Capítulo 17



DESTINOS ENTRELAÇADOS


Autora: Rosana
Revisora: Marjarie

Capítulo 17


Depois da quase briga com Cho, Cassie pareceu ganhar alma nova, cantarolava pelos corredores do castelo e sorria maquiavélica quando passava pela garota. Ninguém sabia que desculpa Dumbledore havia dado para mais uma vez não expulsar Cassandra de Hogwarts, mas muitos dos alunos a viam como Intocável.
Harry estava sempre atento, e por trás dos sorrisos percebia como Cassie estava cansada.
O que ninguém sabia é que a garota estava empenhada em ter alguma visão sobre o futuro de Harry, já que sonhos nebulosos não ajudavam muito. Todas as noites, depois do Salão Comunal da Grifinória esvaziar, ela descia e sentada em frente à lareira na posição de Lótus, concentrava-se até ficar com dor de cabeça, mas sua mente era um buraco negro, parecia sugar as informações do dia, e nada de novo aparecia. Mas sentia que algo estava prestes a acontecer, às vezes parecia que algo se insinuava, esforçava-se, mas tudo era um breu.
Sirius também cansara de aparecer. Harry convencera-se de tentar falar com o padrinho sobre ele estar morto, ainda não sabia como abordar o assunto, mas a cada noite sem sonhar com ele, sentia-se levemente aliviado por ter essa difícil conversa adiada.
Finalmente o dia do jogo contra Corvinal chegou. Os dois times estavam empatados, cada um com duas vitórias. Gina andava de jogador em jogador dando as últimas instruções, estava mais ligada que uma lâmpada de 200W.
- Eu não quero saber de brincadeiras. – ela disse passando pela enésima vez pelo time. – Entrem lá e ganhem esse jogo.
Cassie foi uma das primeiras a sair do vestiário, quando bateu de frente com ninguém mais que Cho Chang, passou esbarrando e deu-lhe um pisão no pé.
- Ai. – reclamou a outra pulando num pé só.
- Foi mal. - Cassie respondeu sem se virar, e sem parar de andar, ninguém viu o sorrisinho maroto no rosto dela.
- Você fez de propósito. – Cho falou seguindo atrás dela.
- Até parece que eu vivo pensando em meios de te irritar. – Cassie retrucou virando-se para encarar a outra.
A diferença de altura era de no mínimo uns 10 centímetros. Era até engraçado, a nanica da Cassie encarando a outra menina muito mais alta e encorpada que ela.
- Ela não é uma graça? – Harry perguntou, referindo-se à Cassie, a Rony parado ao seu lado, ambos observando as duas garotas.
- E tudo por você. – Rony disse suspirando.
- Da parte da Cassie pode ser, mas a Cho? Nem imagino porque ela anda irritando a Cassie, nunca gostou de mim de verdade. Você sabe disso.
Gina aproximou-se das meninas que ainda se encaravam, separando-as.
- Vamos Cassie. Briga depois.
- Não quero briga. – Cassie disse ainda encarando Cho nos olhos. Deu uma risadinha marota, colocou a vassoura no ombro e na virada que deu, dando as costas para a outra, tacou a parte das cerdas na cara da garota, que gritou irritada. – Ah, desculpa. Pegou em você? – perguntou olhando por cima do ombro, mas a desculpa perdeu o efeito pela ironia no tom de voz.
Cho já ia retrucar, mas acabou comendo mais cerda, pois Cassie virou-se novo de costas, jogando a vassoura outra vez na cara de Cho, que dessa vez gritou de raiva batendo o pé.
- Esse jogo vai ser interessante. – Rony disse a Harry.
- É. E eu acho que já descobri uma das duas coisas que Cassie disse ter que fazer. – Harry comentou dando uma risada.
O jogo começou bem, com Grifinória marcando alguns pontos e Harry planando à procura do pomo, o problema é que Cho estava perto demais dele. Cassie começou aos poucos a ficar irritada, as brincadeiras que fizera com Cho serviram para descontar a vontade que tivera de arrancar uns tufos de cabelos dela, mas agora isso era demais.
De posse da goles, Cassie voou em direção ao gol adversário, mas na metade do campo deu um tranco na vassoura, fazendo-a subir, e arremessou a goles na apanhadora da Corvinal. Cho não conseguiu desviar a tempo e a bola pegou em cheio na cara dela.
Madame Hooch apitou dando falta contra Grifinória, e gritou dando uma baita bronca. Com a maior cara de inocência, Cassie disse ter perdido a direção da vassoura e a goles acabou escapando da mão no processo. Cho estava sendo atendida no chão, pois o nariz sangrava profusamente.
- Você não perdeu o controle da vassoura. – Gina falou aparecendo ao lado de Cassie.
- Claro que perdi. – Cassie disse sorrindo animada olhando Cho ser atendida.
- Cassie, eu quero ganhar esse jogo.
- Tá bom. Então me coloca de rebatedora. – pediu encarando Gina.
- De jeito nenhum. Se com a goles você arrancou sangue dela, com um balaço você mata a menina.
- Eu tinha que tentar. – Cassie falou desconsolada.
O jogo recomeçou e Cassie parecia ter se aquietado. Harry em vez de procurar o pomo vigiava a namorada para interceptar algum outro ataque, pois percebera que Cho estava feito gavião em cima de Cassie, uma próxima tentativa não seria tão fácil. Nesse momento Harry percebeu o pomo num ponto abaixo de onde Cassie estava, virou-se na direção dele e seguiu veloz. Se o jogo acabasse logo, mais chances ele teria de acabar com a vendeta de Cassie para cima de Cho.
A apanhadora o seguiu ao vê-lo sair em disparada.
- Vai para o gol. – Gina gritou ao ver Cassie tentar mudar a direção da vassoura.
- Vai você. – ela gritou atirando a goles para Gina.
- Cassie maluca. – Gina resmungou e voou para o gol.
A torcida acompanhava os apanhadores em busca do pomo, perceberam tarde Cassie voando para interceptar a vassoura da Cho. Alguns dizem que Cassie no último momento tentou desviar, mas outros garantiam que ela tinha é aumentado a velocidade. Harry apanhou o pomo de ouro no exato momento em que Cassie e Cho bateram de frente, a sorte é que elas estavam próximas ao chão. Cho aterrissou de cara na areia e Cassie deu umas cambalhotas no ar, e rolou o resto do caminho, mas ao final todos que a viram deitada de costas podiam jurar que ela trazia um sorriso enorme no rosto.

