Vivo! E... Sem memória?



Capítulo 7 – Vivo! E... Sem memória?


POV’s Alicia:


 


         Ele estava ali! Ele estava ali!


Claro que prometo. Ele prometera, não morrera, não me deixara...


          Minhas lágrimas escorriam livremente, como há muito tempo não faziam. Eu encharcava o manto branco de Harry com elas, mas ele estava ali, estava ali!


         Apertei meu abraço em seu pescoço, como eu sempre fazia. Devo ter ficado muito tempo, abraçada a ele, mas, em determinado tempo o soltei, chorando fraquinho e soluçando.


         Vi que Harry continuava estático, olhando para mim como alguém tenta se lembrar “Quem é essa louca?!”.


         Ahn?


         Por uns instantes, Harry pareceu envergonhado, mas disse:


- Me desculpe, Alicia – falou simplista.


         Senti meu cenho franzir. Desculpe?


- Pelo quê? – perguntei, terminando de secar minhas lágrimas, com as costas da mão.


- Por não lembrar quem você é, é claro – ele respondeu, num tom educado, mas um tanto tristemente.


         Se palavras matassem... Essas me matariam. Passaram como mil facadas em minha pele. Por não lembrar quem você é, é claro. Ele não se lembrava? Claro que prometo. Ele prometera que ia voltar... Mas, mas...


         Nada sobre isso.


         Meus olhos se encheram de lágrimas novamente, e eu me perguntei quantas vezes alguém pode chorar em um dia, ainda mais no seu próprio aniversário.


- Não se lembra de quem eu sou? Não se lembra de nenhuma dessas pessoas? – indiquei meus amigos e minha família, que estavam estáticos e um tanto pálidos atrás de mim.


         Vi Pontas balançar a cabeça: não. Ele não se lembrava, não sabia...


- Sinto muito, mas não consigo me lembrar das coisas, do meu passado. Foi sempre assim, desde que eu acordei – falou ele.


         Acordou?


         Muitas poucas pessoas restavam nos jardins, agora. O céu já estava escuro, e as estrelas brilhavam. Vi Dumbledore conversar com um homem de barba rala, cabelos castanhos e acho que olhos cinzentos, era difícil ver a essa distancia.


         Alguns professores ainda ajudavam os alunos feridos a entrarem, mas já tinham levado os Comensais e retirado os corpos dos mortos.


         Olhei, tristemente, enquanto a Profª Minerva retirava o último corpo – Miguel Corner. Houvera mortes nos alunos, afinal.


         Vi tio Pontas levantar, e caminhar calmamente até Harry, como se quisesse não acreditar.


         Parou em frente ao meu amigo, sério como eu nunca vira antes. A expressão séria, os olhos inundados de preocupação.


- Não consegue se lembrar de mim? – tinha uma nota de desespero em sua voz, como se quisesse que tudo isso fosse somente uma brincadeira.


         Como a brincadeira de que ele morrera, porque Harry não morrera de verdade. Então, podia não ter esquecido de verdade.


         Eu acho que estava tão concentrada que não vi o Prof. Dumbledore chegar, junto a dois outros homens.


         O primeiro era aquele que eu tinha visto de barba rala, olhos cinzentos como uma nuvem prestes a chover, cabelos castanhos penteados para o lado.


         E o outro era o que estava lutando com Dumbledore contra Belatriz – antes de Harry assumir o duelo – fiquei surpresa em ver que ele já tinha se recuperado, não devia ter passado nem uma hora da batalha!


         Ele era velho, e mais velho que meu diretor – e isso não é um pequeno feito, ok? – os olhos eram marrom, bem escuros, e transmitiam uma inconfundível sabedoria “milenar”. A barba era branca – que isso todo velho tem barbas longas e brancas agora? É pra transmitir sua idade?! – e tão grande que poderia ser amarrada a faixa preta que usava na cintura. E ele apoiava-se num cajado impotente.


         Reparei que Harry usava uma faixa preta também.


- Mestre Dimitri – Harry fez uma meia reverência para seu “mestre”. – Sente-se melhor?


