De Volta ao Cemitério



De Volta ao Cemitério

Harry encarou o velho portão por alguns segundos, antes de empurrá-lo. Ele nem se mexeu. Harry ao tocar nas grades de ferro sentiu o quanto o lugar estava cheio de magia negra.
-Alohomora. – tentou. Seu feitiço saiu branco azulado, diferente do normal e o portão abriu vagarosamente, rangendo. Entrou, seguido de Mione, que colocara a mão no seu ombro, como se precisasse ser guiada.
-Harry, to com mau pressentimento.
-Deve estar sentindo a magia negra que guarda esse lugar. Se aqui não tem uma horcruxe, temo o que possa causar essa sensação.
Mesmo sendo dia e estando um sol intenso do lado de fora, dentro do cemitério escuro. Um breu como uma noite sem lua.
Pé ante pé foram andando. Usando o feitiço de presença de almas, a varinha da morena apontou para o meio do cemitério. Harry ainda lembrava bem daquele lugar. E mesmo à distância, foi capaz de reconhecer o túmulo do pai de Voldemort.
-AAAAAHHHH!!!! – Harry ouviu a amiga gritando às suas costas ao mesmo tempo em que sentiu sua mão deixar seu ombro.
Virou rapidamente e a viu sendo içada no ar pelo tornozelo por uma espécie de cipó. Mas ao mesmo tempo em que virava percebeu um vulto que quase o acertara. As árvores dali certamente eram como o salgueiro lutador.
Nova investida da árvore e ele só conseguiu escapar aparatando no alto da que se encontrava sua amiga.
Usando um feitiço não verbal (que para ele era o mesmo que verbal depois de todo o treinamento) rompeu o galho em que a amiga era balançada. Mas pra seu desespero percebeu só quando era tarde demais que ela cairia no chão, desamparada.
Tentou um feitiço, mas errou o alvo. Ela morreria. Tudo fora rápido demais. Antes de ele poder pensar em mais alguma coisa viu aliviado ela aparatando e momentos depois sentiu uma pancada forte na nuca. Caiu e, seguindo o exemplo da amiga, aparatou.
Aparatou de volta na entrada, ao lado do portão.
-Incêndio! – não faria mal a árvores comuns. Mas aquelas, podia sentir, eram malignas. Não estavam sob algum tipo de feitiço. Eram independentes. E faziam mau por prazer.
Da ponta de sua varinha saíram bolas e fogo que em poucos segundos acabaram com a existência das árvores que os atacavam.
Procurou ao redor por Hermione, mas não a encontrava. Preocupado decidiu seguir em direção ao túmulo, onde acreditava estar escondida a horcruxe. Hermione provavelmente aparatara lá. Recomeçando a andar, ouviu com desespero, novo grito da companheira.
Começou a correr na direção da voz dela que soava cada vez mais desesperada. Quando a encontrou, estacou. A cena era, no mínimo, horripilante.
Acromântulas com o triplo do tamanha de Aragog cercavam a garota, que era segura por uma teia gigante. Ela tentava inutilmente espernear. Harry lançou um novo feitiço incendiário, mas dessa vez mirando na teia que prendia a amiga. Mas essa era muito resistente e o feitiço apenas a balançou e chamou a atenção das aranhas, que começaram a bater as pinças.
Logo, mais e mais apareceram. Totalizavam mais do que quinze.
“De onde saíram tantas?” pensou o garoto enquanto via a maior, aparentemente líder mandar as outras atacarem-no enquanto se divertiria com a garota.
Harry rapidamente pega o arco e com um tiro certeiro, liberta a mão direita de Hermione. A mão da varinha.
Mas não teve tempo para mais nada, pois a tropa de acromântulas corria em sua direção ferozes. Visando ganhar tempo, aparatou do outro lado, atrás de Hermione.
“Péssima escolha!” Percebeu quando sentiu seus pés presos. Sabia que não poderia mais aparatar, pois estava magicamente preso. Aprendera sobre essas criaturas malignas com os centauros.
“-Nem todas são malignas. Mas justamente as malignas são as maiores e mais fortes. Mas são medrosas. Nunca entram numa batalha que não tenham certeza que vão vencer, muito menos lutam sozinhas”.
Lembrando-se das aulas, percebeu como era burro. Sabia como se livrar delas. Tinha aprendido um feitiço em seu segundo ano, mas não sabia se funcionaria. Naquele ano dera certo, mas as aranhas definitivamente eram bem menores.
“Mas estavam em menor quantidade!” – pensou Harry, tentando se encorajar.
Atacou. E obteve sucesso. Uma aranha voou para longe e caiu morta ou desacordada. Mas ao contrario do que previra, as outras atacaram com mais fúria ao invés de se amedrontarem. Quando lançou o segundo feitiço, sentiu uma dor lacerante no braço esquerdo.
Quando aparatou atrás da amiga, esqueceu-se que a líder das aranhas permanecera perto dessa. E esse erro custara caro. Agora estava no chão, com uma aranha enorme sobre ele. E apesar de ter se soltado, sua varinha voara longe.
Quando a acromântula se preparou para o bote, o garoto recorreu a sua última esperança. Desembainhou a espada de Grifindor e brandiu-a com bravura. Ao ser encravada na divisa do pescoço e tronco da inimiga a espada emitiu um forte brilho vermelho e Harry sentiu o peso desabando sobre si.
As outras aranhas, tomando as dores da líder, e vendo seu inimigo preso, começaram a bater as pinças, se aproximando perigosamente.
-Mobilicorpus. – e com um gesto de varinha, Hermione fez a acromântula que prendia o amigo sair voando em direção às outras, acertando uma.
