Apenas bons amigos...



N.A: eu quero pedir desculpas pelo atraso... É que eu tive uns probleminhas técnicos com meu cérebro e bem... Nesses casos nada além de um bom descanso mental pra resolver. Mas como eu sou uma pessoa muito legal não vou nem fazer o q tinha pensado em fazer quando tive esse contratempo: eu ia dividir o capitulo em dois... Mas a mione03 pediu encarecidamente q o capitulo fosse grande. Tenho q admitir q esse é meu capítulo favorito até agora e q aquele pedaço q eu pus no capitulo anterior para vcs pensarem faz parte dele. Sem mais palavras eu desejo uma boa leitura e please: reviews!!!!!!!!!











Capitulo III: Apenas bons amigos



Harry chegou na casa dos Dursley e foi direto pro seu quarto. Precisava pensar em como seria o outro dia. “Talvez não, afinal se vou estar com a Mione não preciso me preocupar com nada. Esse não é mais um encontro com uma garota que eu estou querendo ficar, mas sim um encontro com a Mione. Minha melhor amiga e... não. Estou com a cabeça cheia e por isso estou pensando muita besteira. Daqui a pouco vou me dizer apaixonado por ela!”. Pensou nisso suspirando.



Lembrou-se de como se despediram na porta da casa dela e de como ele quase usara legilimencia nela. Sem contar a vontade louca que se apoderou dele de beijá-la.



Sacudiu a cabeça. Aquilo vinha acontecendo com muita freqüência ultimamente. Sabia como Hermione era por isso se queria manter a amizade deles como era deveria passar a ignorar aqueles pensamentos.



Vira como a amiga reagira com o Victor Krum. Fora um namoro rápido como Hermione dissera a ele um dia, quando não agüentava mais ver olhares especulativos de todos. Ele disse algo que a fez sofrer e Harry quis matá-lo naquele momento. Hermione deixou claro que não queria que ele fizesse nada.



“-apenas seja um bom amigo e me deixe chorar no seu ombro sim?” -ela dissera entre soluços. E ele como bom amigo aceitara.



Afinal ela também já o avia escutado sobre a profecia e não era nada de mais ele oferecer um ombro amigo para ela. Lembrou-se até da piada que fez.



“-mas não chora muito não porque senão minha namorada pode ficar com ciúmes sim? Cá entre nós ela acha que esses músculos aqui só podem servi-la!”.



Fora o primeiro sorriso que a amiga dele dera nos últimos dias.



Harry foi tomar seu banho. Precisava descansar se queria estar em condições de divertir a amiga no outro dia. Guardou o embrulho. Ainda não sabia o que fazer com ele e muito menos porque comprara. Só sabia que ao ver os olhos de Hermione brilharem ao vê-lo se viu na necessidade de comprá-los.



Olhou para o céu lá fora. A noite estava tranqüila. Nada parecia predizer o fim do mundo... Não havia nada que dissesse que Voldemort tinha voltado e que estava à caça de trouxas como Harry ficou sabendo sem querer de Tonks. Para ela o próximo alvo do bruxo seriam os sangues ruins. Se livrar deles fazia parte do seu plano. Sentia a cada dia que se passava que os planos dele se fortaleciam e um grande passo estava a ser dado.



Deitou-se e olhou pro teto. Nessas horas queria que Hermione estivesse ao seu lado. Em Hogwarts sempre que ele precisava ela estava na sala comunal e pronta pra ouvi-lo. Virou-se na cama e viu um brilho no canto do quarto. Levantou-se e viu que era o espelho que Sirius lhe dera no 5º ano restaurado por Lupin. Encontrara a outra parte do espelho na casa do padrinho e o pegara. “Agora você tem utilidade” ele pensou. Pos os espelhos na escrivaninha e conseguiu adormecer tranqüilo. Tinha menos um problema em mente.

*****************************************************



Hermione acordou com a luz do sol em seu rosto. Tinha um dia muito agitado pela frente. Arrumou-se da melhor maneira possível. Olhou-se de lado no espelho do quarto e encolheu a barriga. Será que estava ficando gorda mesmo? “Não Mione impossível, sua casa não tem açúcar nem nada que engorde ou faça mal aos dentes” dizendo isso ela relaxou. Tinha mudado realmente, mas ganhara umas coxas mais definidas e firmes devido aos dias que passara nadando no cruzeiro. A cintura estava ali pra todo mundo ver “e como uma verdadeira tábua” pensou ao passar a mão na barriga inexistente. “Sim seria uma tabua senão fosse os meus seios” sorriu. Tinha momentos em que amava o seu corpo embora na maioria das vezes preferisse nem se olhar no espelho. Mas naquela manha ela se sentia estranhamente confiante. Era como se naquele dia uma nova Hermione Granger surgisse. “Impossível” pensou. Mas no fundo sabia o verdadeiro motivo daquele bom humor. Riu.



Passaria o dia com seu melhor amigo e não queria que ele passasse vergonha ao lado dela. Afinal Harry saia com as meninas mais bonitas de Hogwarts e se ele deixaria de sair com uma delas pra sair com ela ao menos deveria estar a altura das namoradas dele. “Mesmo não sendo uma” suspirou olhando as roupas a sua volta.



Já estava na décima muda de roupa e ainda não sabia o que vestir. Decidiu arrumar o cabelo primeiro. Abriu uma gaveta da penteadeira. No fundo falso Hermione escondia as suas poções. Pegou a que deixaria os cachos de seu cabelo mais definidos. “Ta acabando... preciso comprar mais e urgente!” Bebeu uma dose e viu seu cabelo ficar sem volume e com os cachos mais definidos. Sorriu. Agora pelo menos seus cabelos estavam a altura das namoradas do Harry. Começou a por uma maquiagem leve. Ao terminar ouviu a campainha tocar. “Ai meu Deus... deve ser o Harry” se olhou desesperada. Vestia um short e uma blusa baby-look. “Pior impossível” pensou.



Abriu a porta e viu o amigo. Sorriu. Harry a olhou de cima a baixo



- você vai aonde vestida dessa forma? - Harry perguntou entrando.



Hermione riu. Ela queria se vestir como uma namorada dele e ele agia como um namorado ciumento. Ele a olhou por um segundo e percebendo o papel que havia desempenhado começou a rir, mas não se achando um tolo. Pois se sentia como na obrigação de agir daquela forma. “Foi instinto” pensou. Hermione parou de rir e o olhou de cima a baixo como que buscando inspiração para o que vestir.



- o que foi? Também quer falar da minha roupa?- ela balançou a cabeça negando. Era quase que impossível falar da roupa dele.



Usando uma camisa e tênis pretos, com uma calça jeans Harry não poderia se parecer mais com um trouxa. Com aquele tênis então... Hermione tinha certeza que ele estava usando a ultima moda. Já que era assim precisava estar a altura. Pegou na mão dele e o puxou até o quarto.



- não repara na bagunça... É porque sabe...-ela fez um gesto abrangendo o quarto e pos as mãos na cintura-eu não sei o que por. Fico imaginando n roupas para usar e acho que nenhuma delas combina...



