A Menina dos Lábios Vermelhos

Capitulo XXX

“Olá filho,

Se estiver lendo isso, com certeza é você. Estou muito feliz em saber que está bem!

Espero que tenha conseguido pegar a lista, ela muito importante. Agora você precisa pegar um livro, ele é encantado então você precisará encontrá-lo, a última vez que ouviram falar dele, ele fora guardado no espaço mais profundo da Caverna dos Pesadelos.

Filho, por favor, não se arrisque muito, essa caverna testa as pessoas, se você tiver levado outros, não os deixe entrar! E se tiver alguém com melhor controle emocional, não seja cabeça dura e deixe-o ir em seu lugar, ele com certeza terá mais chance de sobreviver com lucidez.

Se eu pudesse, eu não pediria isso pra você, mas você é minha última esperança.

Não se arrisque a toa, por favor!

Saudades,

Mamãe.”

- O quê? Ela disse mesmo Caverna dos Pesadelos? – Rose perguntou pegando a carta da mão do loiro – Como? Mas isso é só uma carta descrevendo uma poção! – a ruiva então recitou o que lia:

“Olá filho,

Como vai? Arrasou nas provas? Tenho certeza que sim, nem sei por que perguntei.

Olha, lembra aquela poção que queria tanto saber? Decidi lhe contar!

É super simples, você só vai precisar de pó azul, duas asas de morcego vermelho, pétalas de lionel, meio litro de seiva de Azevinho e dez dentes de fada mordente.

Para preparar você junta em um caldeirão a seiva, as asas e o pó, mexa em círculos no sentido horário até a poção se tornar verde. Depois adicione um dente por vez e espere a poção ficar vermelha, quando isso acontecer coloque quatro pétalas inteiras de lionel. Espere meia hora e pronto, sua poção está pronta.

Não se esqueça de se cuidar.

Abraços,

Mamãe.”

- Eu também vejo isso – Brandon disse e os outros afirmaram, Scorpius pegou a carta novamente.

- Então é por isso que ela sabe que sou eu – Scorpius disse sorrindo consigo mesmo – Eu juro que é isso que eu vejo! – ele disse para Rose em desafio, ela ainda estava duvidosa em acreditar no menino – Mas por que tanto espanto sobre o nome Caverna dos Pesadelos, de qualquer maneira? – ele perguntou dando de ombros e se voltando pra sua comida.

- Parece que você não é muito de ouvir histórias, certo? – Rose perguntou debochada.

- Enfim, para qualquer desentendimento, eu explico – Tammy se intrometeu – Reza a lenda que, há muitos anos, um poderoso feiticeiro estava cheio de todos o procurando para resolver seus problemas que decidiu se trancar em uma caverna, claro que ele tratou de fazer um encantamento que apenas o melhor bruxo poderia receber seus favores, apenas o que passasse por seu encanto – ela disse com uma voz de mistério.

- Conta-se que ela se situa em algum lugar de Portugal e que poucos realmente conseguiram passar pelo encanto, geralmente loucos que falam sobre essa caverna, mas nada foi provado – Bradom completou com a mesma aura misteriosa que a amiga – Claro que isso é apenas uma lenda, mas bruxos também são uma lenda trouxa e aqui estamos – ele sorriu descontraído.

- Nos arredores de Portugal? Esse bruxo era português? – Scorpius perguntou interessado.

- Provavelmente sim, mas há um foco de credores dessa lenda se não me engano no sul do país – Tammy disse como quem está pensando em algo.

- Ótimo, alguém aqui fala português? – Scorpius perguntou mordendo seu lanche.

- Eu arranho o Espanhol, mas não é o mesmo – Rose se pronunciou – Mas provavelmente achamos alguém que fale inglês por lá.

- Principalmente nessa época do ano – Elizabeth confirmou.

- Certo, vamos para Protugal então? – Scorpius perguntou.