Harry percebeu o sacrifício da amiga. Ela ainda estava presa e muito mais próxima da tropa. Seria morta. Tudo para lhe dar tempo de se salvar.
Harry, guiado pelos instintos, se levantou e com uma segunda flecha bem atirada livrou a outra mão da garota. Agora a tropa se dividia, metade ia em sua direção, e a outra na da garota. tentou então acertar uma flecha na aranha mais próxima. Mas nada. Sal carcaça era muito dura.
Respirou fundo e tentou se acalmar. Todo aquele treinamento não podia ter sido em vão. Lembrou-se então que não precisava de varinha para fazer feitiço.
-Mas nunca vou fazer um forte o bastante sem um condutor. – falou para si mesmo, pouco antes de ter a idéia. – Como sou burro. Accio varinha. – esse feitiço era simples e com a varinha talvez tivesse alguma chance.
Começou a lançar feitiço atrás de feitiço, tomando o cuidado de aparatar em altos de lápides e perto das grades para não ficar preso novamente.
As últimas acromântulas a serem atingidas tentaram fugir, como covardes que eram, mas o garoto não demonstrou piedade. No final, com a ajuda da espada de grifindor, libertou a amiga, exausto.
-Brigada. – ela o abraçou emocionada e aliviada. – Prefere voltar para Hogwarts e terminar o que temos que fazer aqui amanhã?
-Não. Já demoramos muito. Tempos que terminar isso hoje.
-Mas e o seu braço? – mesmo ele não demonstrando dor, ela tinha certeza de que devia estar doendo, afinal, levara um golpe que arrancara um pedaço da carne.
-Tenho certeza que não faz diferença cura-lo agora ou depois. Minha mira não vai ser afetada, porque não sou guiado pelos olhos ou braços. – falou meio enigmaticamente.
Porém, aceitou um pedaço de um chocolate especial que ela lhe oferecia.
-Madame Ponfrey me ajudou a fazer a poção de animar que está dentro dele.Vai te ajudar a recuperar as forças. – realmente. Lançar todos aqueles feitiços, aparatando e fazendo esforço o tinham deixado cansado, extremamente cansado.
-Pronto. – disse ele se levantando do lugar onde tinham sentado e se encaminhando até o túmulo. Agora vamos terminar isso.
Mione, sabendo que não adiantaria discutir, usou o feitiço que apontava diretamente para o túmulo.
Harry, sem emoção levantou toda a estrutura de pedra com um aceno de varinha.
Havia uma escada para o subterrâneo. Largou os pedaços de pedra de qualquer jeito e desceu sem enrolação. Sabia que não tinha mais tempo a perder.
A escada terminava numa caverna pequena e redonda, iluminada apenas por uma luz rosa, que vinha do fundo.
Dentro da caverna, sentiu sua felicidade sendo sugada. Mas não havia dementadores por perto. Disso tinha certeza. Então, por que aquela sensação?
Sentiu Hermione fraquejando ao seu lado, desmaiando logo após uma tentativa de conjurar um patrono.
Novamente sua mente voltou aos ensinamentos passados pelos centauros. Aquela luz rosa, aquela sensação. Tudo aquilo só podia significar uma coisa.
Encaminhando-se para o fundo da caverna confirmou suas suspeita. Uma ametista do medo. Era uma pedra carregada com poderosa magia negra que sugava a alma das pessoas, começando pela felicidade.
Agora sim não podia perder tempo. Não teria forças para voltar e tirar Hermione da caverna. E de qualquer jeito, tinha que ir em frente.
Tentava pensar em qualquer coisa feliz, mas nada lhe ocorria.
-Droga, se pelo menos a Gina tivesse aqui... Gina... É isso.
Pensando na noite anterior com a namorada, usou o feitiço mais forte que conseguiu conjurar. Pensando no mais simples e puro amor, lançou na pedra o feitiço que poderia destruir um dementador.
Não surtiu efeito. Sentiu as pernas fraquejarem. Tinha usado muita energia no feitiço. E este falhara. Caiu sobre os joelhos.
Começou a ouvir os gritos da sua mãe.
Mas para seu espanto, tudo ficou em silencio repentinamente.
A pedra, antes rosa, começou a tomar uma coloração avermelhada, logo ficando laranja e em seguida amarela. E o silêncio foi interrompido.
Com o barulho alto de uma explosão, a pedra se partiu em dezenas de pedaços, voando estilhaços para todos os lados. Por reflexo o garoto tapou o rosto com os braços, mas sentiu sua pele sendo perfurada nas outras partes do corpo.
“Pelo menos a Mione desmaiou longe e não deve ter sido atingida”.
Sentiu o sangue começando a descer pelo corpo. Olhou para baixo e não viu uma mancha vermelha, mas sim uma preta. “Droga de pedra. Infectou-me com magia negra”.
Olhou de novo para onde a pedra antes estava e não viu mais nada. Só enxergava a escuridão. Tentou se levantar, mas não conseguiu.
Seguindo os instintos, ergueu a varinha, apontou para a pedra que servia de suporte para a ametista e lançou um feitiço que a partiu ao meio. Em seguida, desabou.





N/A - por favor, comentem... atualizei o q deu... agora soh continuo se comentarem.. .quero saber o q taum achando.... ah e naum deixem d votar tbm...

Ps. queria agradecer a tdos q comentaram, mas em especial ao victor arashi q tem comentado sempre.... ah, e soh queria dizer q mesmo adorando elogios gostaria q fizessem criticas construtivas.... tipo, q pudesse melhora a historia pq qm ganharia naum seria soh eu mas todos q lessem....

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