         O homem sorriu bondosamente para meu amigo.


- Ah, sim, jovem Harry. Mas creio que já passamos do tempo onde eu que impressionava você, e não o contrário, não é mesmo? – perguntou, com uma nota de diversão em sua voz.


         Me senti sorrindo fracamente pela vergonha de meu velho amigo. Quando me lembrei que ele não sabia disso.


         Suspirei.


- Bom, vejo que temos muito a conversar – falou Dumbledore olhando, surpreso, para Harry – Vamos a meu escritório nós todos, onde poderemos ouvir explicações e tomar um bom chá.


         Minhas pernas se moveram automaticamente. Na frente, iam Dumbledore, Harry e “Mestre Dimitri”. Os dois últimos conversavam em um francês rápido, e isso me fez perguntar quando Pontas aprendeu francês.


         Olhando de esguelha, vi meus amigos se juntando a mim. Rony, Neville, Hermione, Gina e Susana. Todos tão chocados quanto eu, todos tão tristes quanto eu. Até Mione, que, quando eu criara coragem o suficiente para passar da fase “Depressão Pós-Morte”, contara a ela sobre meu melhor amigo de infância.


         Gina abraçou-me com um dos braços enquanto caminhávamos, e perguntou baixinho: - Como se sente?


- Como se o mundo tivesse caído justo na minha cabeça – minha voz era melancólica como só.


         Eu tentava andar delicadamente, como sempre fazia, mas minhas pernas – no modo automático – só mexiam praticamente se arrastando.


         Gina sorriu fraquinho, olhando para mim e disse:


- Acredite, quando falei que ia gostar do meu presente, não era esse.


         Isso me arrancou um sorriso de canto de boca, nada mais.


Muito para absorver, não?, comentou Universo, passeando por dentro de minha barriga, deixando um friozinho nela.


         Não lhe respondi, mas acho que ele sabia o que eu queria dizer.


         Ouvi a breve conversa de meus pais e meus padrinhos atrás de mim – será que eles se esqueciam que eu tinha audição desenvolvida por causa de Uni?


- Meu bebê... – murmurava tia Lília fracamente, sendo abraçada por tio Tiago – Meu bebê, aqui...


- Calma, meu amor, vai ficar tudo bem – dizia em resposta meu padrinho.


         Mamãe e papai pareciam estar na mesma situação que tio Pontas e tia Lily, só que... Bom – não acredito – era papai que murmurava sem parar “Harry, não acredito...” e era mamãe que o consolava.


         Bizarro. -.-


- Vai ficar tudo bem – murmurou Su, quando chegamos em frente a gárgula.


         Enfrente seu passado, Alicia, falei para mim mesma.


         Argh! Que estresse. Tô feliz de ter Harry de volta, mas estou confusa e aborrecida que ele não se lembre de mim. Qual é? Eu mal acabei de fazer quinze anos!


- Geléia de amora – nunca entendi essa preferência do tio Dumby por senhas de doces.


         Não que eu tivesse sido mandada – muito – para a diretoria, por aprontar...


         Chegando na sala, vi aqueles familiares objetos mágicos em mesas, aquelas familiares estantes e os quadros dos vários diretores.


         Tirando as vezes que eu fora mandada lá por bagunçar, eu também já tinha ido lá para reuniões da Ordem da Fênix. Não eram grandes reuniões, porque em geral, eu praticamente não participava dessas. Eram reuniões tipo: dê um relatório sobre o que aconteceu em Hogwarts, só.


         Não era lá aquelas coisas todas...


         Dumbledore sentou-se na sua cadeira, e o próprio Mestre Dimitri conjurou uma cadeira para si, tão confortável quanto a do diretor.


         Mamãe e Tia Lily sentaram-se nas duas cadeiras que tinham do lado direito, com papai e tio Pontas postados atrás delas, provavelmente ansiosos demais para sentar.