HPHPHP

A bagunça no Salão Comunal da Grifinória era enorme. Cassandra trazia além dos machucados, um sorriso satisfeito no rosto.
- Eu duvido que você esteja tão animada pela nossa vitória. – Gina resmungou sentando-se ao lado dela no sofá.
- Qual é Gina. Você ganhou e eu fiz o que deveria ter feito há muito tempo. Ambas estamos felizes.
- Eles podiam ter anulado o jogo, ou pior, podiam ter dado a vitória para Corvinal. Você arriscou muito.
- Foi mal, mas eu não faria nada diferente, mesmo sabendo que o resultado seria ruim para nós.
- Você foi egoísta. Não pensou no time.
- Você está certa. – Cassie concordou, mas nada tiraria o prazer de ver Cho sendo levada de maca para a enfermaria com o nariz quebrado, de novo.
- Não está nem um pouco arrependida, não é? – Gina perguntou encarando a outra nos olhos.
- Não. – foi a pronta resposta.
- Você não existe sabia? – Gina resmungou, mas deu uma risadinha, no que foi seguida pela risada animada de Cassie.
- Aposto que você está rindo da desgraça de Cho. – Harry falou aproximando-se das duas.
- Ganhou a aposta. Sua namorada é maluca. – Gina respondeu levantando-se para dar lugar a ele.
- Esse é um dos motivos porque eu a amo. – Harry falou olhando Cassie nos olhos.
- Corrigindo... Vocês dois são malucos. – Gina falou afastando-se.
- Nós somos? – Cassie perguntou apoiando a cabeça no ombro de Harry.
- Digamos que você é meio maluca por natureza, e eu por amar você.
- Essa é uma boa resposta.
- Está satisfeita agora?
- Ah! Demais. – ela respondeu animada.
Os alunos só foram dormir porque a professora McGonagall apareceu para colocar fim à festa. Todos subiram resmungando que quando a animação estava boa, eram mandados para cama.
Cassie deitou-se, mas estava ainda ligada em tudo que acontecera, resolveu descer para o salão Comunal, silencioso agora, para mais uma tentativa. Precisava dar algo a Dumbledore, essa era a segunda coisa a fazer em Hogwarts antes de ir confrontar os avós.
Estava concentrada de olhos fechados quando um alto estalo ao seu lado quase a fez gritar, conteve-se em tempo ao perceber Dobby.
- Ei, o que está fazendo aqui tão tarde?
- Princesa Cassandra. Dobby vir buscar princesa. Ir até cozinha. – o elfo disse sussurrando.
- Cozinha? Agora? Não está meio tarde Dobby?
- Sim. Sim. Mas ter que vir até cozinha. Dobby pede por favor.
- Mas o que tem na cozinha?
- Princesa Cassandra ver com seus próprios olhos.
Cassie encarou o elfo por alguns segundos imaginando o que a esperava na cozinha. Seria Monstro? Torturar aquele elfo traidor até que seria um bom desfecho para o dia. Levantou-se rapidamente e decidida falou:
- Vamos.
- Dobby ir primeiro. – e num estalo sumiu.
- Mas que carinha. – Cassie resmungou passando pelo quadro da Mulher Gorda que dormia roncando alto.
O Castelo estava silencioso, pois era mais de meia-noite. Cassie parou à porta da cozinha que se abriu imediatamente, com Dobby escoltando-a até um canto do imenso lugar. Cassandra ficou pasma com o que encontrou.
- Dudu!! – exclamou ajoelhando-se ao lado do elfo de seus avós. – Quem fez isso?
Dulas estava todo machucado, feias escoriações em seus braços e pernas. Cassie virou-o de costas e viu mais feridas abertas.
- Dobby? – Cassie virou-se para o outro elfo, que enxugava algumas lágrimas.
- Ele chegou agora... Todo machucado... Mandou chamar... Princesa... Desmaiou em seguida
- Precisamos levá-lo para Madame Pomfrey. – Cassie disse, mas não sabia como pegá-lo sem machucá-lo ainda mais.
- Não... – Dulas sussurrou, abrindo os olhos de repente. – Não...
- Dudu... Quem fez isso com você? Foi meu avô?
- Enlouqueceu... Machucou muitos... Fiz o possível... – ele balbuciou. – Precisa salvá-los. – Dudu disse agarrando as mãos de Cassie. – Precisa...
- Foi o Petre, Dudu? Foi ele que o machucou? – Cassie queria ter certeza, pois a raiva que começava a sentir, tinha que ser descarregada na pessoa certa.
O elfo acenou que sim, e desmaiou de novo.
- Dobby! – Cassie virou-se para o outro elfo que estava parado ao seu lado chorando agora copiosamente. – Você leva Dudu para Madame Pomfrey. Deixo-o em suas mãos, cuide dele.
- O que vai fazer? – ele perguntou assustado.
- O que devia ter feito há muito tempo. – ela falou decidida.
Ergueu-se olhando Dulas ainda por mais alguns segundos, e saiu da cozinha decidida. Correu em direção ao seu quarto entrando silenciosamente. Pegou um casaco quente, trocou os tênis por botas, colocou a varinha num dos bolsos e, olhando dos lados para ver se não esquecera de algo, saiu do quarto.
Parou no centro do Salão Comunal. Harry!
Colocou a cabeça entre as mãos angustiada, os olhos marejados. Inspirou profundamente, controlando-se.
- Sinto muito, Harry. – falou lançando um olhar na direção das escadas que levavam ao quarto dos meninos. – Eu preciso fazer isso.
Cassie saiu pelo quadro, ouvindo a mulher Gorda resmungar em seu sono, desceu as escadas rapidamente, mas prestando atenção se alguém não aparecia. Deparou-se com um empecilho. Não poderia sair pela porta principal. Olhou de ambos os lados do saguão, pensando em uma estratégia, quando lhe veio à mente a cozinha. Havia uma porta lá que dava para o lado de fora. Não havia? Não ficou considerando muito, tomou o rumo da cozinha, entrou vasculhando a procura da porta que imaginava haver ali. Até que a viu. Não deu atenção aos elfos que estavam no local, e seguiu direto para a porta, abrindo-a.
A noite estava fria e escura, perfeita para uma fuga. Contornou o castelo seguindo pela trilha que levava até os portões de Hogwarts. Sabia que eles eram enfeitiçados para que ninguém os pulasse de fora para dentro, mas esperava que o mesmo não tivesse efeito se fosse o contrário. Já ia subindo na grade quando foi segura pelo casaco, virou-se rápida com a varinha em punho e deparou-se com Black. Soltou um suspiro aliviado.
- Black! Quase me mata do coração. – abaixou-se em frente ao cachorro que a olhava com aquela cara de pidão, mas dessa vez Cassie não se deixaria convencer. – Sinto muito amigo. Você fica.
O cão ganiu sentido.
- Mais baixo Black. Não queremos acordar Hagrid. – Cassie sussurrou fechando a boca do cachorro que se deitou olhando-a sentido. – Olha só, preciso que você me faça um grande favor. Cuide do Harry até eu voltar. Ele precisa de proteção, e precisa ficar em Hogwarts, não o deixe sair Black, é uma ordem. – falou séria com ele.
Black a olhou ainda deitado no chão, mas o rabo balançou, como se tivesse entendido a ordem da dona.
- Grande cachorro. – Cassie disse acariciando a cabeçorra dele.
Subiu na grade de novo, e lá de cima antes de pular ao chão do outro lado olhou para o animal que a fitava.
- Eu vou voltar. Não se preocupe.
Black latiu e ficou ali até não ver mais o vulto de Cassie, depois virou-se e em vez de tomar a direção da cabana de Hagrid, seguiu para o castelo.