Harry olhou o quarto de Hermione pasmo. Fora umas peças de roupa jogadas na cama tudo estava na mais perfeita ordem. “Um quarto para meninas” pensou.



Já entrara em quartos de meninas antes, mas todas eram e tinham quartos de bruxas. Não que hermione não fosse bruxa, mas a decoração do dela era clássica para Harry. Desde o piso até o teto o quarto refletia a personalidade da amiga. O que o fez se sentar em uma poltrona e a olhar pasmo.



- você quer que eu te ajude a escolher uma roupa?-ela assentiu - ta... Então você veste e me mostra como ficou!



Um sorriso franco iluminou o rosto dela que correu até o banheiro e voltou vestindo um vestido. Harry sorriu e fez que sim, mas mal ele fez esse gesto ela voltou correndo e trocou de roupa. Ele perdeu a conta de quantas vezes a viu trocar de roupa até que ele a viu com uma roupa perfeita. Levantou-se na hora e fechou a porta. Hermione levou um susto.



- porque você fez isso?



- pra evitar que você troque de roupa novamente porque todas que você vestiu te deixou linda, mas essa te deixou maravilhosa!



Ela corou com o comentário. Sabia que ele estava sendo franco. Afinal Harry sempre a elogiara. Perdera até a Cho porque não sabia como chamá-la de feia pra então namorada e sua primeira paixão adolescente. Ela se olhou mais uma vez no espelho. Vestia uma calça jeans justa com regata azul de detalhes prateados e tênis branco com detalhes azuis.



- esta certo... – Hermione pegou a bolsa e eles desceram.



Chegando a sala ela se lembrou de perguntar.



- aonde vamos Harry?- ele sorriu



- surpresa!



Os dois aparataram na estação de metro num local que os trouxas não sabiam, mas era destinado aos bruxos. Saíram da sala e pararam em frente à cabine de venda de tickets.



- vai me dizer pra onde vamos agora Sr. Potter?



Ele riu e se limitou a comprar dois tickets.



-sabia que anda muito curiosa srta. Granger?



Ele segurou a mão dela e foram esperar na plataforma. Distraíram-se sendo amigos, companheiros, cúmplices... Esqueceram das ameaças iminentes e talvez por isso não repararam que estavam sendo seguidos.



“Harry Potter e a namorada sangue ruim?” Riu “o mestre vai gostar de saber disso”.

Seguiu o casal até quando saíram do metro. Correu para alcançá-los e não ser arrastado pela multidão.



Hermione se virou olhando para trás. Sentiu o cabelo da nuca se arrepiar. Tinha a nítida impressão de que estavam sendo seguidos. Harry pos uma mão em seu ombro e a puxou rindo



- que foi? Viu alguém mais bonito que eu?- Hermione bateu no peito dele



- bobo! Acha que tenho olhos pra outro que não seja você?- Harry sentiu uma pequena pontada de felicidade, mas não soube associar a que motivo.



Riram e Hermione se deixou levar por Harry. Pararam em frente à entrada de um parque de diversões. Hermione parou pasma. Há quanto tempo que não ia a um?



- você se lembrou Harry?-eles foram na direção da bilheteria



-vamos dizer que os seus olhos brilhavam muito quando você falava do parque perto da casa da sua avó! Onde você quer ir primeiro?



Como ela demorou a responder ele a levou a diversos brinquedos que ela aceitava sem problemas, mas quando ele se aproximou da montanha russa ela segurou seu braço e grudou os pés no chão.



- que houve Mione?



Respirando fundo Hermione tentou ignorar o tremor que tomava conta do seu corpo. Percebeu que Harry passava o braço em sua cintura e a levava a algum lugar. Sacudiu a cabeça e o olhou.



- pra onde você esta me levando?



- você não vê?



Ela olhou pra eles e se deu conta de que estavam em um dos carrinhos da montanha russa. Harry lhe prendeu a cadeira e sorriu passando um dedo pela face dela.



- calma Mione. Vai dar tudo certo...



Ele se acomodou. Mione fechou os olhos e fez uma prece muda. Harry ao ver essa reação segurou a mão dela. Agarrou-se à mão dele como se fosse sua única salvação. Ele riu tamanho o nervosismo dela. Olhou a volta deles e viu um dos seus guardiões. Acenou para Thomas. O outro bruxo ao ser reconhecido levou um susto. Harry riu. “Ele sempre leva um susto quando eu o vejo” pensou.



O carro começou a se mover e Harry viu Hermione mover os lábios. Aproximou-se do rosto dela e falou.



- o que você disse?



Hermione abriu os olhos. O hálito de Harry era morno e envolvente e ali tão próximo de sua boca lhe dava uma vontade louca de puxá-lo... “Pare já com esse pensamento Hermione Granger” se censurou, olhou nos olhos dele e falou.



- me lembre de matá-lo quando sairmos daqui!-ele sorriu sedutor



- depende da forma que você quer me matar...- não sabia como tinha dito aquilo “mas agora eu já disse” pensou sorridente.



Hermione o olhou assustada e disse em um tom que pra Harry estava quase beirando o pânico.



- Harry... O que as pessoas vão pensar se te ouvirem falando assim?



Ele não respondeu. Algo lhe dizia que não iria se importar com o que as pessoas pensavam ou deixavam de pensar sobre eles. “Até me agrado...”.



Começaram a ganhar velocidade e quando passaram pela primeira descida Hermione gritou. Quando voltaram a subir ela prendeu a respiração. E foi assim que ela fez durante todo o trajeto até chegarem ao primeiro luping. Harry gritava de alegria e Hermione de pânico. Quando desceram do brinquedo Harry não conseguia parar de rir. Tinha se divertido muito. Olhou para Hermione que não conseguira nem se levantar e a ajudou. Ela tremia dos pés a cabeça e estava pálida. Achava que tinha até perdido a voz. Harry a levou até um banco e a deixou sentada lá.



-fica aqui Mione... Vou comprar alguma coisa pra você beber.-ela fez menção de pegar a bolsa - não Hermione. Deixa que eu pago!- falou decidido.



Estava se sentindo péssimo. Não pensara que a reação dela fosse aquela. Só queria que ela se divertisse e praticamente acabara com o dia da amiga. Pediu um refrigerante light com limão. Sabia que ela não tomava açúcar, mas do jeito que ele agiu na ultima hora era capaz dela pensar que ele a estava chamando de gorda. Não a achava gorda. Muito pelo contrario. Tinha de admitir a si mesmo que ela estava muito mais bonita nesse verão. Não sabia se era pelo bronzeado recente ou pela mudança nos cabelos, mas sabia que ela estava mudada em outros pontos também.



Hermione olhou desconfiada para os lados. As pessoas ali pareciam tão felizes e sorridentes que era até impossível que alguém a estivesse espionando. Preferiu ignorar aquilo. A sensação de andar na montanha russa ainda estava no seu estomago.



Ele voltou com um refrigerante. Ela o bebeu como um viajante sedento no deserto. Podia sentir suas cordas vocais agradecendo e a voz retornando. Harry a olhava incerto.



- você esta bem?-ela o encarou



- se estou bem? Como tem coragem de me perguntar isso Potter?!- ele a olhou de banda



- bem Mione... Eu não ia adivinhar que você ia ficar tão mal né?



