Sonserina




Laís respirou fundo para sentir o cheiro do local que mais queria estar na sua vida.Ela e Giselle,já com as suas vestes de Hogwarts,saíram do trem e se depararam com um meio gigante que dizia:
–Alunos novos por aqui.Não tenham medo.Cheguem mais perto.
Giselle e Laís seguiram o meio gigante.Laís entrou em seu próprio devaneio,observando a paisagem negra e escura da noite.Quando Giselle despertou a amiga,ela se deu conta de que já estavam nos barcos.Laís observava tudo.O Lago,o castelo de Hogwarts e a floresta que não muito longe dali.Ela achava que talvez fosse um sonho,mas com certeza não era.Era tudo real.Mas a sensação de estar num barco,vendo com todos os detalhes o castelo de Hogwarts só ela poderia explicar.Logo,eles chegaram ao castelo.Foram guiados até a entrada e deixados por Hagrid ali mesmo.Logo,surgiu Minerva McGonagall.Ela caminhava calmamente em direção aos alunos mas logo reparou na expressão de uma aluna em particular.A garota sorria abertamente para ela e seu corpo parecia ter sido congelado por um feitiço.A professora retribuiu o sorriso,o que fez com que a menina ficasse ainda mais feliz.
–Bom,dentro de instantes teremos a cerimônia de seleção.Vocês serão selecionados para as suas casas e farão parte dela até que terminem a escola.Portanto vocês não poderão fazer nada de errado por que a casa de vocês perdem pontos.Assim como perdem,podem ganhartambém.No final do ano,a casa com mais pontos ganha a Taça das Casas.
Todos olhavam atentamente para Minerva,que olhava com um certo receio para os alunos,em especial,para Laís.Talvez ela soubesse que Laís era afilhada de Snape e tivesse receio para com o comportamento da menina,ou talvez ela só não tivesse gostado da menina logo de cara.Em todo caso,a professora chamou os alunos e eles entraram no salão principal.Laís e os outros alunos olhavam tudo atentamente.Todos os olhares dos alunos mais velhos caíram sobre Laís,que corou ligeiramente.Ela logo avistou Alvo Severo,e deu um sorrisinho envergonhado para ele.Ela também viu seu padrinho e Dumbledore conversando na mesa dos professores.Ele parecia preocupado.O olhar dele logo pousou sobre Laís, e fez com que ela sorrisse cada vez mais.Ele,porém não retribuiu o sorriso.Laís não se preocupou pois sabia que ele tinha uma imagem a zelar.
As atenções se voltaram para o chapéu seletor,que fez uma canção breve e sem muita emoção.Logo,a professora McGonagall voltou a falar:
–Vou chamar os seus nomes ,vocês sentarão nesse banquinho e colocarão o chapéu.
Todos assentiram e ela tornou a falar:
–Barrie,Daniel
O garoto chamado foi para a Corvinal,depois uns trigêmeos foram todos para a Grifinória.Vários alunos foram chamados,e quando sobraram apenas cinco,Laís ouviu:
–Tenaviald,Laís.
Snape e Dumbledore se arrumaram na cadeira para poderem enxergar melhor.De fato,Snape estava preocupado com a casa que Laís poderia ir.
A menina caminhou lentamente até o banquinho e se sentou.Seu corpo tremia sem parar.O chapéu logo falou.
–Uhum..vejamos.Tem uma enorme vontade de provar o seu valor e tem um certo desejo por uma certa casa mas o seu sangue a condena.
Algumas risadinhas na mesa da Sonserina ecoaram pelo salão e Snape lançou um olhar fulminante para eles,que pararam imediatamente.O chapéu voltou a falar.
–Tem certeza que não ficará na Grifinória?Ou na Corvinal?Ou na Lufa-Lufa?Tem certeza de que é a Sonserina? - o chapéu estava sussurrando - Mesmo?
Laís pensou com todas as suas forças na palavra "Sonserina" até que o chapéu gritou o mais alto que pode:
–Sonserina.
O peito de Snape explodiu de felicidade.Sua afilhada agora era da sua casa.Orgulho maior não poderia ter.
Na mesa da Sonserina,que deveria explodir em aplausos,apenas meia dúzia de alunos receberam a menina.Ela olhou para Snape,que estava com uma expressão feliz,e fez um aceno com a cabeça.Logo,as atenções voltaram para os últimos a serem selecionados.A amiga de Laís,Giselle,foi para a Grifinória.O penúltimo aluno,Antônio Turner foi para a Corvinal.Ele era um menino um pouco parecido com Snape.Seus cabelos eram compridos e caiam como cortinas em seus ombros.Porém seus olhos eram tão azuis que mais pareciam piscinas.Era visívelmente uma menino digno da casa Corvinal.Antes de se sentar,ele olhou para Laís com um certo afeto em seu olhar.Snape percebeu e jurou com todas as suas forças odiar aquele menino.
A garota riu sozinha ao perceber a fúria que faiscava nos olhos do professor.
Dumbledore deu alguns recados e logo o banquete começou.Laís não comeu muito.Ficou observando cada detalhe daquele castelo.Snape também não comeu.Estava preocupado com a rejeição que a garota sofreria nas mãos dos outros sonserinos.Olhava para ela sem parar,com medo de que algo acontecesse e ele não visse.Logo,o banquete acabou e Laís estava se dirigindo,junto com os outros alunos novos da Sonserina,ao salão comunal.
Quando chegaram,o monitor falou 
–Sangue-puro.
E a passagem se abriu.A menina entrou e se dirigiu para o dormitório.Tomou um banho gelado e ficou pensando
–Esse ano vai ser difícil.
Uma menina que dividia o dormitório com ela,se aproximou da cama onde Laís estava sentada lendo e disse:
–Ei,Tenaviald.O professor Snape quer falar com você.
A menina se levantou e se dirigiu até a sala comunal.A presença do professor era por si só um antidoto de falatório.Estava tudo muito quieto.Laís se aproximou do professor e disse:
–Professor Snape,o que deseja?
–Quero falar com você na minha sala.
Laís não protestou e segui o professor até as masmorras que não eram muito longe dali.Quando chegaram a sala,ela se sentou numa cadeira a frente da mesa de Snape e falou:
–O que deseja falar comigo?
–Quero uma explicação.
–Para que?
–Uma explicação de como você foi para a Sonserina se é nascida-trouxa.
–Eu pedi para o chapéu me por na Sonserina.
–Você pedir não é o suficiente.Você tem que ter pelo menos um gota se sangue mágico em você.
–Parece que não.
Laís tinha uma expressão irônica gravada no rosto,o que deixava Snape ainda mais irritado.
–Isso esta errado.
De repente,a expressão irônica deu lugar a uma expressão trite e sem vida.Laís perecia que ia chorar.
–Eu sei -disse ela se levantando - Você acha que é legal ser a primeira sonserina sangue-ruim que já existiu - Laís gritou o mais alto que pode.
Snape se levantou também e caminhou até a menina.
–Sabe que será um ano um pouco difìcil para você não sabe,Laís? - disse Snape com um ar doce
–Sei.Estou com medo. 
Snape abraçou a menina,que não se permitiu chorar.
–Não precisa ter medo.Eu estou aqui.Dumbledore está aqui.Nunca vou deixar que nada de ruim aconteca com você.
–Promete?
–Prometo - disse Snape dando um beijo na cabeça da menina.
Os dois ficaram ali por alguns minutos.Laís se sentia segura nos braços de Snape,como se nada pudesse ser capaz de machucá-la nem feri-la.Snape havia se tornado o pai que Laís nunca tivera.Que se preocupava e que zelava por ela.Ela pensou em falar "Eu te amo" para ele,mas ficou com medo da reação do professor.
Ela se soltou do abraço e seguiu para a porta.
–Tchau professor.
–Até amanhã,Senhorita Tenaviald.
A menina riu e saiu da sala.


