O Mestre das Poções



Um apito muito intenso tomou conta do quarto e Harry acordou imediatamente. Era o encantamento usado para acordar os alunos às sete e meia, à tempo para as aulas. Quando se pôs de pé, Harry reparou que sua mochila já estava feita, e havia um monte de roupas dobradas sobre a cadeira ao lado de sua cama: seu uniforme. Uma blusa branca de botões e manga comprida, gravata vermelha e dourada (ele ficou meio preocupado, não sabia dar nó em gravata. teria que pedir ajuda), suéter cinza sem mangas, calça preta comprida e sapatos pretos. Vestes pretas com detalhes vermelhos e o brasão da Grifinória.¹ Ele vestiu a calça e a blusa branca, calçou os sapatos e desceu com as vestes, o suéter e a gravata no braço. Talvez houvesse alguém na Sala Comunal para ajudá-lo.


Quando ele desceu, deu de cara com Ashley, saindo do dormitório feminino, com as vestes, um suéter cinza e a gravata no braço.


- Também não sabe dar nó na gravata? - ele perguntou, rindo.


- Não. - ela riu também. Usava blusa de botões branca de manga comprida, saia de pregas preta cinco dedos acima do joelho, meia calça 3/4 (aquela até no joelho) cinza e sapatinhos preto estilo boneca.¹ - Estou me sentindo meio ridícula nesta roupa de menininha. Não combina muito comigo.


- Sério? Achei que ficou legal.


- Hm... Obrigada.


Nisso Rony desceu completamente vestido.


- Ué, por que não se vestiram ainda?


- Sabe dar nó na gravata?


Os três, agora completamente vestidos não tiveram muito trabalho para achar o Salão Principal, afinal, era só descer as escadas. Assentaram-se na mesa do café. Harry encheu uma colher de salsichas assadas mas quase as deixou cair no chão quando...


Centenas de corujas invadiram o Salão trazendo cartas e encomendas de coisas esquecidas para os alunos.


- É o correio. - explicou Rony. - Passa todas as manhãs. Ouvi meus irmãos falarem dele, mas não sabia que era tão barulhento.


- Quase morri de susto. - comentou Ashley, espetando uma salsicha.


O café da manhã seguiu sem outra grande surpresa como o correio, até porque, mais uma daquelas ia causar um infarte em Ashley.


As aulas começavam às nove, então às oito e quarenta e cinco o primeiro sinal tocou para que fossem todos para suas respectivas salas.


Quinze minutos para chegar em uma sala! Beleza, certo?


- A gente já passou aqui. - resmungou Rony.


- Acho que devíamos ir pela direita. - chutou Harry.


- Não, vamos pela esquerda.


- Em frente. - resolveu Ashley.


Seguindo em frente, acharam apenas uma porta no final do corredor que estava trancada.


- Mas que coisa. - Ash tentou abrir a porta a todo custo, e um miado soou no fim do corredor.


- Ah não. Nada bom. - disse Rony.


- O que foi? - os gêmeos de viraram em tempo de ver o rabo de Madame Nor-ra² sumir na curva do corredor.


- É a Madame Nor-ra, a gata do Filch, o zelador. Ele vai estar aqui em dez segundos.


- Oras, não fizemos nada de errado! Por que seríamos castigados?


Um ruído de passos ecoou e Filch apareceu no fim do corredor.


- Baderneiros... E já no primeiro dia de aula! Venham comigo!


- Mas o que fizemos de errado?


- E se fazem de desentendidos... Este é o corredor do terceiro andar. Venham comigo. Os três.


Então eles estavam tentando arrombar uma porta que dava para um corredor proibido no primeiro dia de aula? Ótimo. Já iam receber um castigo.


Filch começou a guiá-los por corredores, e escadas, e passagens atrás de quadros...


Ashley já estava se vendo com um malão no trem de volta quando um cheiro estranho tomou o corredor. Um cheiro que lembrava alho.


- Oh! Aí estão, já es-es-estava me preocupando! - era Quirrel. - Pode deixá-los comigo Filch, eles têm a primeira classe comigo.


- Estes delinquentezinhos estavam forçando a entrada pelo corredor proibido no terceiro andar! - resmungou Filch, agarrando Ash pela gola na parte de trás das vestes e empurrando para Quirrel. - Esta aqui quase quebrou a porta.


