Na Cova dos Leões



N/A - gente, desculpa... depois de mais de ano sem escrever, estou finalmente retomando a fic, porque sinto que devo isso a todos que leram, comentaram e deram notas... fiquei sem escrever tanto tempo porque perdi meu pai e nao tinha (por falta de uma palavra melhor) inspiraçao para escrever... bom, segue ai a fic.... ainda tinha o final planejado no meu pc.... vou soh reestruturar e escrever o que falta, mas a maior parte do que falta jah tah encaminhado... devo terminar ateh o final da semana que vem... boa fic... espero que gostem...


Na Cova dos Leões

Harry abriu os olhos e percebeu que estava em algum lugar escuro. Ouvia um barulho estranho, parecido com água corrente. Devagar, foi se acostumando à escuridão. Estava numa caverna, pouco iluminada por raios de sol que entravam pela única passagem.
Dessa saída vinha o som de água. Levantou-se e caminhou devagar até o som. A caverna ficava no meio de uma pequena parede de rochas natural, com a entrada escondida atrás de uma cachoeira.
Algo voava na sua direção do lado de fora. Parecia uma águia, mas não tinha certeza, pois era maior do que uma normal, e a água que cascateava à sua frente distorcia a sua visão, que parecia melhor do que nunca.
O animal vinha em alta velocidade e se não tivesse abaixado a cabeça, teria sido acertado.
-Vejo que acordou. – estranhamente ele entendia aquele magnífico animal. O corpo parecia de um felino, mas a cabeça era de águia, assim como suas asas.
-Você é um grifo. – pensou Harry em voz alta, surpreso.
-Você deve ser um gênio. Afinal, reconheceu outro animal da sua raça. – somente então o garoto percebeu que ainda estava em sua forma animaga. Por isso consigo entender o que ele diz.
-Meu nome é Patas Douradas. – Harry reparou que na ponta das patas do outro animal, o pêlo era mais claro, parecendo fios de ouro.
-Prazer. Harry Potter.
-Que nome mais esquisito. Parece de um humano. Mas de onde você é? Nunca te vimos nessa floresta.
Harry não acreditava no que acontecia. Parecia em um sonho surreal. E começava a ficar ansioso. O que acontecera a Hogwarts? Onde estava? Como fora parar ali?
Começou a se sentir tonto. A caverna começou a embaçar e tudo ficou preto.
Acordou sentindo bicadas carinhosas no rosto. Novamente estava no meio da caverna escura, mas dessa vez não demorou a acostumar-se com a escuridão.
-Vejo que acordou novamente. – a voz (que não era uma voz, mas sim um rugido), era diferente dessa vez.
Outro grifo, esse com cabeça de leão, assim como Harry, uma juba preta e corpo de uma pelugem ferrugem escura, era quem se dirigia a ele.
-Sou o Juba Feroz, líder do nosso grupo.
-Harry Potter. – Harry ainda não acreditava no que acontecia. Tudo aquilo era muito absurdo. Estava maravilhado com a criatura à sua frente. – Mas onde estou afinal?
-Numa floresta que fica ao lado de uma escola de humanos.
-Hogwarts.
-Sim, como a conhece? – o animal parecia intrigado com a nova criatura – Tenho certeza que nunca esteve nessa floresta antes.
-Sim, estive. – Harry voltou à sua forma humana e depois novamente ao estado animago – porém na minha forma normal.
-Você é um humano?! – tanto Juba Feroz quanto Patas Douradas (que o acordara) se afastaram espantados.
-Sim. Qual o problema? Não vou lhes fazer mal.
-É o que todos os humanos dizem. Poucos mantêm suas palavras.
-Te garanto que manterei a minha.
-Mas nunca soube de um humano capaz de se transformar em um de nós. Especialmente num tão belo. – Patas douradas se manifestou pela primeira vez, causando um olhar de censura de Juba Feroz.
-Bom, não sei muito a respeito disso. Mas me digam. Como vim parar aqui?
-Você caiu na floresta desacordado. Tinha algum tipo de magia negra no seu corpo. Morreria rápido se não o tivéssemos encontrado. Vê essa cachoeira? – mostrando com a cabeça a cachoeira que ocultava a caverna – sua água é milagrosa. Ela te salvou.
-Então devo minha vida a vocês. Mas agora tenho pressa para voltar para a escola. Ela estava sob ataque.
-Temo que não vá ser possível. – a voz do animal era calma, porém séria e assustadora.
-Não tenho escolha. Meus amigos podem morrer.
-Isso não nos diz respeito. Nosso segredo não pode vazar. Nossa existência é desconhecida.
-Mas qual o problema? Não contarei nada a ninguém. Afinal, alguém do castelo já fez mal a algum ser daqui?
-Já; há muitos anos. Tudo porque queriam usar da nossa água. Se fosse só pelo uso, não haveria problema. Mas queriam levá-la embora. Acabariam com a magia nela.
