Reencontro



O Reencontro



-Como vamos? – perguntou Harry ao professor depois de cumprimentar esse com um abraço.

-Aparatando. – respondeu simplesmente, ignorando a cara de espanto do garoto.

-Mas eu não posso.

-Como assim, não pode? Pensei que já soubesse.

-E sei, mas ainda não tenho licença.

-Não se preocupe. Comigo não vai haver problema. Creio que os detectores do ministério não vão detectar alguém tão jovem do meu lado.

-Se você diz... – respondeu Harry, pensando que já ouvira que seus poderes eram imperceptíveis perto dos de um adulto antes.

-Não se preocupe. Quando tivermos terminado o treinamento tenho certeza que vai ser o contrario, afinal, você é filho de Thiago. – pronto. Bastava compara-lo com o pai que Harry esquecia qualquer outra coisa. – Agora se concentre.

Logo estavam na rua, em frente ao Grimmald Place, 12. Harry sentiu uma pontada. Aquela casa não só lhe trazia lembranças de Sirius, mas também de Dumbledore. Seria doloroso ficar lá, mas seria somente por uma semana.

Entraram na casa e Harry tomou um susto. A casa estava mais cheia do que nunca. De certo modo o garoto esperava que com a morte de Dumbledore, a Ordem fosse se desfazer, mas percebeu estar redondamente enganado.

-Ninguém sabe de nada. – falou Lupin somente para ele ouvir, ao mesmo tempo em que Harry avistou Hermione e Gina conversando com um casal adulto, que o menino que sobreviveu reconheceu como o Sr. E a Sra. Granger, que ele só vira anteriormente na estação de King’s Cross.

A garota de cabelos castanhos começou a acenar freneticamente para ele, que se encaminhou em sua direção.

-Potter. – foi chamado no caminho pela profª Minerva. – Fico feliz que vá voltar para a escola. Assim pode virar um auror. Fora que depois que confirmou um bom número de alunos confirmou também.

Logo se juntou a Hermione, que pulou em seu pescoço quase o sufocando.

-Harry. Como você está?

-Bem, só um pouco sem ar. – acrescentou, deixando a amiga vermelha e fazendo-a soltá-lo.

-Esses são meus pais. Eles vieram pra cá também por ser mais seguro. O único problema é que tiveram que fechar o consultório por um tempo.

-Já falamos que se é pela nossa e principalmente sua segurança, não há problema. Além disso, vai ser legal conhecer seus amigos e um pouco mais sobre o seu mundo. Sem comentar que podemos passar mais tempo com nossa filhinha. – interviu o pai da garota, e parecia sincero.

-Oi Gina. – cumprimentou Harry a única pessoa que faltava. Sentiu o coração apertado, mas sabia que tinha feito o que tinha que fazer. Só esperava que a garota compreendesse.

Ficaram se olhando por um momento, mas logo a garota saiu correndo escada acima, fazendo todos olharem para ela.

-Ela está sofrendo. – comentou Hermione com aquela cara que só ela e a profª McGonnagal sabiam fazer. – você deveria no mínimo conversar direito com ela.

-Mione. Eu também to sofrendo, mas é o melhor.

-Não tenho tanta certeza. Você já perdeu tanta gente que amava...

-POR ISSO MESMO. NÃO QUERO PERDER MAIS UMA PESSOA QUE AMO!!! – gritou, se descontrolando. Todos presentes, que deveriam somar mais de vinte pessoas se viraram para ver o que acontecia.

Harry, entre arrependido e envergonhado subiu para ficar sozinho. Entrou no quarto batendo a porta e deu de cara com um garoto ruivo que consolava uma garota com cabelos igualmente vermelhos.

-Oi Harry. – cumprimentou Rony com um abraço. – Vocês precisam conversar. – saiu encostando a porta com uma calma que Harry nunca vira antes.

-Gina... – chamou o garoto, com a voz insegura.

-Eu vou sair daqui. – e se levantou e foi em direção à porta, mas Harry a segurou.

-Por favor, vamos conversar. – falou dessa vez mais seguro. Ela se sentou na cama. – Gi, sei que é duro, mas a gente num pode continua junto.

-Já que num vai descansar enquanto num falar disso, vou fingir que estou interessada. Por que não, Potter? – ser chamado pelo sobrenome daquele jeito magoou ainda mais o garoto, mas estava determinado a esclarecer tudo.