Soltando um suspiro ela jogou o copo fora e ficou de pé o olhando.



- vamos jogar um pouco então? – ele sorriu concordando e saiu andando quando pegou a mão dela.



Pararam em frente a uma barraca de acertar o alvo. Com um único lance Harry derrubou as garrafas e pediu um urso de premio pra Mione. Jogou outra vez e ganhou. Quando já estava pra jogar a 5ª vez o vendedor o alertou.



- se você acertar a 5ª vez consecutiva vai ter que ir pro alvo...-ele disse apontando para a piscina com um alvo acima do trampolim.



Riu. As chances de acertar eram mínimas. Olhou para Hermione que estava cheia de prêmios. Decidiu que não custava nada acertar... Jogou e acertou o alvo. A amiga riu da expressão de espanto dele quando se viu carregado até a piscina.



- ta bom... Mas quem vai me derrubar?



O vendedor apontou Hermione e Harry começou a rir. Ela não acertava nem um elefante do lado dela... Percebeu que seu erro foi rir.



Hermione tomada por uma raiva que não sabia bem de onde jogou a bola com uma mira certeira. Harry se viu cair na piscina sob os urros da multidão.



- você merecia isso Harry!-ela disse quando ele saiu da piscina, estava todo molhado.



Ela o olhou e ao ver a blusa molhada exclamou.



- você vai pegar um resfriado Harry!



- E é tudo sua culpa.



- minha culpa? Quem foi que quis se mostrar pra todo mundo acertando cinco alvos consecutivos?



- e quem acertou o alvo que me fez cair?



- e quem me obrigou a andar na montanha russa?



Os dois pararam ao verem que chamavam a atenção de todos em volta. Harry marchou até uma barraca com algumas camisas e comprou uma. Hermione o seguiu carregando os ursos e parou assustada ao ver o que Harry fazia.



Ele tirava a blusa no meio da multidão expondo todo o seu corpo. Respirou fundo perguntando se todos viam o que ela via. Harry tinha o peito sem pelos, com bíceps bem definidos e um tanquinho que a fez andar até ele pondo uma mão em seu peito.



- o que pensa que esta fazendo Harry?



- estou trocando de blusa para não me resfriar... Não está vendo?-ele olhou pra mão dela -e a sua mão não consegue cobrir nada se essa é a idéia



Se lembrando Hermione tirou a mão dele. Estava vermelha. Quando ele pos a blusa ela leu por instinto o que estava escrito.



Lições de anatomia

Diariamente após as 20:00h

Quarto 1204, bloco 01.

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- o que é isso? Um outdoor?



Ele riu



- estou fazendo propaganda do material!



- então a gente volta antes das oito!



Falou decidida dando as costas pra ele que a seguiu



- não vai querer participar da aula não?



Ela soltou um muxoxo alto



- francamente...



- já sei!- ele a puxou pelo braço - você quer aulas particulares e exclusivas!



Os dois abriram a boca. Harry porque não sabia como havia falado aquilo e porque estava nem um pouco arrependido. Hermione não acreditava como ele podia dizer aquilo na frente dos outros.



- Harry...-começou a falar, mas não conseguiu e riu. Ele também.



Hermione o levou para um canto e fez um feitiço pra secar as calças dele que por sua vez fez os ursos irem parar no quarto de hermione junto com o espelho. Este sem que ela visse.



- aonde vamos agora?-ele pos uma mão em seu ombro e foram andando



- sei lá... O que você acha do carrossel?-ela riu frente à idéia - ou então o túnel do amor?-ele disse sem graça - já sei! Vamos à montanha russa novamente!



- ah não Harry! Eu vou até sozinha no tal túnel só pra não ter que andar naquilo de novo!



Riram e deram mais uma volta no parque e nos brinquedos até que resolveram voltar pra casa.



Aparataram na entrada dos fundos da casa de Hermione. Entraram rindo na cozinha e ela pegou água pra eles.



- e então... O que você vai fazer amanha?- Harry perguntou.



Hermione pos o copo na pia e cruzou os braços.



-não sei. Talvez eu fique em casa arrumando meu quarto e você?



Harry a olhou por um instante. Sabia tão bem quanto ela que o quarto não precisava ser arrumado. Só a cabeça dele talvez que precisasse, mas não achava aquilo um problema. Aproximou-se também pondo o copo na pia.



- o que você acha de irmos... – Harry não terminou de dizer, pois uma coruja entrou pela janela aberta da cozinha entregando uma carta pra mione e outra a seguiu com uma para ele.



Abriram ao mesmo tempo.



- é só a lista de material... E então. O que veio pra você?- perguntou ao ver a cara de espanto dela.



Hermione soltou um grito de felicidade e pulou em cima de Harry que a segurou sem problemas.



- haaaaaaa... Fui nomeada monitora chefe!



Harry a abraçou, feliz pelo sucesso da amiga. Pos uma mão na cabeça dela e acariciou seu cabelo inebriado pelo perfume. Poderia ficar ali um tempão sorrindo de felicidade para ela, mas Hermione desceu do colo dele e o arrastou gritando pra que os pais ouvissem.



- eu virei monitora chefe!



Ela soltou Harry e pulou da mesma maneira em cima do pai que leu a carta orgulhoso. Hermione em sua alegria não viu o que Harry viu.



Os tios dela se encontravam na sala conversando com os pais dela. Melissa desceu as escadas quando ouviu a gritaria.



- nossa prima to começando a achar que você não tem um pingo de educação...-ela sorriu ao ver Harry. O pai dela se levantou e pegou a carta que a mãe de Hermione acabara de ler.



- vamos ver o que há de tão importante...-Harry prevendo problemas pulou para pegar a carta das mãos do tio dela.



Hermione desceu do colo do pai e ao ver a carta na mão do tio também pulou para impedi-lo.



Caiu em cima de Harry e se levantou pedindo desculpas. A tia olhava horrorizada para a camisa do garoto.



-Mel... Não se atreva a ir neste endereço após as 20h.-falou apontando pra blusa do Harry.



Os amigos riram esquecendo da carta, mas o grito do tio os fez voltar à realidade.



-ela... Ela... Estuda bruxaria?



Mel gritou



- sua bruxa fica longe de mim!- e olhando para Harry passou a mão na boca - ai, eu fiquei com um bruxo?



Os pais a olharam assustados com a revelação. Hermione ficou parada. Os pais dela começaram a explicar que tudo não passava de um engano. Que aquele era um grupo de química da escola e que Hermione participava dele. O tio não se convenceu e pensou em sacudir Hermione.



Harry ao ver o gesto dele a puxou para si e apontou a varinha para o tio dela.



-não se atreva a encostar em um único fio de cabelo dela!-falou em um tom frio poucas vezes presenciado por Hermione



-Harry não...-ela gemeu atrás dele



- estão vendo? Eu não disse? É uma bruxa e tem um namorado bruxo!



Harry não agüentou. Não sabia se pela atitude do tio da amiga ou por ele lhe lembrar seu tio nos momentos de fúria. Quando deu por si estava gritando o feitiço



-obliviate!- lançou o feitiço nos três e sentiu as mãos de Hermione abaixando seu braço.