HPHPHP

- Ei garoto, acorda. – uma voz falou ao ouvido de Harry que resmungou em seu sono. – Harry!
- Vai embora. – ele resmungou enterrando a cabeça no travesseiro.
O som de uma risada de repente despertou Harry.
- Sirius! – exclamou sentando-se na cama, tateando a mesinha de cabeceira atrás de seus óculos.
- Até que enfim. – o padrinho disse sentando-se na cama de Harry.
Harry olhou dos lados. Viu-se em seu quarto, na Torre da Grifinória, com Rony na cama à sua esquerda roncando alto, e Neville, Dino e Thomas dormindo na outra extremidade do quarto. Como isso podia ser um sonho? Tocou o braço do padrinho e sentiu-o quente, real, materializado, ali a sua frente. Bagunçou os cabelos ainda mais ao passar as mãos por eles.
- O que houve? Você parece confuso. – Sirius perguntou sorrindo.
- Você é real? – Harry perguntou sério.
- Você não está me vendo?
- Sim. Mas você é real? – insistiu na pergunta.
- O que há Harry?
Chegara o momento que ele adiara ao máximo em sua mente, mas tinha que ser hoje.
- Sirius, você não acha estranho só aparecer para mim de noite? Aqui no meu quarto. Apareceu para Cassie no quarto das garotas, você sabe, homens não entram lá sem que mil sirenes acordem o castelo inteiro.
- Você quer dizer com isso o quê?
- Que você não está aqui... Quer dizer, não de fato... Ou melhor, você está, mas não é você... Ahhhhh!!! – Harry levantou-se andando de um lado para o outro, confuso quanto ao que dizer. Sirius apenas esperava. – Eu vou ser franco... – falou parando em frente ao padrinho. – Você está morto. Passou através daquele véu, e não apareceu do outro lado, caiu sei lá aonde, e agora deve estar vagando no plano do meio sem saber onde ir. Dumbledore disse que você pode estar confuso, se não sabe que morreu de fato...
- Eu sei.
- ... E que a culpa pode ser minha, da Cassie ou mesmo dele. – Harry parou olhando para o padrinho que sorria. - O que você sabe?
- Eu sei que não estou no mesmo plano que você. Sei que estou morto. Percebi isso quando fui visitar a sua amiga. – ele disse um pouco triste.
- Eu não precisava te dizer então. – Harry falou sentando-se pesadamente na cama.
- Não. – Sirius respondeu sorrindo. – Vim me despedir.
- O quê? – Harry assustou-se. Não estava pronto para ouvir isso.
- Não posso ficar andando de um mundo ao outro não é?
- Acho que não.
- Mas antes preciso pedir algo a você. Harry, tenha cuidado, muito cuidado. Alguma coisa está para acontecer. Não sei de fatos, mas percebi que algo está sendo tramado, algo grande. Você precisa se cuidar, não pode sair por aí quando lhe der na telha. Queira ou não, você é uma pessoa muito importante. Os que cuidam de você, protegem você, fazem isso porque o amam, preocupam-se com você... Por que está sorrindo?
- Cassie disse quase a mesma coisa.
Sirius fitou o afilhado durante alguns segundos de maneira séria.
- Tem algo que queria me contar? – perguntou enfim.
Harry olhou-o surpreso e viu nos olhos do padrinho que ele sabia.
- Você sabe não é? Que Cassie é sua filha. Como soube?
- Acho que sempre soube. No momento que a vi percebi que ela era a cara de Cibele, os mesmo cabelos, aquele jeitinho meigo.
- Só a aparência da mãe, porque o resto ela é igualzinha a você. É uma garota travessa.
- Ela é, não é mesmo? – Sirius disse sorrindo com orgulho. – No seu discurso você disse que ela se culpa...
- Por não ter ido vê-lo, achava que você a rejeitaria. Culpa daqueles avós malucos dela.
- Que menina... Escuta, você precisa dizer a ela para ter cuidado com o Petre. Aquele velho gagá está metido em coisas suspeitas.
- Suspeitas? Eu não entendo.
- Magia negra Harry. Desconfiou que eu estava investigando-o, na verdade ele me confrontou, achava que eu estava interessado na Cibele somente para vigiá-lo.
- Espera... O que você está tentando dizer? Petre, o avô da Cassie estava metido com Vodemort?
- Nunca foi provado. Eu fui para Azkaban antes de conseguir ir a fundo, mas nada me tira da cabeça que ele não gostava de mim por saber que eu estava na Ordem, e tinha medo que eu descobrisse os podres dele se me envolvesse mais com Cibele.
- Então é por isso que ele tinha tanto ódio de você. Chegou perto demais.
- Isso mesmo.
- Você acha que ele era um Comensal?
- Não creio que ele tenha ido tão longe, acredito que como ele tivesse muita influência e poder no Ministério, ele passasse informações.
- Por que você mesmo não diz a Cassie? Não vai se despedir dela? – Harry perguntou esperançoso.
- Dei uma passadinha no quarto dela antes de vir aqui, mas não estava, achei que você...
- Não está no quarto? Mas é de noite. Onde ela pode estar? – Harry começou a se desesperar, e sentiu que estava perdendo a conexão com Sirius. – Sirius! Espera... Sirius!
Harry acordou com alguma coisa puxando a manga do seu pijama. Levantou-se pegando seus óculos e deu de cara com Black.
- Black! O que você está fazendo aqui? Cadê a Cassie?
Um latido seguido de um uivo acabou acordando o resto dos garotos.
- Estou sonhando ou tem um lobo aqui no nosso quarto? – Rony perguntou sentando-se na cama meio sonolento.
- Aconteceu alguma coisa com a Cassandra. – Harry falou aflito seguindo para a porta com Black em seus calcanhares.

