PVO: Laís Tenaviald

Meu Deus.Meu Deus.Tudo aquilo que eu acreditava e rezava para acontecer tinha acontecido.Eu realmente era uma bruxa.Eu estava indo para Hogwarts.E estava na companhia do meu herói,Severo Snape.
Depois do meu pequeno duelo com o bruxo,ele pediu para que eu apagasse a memória dos meus colegas.Fiz o que ele pediu,mas estava com pressa,então apagei a memória de 10 pessoas ao mesmo tempo.Depois disso,olhei novamente para Snape.Ele me olhou com uma expressão um tanto quanto esquisita.Parecia confuso quanto a minha capacidade em magia sendo nascida trouxa.Eu sabia que ele estava meio confuso desde o momento que me viu.
Ele disse que tínhamos que ir até a minha casa,para pegar as minhas malas e assim partir para sempre.Eu conjurei "Accio" para que minha mochila voasse pela janela da sala de aula e viesse até minhas mãos.Fomos caminhando meio rápido e eu estava admirando a minha varinha azul claro.Ele tentou quebrar o gelo dizendo:
–A Srtª sabe executar feitiços mais complicados?
–Como o Patrono? - respondi esperando que esse fosse o seu interesse
Ele perguntou se eu sabia qual forma o meu Patrono tomava.
Eu sempre achei que o meu Patrono fosse uma coruja,por que era o meu animal favorito,mas eu nunca executei um patrono na minha vida.
Chegamos até a minha casa e o meu pai estava como sempre gritando com a minha irmã.Entrei com raiva dentro de casa e apontei a minha varinha diretamente para o meu pai.Nunca tinha me sentido com tanta raiva dele e fiquei feliz quando um jato muito forte saiu da minha varinha quando gritei:
– Estupore! - ele caiu perto do sofá,então estuporei minha irmã e minha mão que se assustou com o barulho e tinha saído da cozinha.Olhei para a porta que estava aberta e lá se encontrava Snape,com uma expressão assustada,de como aquela garota poderia ter estuporado a família e não sentir tanto por isso.Acenei com a cabeça que estava subindo, me virei e corri para o meu quarto.Abri o guarda roupa e tirei 2 malas um tanto quanto grandes.Guardei todas as minhas roupas que se encontravam nas gavetas,inclusive as minhas vestes bruxas que eu tinha comprado pela internet.Em seguida me dirigi à minha escrivaninha junto a minha estante de livros.Peguei outra bolsa, na qual guardei todas as minhas coisas relacionadas à Harry Potter.
Meus livros,meus dvds ( mesmo sabendo que não teriam utilidade nenhuma ) meus bonecos,tudo.Precisamente tudo.Meu material de desenhos estava na escrivaninha,e guardei-os na minha mala .Fui até o quarto dos meus pais e tirei o notebook de baixo da cama e guardei-o na mala.Apaguei a memória dos meus pais e dei um beijo na testa de minha mãe e na testa de minha irmã.Sai de casa sabendo que nunca mais iria voltar.Snape estendeu o braço e eu fiquei um tanto quanto receosa por aparatar logo alí.Então,a vontade de me ver longe daquela vida trouxa e imunda surgiu de repente e peguei no braço do bruxo.Nós aparatamos e eu percebi que estávamos em Londres.

