O surto de Grope



–         Hagrid deve estar se perguntando o que aconteceu. Deixamos a maior bagunça... – Alvo disse para Rose e Escórpio que, sonolentos, só balançaram a cabeça concordando. Foram os primeiro alunos a se levantarem; Alvo em particular estava mito ansioso.


 


Quando Hagrid já estava de pé e os convidou para tomar tomaram café com ele e Grope no jardim. A cabana estava impecável e Hagrid não mencionou nada sobre alguma coisa estar quebrada ou fora de lugar. Confusos, os três imaginaram que não fizeram a bagunça que imaginaram para pegar o Pó de Flu.


–          Hagrid o que são esses cortes em suas mãos? – perguntou Rose


–          Grope invocou com algumas árvores. Ele tinha parado com essa mania! Vai acabar construindo um forte em volta de nós. Olhe essa pilha de folhas do lado da cabana; não consigo me livrar delas.


–          Use magia. – disse Escórpio.


–          Ah, Hagrid não pode usar magia para serviços em Hogwarts. – Rose explicou.


A verdade que depois de expulso da escola Hagrid não tinha mais sua varinha; pelo menos não a vista.


–          É não posso! – respondeu Hagrid olhando carinhosamente para Rose.


–          Puxa, então deve ser cansativo fazer todo o trabalho. Conheço um feitiço que faz sair vento da ponta da varinha... Não me lembro direito, mas quando me lembrar podemos fazer e... – disse Escórpio.


–          Quem é mesmo seu pai? – Hagrid perguntou encarando o garoto.


–          Draco Malfoy. Achei que o conhecia.


–          Sim, eu conheço... Dizem que uma maça não cai muito longe da árvore. Parece que não é muito verdade, não é? Menos no caso desses dois e de Tiago!


Hagrid apontou Rose e Alvo.


–          Não me diga que ainda não esta falando com seu irmão?


–          Se ele falar comigo... eu responderei.


–          Orgulhosos! – disse Hagrid. – Pelo menos assista Grifinória contra Corvinal. Soube que ele vai poder jogar.


–          É pode ser...


–          Soube também que vocês estavam por perto da estátua que sumiu; a do Salão da Sonserina.


 


–          Mais ou menos. – respondeu Rose – como soube?


–          Kassin, Neville e Elizabeth passaram por aqui pra vasculhar os arredores.


–          Aposto que McGonagall mandou dizer aos alunos que os elfos a recolheram para limpar – disse Alvo.


–          Como se alguém ligasse pra aquela coisa feia! – exclamou hagrid numa gargalhada – Dumbledore odiava aquele estatua, mas foi um dos presentes dos fundadores pra escola e toda essa frescura!


–          Sem pistas igual a taça? – perguntou Escórpio.


–          Igualzinho. Olhem a hora! É melhor vocês irem para biblioteca!


À tarde na biblioteca as três crianças conversavam baixinho sobre desaparecimento da estátua enquanto acabavam de colocar os livros nas prateleiras.


–          Passamos por lá e não reparamos que a coisa tinha sumido – comentou Alvo.


–          É por que já tinha sumido. – respondeu Escórpio. – Estranho Slughorn contente na mesa dos professores não acham? Se era uma peça tão importante...


–          Eu ficaria contente se ninguém encontrasse um objeto roubado; principalmente se eu estivesse encobrindo o aluno que roubou. – disse Alvo. – Pelo que sabemos Slughorn é dissimulado. Pensem: qualquer pessoa podia entrar na Sala de Troféus da escola, mas a estátua no Salão Comunal da Sonserina era preciso saber a senha.


–          Certo. Vamos supor que Slughorn ajude alguém a esconder essas coisas. Por que estaria fazendo isso? – perguntou Rose aos meninos.


–          Se for mesmo o Neffasto então ficaria muito feio pra ele já que ele foi escolhido pra ser monitor.


–          Só isso?


–          Como só isso? – indagou Alvo.


–          Não sei... Arriscar o emprego, a carreira por um imbecil daqueles?


–          Então você concorda comigo que tem mais coisas por trás disso?


Rose e Escórpio se olharam e encolheram os ombros.


–          Pode ser – respondeu Escórpio –  pelo menos falta pouco para terminarmos essa chatice. Olhem esse livro sobre pintura mágica? Será que alguém se interessa por isso?


Quando foi colocar o livro na prateleira Escórpio sentiu, de repente, muito frio. Um fantasma gorducho flutuava bem ao seu lado olhando as prateleiras.


 


–          Perdoe-me rapaz, achei ter ouvido barulho. – disse o fantasma gentilmente.


–          Deve ter sido eu e meus amigos.


O fantasma flutuou ao lado de Escórpio até a mesa onde Rose e Alvo separavam os últimos livros.