HPHPHP

Cassie aparatou do lado de fora dos portões do castelo do avô na Romênia, sabia que ele tinha lançado alguns feitiços contra visitantes indesejados, mas sabia também por onde entrar da maneira normal. Contornou os portões e parou ao lado de uma imensa árvore, no passado usava-a sempre que queria sair do castelo para suas andanças por Bucareste. Escalou os galhos com perícia, e pulou do outro lado aterrissando de leve sobre a grama. Meio abaixada, foi se esgueirando pelas sombras, não tinha certeza do que poderia encontrar.
Seguiu para a porta da cozinha, olhou por uma das janelas, mas tudo estava silencioso. Um silêncio lúgubre que causou arrepios pelo corpo de Cassie.
Abriu a porta devagar, espiou a cozinha enorme, não havia ninguém, nenhum elfo atarefado. Deu alguns passos, de varinha em punho, os olhos, percorrendo toda a extensão do aposento, atentos. Nada. Nenhum som. Silêncio sinistro.
A única luz na cozinha vinha da lareira aonde os elfos sempre deixavam um caldeirão de água fervendo. Cassie respirou fundo e seguiu adiante. Estacou de repente, quando se deparou com uma mancha no chão, abaixou-se tocando-a e sentiu a viscosidade do sangue em seus dedos, viu uma trilha que levava até uma das câmaras frias que havia na cozinha, engoliu sem eco e continuou adiante. Tocou a maçaneta fria. Sua respiração arfando por alguns segundos, fechou e abriu os olhos, puxando a porta num ímpeto. A respiração pareceu lhe faltar, o coração parou de pulsar, por milésimos de segundos ficou como que petrificada. Finalmente o horror da cena chegou ao cérebro. Corpos, corpos de pequenos elfos amontoados na câmara fria, alguns de olhos abertos, outros parecendo dormir, mas todos indiscutivelmente mortos.
Cassie fechou a porta rápido, respirava com dificuldade, puxando oxigênio em grandes golfadas, fazia força para não chorar diante do horror, mas não conseguiu.
Chegara tarde demais. Tarde demais. Deslizou pela porta, ficando ali sentada com a cabeça entre os braços, agoniada.
- Miguel, dai-me forças. - Cassie invocou seu guerreiro favorito, erguendo-se para continuar sua busca pelo castelo.
Passou pelo corredor que levava até o hall, aqui e ali tochas acesas nas paredes, mas a penumbra imperava em vários pontos, deixando alguns cantos mais escuros.
- Lumus. – disse baixinho, e uma luz brilhante apareceu na ponta de sua varinha.
O hall estava vazio, olhou para as escadas, mas resolveu verificar a sala de visitas primeiro. Deu uma espiada pela porta, não vendo ninguém, entrou. Quando já estava quase no meio da sala, parou de repente, ficando imóvel, olhos arregalados, fitando o chão próximo à imensa lareira.

