Marido e Mulher



Harry não se conteve e levantou. Mas Gina o puxou e o forçou a sentar-se novamente.
- Você está louco? – Ela sussurrou no seu ouvido – Krum é novo Ministro! Eu sei que você está morto de vontade de falar com a Mione, mas, por favor, Harry, este é o casamento do meu irmão e minha mãe ficaria muito triste se você fizer qualquer coisa contra o ministro da magia.
Harry abaixou a cabeça. Ele podia sentir os olhares das pessoas ao redor sobre si. Quando levantou novamente a cabeça, viu também que Dumbledore, Gui e Fleur estavam olhando para ele.
- Hum-hum – Dumbledore tossiu e os noivos viram-se para ele. – Queridos bruxos e bruxas, trouxas e autoridades aqui presentes – ele olhou levemente para Krum – estamos todos aqui reunidos para celebrar uma ocasião muito especial. O casamento não é somente uma convenção social, mas é um caminho a se seguir, um caminho ora tortuoso, ora maravilhoso. O importante é que num casamento, o noivo dá a sua alma para a noiva e a noiva para o noivo. Ambos vivem um eterno laço de amor, de amizade, de carinho, de companherismo....
Harry não escutava o discurso de Dumbledore, e mesmo Dumbledore duvidava, além dos noivos e dos pais dos noivos, que alguém estivesse escutando. Na verdade, grande parte das pessoas ainda olhava para Harry, para ver o que ele faria e a outra metade estava vislumbrada com a opulência que Krum e Hermione ostentavam.
Hermione, é claro, não voltara a olhar para ele novamente, mas ele tinha certeza absoluta do que vira: Tristeza. Ela sentia tristeza e ele queria acabar com isso, porém.... Gina tinha razão. Ele não faria um escândalo, sabia que a Sra. Weasley ficaria muito magoada.
Ele esperou semanas, meses até para poder ver Hermione novamente. Algumas horas não deveria fazer muita diferença.
- Guilherme Weasley, filho de Arthur Weasley e Molly Weasley, aceita Fleur Delacour por sua esposa, para amá-la e respeitá-la até o fim dos seus dias. – Dumbledore perguntou a Gui, continuando o cerimonial.
- Sim, eu aceito – Gui respondeu muito nervoso.
- Fleur Delacour, filha de Catérine Delacour e Gerard Deux Delacour, aceita Guilherme Weasley por seu esposo para amá-lo e respeitá-lo até o fim dos seus dias.
Em sua mente, Harry, por um segundo, viu a si mesmo no lugar de Guilherme. Ele se dirigia para a noiva e suavemente erguia o véu que tampava seu rosto para revelar a face rosada e meiga de Hermione.
- Sim. – Harry falou, pensando alto. Atraindo a atenção de Gina ao seu lado.
Harry tossiu e disfarçou, mas percebeu um muxoxo aborrecido de Gina.
- Oui , eu aceito – Fleur Delacour respondeu fazendo uma mesura extravagante com as mãos.
O casamento acabou antes mesmo que Harry conseguisse prestar atenção em alguma palavra de Dumbledore e imediatamente os bancos, onde os convidados estavam sentados segundo atrás, transformaram-se em mesas redondas espalhadas pela lateral do salão. O centro ficou desobstruído para que se realizasse o baile, enquanto que o altar virou um palco que a estranha banda de fantasmas tomou conta, imediatamente.
Hermione foi conduzida por Krum para a mesa principal, junto com os noivos, os pais dos noivos e os outros padrinhos. Harry foi puxado por Gina e se sentou junto com ela, Malfoy, Rony, os Gêmeos e os Dursleys numa outra mesa, menos importante.
Harry mal tocou na comida; servida enquanto a banda tocava melodias serenas. Gina não falava com ele, com toda razão, e Rony não conseguia disfarçar e vivia falando de quão pomposa Hermione estava. Os gêmeos estavam aborrecidos com a Sra. Weasley que convidara Percy para sentar-se ao seu lado na mesa principal e Malfoy olhava casualmente para Mione com uma tristeza de dar dó no rosto. Concluindo, os únicos que pareciam realmente estar se divertindo com a boa comida que estava sendo servida eram os Durleys, principalmente, Duda e Tio Valter que comiam feito porcos em véspera de Natal.
- Uma festinha animada até! – Tio Valter comentou – As festas de bruxos são sempre assim? Comida muito boa. Gostaria de saber o que é esta coisinha crocante e preta.
- Asa de morcego! – Gina falou aborrecida. Claro que não era asa de morcego. Eram panquecas torradas, mas até que foi engraçado ver Duda e Tio Valter fazendo caras de nojo e cuspindo fora o que tinham na boca.
- Bom, parece que eu sobrei na estória, não é? – disse Gina, sussurrando magoada para Harry, embora Malfoy que estava ao lado da garota pudesse ouvir. – O que será que Hermione tem? Krum gosta dela, você gosta dela, Rony gosta dela, até o Malfoy gosta dela. O que sobra para mim? Ninguém. Você não vê que ela só te faz sofrer?
- Gina.... – Harry tentou falar mansamente, mas a garota explodiu em lágrimas.
- Eu gostei de você, desde a primeira vez que te vi, querido, lembra-se? Foi na barreira para a plataforma 9¾. Você não sabia como entrar.... – ela enxugou as lágrimas e controlou o choro suspirando – Eu sou uma tola! Uma idiota!
- Gina.... eu gosto muito de você! – Harry disse, segurando a mão da garota. – Eu gosto muito de você. Você é muito especial para mim. Mas a gente não escolhe por quem se apaixona. O coração não escolhe quem vai amar. Eu não sei se a Hermione gosta de mim ou não. Se ela sente algo por mim ou não.... mas eu não posso mentir para mim mesmo dizendo que não a amo.
Harry olhou para Hermione que estava sentada de costas para ele. Parte dos cabelos, mas longos do que jamais estiveram, caiam pelos ombros numa aparência adorável. Krum fazia uma pose de poder ao lado dela e, como se percebesse que Harry estava olhando, passou a mão pelos ombros mirrados da garota.
- Mas você tem razão – Harry concordou – Hermione me faz sofrer.... e muito.