- Estávamos perdidos! - resmungou Harry. - Esta escola é gigantesca! E solta a minha irmã.


Ashley sentiu uma onde de afeição por Harry quando ele a defendeu.


- V-v-vamos parar, o-o-ok? E-e-e-eu cuido de-de-de-deles, Filch.


Quirrel pegou os três e foi indo na direção de sua sala.


Enquanto caminhavam eles puderam reparar em inúmeras coisas sobre Hogwarts. Além das escadas mudarem, a escola era cheia de passagens secretas atrás dos quadros, cujas imagens mexiam, e os três tinham certeza de que os brasões andavam. Um armadura uma vez pegara o livro que Quirrel deixara cair bem gentilmente, fazendo uma reverência com o elmo depois, e as estátuas de pedra falavam.


Também havia o fato de que todos pareciam olhar e comentar quando eles passavam. Harry e Ash se sentiam meio mal por Rony, que demonstrava um pouquinho de inveja às vezes, mas era sempre:


- Viu só? Os de cabelo preto.


- Os Potter! Caramba...


- Ele tem mesmo a cicatriz... Pena que não dá pra ver com tanto cabelo caindo na frente...


Comentários à parte, não havia sido à toa que os três ficaram perdidos para encontrar suas aulas. Além das escadas, haviam os fantasmas. Nick era extremamente galante, e sempre mostrava a direção correta a um aluno que o perguntasse. Mas Pirraça ficava enormemente feliz em apontar duas direções, ou um caminho que levava à um beco sem saída do outro lado da escola. O trio aprendeu rapidamente a não confiar nele e nunca lhe pedir ajuda.


Mas voltando ao momento, eles chegaram na classe de Defesa Contra as Artes das Trevas...


... e gastaram cinco segundos para notar que a aula era uma piada total.


A sala cheirava a alho. Mais tarde os gêmeos Weasley disseram que era para espantar um vampiro que Quirrel teria conhecido na Romênia. Quirrel se atrapalhava com todos os feitiços que tentava realizar. A irritantezinha da Hermione já estava quase entrando em colapso e dando aula no lugar dele.


Felizmente, Harry, Ash e Rony puderam conversar durante a aula e tacar uns aviõezinhos. Eles tinham aula com a Lufa-Lufa e os alunos desta casa também estavam levando tudo na maior brincadeira.


- Acabou! Caramba, que professor mongol! - comentou Ash, quando eles saíram da sala.


- Pelo menos serviu para conversar um pouco. Se esquecermos de fazer algum para-casa ainda podemos usar a aula dele para atualizar. - comentou Rony.


Mais tarde eles se viram na aula de Feitiços, com a Corvinal. O professor era Filius Flitwick, um senhor bem baixinho, como um anão. Ele era tão baixinho que precisava usar uma pilha de livros para subir na mesa. Além de dar aula de feitiços, era o dirigente do coral, clube no qual Ash se vira bem interessada em entrar, mas sua entrada só seria permitida no segundo ano. Flitwick resolveu começar a aula pela chamada, e não demorou muito para chegar ao "P", onde...


- Ashley Po... ASHLEY POTTER? E HARRY POTTER? - ele soltou um guinchozinho eufórico, e um "é um prazer tê-los em minha classe!" antes de seguir com a aula.


- Então alunos. Vocês devem estar muito ansiosos para fazer coisas interessantes, como isso... - ele balançou a varinha e o sapo de Neville, Trevo, que estava quase fugindo pela porta, começou a levitar sobre o comando da varinha e voltou às mãos de seu dono.


- Nhaaay! Eu quero fazer isso! - gritou uma menina estridente. E toda a sala começou a comentar mas Flitwick rapidamente os interrompeu.


- Vai demorar um tempo senhorita. Hoje vamos começar com o feitiço mais básico de todos: Lumus. - a este comando, a ponta da varinha dele se iluminou, como uma lanterna. - Nox! - ordenou Flitwick, e a varinha apagou. - Este é um feitiço bem simples, não exige muita força nem movimentos complicados. Basta usar as palavras. Tentem, vamos! Tentem!