O animal começava a ficar bravo e Harry desesperado.
-Mas... – o garoto foi interrompido por um movimento de pata do outro, que se virava para a água de onde vinha mais um animal.
-Mahcsid está aqui. – anunciou e foi embora.
-Já volto. – disse o líder.
-Vou com você. Esse Mahcsid é o centauro, certo?
-Sim, como o conhece?
-Digamos que somos bons amigos.
-Certo. Venha então. Se diz a verdade, poderá partir com ele. Se mente, terá que enfrentar nossa fúria.
Harry concordou e levantou vôo com os outros dois animais o escoltando.
Ao sair da caverna constatou que estava num lugar maravilhoso. Coberto por belas e grandes árvores, onde batia sol, diferente do resto da floresta. Logo avistou seu tutor na magia branca.
-Patas Douradas, Juba Feroz. – cumprimentou o centauro. Logo avistou o pupilo. – Harry.
O garoto voltou à forma humana e o abraçou.
-Pensei que não tinha conseguido voltar.
-Como está Hogwarts?
-Segura. Graças ao aviso de sua amiga, pudemos posicionar galos de modo que os basiliscos viraram apenas um peso para os invasores. De dentro da floresta alvejamos as acromântulas, que nada puderam fazer. Quanto aos bruxos que entraram, vieram em pequena quantidade e foram facilmente rendidos. Só sobraram os inferi que foram presos, mas ninguém ainda se mostrou capaz de acabar com o feitiço que os mantém escravos de você-sabe-quem.
-E as baixas? Houve muitas?
-Acredito que nenhum morto. Poucos foram feridos. Nossa vantagem era imensa. Apenas alguns bruxos asiáticos entraram. Lobisomens, dementadores, comensais e gigantes eram as maiores preocupações, mas não entraram. Voldemort abandonou Hogsmeade. Pelo que vimos de sua movimentação, está dando a volta para entrar novamente pela floresta negra. Mas temo que dessa vez não teremos como fazer emboscada. Não vai dividir sua tropas e esperar nos portões com o âmago das forças, como da outra vez. Vez com tudo pela floresta.
Harry estava abismado com as notícias. Aquilo era incrível. Tinham frustrado os planos de Voldemort mais uma vez. Mas agora não teriam como adiar mais. Com o exercito inteiro atravessando a floresta, não teriam mais como preparar emboscadas.
-Mas e Rony? Quando ele fechou o portão, ficou cercado pelos exércitos... – Harry perguntou pelo amigo, preocupado, mesmo já planejando a nova batalha que se aproximava.
-Sua capa garantiu a segurança dele. Mas voltando ao motivo da minha visita. – disse ele ao líder dos grifos, que acompanhava a conversa quieto. – Queria ajuda para achar ele e pedir outros dois favores. Queria que se juntassem ao meu bando e às outras criaturas boas dessa floresta na luta contra o mal. As forças das trevas vão atravessar essa floresta e destruir tudo no seu caminho, inclusive esse seu lar maravilhoso se vocês estiverem por aqui. Temerão serem pegos por trás numa emboscada. E gostaria também quem e concedesse permissão para usar da água milagrosa.
-Mahcsid. Como sempre, confio em você, assim como em todos os centauros. Se me garantir que dessa vez posso confiar nos humanos, certamente terá minha ajuda e concessão a ambos seus pedidos.
-Não pode confiar em todos os humanos. Mas nesse que está ao meu lado, sim. Assim como nos que comandam a escola.
E rapidamente resumiu as principais aventuras pelas quais Harry passara. Juba Feroz ostentava um olhar impressionado, enquanto Patas Douradas lançava um olhar de “eu sabia”.
Logo Mahcsid e seu pupilo voltavam para o castelo, escoltados pelos mais nobres animais, levando uma bolsa cheia da água milagrosa.
Harry ficou espantado ao saber que já decorrera uma semana desde a batalha.
-Não fique ansioso. – declarou o centauro – As tropas de Voldemort são numerosas e alguns de seus seres são lentos. Ainda demorará quase uma semana até chegarem na entrada da floresta. Depois talvez mais uma até o castelo. Ele não cometerá os mesmos erros dessa vez. Será cauteloso.
-Sei que não teremos como fazer outra emboscada. Mas pretendo assediar as forças dele no caminho. Seu exército não chegará ileso no castelo. – respondeu com um sorriso malicioso. Tom ficaria irado antes do fim da guerra.
Mas naquela noite Harry não pensou nisso. Ao entrar no castelo, suas vestes brancas e escolta chamaram a atenção de todos que jantavam no salão comunal. Depois de uma rápida explicação para a professora McGonnagal, os grifos foram levados para as torres, onde antigamente haviam habitado o castelo, por pedido de Godric Gryfindor. Harry resolveu que era hora de todos saberem que ele ainda estava vivo. Especialmente Voldemort.