Quando o jantar estava enfim terminado, a comida e os pratos sujos miraculosamente desapareceram e a banda chamou os noivos para que dançassem Valsa no centro da pista de dança.
As pessoas fizeram uma grande volta ao redor dos noivos que dançaram apaixonados dando um meloso beijo no fim da musica.
- Agora, eu quero que os pais dos noivos e os padrinhos vão para a pista de dança. Queremos ver quem dança melhor, heim! – anunciou o cantor principal, um fantasma que lembrava a Sir Nicholas.
Krum agarrou Hermione pelos pulsos e quase a arrastou até a pista. Ela parecia triste e aborrecida, mas não relutou. Quando os dois começaram a dançar, logo ficou claro por que Krum era uma figura tão extravagante. Ninguém tinha mais olhar para nada a não ser Krum e Mione que dançavam exoticamente.
Harry teve que se controlar para não invadir imediatamente a pista e arrancar Hermione do novo ministro da magia, mas, como Gina segurou sua mão, resolveu controlar a emoção. Afinal, faltava pouco para que Harry chegasse até Hermione.
- Invadam a pista... vamos começar o baile! VIVA OS NOIVOS! VIVA! – o animador disse novamente e todos invadiram a pista. Alguns casais trocavam de par.... era a chance de Harry.
- Vamos dançar Gina? – Harry falou, mas não esperou que Gina respondesse para conduzi-la até a pista onde os dois começaram a dançar, embora Harry não tirasse os olhos de Krum e Mione.
- Não me use, Harry. Não me use, eu não sou um utensílio para que você me use desta forma.
- Desculpe, Gina.... – disse Harry, sinceramente. – Mas eu preciso falar com a Mione. Por favor me ajude.
Gina abaixou os olhos e teve vontade de chorar novamente. Como ela podia recusar a um pedido de seu querido amigo?
Harry dançou umas duas músicas com Gina até chegar bem perto de Krum e Mione. Fingindo um pretexto descuido, Harry esbarrou em Krum, chegando quase a derrubá-lo.
- Oh, me desculpe. – disse, forçando um sorriso irônico. – Ora, ora se não é o sr. Victor Krum, o novo ministro da magia. É um grande prazer revê-lo.
- O prazerr é todo meu, Arry Potterr! – disse Krum e deram-se as mãos. Harry achou que se fizessem briga de queda de braça serio menos hipócrita por parte de ambos.
- E a minha melhor amiga, Hermione Granger... que surpresa – disse Harry, num tom afetado... – É claro que você vai me dar o prazer de poder dançar ao menos uma vez com a MINHA amiga, não é, sr. Ministro da Magia?
- Clarro.... – disse Krum, com uma cara de contrafeito.