Uma barulhada imediata indicou vários alunos murmurando Lumus. E nenhuma luz se fazendo a princípio. No fim da aula, porém, Hermione produzira uma luminosidade tão perfeita quanto a de Flitwick, Harry e Rony conseguiram fazer um feixezinho fraco e Ash...


- NÃAAAAAO! -choramingou. - Eu sou uma tragédia! Por que só eu não consegui?


- Quero um feixe perfeito na próxima aula, fica de para casa, já valendo nota!


- O que? - reclamou a turma inteira.


- Tenham um bom dia!


No caminho para o almoço, Ash estava absurdamente cabisbaixa.


- Anime-se, é só questão de prática. - disse Harry, tentando animá-la.


- Eu sou um horror... - ela murmurou com a cabeça baixa.


- Você só não foi nas aulas certas! Do jeito que engoliu os livros de poções e transfiguração tenho certeza de que vai se dar bem nessas duas!


Ela suspirou e foram os três almoçar.


Realmente Harry estava certo por fim.


- Gostaria de deixar claro, que minha matéria não é brincadeira. Ela é muito difícil. Para que façam algo como isso - McGonagall transformou sua mesa em um porco, e depois em mesa de novo, gerando um "ooooooo" geral de surpresa. - levam muitos anos de treino e prática. Para terem noção, o que cada um de vocês tem em sua mesa é uma caixa de fósforos. A missão é transformar pelo menos um deles em uma agulha.


Os alunos ficaram meio retesados. Se era tão difícil assim transformar um fósforo em uma agulha, como iam aprender a transformar uma mesa em um porco? McGonagall ensinou as palavras e os movimentos, assim como Flitwick, e deixou que os alunos tentassem.


Ninguém conseguiu nada.


- Ei, Ash, não vai tentar? - perguntou Harry. A garota deitara a cabeça sobre a mesa.


- Pra que? - ela disse, a voz meio chorosa e abafada pela cabeça baixa. - Se eu não consegui nem acender a varinha?


- Oras, mas você leu tanto sobre essa matéria!


- Hm...


A aula transcorreu. Hermione conseguira deixar o fósforo brilhante e pontudo com meio período de aula. McGonagall o mostrou para a turma como incentivo e começou a circular entre os alunos para lhes dar uma ajuda.


- Srta. Potter! Não permito que os alunos durmam em minha aula! Por que a Srta. não fez o exercício?


- Ela fez! - Apressou Harry a ajudá-la. - Já conseguiu. Por isso parou.


- É mesmo? Quer ver.


"Harry... Eu te mato!" pensou Ash. Ela pegou um fósforo. Colocou na mesa. Tentou se lembrar de tudo o que lêra e ouvira. "Não pode ser tão difícil..."


Ela fez o feitiço.


E nada aconteceu.


- E então? - McGonagall chegava a meter medo de tão severa.


- E-eu... Eu fico nervosa com todo mundo olhando... Eu...


- Potter, você mentiu para acobertá-la?


Ótimo. Agora Harry ia ser punido por sua culpa.


Sem essa!


Ela disse as palavras novamente, e o fósforo se transformou em uma perfeita agulha de costura.


- Consegui! Consegui viu? Não brigue com o Harry! - pediu Ash, com uma risadinha nervosa.


McGonagall ficou muito desconfiada, mas ela conseguira, então a professora deu dez pontos para a Grifinória e deixou a aula seguir.


- Ufa... Harry, olha só o que você quase fez!


- Como você conseguiu? - perguntou Rony. - Me ensina!


Na quarta-feira à meia noite, eles foram até a torre de Astronomia ter aulas da matéria. Não era muito fácil, mas era muito divertido! Eles ficavam observando as estrelas e desenhando mapas em folhas de pergaminho. Ash descobrira que desenhar era bem mais divertido do que ela jamais imaginara. Harry descobrira que tinha um ótimo motivo para perder alguns minutos de sono se pudesse olhar o céu de noite: era simplesmente maravilhoso!


E três vezes na semana, eles desciam para as estufas, para ter aula de herbologia com uma bruxa baixinha chamada Pomona Sprout. Eles adubavam plantas com esterco de fezes de dragão, e aprendiam sobre os bons usos das plantas no dia-a-dia ou em ocasiões mais especiais.