–          Estes! Rose e Alvo. Eu sou Escórpio.


–          Eu sou Guily. Ao seu dispor dama e cavalheiros.


Alvo e Rose o cumprimentaram. O fantasma usava roupas que pareciam feitas para crianças, mas sem duvida era um adulto; tinha um estranho corte de cabelo, como se alguém tivesse colocado um caldeirão em sua cabeça e cortado o cabelo que sobrou do lado de fora.


–          Ah, olá Guily o que faz por aqui? – perguntou Rose.


–          Filch está nos corredores atrás de Pirraça e eu entrei aqui! Madame Pince me dá arrepios.


–          Eles são chatos mesmo. – disse Alvo curioso sobre as vestes do fantasma. – Por que você usa essas roupas? O que você fazia antes de ser um fantasma? – perguntou.


–          Alvo! – Rose o cutucou.


–          Ah, senhorita; não tenho problemas em ser um fantasma.


–          Mesmo?


–          Alguns colegas são sensíveis a isso, mas eu lido bem com a situação. Eu não vivo só para pensar na minha morte. Entenderam?


Os garotos começaram a rir. Rose pediu silêncio para não chamarem atenção de Madame Pince.


–          Era isso que eu fazia antes de morrer: era comediante. Muito famoso na minha época.


–          Por isso se veste assim? – perguntou Escórpio.


–          Minha roupa de apresentação; era só eu entrar no palco que já ouvia risadas. Qual a idade vocês?


–          Temos quase doze.


–          Vocês conhecem a piada da bruxa caduca que confundiu o gato com a varinha?


Os três riram das piadas e imitações de Guily. Principalmente a imitação do prof. Binns. Flutuando de um lado para outro repetindo sobre duendes com a mesma voz enfadonha.


–          Alguém vem vindo, pelo passo deve ser mulher.


–          Deve ser a profª Duggan! Você conhece os passos das pessoas? – perguntou Rose admirada.


–          Eu escuto de tudo nesse castelo. Passos, gritos, gemidos...


–          Sabe alguma coisa da taça ou da estátua que sumiram? – perguntou Alvo.


–          Sei que McGonagall deu uma busca minuciosa. Nem os quadros escaparam do interrogatório, mas ninguém viu nada. Vou subir agora, sua professora está bem perto. Até logo.


Depois de dispensados os garotos saíram acompanhados de Guily flutuado sobre suas cabeças e repararam em vários espaços vazios na parede.


–          Não faz muito tempo que tiraram os quadros. Ainda tem a marca deles na parede. – observou Rose.


–          Guily você pode entrar nas salas dos professores? – perguntou Alvo.


–          Não tenho esse hábito, e pelo que soube a maioria dos professores não ligava se os fantasmas entrassem, mas de uns tempos para cá nenhum mais permitiu. Dizem que os fantasmas o distraem.


–          Slughorn permitia? – perguntou Alvo.


–          Ele era um dos que gostava de conversar, mas agora não mais.   


–          Papai me contou das festas que ele dava; esse ano não deu nenhuma. Alguma coisa tem preocupado o prof. Slughorn.


–          Se ele não se cuidar vai acabar me fazendo companhia em breve. Preciso ir! Filch! – disse Guily atravessando a parede.


Nos dias que se passaram as tardes terminavam com uma brisa fria. O primeiro jogo da Grifinória contra Corvinal estava marcado para o próximo sábado. Alvo foi surpreendido por um bilhete de Madame Hooch o liberando para jogo contra a Lufa-Lufa. Com certeza Tiago fora informado que o irmão poderia voltar a jogar em breve, mas ainda não o procurara. Ainda que evitasse o assunto sabia que Rose e Escórpio comentavam a respeito. Uma pilha de cartas na cabeceira ao lado da cama desanimava Alvo mais ainda; os pais foram avisados de sua detenção. E Harry escreveu que, assim descessem do trem para as férias de natal, os dois irmãos estariam de castigo. As palavras de Rose para fugirem de Hogwarts pareciam mais atraentes do que nunca.


–          Ainda temos as montanhas. – a prima disse tentando animá-lo na aula de poções.


Slughorn mandou que preparassem uma complicada poção a base de espinha de peixe.


 


Enquanto esperava a poção ficar pronta Cinthia Oleson parou ao lado de Rose. A garota tinha a ambição de ser a primeira da turma desde o inicio do ano letivo e não perdia a oportunidade de chatear Rose sobre seu desempenho superior em todas as aulas.


–          Sabe – disse Cinthia a Rose e Alvo – quando escrevi a meus pais e contei que tinha ficado na Grifinória eles ficam muito felizes.


–          Legal. Se era o que você queria. – disse Alvo.