- se acalma Harry...- ela falou o fazendo sentar. Ele passou as mãos pelos cabelos em um gesto nervoso.



Os pais de Hermione foram ver se os três estavam vivos e quando constataram isso se viraram para os dois com olhares inquisidores.



-pai... Não foi nada... O Harry apenas apagou a memória deles. Eles estão bem. Vai ser ate melhor.



O pai dela a olhou ameaçador



- depois conversamos mocinha...- Hermione engoliu em seco. Conhecia aquele olhar. “lá vem bomba”



Ela pegou a carta da mão do tio e com um aceno de sua varinha fez o nome da escola mudar para o nome de uma escola trouxa. Harry leu para ver se não tinha nada de mais e a devolveu ao pai de hermione que a pos de volta na mão do tio dela. Eles se sentaram como se nada tivesse acontecido e viram os tios de Hermione voltarem ao normal e o tio dela gritar.



-haha! Agora eu sei o nome da sua escola. Querida me faça um favor. Guarde o nome dessa escola. Porque se deixam um garoto que veste esse tipo de blusa estudar lá... Eu quero que a Melissa nem chegue perto desse estabelecimento!



Os dois se levantaram se despedindo dois pais de Hermione que os acompanhou até a calçada. Melissa olhou para a cara de cansaço da prima e a de poucos amigos de Harry. Limitou-se a um boa noite e foi atrás dos pais. Harry olhou para Hermione e se levantou.



- já estou indo Mione. O dia foi ótimo!



Ela se levantou e o acompanhou até a porta.



- pra mim também Harry. A gente se vê no beco?



Ele parou de olhar o chão e a olhou. Será que demorariam tanto a voltar a se ver? Ou era apenas impressão dele? Lembrou-se do espelho e sorriu.



- sim Mione a gente se vê no beco!- Harry se despediu dos pais de Hermione na calçada e aparatou na garagem.



Ficou sentada no sofá esperando o pai falar. Olhou pra rua e pode ver sua mãe falando mansamente com ele. Respirou aliviada. Sua mãe era um anjo. Sempre conseguia amansar seu pai. Mesmo que ele estivesse à beira de um ataque. Por isso ela não se surpreendeu quando o viu voltar com um olhar mais calmo. Foi sua mãe quem falou.



- Hermione... Seu pai só queria saber se você tem algum namorado na escola. Coisa de pai...-Mione sorriu. “Então é isso?”.



- podem ficar tranqüilos porque lá na escola ninguém me acha bonita...Sem contar que para muitos eu sou uma raça impura que deve ser ignorada.



A mãe já sabia daquilo. Hermione contara a ela no seu 2° ano do preconceito de muitos bruxos para com ela. Alicia segurou o braço do marido. Explicaria aquilo depois. Sentou-se perto da filha e segurou sua mão.



- Mione... Você é linda meu amor. Pra mim e pro seu pai você é o ser mais lindo do mundo. Não acredito que ninguém tenha lhe elogiado até agora.



- só me elogiam pelas minhas notas... - “bem... uma vez o Harry disse que eu não era feia” mas não iria contar aquilo aos seus pais. Por algum motivo que desconhecia queria guardar aquele trunfo com ela. Era seu segredo e não o contaria a ninguém. Alicia suspirou e acariciou o cabelo da filha



-pode ter certeza querida que alguém não se importa apenas com a sua inteligência.



Hermione se despediu dos pais e foi para o seu quarto. Queria esquecer que um dia tiveram aquela conversa. Encontrou bichento de prontidão na porta. Ela entrou seguida pelo gato.



- grande garoto, não deixou que ela entrasse de novo, certo?- o gato balançou o rabo e pulou no peitoral da janela.- que foi quer sair?-ela fez menção de abrir a janela, mas o gato pos as patas em cima do seu braço e miou alto.



Hermione levou um susto. Bichento nunca fora de agir assim. “A não ser no 3º ano com o Perebas” pensou. Pondo o gato no chão ela começou a se despir no caminho ao banheiro. Queria um banho. Levou meia hora na água refrescante que caia da ducha antes de voltar ao quarto. Pegou seu creme hidratante de leite com cheirinho de bebe e começou a passar no corpo depois que pos o pijama. Bichento foi até um canto da cama e chamou a atenção dela pra algo prateado que estava jogado ali. Hermione esticou o braço e viu um espelho. O pegou e olhou de todos os lados sem entender como parara ali até que pode ouvir nitidamente uma voz conhecida vir dele.



- Mione?-ela virou o espelho e viu Harry. Sentado em sua cama, vestindo uma bermuda que parecia fazer parte de um pijama só que sem à parte de cima. Ela sorriu ao ver o amigo.



- como você conseguiu por...



-esse é um segredo que eu não te conto!- ele sorriu-o que esta fazendo agora?



- passando creme no corpo porque? Quer conversar?- ela pos o creme de lado



- não que isso eu não quero te atrapalhar... Só queria que a gente fizesse como em Hogwarts. Falando até a hora de ir pra cama...



- a Harry, mas agora vai ser diferente. Porque se você não percebeu nós já estamos na cama.



-esquece então. Já que você não quer conversar...-ele fez uma cara de desamparo



- não Harry que isso... Você entendeu tudo errado. Olha-ela chamou a atenção do amigo - o que você acha de irmos ao parque amanha? Poderíamos fazer um piquenique.-ele sorriu frente à idéia



-esta certo. Que hora eu apareço?-ela se levantou para guardar o creme no banheiro e quando voltou olhou duas vezes para o lado de fora. Tinha quase certeza de que vira alguma coisa.-Mione?-Harry chamou sua atenção e ela olhou pro espelho.- “com certeza deve ser algum bicho”



- às 10h Harry. Eu te espero as dez!Bichento passou entre eles e ela afagou a cabeça do bichano que se virou com as patas pro ar. Hermione começou a mexer na barriga dele que começou a ronronar. Os dois riram



- é bichento você não sabe o quanto é sortudo!-Mione o olhou-eu ainda não sei porque o Krum te deixou...



-ele não me deixou... Fui eu que terminei. O peguei falando mal de você lembra?



- e não podia falar que ele tinha razão?-ela riu ao imaginar que já vira aquela cena antes só que com papeis inversos.



- não Harry. Assim como você, eu não concordei. Preferi a nossa amizade.



- mas eu não mantinha um relacionamento de mais de dois anos com a Cho...



Os dois ficaram em silencio. Não conseguiam mais falar. Bichento pulou no chão e começou a miar olhando para a porta. Hermione se levantou e abriu a porta para o gato. Voltou para a cama e se deitou olhando para o espelho.



-isso é estranho sabia?-ele a olhou interrogador - essa situação... Não é todo dia que eu fico conversando da minha cama com um amigo! – ele riu.



-acha que eu já fiz isso alguma vez?-Mione revirou os olhos



-esqueci que vocês não conversam na cama...-ficou vermelha após perceber ao que disse- desculpa Harry! Eu... Não queria...



- nem vem! Você queria sim dona Hermione... Acho até que queria mais que dizer. Mas mudando de assunto...-Hermione levou uma mão à boca chocada-realmente eu não tenho muito tempo pra conversar com elas. Você sabe que todos os meus relacionamentos são rápidos...



