataria os dois. Nem esperaria o ministério decretar a pena de Severo. E isso geraria um ódio maior ainda da parte dos dois. Assim que Severo chegasse pediria umas aulas urgentes de Oclumência. Tinha que contar uma bela mentira para Harry e embora isso lhe doesse no coração, no momento era necessário.

Alisou a cabecinha do cachorrinho que saltitava no criado mudo, ele também soltou o pergaminho e desapareceu.

“Mione,
Você não imagina o quanto fiquei feliz quando recebi sua carta, só de imaginar você aqui perto de mim, meu coração deu pulos de alegria, sua companhia sempre me fez bem, apesar de todas aquelas brigas. Já tinha até escrito a sua resposta, mas recebi também uma carta do Harry e ele me disse que isso estava cheirando estranho para ele. Parei para pensar e vi que realmente ele tem razão. Aconteceu alguma coisa? Você encontrou o Snape e ele te fez algum mal? Se for isso Mione pode ter certeza que eu vou até aí e nem uso a varinha mato ele com as minhas mãos. O Harry também mencionou um encontro para conversarmos sobre o que está acontecendo, espero que seja logo, pois estou morrendo de saudades de você.
Com amor,

Ronald Weasley.”

A carta de Rony era bem mais amena, mas ao mesmo tempo a preocupou, quando tivesse que conversar com ele sobre Severo, a reação dele não iria ser muito diferente da dita na carta. Ela era muito especial pra ele, como ele também era para ela, mas o tempo dos dois já havia passado, ela agora tinha certeza disso. Se tivesse essa certeza no dia em que conversaram antes da partida, talvez a reação dele pudesse ser melhor, mas naquela conversa as esperanças dele não tinham sido cortadas.

E como poderia encontrá-los? Era uma prisioneira aos olhos do Lorde das Trevas, embora Severo não a tratasse como tal. Lembrou-se de Severo e sua preocupação redobrou ao ver no relógio que já passava das 21:00h.

Ouviu passos no andar de baixo, trocou-se rapidamente e desceu correndo as escadas para encontrar com ele. Sua surpresa foi imensa quando viu os olhos que a encaravam, não eram negros e sim cinzentos.

- Ora, ora Granger, passeando pela casa? Pensei que fosse uma prisioneira.

Draco Malfoy a olhava com um sorriso debochado nos lábios. Teve medo. Estava desarmada.

- Malfoy? O que você faz aqui?

- Vim passar uns dias lhe fazendo companhia. Snape estará muito ocupado para perder o tempo dele fazendo papel de babá para você. E infelizmente sobrou pra mim, ninguém quis perder tempo com uma sangue ruim.

- Olhe o tom que você fala comigo Malfoy.

- Porque Granger? Que eu saiba você está sem sua varinha, portanto, não pode me atingir. Eu tenho total liberdade para usar de “força” com você se é que me entendeu. O Lord das Trevas e Snape me deram carta branca.

- O Sev... Snape lhe deu carta branca?

- Qualquer um daria carta branca se tratando de você Granger, quem iria ter pena de uma sangue ruim como você? E eu acho que já está na hora de alguém colocar você no seu lugar.

Ele ergueu a varinha e apontou pra ela.

- Ajoelhe-se Granger.

- Nunca me ajoelharia diante de um porco como você Malfoy! Só está me enfrentando agora porque estou desarmada. Já esqueceu que até seu pai não se saiu bem de um duelo comigo?

Ele estreitou os olhos. Seu rosto pálido tomou um tom avermelhado diante da fúria que o possuiu.

- Calada, quero você aqui nos meus pés, Agora! Império!

Hermione sentiu tudo bem mais leve, uma sensação de liberdade se apoderou dela e uma voz dizia que ela devia se ajoelhar aos pés do homem a sua frente.

- Agora sim está bem melhor Granger, acho que estamos começando a nos entender.

Ele cessou a maldição e Hermione se deu conta que estava de joelhos na frente dele. Teve vontade de matá-lo ali mesmo, se estivesse com sua varinha em mãos lançaria um Avada Kedrava eficaz num piscar de olhos.

- Você é um covarde Malfoy! Só faz as coisas que chamam atenção para si, o Harry me disse que você não conseguiu nem cumprir sua missão. É somente um pirralho mimado que destrata os outros para fazer seu ego melhor e suprir a falta de atenção que sempre recebeu.

- Silencio! Sabe Granger, esse seu tom de voz mandão sempre me irritou. Quanto à missão que você acha que eu não tive coragem de fazer, os motivos somente dizem respeito a mim e ao Lord das Trevas, não é para uma intragável como você que vou revelá-los. E também não quero ter que sempre lançar um feitiço silenciador em você para calá-la, quem sabe com um pouco de dor você aprenda a se comportar.