Gina, que estava ao lado de Harry o tempo todo vendo a cena que se desenrolou, deu alguns passos para trás, pronta para correr daquela pista de dança e do cinismo que acabara de contemplar, quando esbarrou com Malfoy que imediatamente a pegou nos braços e começou a dançar.
- Eu vim socorrê-la, Gina. Não achei justo o que Harry fez.... – Gina não resistiu ao apoio moral dado por quem menos esperava e, enterrando fundo o rosto no peito de Malfoy, chorou silenciosamente enquanto todos em volta dançavam alegremente.

Krum afastou-se também, mas ficou bem visível adiante na roda formada pelos espectadores.
Harry desviou o olhar de Krum para olhar para Mione. Ela tinha um brilho estranho no olhar.... um brilho muito estranho. Era exatamente como no dia em que ela simplesmente aparatara ainda nos jardins de Hogwarts, um feito que ninguém, até aquele dia, conseguira fazer.
- Ola! – Harry disse, tentando controlar as batidas do coração.
Hermione não respondeu. Somente ergueu os braços, pronta para que Harry a segurasse para dançar.
Harry deu um passo para frente, sentindo a mão direta de Hermione escorregar de seu peito para as suas costas, enquanto a mão esquerda repousava sobre a mão direita de Harry. Ele conseguia sentir até mesmo a pulsação de Hermione, que estava descontrolada. Harry pousou a mão esquerda no ombro da garota a sua frente e escorregou para os braços e depois, puxou-a suavemente para si, e, sem se importar com Krum, deu-lhe um beijo demorado na testa.
Os dois começaram a se mover, mas era um ritmo só deles, muito diferente dos outros casais. Eles balançavam suavemente, enquanto Harry passava a mão numa carícia pelo pescoço de Hermione.
- O que está acontecendo, Mione? – ele perguntou por fim, tendo-a firme em seus braços.
Hermione ergueu o queixo e olhou diretamente em seus olhos. Harry viu novamente a tristeza em seu olhar.
- Sinto muito não ter me comunicado antes. Aconteceram alguns contratempos... – ela sussurrou docemente...
- Alguns contratempos? – Harry disse, magoado, embora controlasse o tom para não chamar a atenção – Eu achando que você estava morta enquanto você tinha alguns contratempos? Você tem idéia do quanto eu chorei por sua suposta morte?
- Harry... eu... – Hermione começou, desconcertada.
- Vamos, Hermione, você não tem escapatória, agora. Krum está longe e não pode nos ouvir com essa música alta. Eu sou todo ouvidos. Eu estou aqui para escutá-la e compreendê-la.
- Harry... eu... eu não posso te dizer o que aconteceu. É complicado. Você precisa ficar longe até que eu resolva isso tudo, está bem? - Hermione disse, colocando a mão que estava nas costas de Harry em seu peito, espalmando-a.
- Você não espera, realmente, que eu fique longe? – Harry perguntou, com um sorriso irônico.
- Você precisa ficar longe. – Hermione disse, suplicando - Você não sabe o que está acontecendo!
- Então me diga – Harry disse, aumentando o tom de voz – Então me diga o que está acontecendo.