-e você sabe a minha opinião sobre eles. Você age assim porque nunca esteve apaixonado de verdade!



- e você Mione? Já se apaixonou alguma vez?- ele perguntou no que para Hermione era um interesse genuíno.



-nunca Harry. Acho que ainda não conheci o cara certo...



- eu também. Acho que não posso amar! Afinal ele não pode né?-disse em um tom desamparado



- isso quer dizer que você não me ama?



Harry abriu a boca pra falar, mas parou. Ouviu a voz do tio no corredor e fez um gesto para que a menina não falasse nada. Hermione bocejou. O dia tinha sido cansativo e ela estava caindo de sono. Se deitou olhando para o espelho esperando que Harry voltasse e que eles continuassem conversando mas o cansaço foi mais forte e ela adormeceu. O garoto voltou e a chamou.



-Mione?



Quando viu que a amiga dormia parou de chamá-la. Sorriu e se imaginou tocando a pele macia de Hermione que inconscientemente se mexeu na cama. Viu um sorriso ser iluminado pela luz do luar no rosto dela e resolveu ir dormir. Aquela cena tinha algo intimo e mágico para ele. Guardou o espelho e se deitou. “Amanha eu te respondo Mione...”.

*****************************************************



Hermione pegou um cacho de uva e começou a comê-lo. Harry pegou um pedaço de torta para comer.



Os dois se encontravam embaixo de uma arvore frondosa no meio do parque. Casais aproveitavam os últimos dias das férias de verão para namorarem a beira do lago, as crianças para brincarem e os pais para se divertirem com os filhos.



Para eles era um ótimo dia para um piquenique. Harry se encostou a arvore e ficou olhando para o céu. A cada dia que se passava ele percebia que estava se aproximando “o dia”. O dia em que lutaria com Voldemort e talvez não houvesse mais aquela paz: o casal de velhinhos passeando, as crianças brincando... Tudo aquilo dependeria dele e aquilo o fazia se sentir pesado, cansado...



- posso saber no que o senhor ta pensando?



-nada de mais...



-conheço esse olhar Harry Potter!-ela retirou os óculos dele e começou a limpá-los - esta pensando na profecia não?- Ele sorriu



-você sempre percebe o que eu sinto não? –ela lhe devolveu os óculos e se deitou pondo a cabeça no colo dele.



-isso é bom ou é ruim?-ele puxou o cabelo dela pra trás da orelha



-acho que isso ainda vai me trazer problemas...



Ela fechou os olhos. Harry a olhou por um longo tempo. Precisava dizer aquilo pra ela. Sentia que a amiga precisava ouvir aquilo para se sentir mais segura.



-sim... – Hermione abriu os olhos e o olhou



-o que?



- eu te amo... Você é minha única amiga. Acho que a única pessoa com a qual eu posso contar em todos os momentos. Eu sei que eu posso contar com o Rony pra qualquer perigo, mas eu não vou pedir um conselho amoroso a ele né?-ela riu-mas é sério... E me sinto no dever de te dizer isso.



Ela o abraçou



-ah... Harry! Você sabe que pode contar comigo em todos os momentos. Acho que já disse isso no terceiro ano não?



-por isso que eu quero te dizer que você pode ficar tranqüila porque eu não sou tão insensível assim. Sou capaz de amar ao contrario do Voldemort.



-eu sei. Por isso que sou sua amiga!



Ela voltou a se deitar no colo dele e ficou mexendo em uma flor que caíra ali perto. Harry se lembrou de um detalhe importante da noite anterior.



- seu pai brigou com você ou sua mãe o amansou? – ela riu



-ela o amansou, como sempre.



- e... Desculpa perguntar... O que ele queria falar com você?



- não sei... Bem... Ele queria saber se eu tinha algum namorado...



-ele queria saber se nós éramos namorados não?



- se era isso eu não sei...Mas vamos esquecer isso...E então, quando vamos comprar os nossos materiais?



Ele começou a brincar com a alça da blusa de Hermione. Aquela marca de biquíni era tentadora. Sorriu para a amiga tentando mudar os pensamentos.



- o que acha de amanha?



-pode ser...Quem sabe a gente não encontra o Rony e a Gina por lá?



-pode ser...



Harry estava falando de uma forma extremamente evasiva. Não conseguia parar de olhar para a marca de biquíni dela. Decidiu que era ora de se afastarem e sugeriu.



- vamos pedalar um pouco?



Hermione sorriu assentindo e se levantou indo na direção das bicicletas. Eles haviam ido ao parque de bicicleta porque o local ficava a uma pequena distancia do condomínio onde Hermione morava. Harry olhou para trás e viu Tonks um pouco afastada deles. Fez um gesto para que ela tomasse conta das coisas deles.



-é a Tonks?



-sim.



- porque ela não fica com a gente?



-não sei... Acho que pra não chamar muita atenção!



Harry não gostava de mentir para a amiga, mas nesse caso não via outra escolha. Afinal, como diria a ela que tonks não queria atrapalhá-lo mesmo com ele dizendo que não atrapalharia nada. Que ele gostava da Hermione como uma amiga e que ela era como a irmã que ele não tinha. Que em certos momentos e pra dizer a verdade em muitos, ele tinha mais respeito a ela do que a gina, irmã do seu amigo. Não sabia de onde Tonks tirara essa idéia de que ele gostava de Hermione. Eram apenas bons amigos e nada mais. “Você precisa parar de pensar nisso. Se não vai acabar fazendo alguma besteira!”.



Andaram primeiro em torno do lago. Hermione andava bem devagar, apreciando a paisagem. Harry a olhava admirado com a forma como ela andava, como o vento batia em seu rosto balançando seus cabelos e ela sorria a cada vez que ele para fazê-la rir soltava as mãos da bicicleta e pedalava com as mãos livres. Adorava aquilo. Nunca havia passado momentos tão bons na companhia de alguém ou até mesmo sozinho.



- o que você acha de apostarmos uma corrida?



- você sabe que vai perder...-Hermione respondeu.



- isso é o que vamos ver!



Correram por todo o parque. Harry sempre estava à frente de Hermione. Sempre olhando para trás para ver onde ela estava ele não vendo uma pedra acabou perdendo o equilíbrio. Viu Hermione parada ao seu lado desesperada o apalpando por todo o corpo.



- você esta bem?



- sim...- Ele disse se levantando.



- acho bom voltarmos!



- só porque eu estava ganhando?



- não seu tonto... É porque ta ficando tarde. A Tonks deve ter algum compromisso!



Pedalaram em volta do parque até voltarem ao ponto onde Tonks estava. Ela continuava lendo um livro que Hermione logo se interessou.



- “Como Desfazer o FRATULENTOS...” Por Balfour Blane. É sobre o que Tonks? – a loira olhou pros dois e se levantou.



-leitura avançada para aurores!- falou em um tom decidido que nem Harry ou Hermione tinham visto ser usado antes.



Resolveram não perguntar mais nada e foram para a casa de Hermione onde seus pais os aguardavam. Hermione apresentou Tonks aos seus pais, mas não disse para eles porque que ela os acompanhava. Deixaram os adultos conversando na sala e foram até os fundos da casa, onde um lindo por do sol os esperava.