HPHPHP

Harry! – Rony ainda gritou ao ver o amigo sair desabalado pela porta do quarto.
Harry seguiu para a escada que levava ao quarto das meninas, obviamente foi impedido pelas escadas virando um tobogã e a sirene que acordou ao resto dos alunos, mas isso não o impediria. Subiu em cima do corrimão e galgou até a porta do quarto, entrou feito um furacão, o que provocou gritinhos de Parvati e Lilá que ergueram as cobertas se escondendo.
- Harry!... – Hermione exclamou surpresa. – O que você está...
Harry observou as cobertas na cama de Cassie, que ao menos estavam desfeitas, ela nem havia se deitado. Black atrás de Harry
- ...Fazendo? – Mione terminou sua pergunta, em tom surpreso ao ver que Cassie não estava na cama. – Harry! – ela falou virando-se para o amigo que nesse momento tremia, não saberia dizer se de medo ou de raiva.
- Potter! – professora McGonagall entrou no quarto, ouriçada pelo abuso de seu aluno. – Mas o que você pensa que está fazendo? – repetiu a pergunta de Hermione. - Entrando no quarto das meninas desse... – ela se calou quando seu olhar seguiu o do garoto. – Oh pelos céus. Onde essa menina pode estar?
- Na Romênia. – foi a resposta dele, que saiu do quarto das garotas e seguiu direto para o seu, trocou-se em tempo recorde, pegou sua varinha, a capa de seu pai e desceu as escadas de quatro em quatro degraus, quando chegou ao salão comunal deu de cara com Dumbledore.
- Nem tente me impedir. – disse resoluto.
- Você poderia me dar alguns segundos antes que resolva fazer algo precipitado?
Rony e Mione trocaram um olhar de entendimento e subiram cada qual para seu quarto.
Harry, resmungando que o tempo era escasso, seguiu Dumbledore com a professora Minerva mais atrás. Black acatando a ordem de sua dona, andava ao lado do garoto. Quando os dois entraram no escritório de Dumbledore, este já estava cheio. Lupin, Tonks, Professora Eveline, Moody, e o intragável Snape, que bufou ante a visão de Black. Num canto mais afastado, um assustado Dobby.
- Dobby. – Harry olhou surpreso seu pequeno amigo.
- Sinto muito Harry Potter. Sinto muito.
Harry fitou Dumbledore não conseguindo entender o que estava acontecendo.
- Quando você decidiu acordar o castelo inteiro, nós estávamos nos reunindo para ir atrás de Cassandra. – Dumbledore explicou.
- Já sabiam? – Harry perguntou surpreso.
- Um dos elfos do avô de Cassandra chegou muito machucado ao castelo esta noite. Dobby foi buscá-la para vê-lo, e aparentemente o que ele lhe disse a fez agir dessa maneira impensada.
- Dobby. – Harry virou-se para o pequeno elfo, abaixou-se segurando-o pelos frágeis ombros. – O que ele falou?
- Foi exatamente nessa pergunta que fui interrompido. – Dumbledore disse em seu típico gesto de cruzar as mãos, esperando a resposta.
- Dullas. Dudu, para princesa, chegou muito machucado. – Dobby começou. – Confuso, pedia para ver a princesa, e eu fui buscar... Dizer que vovô maluco de Princesa, ficou mais maluco, machucando todos. Pedir à Princesa para salvá-los. Princesa não poder negar, não ser de sua natureza, ser igualzinha Harry Potter. – Dobby concluiu com um sorrisinho triste.
- Cassie está em perigo. – Harry falou erguendo-se. Black latiu como se concordasse com ele.
- Como você pode saber? – Snape perguntou irônico. – Ela só foi dar uma de heroína, assim como você vive fazendo.
Dumbledore percebeu a firmeza de Harry, concordando internamente com o garoto.
- Porque ela não disse nada a ninguém? – Eveline questionou. – E o que pensa poder fazer? Os avós deixaram claro que não queriam mais nada com ela.
Harry soltou um profundo suspiro, se não dissesse tudo que sabia, nunca sairiam dali.