- Você não pode cobrar isto de mim, quando nem você me contou toda a verdade no ano passado.
- Então é isso! É um castigo. Você quer me punir pelo que eu fiz. Achou que seria engraçado eu pensar que estava morta este tempo todo. Mandando-lhe cartas que você nunca respondia....
- Mas eu respondi... – Hermione fez uma cara de surpresa...
- Eu recebi uma carta só. Uma. E nela estava claro que você estava morrendo... imaginei que estivesse com febre... com dores... sei lá mais o que...
Hermione balançou efusivamente a cabeça.
- Você não entendeu... você não entendeu nada.
- Entendeu o que? – Harry perguntou aborrecido.
Harry percebeu que Hermione decidia se iria lhe contar algo ou não...
- H-harry.... ainda.... não.... acabou.... – Ela disse e piscou várias vezes tentando impedir as lagrimas de aflorarem em seus olhos estranhamente arregalados. Harry sentiu que ela estremecia como se estivesse com medo.
Ele arqueou as sombrancelhas.
- O que? O que que não acabou? – Harry disse, sem compreender direito.
- Ele... ai...ai – Hermione levou a mão à cabeça e cambaleou.
- Hermione você está bem? – Harry disse preocupado, segurando-a firme para que não caísse.
Por alguns segundos, Hermione abaixou o rosto, mas quando o levantou novamente, olhou direta e efusivamente para Krum. Harry percebeu que enquanto os dois trocavam os olhares, Krum cambaleou e levou a mão à cabeça, no mesmo gesto que Hermione.
- O que está acontecendo, Hermione? – Harry perguntou, estranhando o comportamento da garota e quando ela se virou, Harry viu que o os olhos de Hermione estavam vermelhos. – Mione... seus olhos...
Hermione piscou-os e eles voltaram ao normal.
- O que? O que tem meus olhos?
Harry olhou para um e para outro olho, mas tinha nada de diferente.
- Nada. – Ele respondeu, ainda muito desconfiado. – Continue o que iria falar.
- Não posso, Harry. Não aqui, não agora.
- Quando então?
- Não sei.
- Não sabe, não sabe Hermione ou não quer? O que está acontecendo... e não minta para mim por que eu sei que está acontecendo algo. Algo muito grave.
- Eu não posso falar, por favor não insista. Deixe-agora.
- Não. NÃO EU NÃO VOU DEIXÁ-LA – Harry disse, segurando Hermione pelos ombros, deixando-a imobilizada entre seus braços. – VOCÊ VAI ME DIZER O QUE ESTÁ ACONTECENDO... E É AGORA MESMO!
- Harry, por favor, me solte.
- NÃO... – Harry tinha vontade de sacudir Hermione até que ela lhe dissesse toda a verdade. – ME DIGA A VERDADE... ME DIGA A VERDADE... O QUE ESTÁ CONTECENDO? O QUE DIABOS VOCÊ TEM COM KRUM... VOCÊ ME DEIXOU NA ESCURIDÃO ESSE TEMPO TODO PARA FICAR COM ELE? POR QUE HERMIONE PORQUE?
- Harry, me larga, as pessoas estão olhando para nós.
- ELE TEM MAIS DINHEIRO, HERMIONE? É ISSO! VOCÊ SABE QUE EU SOU UM POBRE ORFÃO QUE ENQUANTO VOLDEMORT ERA VIVO TINHA ALGUMA FAMA E PODER, AGORA QUE ELE ESTÁ MORTO EU NÃO SIRVO MAIS NÃO É... E DAÍ VOCÊ PROCUROU ALGO MELHOR... ALGO COM MUITO DINHEIRO E PODER....

Tap.