- É nossa única pista, não vejo o porquê não – Albus se pronunciou ainda sem tirar os olhos de seu prato e os outros concordaram.

.....

- Aaah!

Um grito assustado e fino irrompeu pela casa nos primeiros raios da manhã do dia seguinte acordando a todos que desceram para a varanda, de onde pensaram ter ouvido o barulho. Lá encontraram Rose acanhada em um canto olhando assustadoramente para um pássaro que estava morto ali no chão.

- O que foi Rose? – Albus perguntou olhando preocupado para a prima, já desperto. Rose, por sua vez, apontou para a ave morta no chão – É só um pássaro morto, Rô.

- Que não estava a dez segundos – ela disse em um fio de voz, os outros despertaram de repente.

- Você quer dizer que algum raio verde matou essa ave? – Albus disse alarmado se aproximando da prima, os outros já tinham as varinhas ao ar e olhavam para todos os lados preocupados.

-Não se aproxime! – ela disse se encolhendo mais, Albus ficou surpreso e deu um passo para frente – Não, Al, por favor – ela se encolheu mais ainda.

- Por que, Ro? O que está acontecendo? – perguntou o moreno dando um passo para trás, logo os outros quatro estavam logo atras de Albus.

- Bom, o pássaro, foi... fui... – ela não conseguiu terminar a frase porque seus olhos começaram a se encher de água e sua voz começou a ficar embargada.

- Calma, Weasley, respira, vamos, devagar – Scorpis disse e ela começou a se acalmar um pouco – Por que não entramos e...

- Não! – ela disse firme.

- Ok, nós vamos nos sentar aqui mesmo, certo? Sem nos aproximarmos de você – o loiro disse se abaixando devagar assim como os outros. Rose estava como se a qualquer ameaça iria sair correndo ou desaparatar ali mesmo, eles apenas se encararam por um tempo.

- Você já pode falar o que está acontecendo, Ro? – Elizabeth perguntou gentil.

- Eu acordei cedo, você sabe que isso às vezes acontece quando o sol me irrita muito e então, depois de me arrumar, vim aqui fora, só para ver a cara do dia, sabe? Mas então apareceu uma pomba, eu estendi a mão e depois de muito chamar ela pousou na minha mão, eu a acaricie, ela parecia gostar e en... – ela tomou fôlego e se acalmou mais um pouco – e então eu dei um beijo em sua testa e ela morreu.

- Como assim? – Elizabeth perguntou com a voz mais calma do mundo.

- Eu não sei, num momento a pomba estava feliz, no outro morta no chão – Rose disse respirando fundo novamente – E e-eu sinto que é minha culpa, eu sinto – ela completou e começou a chorar novamente.

- Tenho certeza que não Rose, há mil possibilidades para esse fato – Tammy tentou ajudar.

- Vocês não entendem, eu sei que fui eu, de alguma forma – ela disse e grossas lágrimas apareceram no canto de seus olhos.

- Hum, talvez a pomba apenas tenha alguma coisa com esse batom que usa – Scorpius ponderou – Porque antes de você usá-lo...

- Por que você continua dizendo que estou de batom? Quando que eu acharia tempo para passar um batom por aqui? – Rose disse exasperada olhando para o loiro.

- Hum, na verdade, não me lembro de seus lábios serem tão vermelhos assim – Albus comentou intrigado.

- Vermelhos? Meus lábios são rosados, sempre foram! – Rose envergou a sobrancelha.

- Accio Espelho! – Scorpius disse e assim que o objeto chegou, o menino empurrou pelo chão para Rose.

- Ah? – foi o que Rose murmurou tocando os lábios – Ma-Mas eu não fiz isso! – ela disse com medo.

- Não? Puxa, assim parece até o livro favorito do Escorpião – Tammy comentou inocentemente enquanto Scorpius fazia movimentos para ela parar de falar.

- Que livro? – Rose quase exigiu resposta largando o espelho de lado.