- Ela já estava planejando ir à Romênia há algumas semanas. Ouviu a senhora e o professor Lupin conversando, sabia que a mãe não morreu quando era bebê.
Eveline assustou-se com a informação.
- O que mais Harry? – Dumbledore exigiu.
- Cassie conseguiu vencer o feitiço da memória que a avó fez. Foi Petre que matou a mãe dela numa tentativa de matar a própria Cassie.
- Esse homem é um louco. – Lupin disse com raiva, abraçando Evy para consolá-la.
- Tem mais. Sirius disse...
- Sirius? Voltou do além? – Snape não podia ficar de boca fechada. – Vai dizer que ele virou fantasma? Aposto que ele está adorando isso.
Harry não respondeu, continuou fitando Dumbledore.
- ... Que ele investigava Petre antes de ser preso. Desconfiava que ele estava metido com Voldemort.
- Por isso eles se odiavam. – Lupin se manifestou.
- Isso mesmo. Petre confrontou Sirius, para que ele deixasse a mãe da Cassie em paz, acusou-o de estar com ela só para pegá-lo.
- Faz sentido. – Dumbledore disse, mas continuava pensativo. Achava muito estranho Petre ter enlouquecido de repente. O aparecimento de Dullas no castelo. - Por que agora? – Dumbledore perguntou para ninguém em particular.
- Eu não sei. Talvez a maluquice dele tenha enfim se revelado. – Harry respondeu achando ser sobre isso a pergunta do diretor. – Mas Cassie prometeu que não iria sem dizer nada. Nós precisamos ir atrás dela. – Harry estava agoniado, esse papo já demorara demais.
- Concordo. – Dumbledore disse levantando-se. – Mas você fica.
- O quê? Não. De jeito nenhum. – ele indignou-se.
- Vai querer dar uma de herói de novo. – Snape zombou. – Já não basta o que aconteceu ano passado?
Harry o ignorou, mas Lupin, contrariando seu bom senso, pegou o bruxo seboso pelas vestes.
- Harry não precisa ouvir ironias nesse momento.
- Cuidado Lupin, seus caninos estão aparecendo. – Snape não se deixou intimidar.
- Parem vocês dois, o que menos precisamos nesse momento é de brigas no grupo. – Evy falou colocando-se entre os dois.
- Harry, você sabe o que deve fazer.
Harry fitou Dumbledore sabendo muito bem o que ele dizia, mas não conseguiria ficar para trás, não conseguiria. Era a Cassie. Sua Cassie.
- Eu não posso. – disse negando com a cabeça enquanto falava. – Não posso deixá-la sozinha. Diga o que quiser, mas o meu destino não é concluir a profecia. Ela é meu destino. Cassie foi destinada a mim, e eu não posso simplesmente deixá-la sozinha nesse momento.
O silêncio que se fez na sala foi profundo, Tonks até deu uma fungadinha. Black achegou-se a Harry enfiando a cabeçorra por baixo da mão do menino que o afagou.
- Eu entendo. – Dumbledore disse enfim. – E espero que você possa entender o que eu tenho que fazer nesse momento.
Harry ia dizer que não compreendera, quando tarde demais, percebeu o olhar que Dumbledore trocou com Moody. Este puxou a varinha, conjurando um feitiço em silêncio que atingiu Harry, ele ainda arregalou os olhos surpreso, antes de desmaiar, nos braços de Lupin. Black ganiu aproximando-se daquele a quem deveria proteger. Arreganhou os dentes para Moody, mas Dumbledore aproximou-se afagando a cabeça do cão que se acalmou.
- Leve-o para a enfermaria Minerva. E cuide para que ele não saia de lá. – Minerva acenou concordando. - Há mais do que Petre enlouquecido, nessa ida de Cassandra à Romênia.
- E o que poderia ser? – Lupin perguntou preocupado.
- Uma chance de Voldemort ter o que vem querendo durante esse ano inteiro.
- Cassandra. – Eveline sussurrou.
- As visões de Cassandra. – Dumbledore respondeu. – Vamos. – convocou o restante do grupo.