Tinha também uma outra aula tão inútil quanto a de Quirrel: História da Magia. O professor era um fantasma com a voz áspera como giz passando no quadro, que pegava suas anotações e ficava lendo durante a aula no mesmo tom chato e monótono a todo o tempo. Hermione e Ash eram as únicas a fazer algum tipo de anotação,³ mas Ash só se esforçava um pouco quando ela achava realmente importante. Já Hermione parecia engolir cada palavra de Binns, o professor.


Mas nenhuma das aulas foi tão... interessante, nos bons e nos maus sentidos, quanto a de poções.


No banquete de abertura, os Gêmeos tiveram a impressão de que Snape não gostava deles, mas não era bem isso que acontecia: ele os odiava.


Era a única aula mestrada nas masmorras. Fazia muito frio lá embaixo, e quando os alunos chegaram o professor ainda não estava lá. Harry, Ash e Rony se acomodaram na única mesa que ainda tinha 3 vagas, onde Hermione estava assentada sozinha.


- Ah não... - resmungou Rony.


- Anda. - disse Harry, puxando o amigo até a mesa.


- Vamos ter esta aula com a Sonserina. Dizem que o Snape sempre protege o pessoal da Sonserina, ora de saber se é verdade. - disse Rony depois de acomodados.


- Não seja ridículo. - a voz de Hermione soou por detrás de um livro que ela lia quieta na mesa. - Um professor tem que ser justo e igualitário.


- E quem foi que te perguntou alguma coisa hein? - retruco Rony.


- Eu só acho que... - mas o que ela achava eles nunca chegaram a saber, pois a porta se escancarou, as cortinas desceram e o ar ficou tão pesado na sala quanto era possível. A isto foi seguida a entrada de Snape.


- Chamada. - ele resmungou, pegando um pergaminho da mesa. Foi chamando os nomes de todos com uma voz tão monótona e asmática quanto a de Binns e, assim como Flitwick, parou nos Potter. - Ah, sim, os Gêmeos Potter, nossas novas... celebridades.


Ele encerrou a chamada.


- Pois bem. Muitos dos alunos que me aparecem, não compreendem nunca a beleza de um caldeirão fervendo e do vapor escapando do caldeirão, mas deixe-me lhes esclarecer uma coisa: se vocês não forem o bando de cabeças ocas que geralmente me mandam ensinar, eu posso lhes mostrar como engarrafas a fama, encher-se de glória e até a... mumificar, se for de vosso desejo. - ele fez uma pausa e um silêncio mórbido reinou. - E que tal para começarmos o ano... Potters, o que eu obteria se adicionasse raiz de asfódelo em pó a uma infusão de losna?


- Uma o que em que? - perguntou Harry. A mão de Hermione se ergueu no ar. Mas Ash tinha lido todo o livro de poções. Ela sabia essa com certeza. Só tinha que se lembrar.


- Eu sei. - disse ela. - A poção do morto-vivo. Essa poção é bem perigosa. Mortal, se não me engano.


Snape fechou a cara. Aparentemente não esperava que ela respondesse. Resolveu fazer outra pergunta.


- Se eu lhes pedisse, onde buscariam bezoar?


- No estômago da cabra. - respondeu Ash, alheia à mão de Hermione que subira mais no ar. - É uma pedra que pode te salvar da maioria dos venenos existentes.


- Qual a diferença entre Acónito licoctono e acônito lapelo?


- São plantas do mesmo gênero botânico.


- Abaixe a mão, senhorita. - ordenou Snape a Hermione, que tinha até se levantado. - Tirarei dez pontos da Grifinória pelo sr. Potter, que aparentemente nem folheou o livro de poções, ao contrário da irmã impertinente, de quem também descontarei dez pontos por ser tão irritantemente aparecida e metida. E tirarei dez pontos de você, Srta... - ele checou a lista de chamada. - Granger, por querer retirar a chance de resposta de seus colegas sendo tao insistente e metida a sabe-tudo.


Os alunos da Grifinória ficaram completamente boquiabertos.


- A primeira lição será preparar a poção cuja receita está no quadro. Vocês têm até o fim da aula para...


- Dá pra acreditar? Desde quando se perde pontos por saber a resposta?


- Você estava certo Rony. - disse Harry. Hermione se escondera atrás do caldeirão.