- Não é nada – Scorpius disse olhando feio para a amiga metamorfoga.

- Malfoy! – Rose chamou autoritária.

- Hum, é apenas um conto de fadas... – ele disse enrolando – Provavelmente é inventado.

- Conte, Malfoy! – agora Albus estava curioso, Scorpius respirou fundo.

- Está bem – ele disse e todos se acomodaram para ouvir melhor, Rose tinha os olhos vidrados no loiro.

- Bom, diz-se que era uma vez uma família bruxa, o pai era um atarefado homem  de segurança, a mãe morrera há um ano e a filha era uma bela menina de cinco anos. Acontece que havia uma bruxa que odiava a família profundamente porque o pai já avia derrotado a feiticeira diversas vezes, sendo assim aproveitou um descuido e raptou a filha – ele fez uma pausa.

- A buxa morava em um castelo, o mais obscuro que a menininha já tinha visto, parecia até um de seus pesadelos – Scorpius continuou – entretanto o pai da menina estava a sua procura e sem demora encontrou o castelo da bruxa e a derrotou, todavia antes de morrer a bruxa lançou uma nuvem rosa em cima da menina que começou a tossir ao mesmo tempo em que seus lábios se tornavam vermelho vivo, e com essa ultima visão a bruxa desapareceu em uma gargalhada maquiavélica.

- Sendo assim pai a levou para a casa, mas logo se notou as sequelas do combate com a bruxa, os lábios da menina agora eram sinal de morte, qualquer coisa que ela beijasse morria instantaneamente. – Scorpius disse desviando o olhar de Rose que soltou um soluço fraco – E assim a menina cresceu e se tornou uma bela jovem, beleza inalcançavel já que seu amor significava morte.

- Entretanto um aventureiro que passava pelo pela vila onde morava a família a viu e se apaixonou instantaneamente, jurando sair a procura de uma cura para sua maldição. Ela exigiu que a levasse também e assim foram os dois a procura do curandeiro mais famoso dos arredores, dizia-se que ele curava tudo. – Scorpius continuou – procuraram e procuraram até que ele foi encontrado em um castelo magestodo perto da baía.

- A bruxa má nunca se esqueceu da menina e da humilhação da derrota que ela o fez passar, sendo assim, a seguia sempre e viu quando o aventureiro estava se consultando com o curandeiro. “Peça que ela tome isto, mas lembre-se, o encanto é muito forte e a só quebrará o feitiço depois de um último beijo fatal!”, foi o dito pelo curandeiro e naquela mesma noite ela bebeu a poção – A bruxa então traçou um plano, iria levar o pai ali e faria com que ela o visse e desse o beijo fatal na bochecha de seu próprio pai que morreria. A garota, por sua vez, definharia de culpa.

- Entretanto seu plano deu errado e ao invéz de trazer o pai, ela mesma se transformou nele e não conseguiu sair da vista da menina rapidamente, sendo assim ela que recebeu o beijo na bochecha fatal e pereceu voltando a mostrar a forma de bruxa, a menina se sentiu culpada, entretanto logo se esqueceu da mulher que acabou por provar de seu próprio veneno. – Scorpius disse e tomou fôlego – Resumidamente, é essa a história.

- Ainda me dá medo – Brandon constatou se movendo incomodado.

- Mas isso é apenas uma história, tenho certeza que não é o seu caso – Scorpius disse encarando Rose.

- Como pode saber? A própria família de Albus faz parte do Conto dos Três Irmãos – Rose disse com a voz abafada porque enterrara seu rosto nas mãos.

- Mas nós somos uma exceção, esse conto... – Albus começou.

- Não Albus – ela disse silenciando o primo.

- Mas se na história há uma saida, porque não procuramos esse curandeiro? – Elizabeth se pronunciou.

- Eu me recuso a matar alguém para me livrar de uma maldição – Rose disse resignada levantando o rosto.