HPHPHP

Cassie fitava Petre Colomano, caído no chão, morto. Ele tinha os olhos e a boca aberta, parecendo ter morrido num grito de horror. Não havia sangue. Avada Kedrava? Só podia ser. Mas quem? Será que Sonja, vendo Petre enlouquecido havia matado-o? Não fazia sentido.
Saiu correndo da sala e subiu as escadas, abrindo a porta do quarto dos avós de supetão.
Sonja estava sentada em uma poltrona, com as mãos entrelaçadas no colo. Parecia derrotada. Trazia no rosto uma expressão de conformismo, como se nada mais pudesse ser feito.
- Vovó. – Cassie não pode deixar de chamá-la como antigamente.
- Achei que você não viesse... Tinha certeza que você não viria... – a mulher balbuciou como se não acreditasse em seus olhos.
- Não dava para ficar quieta com meu avô enlouquecido, não é? – Cassie respondeu aproximando-se. – A senhora o matou?
Sonja não respondeu, apenas fitou a neta com lágrimas nos olhos e seu olhar se desviou para um ponto atrás de Cassie, sua expressão dizendo mais que mil palavras, Cassie ia se virar, para ver o que aterrorizara a avó, mas uma dor terrível varreu seu corpo, imobilizando-a, e após alguns segundos deixou-a inconsciente.

HPHPHP

- Ele está morto. – Snape falou erguendo-se do chão, onde Petre estava deitado.
- Os elfos estão numa das câmaras frias. Nunca vi nada assim na minha vida. - Moody parecia realmente assombrado.
A Ordem havia chegado há alguns minutos na Romênia, tinham seguido direto ao Castelo de Petre Colomano, e por enquanto tudo que haviam encontrado indicava acontecimentos mais que terríveis.
Tonks e Moody vasculhavam o andar de baixo, enquanto Dumbledore seguiu para a escada, com Lupin e Snape. Os três abriam e fechavam portas, até que alcançaram o quarto principal do castelo. Nada ali indicava que havia algo de errado, mas Dumbledore ficou mais atento, observando cada canto do quarto.
- Não há ninguém aqui. – Lupin disse.
- Mas algo aconteceu aqui. – Snape falou sombrio.
Dumbledore soltou um profundo suspiro. Sabia o que tinha acontecido, não precisava de provas ou evidências. Cassandra havia sido levada por Voldemort.
- Vamos voltar para Hogwarts. – ele falou desalentado.

HPHPHP

- Cuidado. Não venha. Por favor. Não venha. – uma voz feminina, um tom nem adulto, nem infantil, não parava de repetir. – Harry!! Não venha. Não venha.
Com um grito de agonia, que não sabia dizer se era seu ou da voz feminina de seu sonho, Harry acordou, assustando Hermione e Rony que estavam sentados em uma cama ao lado da dele na enfermaria de Hogwarts. Black, que não arredara os pés dali, apoiou as patas no colchão, latindo, e lambendo a bochecha do menino.
- Ei Black. Está tudo bem amigo. Tudo bem. – Harry o acalmou.
- Harry! – Hermione exclamou aproximando-se dele. – Você está bem? Teve pesadelo?
- Eles já voltaram? – ele perguntou sem responder, ao mesmo tempo em que pegava seus óculos na mesa ao lado.
- Ainda não. – Rony respondeu.
- Eu não posso ficar aqui.
Ia se levantando quando a professora Minerva apareceu à porta da enfermaria.
- Aonde você pensa que vai Potter?
- Professora...
Ela não o deixou continuar.
- Eu sei o que você vai dizer, mas o diretor já deve estar voltando e trazendo a Cassandra junto...
- Não. A Cassie não está junto. Ela... – Harry parou. – Ele a pegou. Eu sei. – completou agoniado.
Harry fitou a outra cama da enfermaria que estava ocupada por Dullas. Ele respirava com esforço. Aproximou-se observando os vários machucados no corpo do elfo. Não tinha como definir a pessoa que infligira aqueles ferimentos a um ser tão pequenino. Depois de alguns momentos, seguiu para a janela fitando a noite escura, então começou a falar baixinho.
- Nas férias, eu sonhava todas as noites com uma garota gritando meu nome. Ela pedia para que eu não fosse a algum lugar. Dizia que era para eu ter cuidado. Na época eu pensei que Voldemort estava brincando com a minha mente de novo. Quando vim para Hogwarts, os sonhos pareciam ter me dado uma trégua. Mas eles voltaram. – nesse ponto Harry se virou fitando os amigos e a professora Minerva. – A mesma voz implorando para que não fosse. A voz da Cassie.
- Harry. – Hermione aproximou-se sentindo o sofrimento na voz do amigo. – Foi só um pesadelo.
- Não foi. Eu senti a dor dela. A Cassie foi pega, e está sofrendo. Eu sinto isso... – Harry parou não sabendo explicar aos amigos a certeza que tinha. – Ela não está mais na Romênia. Eu preciso encontrá-la. – desviou-se de Hermione e seguiu para a porta da enfermaria, que a professora Minerva defendia. Black ao seu lado pronto para a luta.
Nesse momento a porta se abriu, a professora dando um pulinho para o lado. Dumbledore entrou sozinho. Sua expressão dizendo mais que mil palavras.
Harry e o diretor se fitaram.
- A culpa é minha. – Dumbledore disse depois de alguns momentos. – Eu deveria ter tomado conta dela como cuido de você. Mas não fiz isso. Acreditei que eles queriam mais a você do que a ela. Dessa vez você pode me socar à vontade. Tem todo o direito.
- Prefiro ir atrás de Cassie. – Harry falou em tom sério, saindo da enfermaria.