- Se você ousar me torturar Malfoy, reze para que eu morra. Seria muito melhor que você me lançasse uma maldição da morte de vez. Porque se eu escapar daqui vou caçá-lo nem que seja no inferno e acabo com você.

- É muito corajosa Granger! Como ousa ameaçar alguém que tem uma varinha apontada para você? É uma pena que não tenha autorização para matá-la, eu faria com o maior prazer, mas para me divertir um pouco de dor está de bom tamanho.

- Crucio!

Hermione caiu no chão gritando de dor, sentiu como se todos os seus ossos estivessem se partindo e facas afiadas perfurando sua pele. Tudo parou de repente. Estava encolhida no chão e sua cabeça rodava, mas ouviu muito bem a voz de Severo furiosa repreendendo Draco:

- Seu idiota! Está louco? Como ousa me desobedecer? Eu disse que ficasse longe dela seu imbecil! Pro seu quarto agora! E não saia de lá até que eu o chame.

Ainda tentando se levantar, Hermione percebeu o olhar de surpresa e medo de Draco, com certeza Snape nunca falara assim com ele. Assim que ele sumiu de vista, Severo correu até ela e a ajudou a se por de pé.

- Você está bem Hermione?

- Não muito... Sinto meu corpo todo dolorido.

Ela desequilibrou-se e Severo a segurou no colo.

- Desculpe... Toda vez que alguém vem aqui e eu não estou por perto você acaba machucada. Eu sinto muito.

- Não se culpe, por favor, aquele idiota do Malfoy só levou a melhor porque eu estava desarmada. Mas ele ainda terá a chance de me enfrentar cara a cara como igual. Farei questão.

Sua voz saiu fraquinha devido às dores que sentia, mas nem por isso seu tom deixou de ser duro.

- Shiiiiiiiiii... Venha pro meu quarto hoje, lá ele não pode entrar. Eu mesmo vou cuidar de você.

Ela deixou-se levar por ele, ele a deitou em sua cama.

- Vou buscar suas coisas, não posso devolver sua varinha, mas enquanto ele estiver aqui você não poderá sair do meu quarto, é o único local da casa que ele não pode entrar não quero que aconteça mais nada desagradável com você.

- Prometa que não vai sair mais daqui. Ele disse que estará ocupado e que ele é quem ficará comigo, não quero ficar sozinha com ele, não sem minha varinha. Não é nem por ele, é por mim mesma, se ele se descuidar eu não sei o que posso fazer.

- Não fale, está se cansando ainda mais. Espere um pouco que eu vou ao seu quarto e no laboratório pegar uma poção pra você. Já consegui mais poções do sono também.

Voltou logo em seguida, com as malas dela e alguns frasquinhos de poções.

- Beba logo essa, vai acabar com as dores.

Ele abriu um dos frasquinhos e despejou o liquido nos lábios dela. Ele fez uma careta e só não vomitou porque ainda não havia jantado. Uma batidinha na porta foi ouvida e ele acenou a varinha para deixar Judithe entrar.

- O jantar do meu Senhor e da senhorita.

- Deixe na mesa Judithe e pode ir se deitar, não precisaremos mais de você hoje.

- Sim meu senhor, Judithe já vai.

- Sente-se melhor? – Perguntou assim que o Elfo doméstico saiu batendo a porta.

- Sim... As dores passaram de imediato, só me sinto um pouco cansada. Foi você mesmo que preparou a poção, como se chama?

- Sim fui eu mesmo, que pergunta para fazer ao seu ex-mestre em poções, acha mesmo que deixaria alguém preparar poções pra mim? Ela se chama potion algeési. É feita com algumas ervas Trouxas e elementos mágicos que a fazem agir muito mais rápido. Judithe me disse que ainda não jantou, pedi para trazer a comida aqui.

- Não mesmo, estava esperando você chegar. Mas agora não sinto mais fome, depois daquilo...

- Não vamos falar disso está bem? Amanhã nós conversamos sobre o que aconteceu para ele vir para cá e porque eu demorei tanto. Hoje você tem que descansar.

- Ah Severo, esse inferno está só começando... Não sei se vai restar algo bom quando isso acabar...

Ela baixou a cabeça triste. Ele se aproximou e ela se aconchegou em seu peito, quando suas peles se encontraram um novo turbilhão de emoções passou pela cabeça de ambos. Sem pensar em mais nada, Severo começou a beijá-la no topo da cabeça, no rosto, nos lábios e no pescoço. Suas mãos acompanhavam cada beijo, deslizando pelos seus cabelos, descendo pelas costas e apertando-a contra seu corpo. Hermione somente sentia o que cada toque e cada beijo lhe proporcionavam, esse era ainda um caminho desconhecido para ela, mas o seu desejo era percorrê-lo.