-Pensei que tivesse entendido. Eu não quero te envolver nessa guerra. Voldemort vai, com certeza, ir atrás de todos que eu gosto, com já tem feito. E ainda pior, imagina se a gente se envolve e eu acabo morto. Nunca me perdoaria por te machucar.

-Acredita em mim. Não te ter por perto enquanto está vivo é muito pior. E se morrer gostaria de saber que aproveitei cada momento com você.

-Mas e se Voldemort for atrás de você. Você sabe que ele vai fazer de todo pra chegar até mim.

-Correr esse risco ou não deveria ser OPÇÃO MINHA. – terminou ela gritando, agora exaltada, se levantando.

-Mas eu não agüentaria te perder. Eu te amo demais.

-VOCÊ É UM IMBECIL EGOISTA QUE NÃO CONSEGUE VER QUE JÁ ME PERDEU!!! – berrou ela começando a socar o peito do garoto, que a abraçou até que ela parasse. Os dois choravam. Passos subiam a escada, provavelmente por causa dos gritos. Harry sacou a varinha e vedou a porta. Não seria interrompido.

-Por que fez isso?

-Porque não quero que nos interrompam.

-Não isso. Isso. – disse mostrando sua mão que estava entrelaçada com a do garoto, com uma expressão confusa. Harry não percebera o que fizera.

Eles olhavam nos olhos um do outro. Ambos haviam chorado. Sem conseguir pensar em mais nada, Harry a puxou para perto de si e a beijou. No começo, ela não reagiu, mas logo o empurrou para longe.

-O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – ela tinha raiva nos olhos.

-Eu te amo, e se você aceitar minhas desculpas, quero te ter de volta. – ela o olhou incrédula e ele achou que ela fosse explodir de vez, mas ao invés ela simplesmente caiu sentada e começou a chorar. Ele se aproximou devagar e se sentou ao lado dela.

-Você está falando sério?

-Nunca falei mais sério em toda minha vida. Falando com você, eu percebi que não conseguiria viver sem você. E além disso, não faria o menor sentido eu lutar pela paz e amor e negar o amor para mim mesmo.

-Harry Potter, não brinca comigo.

-Eu não estou. Se me desculpar e me aceitar de volta, prometo fazer de tudo para desfazer o mal que te fiz. Prometo te mimar e te amar.

-Harry... – e ela o beijou. Foi um beijo com sabor de lagrimas, cheio de paixão.

-Me promete uma coisa? – pediu o garoto quando interromperam o beijo, sem ar – Se algo me acontecer, me promete que vai seguir em frente.

-Mas...

-Sem mas. Me promete.

-T-Tudo bem, eu prometo. Mas nada vai te acontecer.

-Gi, você conhece a profecia. Sabe que as chances de algo me acontecer são grandes.

Harry retirou o feitiço da porta e ao abri-la encontrou toda a família Weasley e Hermione encostados atrás dessa.

-Oi Harry, querido. – a Sra. Weasley o abraçou forte e o garoto percebeu que ela estava com a voz embargada e os olhos inchados. – Você já jantou?

-Sim, senhora. Obrigado. Orelhas extensivas? – perguntou e viu o sorriso na cara dos gêmeos.

-Fechamos a loja. Vamos fornecer coisas somente para a Ordem, sabe. Não queremos comensais usando nossos apetrechos. Quando a Guerra acabar, voltaremos para o mercado. – falou Fred, com um tom de desculpa.

-Bom, é melhor dormir, Harry, querido. Daqui quatro horas tem que levantar para ir para o ministério fazer o exame de aparatação com o Rony.

Todos deram boa noite e Harry e gina se despediram com um beijo. Rony, Harry e os gêmeos dormiriam no mesmo quarto, porque a Ordem estava cheia.

-Por que a Ordem está tão cheia?

-É o único lugar fora de Hogwarts que ainda parece ser seguro. Se bem que depois do que aconteceu com Dumbledore...- explicou Jorge.

-Melhor dormirmos. – cortou Fred. Harry estranhou, mesmo compreendendo, a seriedade dos gêmeos.

-Ah, e só pré deixar claro. se magoar a Gina de novo não vai sobrar muito do menino que sobreviveu. – avisou Jorge com a aprovação de Fred e Rony.





NA - desculpem nao ter continuado antes, mas estava viajando... prometo fazer o possivel para para postar pelo menos um capitulo por semana.... pelo menos enqto continuar recebendo comentarios... ah, e o shipper nao eh spoiler, porque eu poderia estar escolhendo juntar os dois agora.... agradeço as ideias e espero que continuem me ajudando a nao cometer erros...

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