Continua...

N.A.:
Oi Pessoal!
Mais um capítulo dessa fic que não acaba mais... eheheh... Mas que está nos finalmentes, espero.
Não que eu tenha me cansado dela, de vez em quando eu até releio, tem umas partes realmente divertidas.
Bom, mas vamos ao capítulo. Um pouco mais denso que o normal não? Meio trágico também. Os elfos mortos, Dudu ferido, Petre passando dessa para pior, espero...
Eu sempre começo a comentar o cap. do final... E acabei esquecendo do início que foi divertido... Hum pensando bem esse capítulo, teve de tudo um pouquinho... ehehe...
Agradecimentos à Carol por ler as diabruras que eu pensei em fazer contra a Cho... Tomara que vocês tenham gostado, eu me diverti...
Sabem, está acontecendo uma coisa muito estranha comigo, eu estou relendo HP6 e ficando com raiva da Gina... É sério... Pode até ser pretensão minha, mas ela não tem nada a ver com o Harry, a Cassie sim, tem tudo a ver... ahahaha... Tá podem jogar pedras e me xingar... Eu mereço por ser tão presunçosa....
Eu quero agradecer à Lumi, me senti envaidecida por você ter deixado esse comentário, já que não deixa muitos, de acordo com você. Obrigada por ter considerado Destinos Entrelaçados, digna de seu comentário. Muito Obrigada mesmo.
Miccky, eu sei que demoro, é mal, mas eu tenho outras fic para me dedicar, e DE é mais complicada do que qualquer coisa que eu já tenha escrito. Mas eu posso demorar, só que continuo postando.
Rita, fiquei muito contente pelo seu review e pelas novidades. Parabéns de novo, nunca é demais né?..eheheh.. Ri demais do comentário de limitação de palavras na Floreios..eheheh... e adoro seus mega-híper reviews. Acredito que esse capítulo tenha respondido algumas das suas dúvidas, sobre o que Cassie tinha que fazer antes de ter ido para Romênia, uma era se vingar da Cho, claro, outra era tentar ter uma visão que valesse a pena para ajudar o Harry, mas essa não deu.
E isso ficou longo... Alguém lê tudo?? Duvido...
Gente, estamos quase lá.... Eu tinha programado no máximo 20 capítulos, tudo depende do que acontecer no próximo, então talvez possamos encerrar com apenas 19... Quem sabe?...
Desde já começo a agradecer a quem teve paciência de me acompanhar com essa história. Eu sei que irritei alguns de vocês com a demora, mas faz parte, são coisas da vida real que resolvem interferir e que não temos controle.
Beijos e até o próximo


Nota revisora Mar:-
AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!
-Pausa para uma revisora ressurgir das cinzas do desespero em que se encontra-
Céus, eu sabia que isso ia acontecer! Aquela conversa com o Black me deixou com uma pulgona atrás da orelha, mas cara, ler, ver isso de fato acontecendo acabou comigo. Tô em choque. A Cassie agiu de forma tão impensada! Por quê Cassie? Por quê?? –olhos vidrados- mas não posso culpá-la... Todas as circunstâncias formam montadas de forma a levá-la até a Romênia... Impossível ela não correr até lá no mesmo instante ao ver o Dudu daquela forma.
Mas ah, eu preferia que isso não tivesse acontecido, tio Voldie mau!!! Mas ai, tô muito preocupada, muito mesmo. A Rô tá virando uma J.K. malvada Rowling! Que medo do que ela pode aprontar no próximo capítulo.
Rô:- Mas nessa fic eu não matei ninguém importante. Matei? Acho que não... só os coitadinhos dos elfos...
Mas ai, o jeito é esperar pelo próximo cap. – roendo os dedos porque as unhas já se foram enquanto a Cassie deixava Hogwarts.
Mas que bom que a Chorona sofreu hihihihi, isso deixou meu espírito mais forte para suportar os fatos hehehehe.
Aliás, concordo com a Rô, a Cassie é muuuuuuuito melhor que a Gina.
Beijos
Mar – a revisora em choque hehehehe






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