Sentaram – se em um banco perto da porta em silêncio que só foi quebrado por Hermione.



- você não ficou interessado sobre aquele livro que a Tonks lia?



Harry não conseguiu esconder um sorriso



- é impressão minha ou você esta curiosa, senhorita Granger?



-eeeeeeuuuuuuuu? Que isso!



- ta você não é curiosa... Apenas tem uma vontade muito grande de aprender coisas novas.



- pode-se dizer que sim... Mas não desconversa. Sobre o que será que ele fala?



-bem... Pode falar sobre muitas coisas. Principalmente sobre ‘Como desfazer o fratulentos’! – Hermione o olhou para ver se ele estava brincando e viu um sorriso brincar em seus lábios.- o que foi... Não ficou satisfeita com a resposta?



-não! E você sabe muito bem disso!- Harry viu que ela tinha um olhar determinado e sabia no que aquilo ia dar.



Já vira aquela expressão antes e em todas as vezes que vira ela sempre se dera muito bem. Lembrava-se perfeitamente do que ela havia feito a Rita. Por um momento teve medo. Não queria ser alvo da curiosidade da amiga.



Levantou-se e ofereceu uma mão a ela.



- Vamos voltar lá pra dentro antes que você nos meta em encrencas!- Hermione riu e se levantou



- até parece que sou eu quem nos mete em confusões...



Voltaram pra dentro da casa. Harry se despediu dos pais de Hermione. O pai dela se ofereceu a levá-los ao Beco Diagonal e Tonks aprovou. Harry passaria na casa deles e de lá seguiriam de carro a compra de seus materiais.



Naquela noite, como em todas as outras, Harry ficou conversando com a amiga até que esta dormisse. Aquilo tinha virado um hábito para eles.



Harry passou a ir todos os dias na casa da amiga. Às vezes saiam, outras vezes apenas ficavam em casa assistindo filmes ou até mesmo terminando as lições (para desespero de Harry). Aquelas estavam sendo as melhores férias de sua vida. Mas como tudo que era bom na vida de Harry Potter durava pouco, o dia de regresso a Hogwarts estava chegando. Parecia que após o seu aniversário, no qual passara o dia na casa da amiga, os dias estavam voando.Agora só faltava um dia.



O pai de Hermione procurou uma vaga para estacionar. Mesmo não sendo uma área muito movimentada estava difícil de encontrar uma vaga perto do Caldeirão. Quando em fim estacionaram os dois adolescentes desceram as pressas do carro e só pararam porque precisavam acompanhar o sr°. Granger.



Ao entrarem no Beco encontraram vários alunos de Hogwarts dentre eles draco. Passaram por ele e Harry imaginando que teria de ouvir alguma piadinha segurou na mão de Hermione e se afastou da loja onde ele estava, deixando até o pai da garota entretido com as revistas e os jornais bruxos. Hermione o olhou assustada sem compreender nada.



- o que houve com você?- perguntou ao amigo. Ele a olhou como se aquela resposta fosse obvia.



- nos livrei do Malfoy! Ou você queria ouvir as besteiras de sempre?



Hermione abriu a boca pra falar, mas parou. Não sabia se aquele era o momento certo pra contar pra ele. Talvez depois, ou até mesmo a própria gina contasse. Preferiu ignorar aquele assunto e começou a andar livremente ao lado do amigo, comprando seus materiais e se divertindo ao pararem e olharem alguma vitrine diferente. No fim das compras pararam pra comprar sorvetes e se dirigiram até a loja dos gêmeos. Ponto de encontro pré-estabelecido com o pai de Hermione.



Ao chegarem na loja esbarraram em uma bruxa que saia da loja. Não repararam muito nela, mas esta não pensou duas vezes antes de olhar bem o casal de amigos e suas mãos dadas. Sorriu e continuou seu caminho, só que agora com muito mais pressa.



O pai de Hermione os esperava impacientemente, como ela mesma constatou, não permitindo que eles se demorassem muito na loja. Falaram com o Rony e com os gêmeos, compraram alguns doces normais e outros mais ‘weasley’s’ como a bala lamacenta. Hermione comentou que não sabia no que aquilo ia ser útil, pois não ouviu quando Fred e Jorge chamaram Harry e Rony a um canto e lhes contaram a utilidade das balas.



- é o seguinte... Sabe quando se quer ‘falar’ com uma das meninas no dormitório feminino e não podemos?- os dois sorriram se lembrando de quando tentaram fazer isso e não conseguiram.



- pois seus problemas acabaram!- falou Jorge animado.- com a bala lamacenta vocês vão poder ir até a ala feminina. Não sei com que intenção... Mas que vão poder vão!



Harry olhou de esguelha para Rony. Percebeu que o amigo também tinha suas duvidas sobre a eficácia naquele local.



- como vocês podem ter tanta certeza de que funciona desta forma?



Os gêmeos trocaram um olhar cúmplice



- só posso dizer que alguém já testou na Grifinória, mas nada mais que isso.



Os amigos resolveram não prolongar o assunto e Harry saiu da loja junto com o pai da amiga. Pedia a Deus que hermione não perguntasse sobre o que eles falavam.



Ao chegarem em casa encontraram a mãe de Hermione já de volta do consultório. Ela convidou Harry para jantar e este aceitou. Foi um jantar calmo, com um ambiente bem familiar onde só se sentia uma certa tensão da parte do sr° Granger. Alicia ao ver o comportamento do marido fez o possível para manter a conversa o mais agradável possível. Afinal aquela era a ultima noite de sua filha em casa. Depois ela passaria quase um ano longe dela.



Sentia um aperto no peito toda vez que pensava quando reveria Hermione. A sensação de que algo ali naquela mesa não estava certo a perseguia e a cara de Evan não ajudava muito. Deixou que Hermione levasse o amigo até os fundos da casa e ouviu o costumeiro estalido. Definitivamente nunca entenderia como aquele ‘truque’ funcionava.



Hermione passou pelos pais na sala de jantar e se despediu deles indo para seu quarto. Sabia pelo olhar da mãe que ela queria conversar com o pai e que ela não deveria estar presente.

*****************************************************



- o que aconteceu querido? – Alicia fazia uma leve massagem nos ombros de Evan. Ele levantou e segurando as mãos da esposa a levou até a biblioteca.



- vamos conversar aqui – ele fechou a porta e se sentou na poltrona atrás da mesa. Alicia se sentou a sua frente preocupada.



- Evan...



- eu estava andando pelo beco com a Hermione e o Harry e parei em uma loja onde tinha o jornal do mundo deles. Sabe... Acho que nada poderia me preparar para o que eu li ali. – ele olhava transtornado para o teto e decidido pegou um pedaço de papel em uma gaveta e entregou a esposa. – essa manchete me deixou...



Não terminou de dizer. O olhar de sua esposa mostrava que ela concordava com a sua preocupação.