- Já deve ter-se passado alguns séculos, provavelmente o curandeiro já deve ter achado a solução correta – a loira sorriu.

- Mas onde eu o acharia de qualquer forma? – Rose murchou.

- O cara da caverna – começou Brandom e Scorpius fez sinal para ele parar também – Não se dizia que ele ajudava as pessoas?

- Mas é muito perigoso, a carta dizia...

- Para deixar alguém com controle emocional e...

- Você não tem nenhum – Scorpius completou – Ela disse para eu não deixar ninguém ir.

- Mas eu preciso – Rose disse firme.

- Ok, decidimos quando chegarmos à caverna – Tammy interrompeu.

- Por Merlim, parece que toda hora algo a mais aparece para dificultar nossa vida – Albus murmurou irritado.

- O melhor que podemos fazer é encará-las, agora venham vamos nos disfarçar para pegar um trem para Portugal – Tammy disse se levantando.

- Disfarçar? – questionou Elizabeth.

- Trem? – perguntou Brandon.

- Sim e sim, temos que ir disfarçado porque seria difícil andar por ai na nossa situação – ela disse olhando para a loira – e trem porque duvido que alguém saiba exatamente o lugar para onde aparatar lá – a menina de cabelos verdes terminou vitoriosa.

- Está bem – Albus disse se levantando assim como todos os outros, menos Rose.

- Eu tomo banho primeiro! – Elizabeth exclamou.

- Vocês vão tomar banho de novo? – Brandon perguntou fazendo uma careta.

- Claro! – Tammy exclamou – E vocês também.

- Ahh – Albus e Brandon gemeram e os quatro entraram na casa.

- Você está bem Weasley? – Scorpius perguntou olhando a menina antes de entrar.

- Eu nem vou responder essa pergunta – Rose disse o olhando sarcástica por um instante. Scorpius estendeu a mão e ela a pegou, confusa.

- Não se preocupe, não a deixrei cair – ele disse a levantando – Ainda – Ele sorriu zombeteiro.

- Tanto faz – ela disse e soltou sua mão e se irou para olhar pelo jardim.

- Hum, Weasley, não se preocupe tanto, como disse, tudo acaba bem para grifinórias como você – Scorpius disse antes de entrar na casa, Rose respirou fundo e logo depois seguiu os passos do loiro.

.....








N/a: Esse foi legal, não? Eu achei, hehe


Tomara que eles não tenham morrido mesmo, Lana. Verdade, eles passaram pelo maior perrengue, não creio que eles pereceriam agora, mas quem sabe, não? hueheueh.  Que bom que você gosta da fic *-*. Eu também adoro o Brandon, como a Rose mesma pensa "Como será que ele entrou na Sonserina" ;). E o Scorpius ainda está se arrumando com seus sentimentos, veremos onde isso vai dar, hehe. 

Ai está a continuação, clear jean granger, espero que goste. :)

Olá, slytherin rules, é, admito que esses dois ainda não se acertaram, mas com toda essa confusão acontecendo... bom, só nos resta esperar. O Scorpius tem um humor meio resmungão e prepotente, mas ele é filho de Draco Malfoy, não? Um sonserino mais presusçoso ainda ;), é questão de criação, hehe. É, os amigos deles são muito legais e curiosos :). É, concordo que a Hermione está muito ferida agora, mas quem sabe o que ela anda fazendo? É, não contar pros pais foi uma idiotice, mas proteção da família em primeiro lugar, quem dera o Gina tivesse contado a seus irmãos sobre o diário que a controlava, mas parece que somos assim mesmo, quando se trata da família meio que ficamos cegos, hehe. O Draco? Acho que agora ele está em uma situção parecida com a da Hermione, vai lá saber o que anda tramando ;) Que bom que etá gostando da Fic, é, o romance é bem clamufado mesmo, mas veremos como desenrola, certo? hehe

Bjs, 

Bibi.
 

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