Quando tirou o capuz, todos olhavam abismados. Rufus Scrimgeour soltou uma exclamação alta e pediu uma conversa em particular à qual o garoto atendeu, com a condição de ter a diretora, Mahcsid e Juba Feroz junto.
-Certo, - começou o ministro – pode me explicar o que aconteceu? – no começo seu tom era autoritário, mas vendo o respeito entre todos na sala, logo mudou para um tom de preocupação.
-Sim, mas isso não é importante. – e resumiram a história. Ao fim da narrativa o ministro estava chocado. Isso porque Harry omitiu toda a parte dos horcruxes. – Agora, vamos ao que interessa. – retomou Harry ao fim da narrativa, não deixando o ministro fazer perguntas. – Primeiro gostaria que me contassem como foi a defesa.
-Tudo muito bem, graças a você. – começou a diretora – Os inferi entraram na frente. Começamos então a enxotá-los com feitiços de levitação. Logo os vampiros vieram e você fez aquele seu negócio que acabou com eles. Mas os inferi, seres inconscientes que são, não desistiam. Mas éramos um número considerável de bruxos lançando-os longe.
“Quando quase todos já estavam dentro dos terrenos, a senhorita Granger veio correndo nos alertar da entrada de basiliscos. Hagrid foi rápido e corajoso nesse momento. Correu para sua cabana e conduziu galos até a entrada dos portões por dentro da floresta. Por sorte não olhou diretamente para nenhum basilisco e os galos deram conta deles”.
“Nesse momento, todos os inferi já haviam entrado e começavam vir acromântulas e bruxos nômades vindos do oriente. Esses não são competentes como comensais, mas lutam habilmente em grupo. O nosso lado começou a desanimar. Seria difícil. Mas nesse momento os portões fecharam e o nosso ânimo foi levado às alturas. Da floresta choveram flechas sobre as acromântulas, mas os bruxos orientais as defenderam. Então, arriscando deixar os inferi muito próximos de nós, começamos a atacar os bruxos, desviando sua atenção. Não preciso descrever a competência dos centauros com um arco. Aqueles seres asquerosos tombavam um atrás do outro”.
“Mas mesmo assim ainda tínhamos um enorme problema. Não conseguíamos parar os bruxos e os inferi se aproximavam. Mas a sorte estava do nosso lado. A senhorita Granger, que viera apenas para dar o aviso, permanecera no campo de batalha. Graças a um feitiço muito bem realizado e muito pouco conhecido, começou a prender os inferi em grandes anéis de metais. Alguns bruxos, entendendo a idéia, começaram a prendê-los em grades espessas. Ao mesmo tempo que nos livrávamos do problema dos inferi, Moody subiu ao telhado e ordenou um ataque aos bruxos que ficavam impedidos de nos atingir embaixo, pois os inferi enjaulados formavam uma barreira sólida.”
“Mesmo em menor quantidade, os bruxos eram excepcionais no trabalho em grupo, revezando-se entre defesa e ataque. Mas eu conduzi metade do grupo debaixo para a lateral, para pegá-los pelo flanco. Plano que tenho que admitir que nunca teria dado certo se o senhor Weasley não tivesse atacado os bruxos por trás, causando uma grande distração. Pois pensavam ter apenas um portão fechado lá. E esperavam reforços que nunca chegaram”.
-E foi assim que conseguimos a vitória, sem baixas.
-Excelente! – exclamou o garoto. – Agora nossa preocupação são os próximos passos de Voldemort. Ele acredita que as forças que entraram foram suficientes para tomar controle do castelo. E virá com todo o resto agora pela floresta. – McGonnagal empalideceu com a notícia. - Mahcsid, por favor, avise aos líderes que cada raça que estiver do nosso lado. Obviamente precisaremos de intérpretes.
-Diretora, os principais integrantes da Ordem. Apenas os indispensáveis. Senhor Ministro, Juba Feroz, conto com a presença dos senhores. Vamos trazer todos para cá. Quem quiser ajudar, essa é a hora. Planejo fazer pelo menos um ataque na floresta. Voldemort conta que suas forças tomaram o castelo. E mesmo cauteloso, deve imaginar que pelo menos se encontra em estado de sítio. Além do que imagina ter um número mais do que realmente tem, acreditando que vai incorporar as forças de sítio ao seu ataque.
-Como sabe disso tudo, senhor Potter? – Dessa vez o ministro perguntou com educação e até um certo respeito.
-Ele me falou enquanto duelávamos no meio do seu exército. Muito bem, pessoal, temos no máximo uma semana até ele chegar na entrada da floresta, onde espero estar com um comitê de boas vindas. Quanto mais longe do castelo, mais cauteloso se tornará. Amanhã, formaremos um conselho de guerra, perto da orla da floresta. Boa noite! – e com isso se retirou.
Ainda teve que dar muitas explicações aos amigos, que depois se encarregaram de explicar para os outros alunos e convocar aqueles dentre os mais velhos que se interessassem em lutar. Por meio da A.D. entraram em contato com todas as casas.

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