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A menina de fato,preferia estar sozinha naquele lugar,por que assim poderia pensar.Nisso,ela se achava parecida com Snape.A capacidade de ser feliz sozinha.A única pessoa que precisava era Snape e ele dela.No começo,a menina ficou triste em não pertencer a casa de sua amiga Giselle.Ela era tão legal.Mas pensou que,já que não faria nenhuma amizade com alguém da sua casa,ter uma amiga grifinória não seria tão ruim.Laís passou a noite observando Pitty,a coruja que era de Snape e que agora lhe pertencia.A menina bocejou,deitou na cama e não demorou para cair na inconsciência.


PVO : Severo Snape
Depois da breve conversa que tive com Laís,fui andando rapidamente até o gabinete de Dumbledore.Quando entrei,ele não parecia nem um pouco surpreso com a minha presença,como se já soubesse que eu iria ali mais cedo ou mais tarde.
–Severo,veio falar sobre a garota,não?
–Sim,Alvo.
–Bom,eu sei porque ela foi para a Sonserina.
Fiquei um tempo pensando e conclui que só havia uma explicação.
–Ela é filha de bruxos.
–Pela primeira vez na sua vida,Severo,você está errado.
Fiquei completamente confuso
–Como assim,Alvo?
Ele se sentou na cadeira de seu pertece e fechou os olhos.
–Parece que a relação mágica que existe entre vocês se fortaleceu quando se tornaram mais próximos.O afeto que ela sente por você e você por ela fez com que você se tornasse o pai dela,uma vez que a garota nunca teve um pai de verdade.
–Ainda não entendo bem.Como ela nunca teve uma relação de pai e filha com o trouxa e eu sim,ela se tornou a minha filha?
–Em termos mágicos,sim.
Fiquei perplexo.
–Então o chapéu reconheceu ela como sendo a minha filha?
–Exatamente.Magicamente,o sangue dela mudou no momento em que você deixou de ser apenas o padrinho dela,e passou a representar uma verdadeira figura paterna para a menina.
–Tem um pouco do meu sangue nela?
–Sim,Severo.Parece loucura mas sim.É realmente muito raro um padrinho e a afilhada se tornarem próximos a ponto disso.
–Isso é loucura.LOUCURA,Dumbledore.
–Sei disso - ele sorriu
A porta do gabinete se abriu atrás de mim e surgiu Minerva McGonagall.
–Alvo!Severo! Alguém pode me explicar como uma nascida-trouxa foi para a Sonserina?
Dumbledore,calmamente explicou a Minerva do mesmo modo que me explicara mais cedo.Respondeu a ela as mesmas perguntas que fiz e por fim,eles tornaram a me encarar.
–O que foi? - perguntei num tom irônico
–Severo,você não poderá beneficiar a garota em suas aulas,uma vez em que ela é sua afilhada e membro da sua casa. - disse Minerva
–Sei disso,Minerva.Não pense que irei vangloriar a menina por esses motivos.Agora,se não se importam,eu vou voltar aos meus aposentos.Tive um dia cheio hoje.
Me levantei e sai do gabinete sem olhar para trás.Me dirigi até as masmorras para tentar dormir um pouco.Esse ano realmente será um ano cheio.




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