         Eu sentei-me em uma cadeira da esquerda, pois meus joelhos bambeavam e não sabia quanto tempo mais agüentaria ficar de pé. Hermione sentou-se a meu lado, segurando minha mão para me dar forças. Rony, Neville, Gina e Su ficaram de pé, fortemente, mais fortes que eu – a fraca que mal conseguia se manter lúcida.


         E Harry postou-se ao lado da cadeira de seu professor.


         Ficamos todos nos olhando por um tempo, sem saber realmente o que dizer, até Dumbledore falar:


- Bom, creio, Wren – acho que esse devia ser o primeiro nome de Mestre Dimitri, pois o diretor dirigia-se a ele – que você deve ter uma boa história para contar.


         Dimitri suspirou pesadamente, parecendo velho para tudo isso que acontecia: - Na realidade, Alvo, eu mesmo estou um tanto confuso, mas, bom, posso dizer o que sei.


         Dumbledore assentiu, poderia ser um gesto de quem entende ou um gesto que convidava a pessoa a começar a falar.


         Wren Dimitri começou: - Quatro anos atrás, um garotinho apareceu em Harmony.


- Harmony? – deixou escapar Su, curiosa.


         Mas o homem sorriu, e explicou: - Fica no Canadá, a cidade bruxa mais bela do mundo, onde tem um grande exemplo de união e utopia, algo que, bom, me perdoem, não está acontecendo aqui.


         Eu tinha de concordar. Humpf. Velhos e sábios, droga...


         Ele retomou de onde parou, e eu ouvi com máxima atenção – e máxima curiosidade...


- Harmony é circulada por uma densa floresta, a Floresta das Vozes, e são poucos que passam por ela, e os poucos, são, naturalmente, bruxos – continuou o velho homem – devo admitir que, bom, não esperava que um garoto, que não devia ter mais de dez ou onze anos, passasse pela floresta.


“Mas ele estava lá, e parecia pouco machucado, na aparência, porque suas energias mágicas estavam baixas. Ou ele fora atingido por um bom feitiço, ou fizera um feitiço muito errado. Ele teria de descansar para repor sua mágica completamente.


“Os curandeiros cuidavam dele pacientemente, esperando-o ser curado, mas somente um ano depois, ele despertou. Parecia confuso e angustiado, e o pior: não conseguia se lembrar de nada.”


         Eu vi Harry abaixar a cabeça, e senti pena. Não gostaria de acordar de repente e não me lembrar de nada.


         Imagine, ter a cabeça branca de memórias, sem amigos, sem conhecidos, sem ensinos...


- Ele me disse a única coisa que se lembrava, seu nome. Harry. – nessa hora Mestre Dimitri olhou para seu pupilo – Pouco tempo depois sua fênix apareceu, e descobri que o garoto, curiosamente, sabia falar com os animais. E ele parecia poderoso.


“Não se lembrando de nada, deixei-o ficar na vila, afinal, para onde mais poderia ir, dissera ele mesmo. Harry entrou na escola e começou a aprender as coisas muito bem. Eu via como ele era um aluno que prestava atenção e engolia tudo como se dependesse disso.


“Sua cabeça estava vazia, tinha muito espaço para absorver tudo. Quando vi que ele sabia fazer magia sem varinha, como vocês ingleses tem esse costume, muito bem, soube que ele provavelmente já fazia magia assim, em seu passado.”


         Mestre Dimitri parou, para respirar um pouco, provavelmente tentando extrair mais coisas de sua memória velha.


- Ele também tinha um dom natural para usar adagas, e optou por usar essas em vez de espadas ou arcos – vi  que tia Lily arregalou os olhos nessa hora, tanto que parecia que eles iam saltar das órbitas – são poucas as pessoas quem usam adagas para lutar, pois é necessário aproximar-se do inimigo, e minha curiosidade sobre Harry aumentou.


“Aos quinze anos, os alunos se formam na escola, ganhando faixas representando seus níveis que, agora, ficariam para sempre, mostrando seu poder. Amarela, Laranja, Vermelha e Preta.


“Harry, sendo bom aluno como era, ganhou Preta. E, bom, alguns dias depois, hoje, recebi o chamado de Alvo e, naturalmente, viemos ajudar”.


