sala comunal



A sala comunal da Grifinória estava cheia aquela noite. O fogo ardia, e com Carlotta e Adam de volta aos seus dormitórios, finalmente parecia ser admissível rir em voz alta. Assim, a maior parte dos alunos da Casa tinha se reunido no salão comunal, e tudo – é o que parecia – voltara ao normal.


Torneios de xadrez, jogos de bexigas e rodadas intensas de Snap Explosivo abundavam todo o cômodo, todos conversavam em voz alta – pela primeira vez sobre coisas completamente normais de adolescentes. Foi em meio a essa cena que James chegou, vindo do dormitório, onde Remus estava descansando, pois se sentia doente. O capitão de quadribol passou os olhos pela sala à procura de alguém interessante. Sirius, Peter e Lily estavam ausentes, mas Adam McKinnon estava em uma cadeira perto da lareira, com um rolo de pergaminho e o livro de Poções.


James sentou-se por perto. "Fazendo lição de casa no sábado à noite, McKinnon?" perguntou, passando a mão pelo cabelo bagunçado. "Cuidado, muito entusiasmo não é saudável."


"Muito engraçado," respondeu Adam. "Eu não estou tevendo pendurado em nenhum candelabro."


"Meus amigos me abandonaram," disse James. "Então... você está... sabe... se sentindo bem? Nenhum outro impulso suicida?"


Adam o encarou. "Tato não é do seu feitio, é?"


"Temo que não."


O outro deu de ombros. "Bom, eu estou bem. Sabe, apenas me acostumando com os segundanistas que apontam para mim quando passo nos corredores."


"Hum, as pessoas apontam para mim também," suspirou o capitão. "Mas por razões completamente diferentes. Um rápido e eficiente Levicorpus pode acabar com isso."


"Sim," disse Adam secamente, "porque isso funcionou muito bem com você."


"O que quer dizer com isso?"


"Dizer? Ah, nada."


James arqueou as sobrancelhas. "E você, McKinnon? Estudando sozinho? Marlene Prince não costuma ser sua companheira de estudos? Imagino onde ela pode estar..." Ele olhou em volta da sala comunal como que procurando.


"Eu não tenho ideia de onde Marlene está," respondeu Adam com firmeza.


"Não tem?" murmurou James.


"Quê?"


"Quê?"


Adam franziu o cenho. "O que quer dizer com isso?"


"Dizer? Ah, nada." Os dois garotos se entreolharam por um momento. "Eu vou deixar você voltar à lição de casa," disse James por fim, levantando-se.


"Boa sorte em encontrar seus amigos," disse Adam.


Com um aceno de cabeça, James saiu do sofá. Pouco depois, o buraco do retrato se abriu e Marlene Price tomou o assento que ele tinha ocupado. A garota estava se desculpando por alguma coisa, mas Adam não mostrou nenhum traço de ressentimento. James sacudiu a cabeça em entendimento e estava considerando enganar alguns quintanistas para faturar alguns galeões jogando Snap Explosivo quando alguém bateu em seu ombro.


"Oi, Alice."


"Olá, James," respondeu Alice Griffiths, parecendo um tanto desgastada. "Você viu Frank por aí?" O capitão de quadribol lhe disse que não vira. "Droga. Bem, obrigada mesmo assim. Talvez ele tenha alguma reunião de monitores ou algo assim…"


James teria lhe dito que não havia nenhuma reunião de monitores marcada aquela noite (Remus quasenunca perdia as reuniões, não importava quão doente se sentisse), mas não teve chance de fazê-lo, já que ela saiu correndo imediatamente. A garota despareceu pelo buraco do retrato, que ainda não se fechara atrás dela quando Sirius adentou a sala comunal.


"Já não era sem tempo," disse James, aproximando-se do amigo. "Onde você foi, pelo amor de Deus?"


"Chá," respondeu o outro.


"É um pouco tarde, não é?"


"Com o Tio A."


"Tio A?" repetiu James. "Isso é idiota." Então, a graça da situação lhe ocorreu. "Você tem noção que acabou de tomar chá com um professor? Você é praticamente um monitor puxa-saco agora. Acho que vão te fazer monitor-chefe ano que vem!"


"Vá se foder, Potter. Ele não é um professor de verdade; é meu tio." Eles se sentaram mais próximos do canto que havia na sala circular. "Ele é praticamente meu único parente decente, sabe. Tenho que visitá-lo de vez em quando."


James sorriu, o que Sirius interpretou como zombaria e respondeu com um tapa na nuca do amigo.


Ficaram sentados conversando sobre o que se passava em suas cabeças por um tempo, antes de Peter Pettigrew chegar – das cozinhas – e sentar-se com eles. "Como estavam os elfos domésticos?" perguntou Sirius. "E o que trouxe para nós?"


Peter entregou uma bandeja de sobras de sobremesa. "Eles não tinham mais nada que sobrou do banquete de boas-vindas," disse a Sirius. "Embora eu não sabia porque você ia querer comida de onze dias."


"A comida do banquete de boas-vindas é superior, é por isso," respondeu o Sr. Padfoot. "Eles encomendam metade das coisas de Hogsmeade, sabia?"


"Não, não sabíamos," disse James. "E estamos meio assustados que você saiba."


"Eu presto atenção ao que como," disse Sirius, indignado. "Não me odeiem por meu avançado conhecimento."

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