–Vamos até a minha casa.Lá eu lhe explicarei tudo.
Fomos caminhando pela Londres mais linda do mundo.Passamos por várias ruas,algumas bonitas e outras nem tanto,até que ele perguntou:
–Quantos anos você tem mesmo?
–12,porque?
–12?Nossa,podia jurar que você tinha 14.
–É,muita gente acha isso.
Chegamos perto da Rua da Fiação e eu senti o cheiro do rio imundo.Quando chegamos a casa,ele desfez os feitiços de proteção e me pediu para ir na frente.Quando passei pela porta não pude deixar de sorrir mais e mais.Aquela ENORME biblioteca particular de Snape era tudo que uma pessoa poderia querer.Ele refez os feitiços de proteção e entrou na casa.
–Bom,agora me siga.
Obedeci ainda com as malas na mão e com um sorriso enorme estampado na minha cara.Subimos uma escada e ele me indicou uma porta imediatamente a minha direita.
–Esse é o seu quarto.Aquela porta alí nos fundos do seu quarto dá para o banheiro.Pode tomar banho e se trocar.Trate de por uma roupa bem quente porque está bem frio.Pode ir arrumando o quarto do jeito que quiser.Estarei na sala se precisar de mim.Depois,jantaremos fora.Acabei de chegar de Hogwarts e não tive tempo de comprar nada.
–Obrigada,Snape.- foi a única coisa que pude falar.Em seguida não me contive e pulei em seus braços.Foi o melhor abraço que eu já dei na minha vida.Ele pareceu ter ficado sem reação.Não sabia o que fazer.Eu o soltei e ele deu um pequeno e quase imperceptível sorriso.
–Não precisa me agradecer.
Eu entrei no quarto e fechei a porta.Estava para começar a minha aventura.

PVO: Severo Snape

Desci apressadamente as escadas e sentei na minha poltrona.Porque aquele abraço me deixara estranho?Afinal,ela era só minha afilhada mágica.E nem sequer se conheciam direito.Comecei a olhar a sala e vi uma bolsa caída.Percebi que era da garota e peguei-a.
Dentro dela haviam vários livros trouxas,porém havia um livro do qual eu ainda me lembro muito bem.Os Contos de Beddle , O Bardo ,era estranho uma garota trouxa se interessar por aquele livro.Achei outros,como Animais Fantásticos e Onde Habitam,Runas Antigas e suas traduções,entre outros.Retirei também os livros da autoria de Joanne Rowling,os livros com o nome "Harry Potter" escrito numa letra brilhante.Retirei um deles,um verde.Dizia-se claramente na capa :
Harry Potter e o enigma do Príncipe.
Eu sabia que o tal príncipe era eu. J.K. Rowling escreveu tudo sobre nossas vidas detalhadamente naquele livro.Mestiça desgraçada.Ele havia matado eu,Alvo e tantos outros naqueles livros.Algumas mortes aconteceram sim,mas não tantas.
Quando abri o livro,havia algumas palavras escritas a tinta:
Este livro pertencem à Princesa Sangue-Ruim
Sorri ao me lembrar do meu auto-intitulamento como Príncipe Mestiço.
A garota estava descendo as escadas.Trajava umas roupas que eu reconheci imediatamente.Era uma das minhas capas pretas.
–Desculpe ,professor Snape,eu não tenho vestes de frio.Onde eu morava não fazia frio...então eu tomei a liberdade de conjurar um feitiço e tirá-la do seu guarda-roupa.Espero que o senhor não se importe.
Realmente eu não tinha prestado a minha atenção naquela menina como estava prestando agora.Ela era uma garota linda.Seus olhos castanhos escuros brilhavam mais do que qualquer estrela naquela noite,e seus cabelos castanhos caíam como ondas em seu corpo,seu cabelo era tão comprido que chegava a cobrir-lhe as nádegas.
Ela havia feito umas modificações na capa é claro.Tinha colocado um cinto verde esmeralda em volta da cintura,e tinha dobrado as mangas da capa,fazendo com que ficasse ainda mais bonita em seu corpo.E pude notar que ela cortara o colarinho,fazendo-o se transformar num decote.
–Não há problema algum.Amanhã sairemos e compraremos roupas para você,não se preocupe.
–Obrigada novamente,mas agora eu preciso que o senhor me conte tudo.
–Faremos isso no Caldeirão Furado.jantaremos lá hoje.
–OK.
Saímos de casa,e eu não me lembrava de ter visto a varinha da menina.Não sei,talvez ela tenha se perdido quando aparatamos,ou ela tinha deixado em seu quarto,mas não era hora de falarmos nisso.
Chegamos ao Caldeirão Furado e sentamos numa mesa.Pedimos o especial da noite,eu não comi,apenas pedi um uísque de Fogo.
–Bom,eu vou lhe explicar tudo.Se quiser pode perguntar o que for.