Ministério da magia nega que dementadores não estejam mais recebendo suas ordens



O ministro da magia Cornélio Fudge se vê mais uma vez em maus lençóis. Depois de esconder de grande parte dos bruxos o retorno daquele-que-não-deve-ser-nomeado, o assessor direto do ministro teima em negar que os dementadores estejam menos vigilantes na prisão e em muitas vezes saindo de sua área de controle para ficarem andando pelas ruas de Londres em pleno dia.

É cada vez mais comum o relato de trouxas que desmaiaram em meio a um transito caótico logo após terem sentido um dos piores sentimentos de suas vidas.Fontes seguras nos informam que essa não é a primeira vez que dementadores saem dos limites de Azkabam. Há cerca de três anos o ministério para esconder o seu erro ludibriou ninguém menos que Harry Potter, o menino que sobreviveu.

Potter foi dado como louco pelo ministro ao afirmar o retorno do lorde das trevas apesar de ter presenciado junto com seus amigos todas as tentativas dele de retornar ao poder.Há quatro anos Hogwarts viu os seus terrenos cercados e muitas vezes invadidos por dementadores. Apesar do diretor Alvo Dumbledore ser contra a entrada desses seres em sua escola o ministro da magia deixou que eles retornassem a escola há dois anos. Em um evento que o próprio ministro se recusa a contar o porque da necessidade de entrada de um único dementador na escola.

Seria medo do que o dementador foi fazer na escola ou apenas uma forma de esconder dos contribuintes algo escuso e perigoso?

O assessor do ministro Percy Weasley, diz que os dementadores são a única certeza de que assim que aquele-que-não-deve-ser-nomeado for encontrado ele vai poder ser eliminado.

Não sabemos o que eles querem fazer com os dementadores, mas a nossa única certeza é que não queremos que eles fiquem andando por ai ameaçando nossos lares.

Cabe a nós leitores concientes do profeta diário, decidir as melhores atitudes a serem tomadas.





Alicia olhou para o marido. Aquelas informações deixariam qualquer um com os cabelos em pé. Pensar que sua querida filhinha estava presenciando tudo aquilo e que poderia ser alvo de um desses ataques a deixava aterrorizada. Precisavam tomar alguma atitude naquele momento.



-Hermione vai voltar amanha pra esse mundo Evan... Precisamos fazer alguma coisa contra isso!-falou com a voz embargada.



Evan se virou para a parede e ficou a contemplar a pintura. Aquela idéia vinha martelando em sua mente durante todo o dia e se sentia impotente a cada vez que pensava naquele artigo.



-não é tão simples assim querida...

*****************************************************

Hermione tomou seu banho e voltou para o quarto. Precisava ver se deixara tudo em ordem e se não esquecera de nada. Quando acabou de conferir resolveu se deitar, estava tirando o robe quando viu Harry sentado em sua cama a olhando.

-você já deveria estar dormindo sabia?



- e o seu turno como monitora chefe só começa amanhã! – os dois riram da piada



-não consegue dormir?- ela perguntou ao amigo que também se deitou.



- não é isso... Só estava pensando.



-oh! Agora entendo...



-entende o que?



- o motivo dessa cara feia. Você está pensando!



Caíram de novo na risada. Hermione bocejou.



-vai dormir vai! Você precisa acordar cedo e estar bem disposta para amanhã.



- você tem razão. Boa noite Harry!



- boa noite Hermione!



Após se despedirem ela desceu até a cozinha. Precisava de um copo de água. Na volta ouviu vozes vindo da biblioteca. Aquilo era estranho. Quem estaria à uma hora dessas lá? Amaldiçoou-se por ter esquecido a varinha no quarto. Poderiam ser ladrões ou até comensais. Com cuidado encostou o ouvido na porta. Mais tarde chegaria a conclusão de que era melhor não ter feito aquilo.



- Alicia... Você sabe tão bem quanto eu que essas coisas aconteceriam.



-eu sei Evan... Mas não pensei que seria assim tão rápido. Hermione é só uma adolescente e enfrenta coisas que nós nunca sonhamos. Você sabia que ela é considerada como inferior por muitos só porque não tem pais bruxos?



- sim alicia... Mas não podemos simplesmente tirá-la de lá no ultimo ano. Deveríamos ter feito isso antes. Antes dela se envolver com o mundo bruxo, fazer amigos bruxos. Você conhece a Hermione!



Ouve um silencio momentâneo onde Hermione pensou em ir embora com medo de ser descoberta, mas a curiosidade e o pânico com o que ouvira dos pais a fez ficar.



- ela pode morrer a qualquer momento sabia? – Alicia falou em tom choroso. O marido a abraçou



- você sabe que ela não vai fazer nenhuma besteira. Ela já sabe se cuidar... E depois ela tem os amigos dela.



- não Evan... Não quero que a Mione volte para aquele colégio. Ela não vai embarcar naquele trem amanha!



Ouviu a mãe gritar entre soluços e encostou-se à parede... Não podia acreditar no que ouvia. Ela não regressaria a Hogwarts? Não reveria seus amigos? Não reveria... Harry?



Aquelas hipóteses a deixaram tonta. Voltaria para Hogwarts nem que precisasse fugir. “Não, se eu fugir eles vão entrar em desespero!” Resolveu voltar para o quarto. Jogou-se na cama e olhou as suas malas, todas prontas. Não conseguia chorar. Um pânico crescente se apoderara dela. Ouviu passos no corredor e deitou fingindo dormir.



A porta do quarto abriu e a mãe se sentou na cama a cobrindo.



- minha querida... Tenha bons sonhos! – olhou para a filha com um grande aperto no peito.



Voltou para a porta e encontrou o marido



- nós tomamos a decisão certa Alicia. Você sabe que é o melhor para ela...



-nós te amamos Hermione...-sussurrou antes de fechar a porta.



A menina olhou desolada para o espelho ao seu lado. Queria tanto chamá-lo. Dizer como se sentia, que precisava de alguma idéia de como sair daquela situação... Mas sabia que qualquer que fosse a idéia não a seguiria a partir do momento em que contrariasse os pais. Fechou os olhos decidida a dormir. O sono não demorou a chegar, mas em compensação trouxe um pesadelo junto.



Harry dormia. O espelho estava ao seu lado como em todas as noites que falava com Hermione. Tinha um sonho esquisito.



Andava por um corredor de Hogwarts. Mais precisamente por uma passagem secreta. Sabia que tinha de fugir e estava fugindo... Porque e para onde não sabia. Mas um grito o fez voltar. Voltava por ouvi-la gritando, o chamando, por saber que ela estava em precisando dele. Por saber que não podia ficar longe dela. Não podia viver sem ela...



Outro grito. Só que dessa vez foi real, mas tão real que acordou com o susto. A testa e a roupa molhadas de suor. Se despertou antes de ouvir o seu nome. Conhecia aquela voz. Ela soava tão angustiada que ele correu para o espelho.



- Mione?



-Harry... Harry...



Podia vê-la se debatendo entre as cobertas e a falar o seu nome com o rosto angustiado e banhado de suor. Queria acordá-la. Fazê-la sair daquele pesadelo.



- me ajude Harry... Eles não querem que eu vá... Vão separar a gente...



Harry gelou. Aquilo só podia ser um pesadelo.



- Hermione acorde! – falou desesperado



- eu não quero Harry... Não me deixe, por favor...



