donna esta certa ganhar e muit

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Lily voltou à sala comunal após uma caminhada à noite com Mary e Donna, por volta das oito e meia. Menos sossegada que agitada, a maior parte da caminhada se passara com uma discussão entre Lily e Donna sobre o auror Lathe.


"Ele não é mau!" reclamou Lily. "Poppyfield", acrescentou para a Mulher Gorda, que abriu o buraco no retrato em resposta à senha correta, permitindo que as três bruxas entrassem na torre. "Ele foi inteligente e descontraído. Eu gostei dele."


"Ele foi grosso," respondeu Donna. "Ele ficou dizendo que eu..."


"Você apenas não aceita críticas," interrompeu Mary. "É verdade, Don, por geralmente fazer tudo com perfeição, se alguém se atrever a fazer uma correção você fica ressentida. Deve ser por isso que não gosta do Professor Slughorn."


"Eu aceito críticas," vociferou a outra. "Como eu toleraria andar com você o tempo todo, Mcdonald? Você está sempre pegando no meu pé."


"Por favor," zombou Mary. "Nos últimos dez minutos, você me disse que meus cosméticos me fazem parecer uma prostituta profissional, que meu gosto para homens estimula essa teoria e que esses sapatos desfavorecem as minhas pernas. Sou eu que estou sempre pegando no seu pé?"


"Eu disse que a maquiagem faz você parecer uma prostituta profissional," disse Donna. "Não que vocêera realmente uma. Isso não significa quase nada."


Lily as conduziu em direção à lareira, mas o número de alunos na sala comunal no momento tornava inviável se sentar. "Está vendo, Donna," disse a ruiva. "Era isso que eu estava tentando te dizer na outra manhã. Você não tem que ganhar todos os debates."


"Eu estou só me defendendo."


"Não, você está transformando numa discussão. Como Potter sempre faz, certo? Ele pega uma coisa simples como um cumprimento e transforma numa competição... dando um apelido estúpido que ele sabeque você não vai descobrir o significado, mas não vai poder perguntar a ele porque isso significa que ele ganha... pois ele transformou tudo numa competição."


"Não estamos mais falando de mim, estamos?" indagou Donna.


"Às vezes," reiterou Lily, "você tem que deixar as coisas de lado."


Donna fez careta. "Mas ganhar é tão... bom."


Lily assentiu e deu uma tapinha no ombro da amiga em solidariedade.


"Ei, Snaps," disse uma nova voz e Potter apareceu. Ele sorriu alegremente para ela, como se fossem melhores amigos. "Teve um bom dia, não é?"


"Eu não vou perguntar," disse Lily friamente. "Desculpa, Potter, você perdeu, pois eu não me importocom o que seu apelido idiota significa." Ela realmentetentou ser convincente.


"Tem certeza, Snaps?"


"Sim."


"Porque você diz que eu perdi, mas sinto como se tivesse ganhado. Especialmente já que você pediu a Sirius para te dizer o que significava."


Lily fez careta para Black. "Você disse que não ia contar."


"Eu disse que ia pensar," respondeu Sirius defensivamente. "E é força do hábito contar tudo a James... apenas meio que escapou. Ele pareceu tão contente quando contei... como uma criança levada no Natal."


James socou o amigo no ombro.


"Eu vou para a cama," anunciou Lily, ignorando o fato de que ainda não eram nem nove horas. "Boa noite, gente." Ela começou a se retirar.


"Isso é meio indelicado," observou James.


"Bem, sempre que sou educada com você, você é um completo idiota," retrucou a ruiva. "Eu decidi não ser enganada pela esperança de que talvez, dessa vez, você vá realmente mostrar algum sinal de humanidade."


Destemido, James assentiu sabiamente: "Boa ideia, Snaps."


Sirius suspirou e se voltou para Peter: "Isso poderia continuar indefinidamente – quer ir comigo enganar alguns quintanistas e arrancar alguns galeões?"


"Snap Explosivo?" perguntou Peter, com o rosto iluminado.


"É claro."


"Vocês sabem como trapacear no Snap Explosivo?" indagou Donna, claramente impressionada. Sirius assentiu.


"Podemos participar?" perguntou Mary.


"Se vocês acham que podem se desligar desse intrigante entretenimento." Sirius acenou com a cabeça na direção de James e Lily, que ainda discutiam.


"Daremos um jeito."


Os quatro partiram, mas nem James nem Lily perceberam. "Ah, por favor," zombava ela. "Você pode apenas... pelo mais breve dos segundos, fingir que seu ego incrivelmente enorme vai permitir que seu cérebro infinitamente pequeno compreenda que a vastidão do universo, ao contrário do que parece acreditar, não gira em torno de você?"


"Por Deus, Snaps, eu não preciso de sua historia de vida! O que dizem sobre brevidade e sabedoria?"


"Não cite Shakespeare para mim." (Como se ele tivesse blasfemado) "Você não tem permissão para citar Shakespeare para mim. Shakespeare mepertence... você é apenas um idiota fingido."


"Eu nem mesmo sei o que é Shakespeare. Qual é o seu problema, afinal?"


"Meu problema é apenas você, Potter, na verdade!"


"O tamanho do seu moralismo nunca deixa de me desnortear e surpreender, Snaps."


"O abecedário nunca deixa de te desnortear e surpreender."


"Ah, eu sinto muito... que nota você alcançou nos N.O.M.s mesmo? Foram... sete O‘s? Espera. Não. Esse fui eu."


"Santo Merlin, sério? Acho que você não contou a ninguém ainda... exceto uma vez a cada dez minutos desde que pisou na plataforma!"


"Engraçado." Ele sorriu. "Pelo menos eu tenho algo do que me gabar."


Lily suspirou pesadamente. "Isso é idiota," disse ela após algum tempo. "Eu não vou mais fazer isso. Não vou brigar com você. Não vou falar com você. Eu vou te ignorar. Tudo vai ficar bem melhor se nós apenasnão interagirmos."


"Por mim tudo bem, Snaps."


Com um último olhar, Lily girou nos calcanhares e rumou para o dormitório. Ela parou antes de alcançar as escadas.


Snaps.


Virando-se mais uma vez para encarar Potter, a ruiva agora tinha um sorriso no rosto. James não sabia porque, mas era um tanto intimidador (fantástico, também). Ela caminhou de volta até ele. "Gingersnaps," disse ela. Ele piscou. "Gingersnaps… ginger-buscuits… a sobremesa." Ela apontou para o próprio cabelo. "Ginger. Snaps." Sarcasticamente: "Muito esperto."


James começou a sorrir. "Bravo."


"Decifrar o que se passa em sua cabeça é realmente simples," comentou Lily, fingindo meiguice. "Eu deveria saber que tinha a ver com comida." Ela deu as costas e novamente caminhou na direção de seu dormitório, lembrando-se de dizer a Donna mais tarde que ela estava certa.


Ganhar era muito bom.

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