E a aula não melhorou muito depois disso: Snape sempre encontrava um motivo para elogiar Draco Malfoy, como a elegante forma com a qual ele cortava os ingredientes, ou mexia o caldeirão, e reclamava de tudo o que os alunos da Grifinória fizessem que pudesse parecer minimamente incorreto, como quando ele culpou Harry por Neville Longbottom ter feito sua poção espumar e derramar:


- Você, Potter, porque não o advertiu sobre estar colocando os ingredientes na ordem errada? Achou que pareceria melhor se ele errasse não foi? Vou descontar cinco pontos da Grifinória pelo seu erro, e cinco pontos pela seu desejo de aparecer e ser melhor.


E mesmo Hermione e Ash sendo as únicas que fizeram uma poção minimamente decente, elas não ganharam nem meio ponto por isso.


E na mesa do jantar:


- Isso não é justo! Só porque poções e transfiguração são as únicas coisas nas quais eu sou boa, meu professor de poções tem que ser um carrasco?


- Bem, você foi bem em Astronomia.


- Eu achei legal, mas errei o mapa estelar quase todinho.


- Herbologia?


- Passei mal com o fedor de esterco.


- História da Magia?


- Fala sério, eu só fiquei anotando. Não faço a menor ideia do que aquele professor estava falando, vou ter que reler tudo depois.


- Eu me dei bem em quase tudo. Quero dizer, comparando com o que os alunos da Grifinória fizeram. - disse Harry. Ele tinha realmente se virado bem durante a semana, embora não fosse um gênio nem muito inteligente.


- Eu vou ficar calado. - disse Rony. Depois do feixe de luz, não fizera nada mais.


Depois da semana bem cansativa, incluindo os para casas, na sexta de manha os três receberam um bilhete que os animou, entregue no correio por uma coruja das torres:


Prezados Harry e Ash,


Sei que têm as tardes de sexta-feira livres, então será que não gostariam de vir tomar uma xícara de chá comigo por volta dar três horas? Quero saber como foi a primeira semana de aula. Mandem-me uma resposta por Edwiges, ou Morgana. Hagrid.


Harry e Ash se animaram imediatamente. Rabiscaram a resposta "Sim, gostaríamos, e vamos levar um amigo junto. Até mais tarde." no verso e mandaram a resposta por Edwiges, que estava no ombro de Harry bicando seu café da manhã, assim como Morgana no ombro de Ash.


Pela tarde, os três desceram até a cabana de Hagrid para tomar o chá.


- Ah, são vocês! Entrem, este aqui é o Canino. - disse Hagrid apresentando seu cão. - Não se assustem, ele é muito medroso.


- Este é o Rony senhor. - disse Harry.


- Que bom que já fizeram um amigo! Fico feliz por vocês. Como foi a primeira semana de aula?


Enquanto narravam suas aventuras, riram em ouvir Hagrid dizer que passou metade da vida expulsando os Gêmeos Weasley da Floresta Proibida, chamar Filch de "Guitarra Velha" e dizer que sempre tivera vontade de apresentar Canino a Madame Nor-ra. O trio teve a delicadeza de aceitar os biscoitos de Hagrid por educação, apesar de quase quebrarem os dentes ao comê-los e beberam o chá junto para amolecer os biscoitos.


Enquanto Rony conversava com Hagrid sobre seu irmão Carlinhos, que estudava dragões, Harry achou uma matéria interessante no jornal:


- Ei Ash, olhe isso.


- O que foi?


O CASO GRINGOTES


Prosseguem as investigações sobre o arrombamento de Gringotes, ocorrido em 31 de julho, que se acredita ter sido trabalho de bruxos e bruxas das Trevas desconhecidos. Os duendes de Gringotes insistem que nada foi roubado. O cofre aberto, na realidade, fora esvaziado mais cedo naquele dia.


"Mas não vamos dizer o que havia dentro, para que ninguém se meta, se tiver juízo.", dise um portavoz esta tarde.


Harry e Ash se entreolharam. Hagrid havia esvaziado um cofre mais cedo naquele dia, se é que se pode chamar de "esvaziar" levar um pacotinho embora. Seria o mesmo? Seria o pacotinho do cofre 713 o que o ladrão procurava? E se fosse, aonde o pacotinho tinha ido parar?

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