PVO: Laís Tenaviald

–Eu quero saber como e porque você existe.Eu te conheci como um personagem e agora estou em sua casa.
–Primeiramente,o personagem de Sra.Rowling não tem ligação alguma comigo.Mas tudo que ela relatou em seus 7 livros são verdade.Menos a parte da minha morte,menos a parte da morte de várias pessoas.A Guerra realmente aconteceu e o Lorde das Trevas realmente existiu.Potter realmente matou ele.Mas nem todas as coisas ditas naqueles livros são verdade. - ele me olhou tão profundamente nos olhos que meus olhos arderam.
–Hogwarts de fato existe,então?
–Precisamente.
–Mas a idade para se começar a estudar é 11 anos,não?
–Não.A idade correta para se ingressar em Hogwarts é 12 anos.
–Eu tenho 12...
–A senhorita fez aniversário em maio,o ano letivo só começa em setembro.
–Então eu terei realmente que ir até o Beco Diagonal,comprar coisas e ir de trem a Hogwarts?
–Sim.
–Mas,porque eu não posso continuar com os meus pais no mundo trouxa?Porque você invadiu a minha escola me procurando?
–Porque os nascidos trouxas não podem ingressar em Hogwarts e continuar vivendo no meio de trouxas.Quando um trouxa nasce e tem poderes mágicos, ele automaticamente ganha um padrinho.
–Um padrinho?
–Sim,um padrinho.Um padrinho com laços extremamente mágicos.A relação que eles tem é maior que o laço sanguíneo.
–E por acaso o meu padrinho é...-Não consegui terminar a frase.Eu já sabia qual era a resposta que ele me daria
– Sou eu - ele disse chegando mais perto de mim com o tronco
–Você é meu padrinho.E por isso eu vim morar com você?
–Isso.
–Você é uma espécie de tutor,para mim?
–Exatamente.
Eu não pude me conter.Um sorriso enorme se abriu no meu rosto.Meu padrinho,meu herói.
–Você leciona ainda em Hogwarts?
–Certamente.
–Qual matéria?
–Defesa Contra as Artes das Trevas.
Eu comecei a rir baixinho.
–Do que está rindo,senhorita?
–Nada...nadinha professor.
–Tem certeza?
–Sim...
Ele olhou no fundo dos meus olhos.Os olhos dele realmente eram bem difíceis de se decifrar.
–O senhor é realmente um ótimo oclumente,Snape.
–Como sabe que sou oclumente?
Eu mais fundo nos olhos dele,e ele murmurou:
–Ah,sim.Mas alguma pergunta?
–Sim.Como comprarei o meu material e minhas vestes se não tenho dinheiro algum?
–O meu dever é ser como um pai para você.Eu cuidarei de tudo,não precisa se preocupar.
–Obrigada mais uma vez,Snape.ah.. me desculpe por lhe chamar pelo sobrenome,é que estou acostumada.
–Pode me chamar do que quiser,desde que não seja...
–Ranhoso ? - falei baixinho mas ele ouviu.Pareceu bem perturbado
–Bom,você já comeu?
–Sim.
–Ótimo,vamos embora.
Nós caminhamos até a casa dele,repetiu os mesmos procedimentos para entrar e em seguida entramos.
–Bom,estarei em meu laboratório se precisar me chame.
–Ok,obrigada mais uma vez.
Ele apenas esboçou outro sorriso e saiu.Peguei a bolsa no chão e subi para o quarto.
Eu havia arrumado tudo:colocado minhas roupas no guarda-roupa , colocado minhas coisas de Harry Potter sobre a pequena escrivaninha e ,junto com meu material de desenho,e o notebook.Comecei a desenhar eu e Snape andando pela rua da Fiação.Me desenhei com um sorriso enorme no meu rosto,do mesmo jeito que me encontrava nesse instante.Nunca me senti tão feliz e tão viva na minha vida inteira.