Sua respiração começou a ficar descompassada quando sentiu as mãos de Severo descer pelas suas costas e segurá-la pelo quadril sobre si, nesse momento ele sussurrou em seu ouvido:

- Hermione querida, eu só quero ser seu anjo todas as noite e te levar pra longe desse inferno.

Hermione sentiu suas emoções fluírem mais ainda após essa frase, não precisou responder, seu corpo falou por si e no momento seguinte as mãos dele subiram levando consigo sua blusa. Um arrepio percorreu seu corpo quando seus dedos tocaram sua pele despida, desejou também sentir a pele dele na sua. Repetiu o movimento dele e retirou a capa de comensal que ele ainda trajava. Em seguida tirou a camisa e deslizou as mãos pelo peito nu de Severo, ele a puxou para mais perto de si e ela sentiu que o corpo dele já demonstrava que a queria.

- Você é linda! – Sussurrou em seu ouvido.

Deitaram-se e ele continuou lhe beijando agora demorando em cada local, sentindo seu cheiro, seu calor. Quando seus lábios tocaram de leve um dos seios, ela soltou um gemido abafado. Esse foi o momento que as peças de roupas que ainda restavam foram tiradas. Severo estendeu a mão e pegou a varinha, com um leve aceno às luzes diminuíram. Ainda por cima ele uniu seu corpo ao dela de forma lenta e delicadamente, mais gemidos abafados se seguiram e nem ele mais sabia por onde sua mente estava. Foi um momento tão intenso que nenhum dos dois soube dizer quando terminou. Ao sentirem seus corpos relaxarem e as mentes voltarem a atuar, olharam-se nos olhos.

- Você não sabe por quanto tempo eu procurei por alguém que fizesse eu me sentir tão bem. Passei quase a minha vida toda num estado emocional estacionado na intolerância. Nunca em todos esses anos que vivi, senti tanta emoção quanto nessa noite. Você modificou minha vida muito profundamente.

Ela apenas sorriu timidamente, tinha sido maravilhoso, mas se sentia envergonhada, baixou os olhos para não encará-lo mais. Ele a segurou pelo queixo e levantou seu rosto.

- Eu sei por que está com vergonha. Já deve ter lido em algum lugar sobre a magia da primeira entrega. Uma da poucas magias que um bruxo pode realizar sem o auxilio de uma varinha.

- Já li realmente, mas não me lembro de todos os detalhes. Pode dizer pra mim?

- Posso lhe mostrar.

Severo estendeu o braço e apanhou sua varinha na mesa de cabeceira, acenou duas vezes bem rápidas e letras fininhas parecendo chamas foram escritas no ar, elas diziam:

“A magia da entrega.”

Essa magia tem origem na antiguidade dos primeiros povos mágicos que habitaram a terra, ela diz que dois bruxos, quando se uniam carnalmente sendo a primeira vez de um deles, por quaisquer situação que fosse, um laço de magia unia as duas almas envolvidas, devido a fatores especiais que até hoje são um mistério para os bruxos, a partir do momento da união em diante os bruxos envolvidos passavam a poder realizar magia com a varinha de seu parceiro da mesma forma com que faria com a sua própria, e uma vez que algum dos dois prometa algo ao outro a promessa é mantida até que a morte chegue. Devido a esse laço ser tão mágico e antigo, o mundo bruxo não aceita pedido de divórcios. E até no mundo trouxa, durante muito tempo, a virgindade era tão sagrada quanto os deuses que eles adoram. Uma frase resume o que significa esse momento:

“Mil anos, mil dias, mil horas, mil segundos, poço importa, se for mágico. Seja um momento para mim e serei eterno para você.”

- Essa é a magia mais linda que vi em toda minha vida. – Hermione disse com a voz embargada e os olhos marejados.

- E você entendeu o que significa?

- Que a partir de hoje, estamos ainda mais unidos.

- Que a partir de hoje, isso é uma promessa, você será a única mulher a povoar meus pensamentos e meu coração. Passe o tempo que passar aconteça o que acontecer, até o dia da minha morte, e mesmo após esse dia, uma parte da minha alma estará sempre com você.

Hermione não conseguiu segurar as lagrimas. Severo havia lhe dito que não sabia como tratar uma mulher, mas era o bruxo que mais sabia sobre encantamentos e poções. Nenhuma palavra de amor seria tão linda quanto aquelas que ele havia acabado de lhe dizer. Ele lhe beijou ternamente enxugando suas lagrimas e a olhou nos olhos, dizendo:

- Mas se preferir a moda trouxa, eu simplesmente digo que estou completamente apaixonado por você.

Ela não pôde mais responder, nem chorar, porque mais uma vez aquela noite o desejo tomou conta dos seus corpos e só adormeceram quando um fiozinho de sol já subia no horizonte.

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