         Um silêncio caiu sobre a sala, todos analisando a situação, pensando.


         Então era por isso que Harry não voltara. Não porque estava morto – apesar de eu nunca ter acreditado nisso, nem um segundo sequer – mas, sim, porque não se lembrava.


         Engraçado como o destino pode ser traiçoeiro. Ou gentil.


         Tia Lílian deixava as lágrimas escorrerem por seu rosto, eu entendia como ela sentia falta do filho. Eu fazia força para não chorar – muita força.


 


POV’s Autora:


 


         Harry baixou a cabeça. Realmente, não gostava que lhe lembrassem que ele não lembrava de nada.


         Ele via que a mulher ruiva de cabelos fogo chorava bastante, e Alicia tinha os olhos brilhantes demais – que ele sabia que estava prestes a cair no choro.


         Os dois homens pareciam um tanto tristes. Ele via tudo isso, via todos – nervosos, ansiosos, tristes – e, sinceramente, não entendia nada.


         Não entendia quem era aquela gente. Não se lembrava.


- Bom, já que não se lembra de nada – falou Alicia, subitamente sorrindo – Sou Alicia Black, mas isso eu já falei. Aquela torneira quebrada ali, é Susana Bones – apontou para a garota loira, que realmente chorava muito – Essa ruivinha aqui, é Gina Weasley.


         A ruiva tinha cabelos cor de fogo também, mas, Harry via, não parecia ter parentesco com a outra ruiva de cabelos cor de fogo.


- Esse bobão aqui, é Rony Weasley, irmão... – mas foi interrompida por Gina.


- Infelizmente – acrescentou, e deixou Alicia continuar.


- Irmão de Gina. – apontou para o ruivo de olhos azuis escuros e cabelos que parecia em chamas – esse é Neville Longbottom. E, por fim, Hermione Granger, a sabe-tudo – riu-se Alicia.


         Alicia estava animada, por mais que seu amigo não lembrasse de nada, faria ser seu amigo novamente. Não podia perder as esperanças.


         E, por mais idiota que parecesse pensar isso, ele prometera ser seu amigo para sempre.


         Marlene levantou, tomando coragem para falar com o afilhado pela primeira vez em anos, e disse:


- Olá, Harry – falou docemente, atraindo a atenção do moreno – Sou Marlene Black, sua madrinha.


         Viu a confusão estampar o rosto do afilhado, e o cenho franzir, tentando obter alguma lembrança sobre isso, nenhum sucesso.


- Prazer – respondeu, educado.


- Esse aqui é o cachorro do meu marido, Sirius. É seu padrinho – disse Lene, sorrindo agora.


         Sirius sorriu, tentando não chorar “Sou homem”, insistia em pensar:


- Ele já me conhece, encontrei-o perto de um amigo, infelizmente, já falecido.


- Sim, Chadhi – concordou Harry.


- Ah, uma pena – lamentou-se Mestre Dimitri – Era um bom menino, o Chadhi. Conhecia-o desde que nascera.


         Lílian finalmente levantara-se, secando as últimas lágrimas e os últimos vestígios de que elas haviam caído, e se dirigiu a Harry.


- Bem vindo de volta, Harry – desejou, sorrindo fracamente – E, bom, não sei um jeito muito delicado de dizer isso, mas, sou sua mãe.


         Harry paralisou. Ele, de certa forma, sabia que devia ter nascido de algum jeito, e seus pais talvez não estivessem mortos, mas a notícia, mesmo assim, o chocou.


         Sentiu Lílian – sua mãe – o abraçar, e ele retribuiu. Seu abraço era uma sensação um tanto familiar. Era quente, e tinha um toque de desespero, nesse pelo menos, como se sentisse falta disso, como se precisassem se abraçar a muito tempo.


         Alicia via a tudo segurando seu cordãozinho de coração nas mãos. O já conhecido coração azul, gravado com um A esmeralda. Ele batia, era a sensação de um coração batendo.