Harry soltou Hermione imediatamente quando ela lhe deu um tapa. A musica parou, as danças pararam... todas as pessoas agora concentravam-se nos dois.
Harry levou a mão à face que ardia.
- Harry, eu sinto muito.... – Hermione disse e Harry viu uma lágrima rolar no rosto da amiga, enquanto ela tremia descontroladamente.
- Tire as suas mãos da minha esposa! – Krum veio abrindo caminho entre a multidão e empurrou Harry para trás, enquanto puxava Hermione segurando em seus pulsos.
- O que? O qu.... – Harry sorriu histericamente – Eu acho que não ouvi bem. Pensei ter ouvido que Hermione era sua esposa... Acho que ouvi errado. O que você disse, Krum?
- Eu disse: tire as mãos da MINHA ESPOSA!
O mundo parou e Harry sentiu como se um grande buraco abrisse a sua frente. Ele olhou desconcertado para Hermione, mas viu que o olhar da garota que ele amava confirmava a triste notícia.
- Então eu tinha razão.... você não passa de uma garota fútil que foi atrás da fama, do poder e do dinheiro....
Harry viu Hermione abaixar o rosto, enquanto seus lábios tremiam. Mas ela enxugou a lágrima e mantinha-se controlada. Respirou fundo e depois ergueu novamente a cabeça, forçando um sorriso irônico.
- Depois de tudo o que você me fez passar no ano passado, Harry, me surpreende que você me ache fútil. Vamos, Victor, tire-me daqui. – Hermione disse virando-se para Krum.
Harry não ficou para ver a cena, apenas girou nos calcanhares e voltou à mesa onde Gina estava esperando-o ao lado de Malfoy.
- O que aconteceu? – Malfoy perguntou. – Por que a musica parou de repente. Todo mundo foi para a pista... o que aconteceu?
Harry desabou na poltrona, enquanto ouvia a banda recomeçar a tocar outra música animada. Não adiantou muito. Para Harry, seu mundo finalmente desabara.

O baile entrou noite adentro e já era madrugada quando os convidados finalmente foram embora. Arrasado, Harry nem se quer se levantou do lugar durante a noite inteira, mas ficou de olho quando Krum e Hermione se retiraram.
Quando os últimos convidados saíam, Harry sentiu uma mão sobre seu ombro e quando se virou para ver quem era, viu um velhinho com óculos meia-lua e um manto púrpura espalhafatoso olhando para ele calmamente.
- Temos que conversar, Harry – disse Dumbledore com a voz suave, mas Harry viu na expressão do bom velhinho que ele estava preocupado.

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Hermione entrou na mansão ministerial, um casarão luxuoso numa área nobre de Londres, com Krum ao seu encalço. Ela tirou o casaco de vison e jogou-o sobre o sofá, olhando para ver se todos os elfos domésticos já haviam se retirado para dormir e depois virou-se, furiosa.
- Jamais... – disse ela num tom controlado, embora seus olhos revelassem o contrário – Jamais ouse me legitimentar novamente, Victor, ou se arrependerá AMARGAMENTE!
- Disso eu já sei – disse Victor, levando a mão à cabeça, ainda atordoado com o rebate que Hermione lhe dera no baile. – Você é tão forrte quanto seu pai... estou com uma enxaqueca horrível.
Hermione levantou o queixo numa atitude ameaçadora.
- Sou sim, tão forte ou mais... e não finja que é um jogador, Victor. Lembre-se que você não passa de uma peça do jogo...
Krum abaixou a cabeça, sentindo que seu rosto pegava fogo. Hermione sabia como provocá-lo. A idéia de que não podia controlá-la o irritava enormemente. Se ela soubesse o quanto ele a amava. Quanto sacrifício ele tivera de fazer para tê-la com ele como sua esposa... e nem tocar nela ele podia.
- Hermi-o-ni-ne... só estava tentando te protegerr... fiquei com medo que você não rresistisse aos encantos de Arry Potterr e lhe contasse a verrdade... além dos mais, fico louco de ciúmes quando ele está com você...
- A mim pouco importa. – disse ela, num tom taciturno e com um sorriso irônico nos lábios vermelhos. – Harry saberá da verdade quando EU QUISER contar a ele...
Hermione lançou um olhar de desdenho para Krum e em seguida pegou o casaco e começou a subir a escada para o primeiro andar.
Quando já estava quase no alto, Victor chamou-lhe a atenção.
- E Arry, Hermi-o-ni-ne... Arry também é somente uma peça de jogo como eu....?
Krum olhava fixamente para as costas de Hermione, quando ela parou na escada. Hermione tinha consciência disso, mas sem se virar, respondeu num tom sarcástico.
- Não... Harry É um dos jogadores... ele só não sabe... AINDA...
E continuou a subir, desaparecendo no corredor acima.


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