Ele olhou a sua volta. Só uma idéia lhe vinha em mente.



- Bichento! – o gato logo apareceu – chame os pais da Mione! Rápido! – o gato sumiu e Harry ainda a viu se debater e gritar por alguns minutos.



- não... Deixem-me em paz! Eu preciso voltar... Eles precisam de mim! “Ele” precisa de mim! Por favor... Ajude-me... Não me deixe para trás... Parem o trem... Eu também quero ir... Não me deixem...- as mãos de Hermione apalpavam freneticamente o ar como se sua vida dependesse daquilo. – Harry...



Foi o último grito que ela deu antes de desmaiar. Harry viu a mãe dela se aproximar da cama a chamando e abafando os soluços.



-viu Alicia... Ela ouviu a nossa conversa...



- ah Evan... Eu não queria fazer isso...



- mas é o melhor a se fazer querida...



O pai a acordou. Ela a olhou por um instante, o rosto transmitindo dor e mágoa.



- nós queremos o melhor para você Mione... Agora volte a dormir...



A beijaram e saíram do quarto. Hermione e se encolheu na cama. Harry queria chamá-la e saber o que estava acontecendo, mas desistiu. Uma sensação dolorosa enchia seu peito. Se tinha entendido direito não a veria mais em Hogwarts... Lembrou de todos os momentos que passaram juntos e da falta que sentiria dela. O coração deu um salto.



Percebeu o que seu corpo lhe dizia a muito tempo mas ele se negou a admitir. “Não isso só pode ser piada”



Virou-se tentando dormir, mas assim como Hermione só conseguia imaginar como seria o outro dia: um sem o outro.



*****************************************************





Ela ainda não podia acreditar. Estava a caminho da estação. A noite anterior parecia que não passara de um sonho ruim se não fosse pelo olhar angustiado da mãe e a certeza de ter ouvido Harry durante o sonho acreditaria.



Os pais haviam decidido liberá-la. Essa era a decisão certa que ele tanto falava. Mas ela sentia que os dois faziam isso a contra gosto.



Foi correndo para a plataforma. Não perderia nem mais um segundo. Despediu-se dos pais e entrou correndo no trem a procura dos amigos.



*****************************************************





Harry estava esperando do lado de fora do trem a um bom tempo. Olhava para a multidão a procura de um certo rosto, um certo sorriso que sempre era dado ao avistá-lo.



- oi Harry! – ele se virou e viu o amigo



- oi Neville... Como você vai? - um sorriso radiante se formou no rosto de Neville combinando com o seu brilho no olhar.



- eles melhoraram Harry! – falou feliz e Harry ficou emocionado pelo amigo que teria sua família de volta.



- pocha Neville que bom! – abraçou o garoto e lhe deu uns tapas amigáveis nas costas. – fico muito feliz por você Neville...



- não vai entrar?



- não estou procurando uma pessoa...



- ok... Eu vou procurar uma cabine.



Harry voltou a olhar para a multidão. Com o primeiro apito do trem se desesperou. Precisava ver Hermione em algum lugar, mas somente avistou os pais dela. Correu até eles. Será que algo havia acontecido à amiga? O pai de Mione acenou o chamando.



- aconteceu alguma coisa? – seu tom era o mais controlado possível.



-não Harry - o pai dela falou pondo uma mão em seu ombro – ela já embarcou. - Harry fez menção de voltar correndo – não. Antes eu quero lhe pedir um favor.



- que favor?



- você é amigo dela e eu queria que você me prometesse que vai tomar conta dela. Certo? Melhor... Me de sua palavra...



O rapaz ficou sem ação. O pai de sua amiga queria que ele tomasse conta dela. A idéia nem começou a ser assimilada quando o trem apitou novamente. Harry olhou para o senhor e senhora Granger e falou a primeira coisa que lhe veio à mente.



- é claro que vou!



Os pais da Hermione sorriram aliviados.



- é por isso que a deixamos ir Harry. Porque sabemos que você não vai deixar que nada de mal lhe aconteça... A propósito, obrigado por ter mandado o Bichento nos chamar ontem à noite! – ele piscou para o garoto - agora vai... Se não você vai acabar perdendo o trem.



Se despedindo do casal correu para o trem. Assim que pos os pés dentro do veículo ele começou a se mexer. Viu as pessoas acenando para os parentes e se sentiu mal. Não havia parentes dele para se despedir. “Mas existem os entes queridos!” Uma vozinha falou no fundo de sua mente e ele sorriu. Aquilo era uma verdade.



Começou a andar a procura dos amigos. Sabia que procurar Hermione naquele momento era perda de tempo. Ela estaria na cabine dos monitores – chefes. De qualquer forma não queria encontrá-la. Preferia ficar sozinho.



Encontrou Rony e Luna em uma cabine e pelo olhar sonhador dela e as mãos dadas percebeu que se continuasse ali ficaria segurando vela. Em outra cabine encontrou Neville e Gina jogando uma partida de Xadrez. Se entrasse ali poderia pensar sossegado. Saldou os dois amigos e se sentou perto da janela. Olhava para fora, mas não via nada. Sua mente estava viajando em outros pensamentos.



Pensava no que havia dito para o pai de Hermione, no último mês de suas férias, no seu aniversário de 17 anos, enfim nos momentos que passou ao lado da amiga.



Amiga... Aquela palavra parecia não mais definir o que Hermione era para ele. Não sabia onde a amizade deles perdeu o sentido. A única coisa que sabia era que Hermione ocupava todos os seus pensamentos e só se deu conta disso quando conversara com o pai dela antes do embarque.



Achara aquela pergunta ridícula. Era como se fosse óbvio que ele nunca deixaria que algo de mal ocorresse a ela. E isso lhe deu um choque.



Recordou dos momentos passados ao lado dela e seu coração parou. Como não percebera antes? Não nutria mais por ela o simples sentimento de irmãos e amigos. Era tudo isso junto e algo mais. Esse algo mais é que vinha tirando seu sono, sua paz e o fazia temer tanto o dia de amanhã.



A amava.



Aquele pensamento encheu sua mente. Sentiu como se respirasse pela primeira vez em sua vida. Um sorriso bobo inundou sua face. Esqueceu – se do mundo ao redor e fechou os olhos.



Revivendo cada momento passado ao lado dela adormeceu. O sono que não tinha há algum tempo e que em decorrência deste sentimento não o procurava veio e deixou que o rapaz sonhasse não com uma amiga, mas sim com uma mulher.



N/A.: bem gente... Não me matem pelos quase beijos... Pelo clima mais do que palpável e pela declaração inconsciente (eu te amo) do Harry. Mas... O capitulo até que enfim acabou pq esse foi o maior até agora e o q demorou mais tempo pra ser escrito tb. Peço reviews pq sei q vcs são muito legais e não custa nada né?

O próximo capitulo vai demorar. E muito, mas vcs agüentam não? Só aviso que vamos ter uma nc no próximo. Cabe a vcs descobrirem de quem.

Obrigado a MioneGrangerPotter, Jéssy e Mione03 pelos reviews... Não sabem o quanto foi gratificante ler um review após fazer uma prova e receber nota na facul...

Kisses and bye!





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