         Tiago adiantou-se, sorrindo.


- Sou Tiago Potter, vulgo Pontas – riu-se o mesmo – E, bom, seu pai.


         Harry sorriu para o homem moreno a sua frente, reparando como eram semelhantes. Os mesmos cabelos, o mesmo sorriso, a mesma expressão.


         Tiago abraçou seu filho, emocionado.


- Como é bom ter você aqui de volta, por mais que não se lembre – murmurou para o filho, este sorriu.


         Quando soltaram-se, Mestre Dimitri disse:


- Bom, vejo que Harry Potter ficará bem.


- Potter? – indagou, confuso.


- É seu nome – explicou Sirius rapidamente.


         Harry balançou a cabeça, positivamente, entendendo. Mas olhou seu mestre.


- Mestre Dimitri, ainda posso ver o senhor, certo? – perguntou Harry.


- Ah, sim, jovem Harry. Uma vez cidadão de Harmony, sempre cidadão de Harmony – disse, visivelmente alegre que o garoto tivesse reencontrado a família – Mas, devo dizer, que não será a mesma coisa sem você, Harry Potter.


         Harry estava tentando assimilar tudo rapidamente. Iria ficar na Inglaterra, com sua família e seus amigos – bom, seria como começar novamente, já que não se lembrava de absolutamente nada.


         Viu seu mestre sumir num rodopio de chamas quando sua fênix, Tokyo, o levara de volta a Harmony.


         Ele olhou para as pessoas presentes, elas pareciam exultantes com sua volta.


- Bom, acho que isso é seu – falou Lílian, convocando com a própria varinha outra varinha.


         Harry tomou-a nas mãos e sentiu seus dedos se aquecerem e faíscas saírem da ponta de varinha.


- É feita de azevinho e pena de fênix – falou Alicia, animada para o amigo.


- Bom, eu não gosto muito de varinhas, sabe, adoro usar magia com as mãos – comentou envergonhado.


         Sem seu mestre ali, ele parecia um ser insignificante perto de estranhos, ele não conhecia ninguém. Bom, sabia seus nomes, certamente, sabia quem eram, mas nunca convivera.


         Não que se lembrasse.


- Ah – disse Neville alegre, pronunciando-se pela primeira vez – você sempre foi assim, sabe. Gostava de fazer mágica com as mãos.


- Eu já sabia fazer isso? – perguntou Harry, um tanto impressionado consigo mesmo.


- Ah, sim, sabia – falou Alicia, animada.


         Engatou seu braço ao de Harry, sentindo como as coisas pareciam voltar ao seu natural. E Pontas por um instante sentiu-se incomodado como essa garota, Alicia, que parecia muito a vontade de tudo, mas essa sensação de tê-la próxima era familiar, e continuou assim.


         Saíram da sala, com Alicia e todos os seus outros novos – ou velhos, depende do ponto de vista – o pondo a par de tudo, inclusive da situação da guerra.


         Quando suas vozes já estavam longe o suficiente para serem ouvidas, Lílian falou emocionada:


- É bom ter meu filho de volta – e derramou mais algumas lágrimas.


         Tiago a abraçou, mostrando que concordava plenamente.


- Ele irá ficar aqui e estudar, Alvo? – perguntou Lene, para seu antigo professor.


- Ah, sim. Irá voltar a ser um garoto normal, poderoso, é claro. Talvez sua memória volte, estaremos torcendo por isso. E, creio que a Srta. Black irá dar-lhe todas as noticias que ele perdeu – comentou Dumbledore, olhando para a porta pela qual os jovens saíram a pouco tempo.


         E suspirou. Aliviado.


         Só Deus sabe o quanto gostava do filho de seu afilhado. Ele era um garoto amável, alegre e poderoso. E sabia que talvez trouxesse um pouco mais de vida aos jovens que haviam saído dessa sala, por mais que houvesse guerra, era necessário felicidade, as vezes.


         E pensou, divertido, como ele traria felicidade a Srta. Black.


Ah, a juventude de hoje em dia, pensou, sentindo-se velho.

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