Confissões



Os dois passaram a última semana como estranhos.Mal se falavam.Para Snape,significava mais tranquilidade ,já para Laís,significava os seus olhos escuros e sua expressão vazia.
–Porque Snape me ignora? - pensava ela - Já sei.Eu sou um carma na vida dele,assim com eu era para o meu pai.
Lágrimas escorreram pelo seu rosto,enquanto ela observava o pôr-do-sol pela janela.''Toc Toc Toc'' ela ouviu na porta.
– Entre - disse,enxugando as lágrimas
Da porta,surgiram dois homens.Dumbledore e Snape.
– Laís - disse o velho sorridente
– Professor Dumbledore - disse a menina retribuindo o sorriso
Dumbledore olhou para Snape:
– Severo,deixe-nos à sós,por favor.
Snape assentiu,mas sem olhar para Laís.Ele fechou a porta.
A menina se sentou na cama,aonde Dumbledore estava.
– Laís,aonde está a sua varinha?
Ela pegou a varinha em cima da escrivaninha
– Aqui - disse ,entregando a varinha a Dumbledore,que suspirou e começou a falar:
– Laís,como você não comprou a sua varinha,ela ainda não está registrada.Em outras palavras você pode fazer qualquer tipo de feitiço que o Ministério não saberá.
–Então,como eu faço para registrá-la?
–No dia em que você for ao Beco Diagonal comprar o seu material para o ano letivo,deverá ir ao Olivaras.Ele registrará a sua varinha.
–Uhum...entendi
–Bom...mudando de assunto,eu percebi que você realmente tem uma grande afeição para com o seu padrinho...
A menina corou.Seus olhos só não escureceram porque ela estava na presença de Dumbledore.
– Sim - falou baixinho
–A quanto tempo não conversam?
–Desde o dia em que o senhor esteve aqui. - Dumbledore pareceu surpreso
–Mas isso faz mais de uma semana...
–Certamente - Laís respondeu triste
–Laís,você conhece o gênio daquele homem.Ele é muito frio para demonstrar os seus verdadeiros sentimentos.
–Sei disso
–Então porque está tão triste?
–Porque em algumas conversas que tivemos,ele disse que nunca me deixaria,mas não foi o que aconteceu.
–Laís - Dumbledore falou mais alto
–Sim...
–Ele nunca vai te deixar.Aquele homem adora você.Você tinha que ver o jeito que ele ficou quando falei de você...
–Como ele ficou? - Laís estava curiosíssima
–Vermelho,envergonhado e irritado.
Os dois riram.
Mal sabiam eles que Snape estava escutando toda a conversa atrás da porta.Laís voltou a falar:
–Eu gosto dele sim.O jeito sombrio e misterioso não em convence.Sei que por trás daquele sobre-tudo preto existe um homem gentil,corajoso e amável.
Dumbledore concordou e Snape,atrás da porta,corou.
–Deseja conversar sobre algo? - disse Dumbledore
–Não,professor.Já estou melhor.
–Bom,nesse caso,até setembro.
–Até setembro,professor.
Dumbledore saiu do quarto e Laís foi tomar banho.O professor encontrou Snape no alto da escada,e falou,sorrindo:
–Ficou escutando nossa conversa atrás da porta,foi Severo?
–Ora,Dumbledore - Snape estava bravo - É claro que não.
–Ah,é? Então não sabe dos elogios que ela fez á você?
Snape corou e se lembrou das palavras "Gentil,corajoso e amável"
–Certamente que não - Snape tentou falar num tom mais convincente possível.
–Ah,sim.Bom,até breve Severo.
Dumbledore foi embora.


PVO: Severo Snape

Como Dumbledore pode saber?Por Merlin! O que está havendo comigo?
Já sei.Admito.Gosto da menina.Ela me vê como um pai e eu ...eu a vejo como uma filha.Preciso me redimir.Preciso dizer a ela.
Me dirigi a porta do quarto da menina e bati na porta.
–Laís.Está ai?Precisamos conversar.
–Estou.Pode entrar.
Ela estava sentada na cama penteando os enormes cabelos castanhos.Estavam molhados.
–Saiu do banho agora?
–Sim...
–Laís - falei meio rouco - Preciso lhe pedir desculpas.
–Pelo que,professor? - ela pareceu surpresa
–Pelo o meu comportamento a semana toda.
–Acho que quem deve desculpas sou eu.Sou um carma na sua vida.
Cheguei mais perto dela,e olhei em seus olhos claros.
–Laís,você 
NÃO é um carma na minha vida.Você é a minha afilhada.Minha única família.
–Mas eu pensei - ela pareceu mais confusa ainda - que o senhor me achasse irritante...
–Às vezes acho sim.Mas ,na verdade,eu acho o mundo inteiro irritante.Mas só você entende os meus motivos para isso.Você me entende.Isso faz de você uma amiga.Uma amiga que eu nunca tive.
Ela me abraçou.Ela se sentiu segura em meus braços e eu me senti bem em não ter que ser frio com ela.
–Obrigada professor.Por tudo.
–Eu que agradeço.Se não fosse você eu não teria com quem me abrir.
Quando nos soltamos,comecei a contar a minha história.Minha vida.Minhas decepções.Minhas amarguras.Meus sentimentos.Algumas vezes ela parecia que ia chorar,geralmente quando o assunto era Lílian.
Ela também me contou sua história.Mas ela não me disse absolutamente nada sobre sua vida amorosa.Achei melhor não perguntar.Ao final disso tudo,já eram 11 da noite,ela precisava dormir.
Coloquei-a na cama e dei-lhe um beijo na testa.
–Boa noite,professor.
–Boa noite,pequena
Fechei a porta do quarto e me dirigi ao meu.Depois daquela conversa me senti mais leve.Nunca tinha tido uma conversa dessas,nem com Dumbledore.Tirei as minhas vestes e não demorei a dormir.

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