–          Eles me incentivam a ser a melhor, mas quando contei que a filha Hermione Granger estava na mesma turma eles chegaram a dizer que seria impossível, mas eu percebi que além de possível é incrivelmente fácil.


Rose não respondia as provocações idiotas de Cinthia.


–          Legal. Se era o que você queria. – repetiu Alvo.


–          Sabe, Weasley os professores vão escolher um assistente do primeiro ano. Advinha qual a matéria mais concorrida?


–          Historia da Magia? – Alvo perguntou rindo. Cinthia o ignorou.


–          Sei que você não fica tempo suficiente no Salão Comunal para saber o que acontece, mas achei que isso poderia chamar sua atenção. Me inscrevi para assistente do professor de Transfiguração. Tenho estudado e praticado muito; aposto que vou ajudar muito o prof. Kassin quando estiver na sala dele. As aulas do primeiro ano são as únicas de todas as turmas juntas... deve demorar um tempão para prepará-las.


Alvo achou que as palavras de Cinthia soavam como outra língua qualquer aos ouvidos de Rose. A garota só saiu do transe e encarou Cinthia quando ouviu: vou ajudar muito o prof. Kassin quando estiver na sala dele.


–          Vou me inscrever também. – disse Rose decidida.


–          A inscrição acaba em quinze minutos no Salão Principal. O tempo de acabar a aula.


Rose levantou a mão.


–          Professor Slughorn! Preciso sair.


–          E qual seria o motivo? – perguntou Slughorn.


–          Problemas femininos professor. A Srta. Weasley teve uma emergência... – disse Cinthia.


A sala toda olhou pra Rose.


–          O que? N-não...


–          Oh, desculpe Rose falei alto demais? – disse Cinthia com um falso tom de arrependimento, mas rindo em seguida olhando para a sala encarando Rose e a deixando totalmente vermelha.


 


Com exceção de Alvo todos começaram a rir.


–          Pode ir Srta. Weasley e fale com a monitora de sua casa ela pode lhe orientar.


Rose deixou a masmorra correndo e colocou o nome na lista de candidatos a assistente para aula de Transfiguração. Conferiu três vezes; não queria acabar como a única a se inscrever para a assistente do prof. Binns. O sinal tocou e quando o primeiro ano da Grifinória saiu para o Salão Principal; Rose notou que todos a apontavam rindo. Localizou Alvo e Escórpio conversando e saiu correndo para os jardins antes que eles a vissem. Passou pelo lugar onde costumavam ficar; com certeza iriam procurá-la por lá. Sentia-se envergonhada demais para conversar com alguém naquele momento e acabou sentada num banco encardido isolado atrás do castelo.


Quase vinte minutos depois ouviu passos e a voz de Camile chamando por ela. Não disse nada, parecia não ter forças para fazer a voz sair. Camile a localizou e sentou no banco do lado dela.


–          Escórpio e Alvo me disseram que você não está bem.


–          Slughorn é um idiota! Essa Cinthia Oleson... Todo mundo nessa escola! – disse Rose soluçando.


Entre lágrimas acabou contanto o que aconteceu a monitora da Grifinória.


–          Alvo e Escórpio sabem que Cinthia é uma idiota. – Camile a confortou. – E tenho certeza que poucos entenderam a verdadeira intenção de Cinthia.


–          Alguém entendeu ou começaram a rir porque são idiotas? Ainda não aconteceu... Entende? Um problema feminino!Não acredito que queria tanto vir para Hogwarts! Queria tanto cair na Grifinória como meus pais. A Grifinória é uma droga!


–          O primeiro ano é o mais difícil.


–          Não consigo responder as cartas dos meus pais; não sei o que dizer a eles. Meu pai sempre diz que sou igual minha mãe.


–          Rose acalme-se.


–          Eu quero ir para casa!


–          Não pense em nada agora está bem? Só acalme-se. – disse Camile a envolvendo num abraço.


–          Fique comigo, por favor.


–          Claro. Vamos ficar aqui o tempo quer for preciso.


Quando a garota finalmente se acalmou Camile disse que precisava ver Hagrid.


 


–          Alvo e Escórpio vão me procurar lá, eu não vou.


–          Eles devem estar na sala de aula agora. Disse a eles que podiam entrar e que eu viria atrás de você.


–          Camile! Fiz você perder suas aulas também! Eu nem...


–          Herbologia, eu odeio Herbologia! Odeio insetos, tenho alergia e as estufas estão cheias deles!


–          Eu sinto muito.


–          Não faz mal Rose, é sério. Vamos até o Hagrid; vi alguns morcegos dependurados no teto da cabana e quero levá-los para professora Grubbly-Plank dar uma olhada.


–          Sempre tem morcegos na cabana do Hagrid.


–          Esses são diferentes, não se parecem com nenhum morcego que eu, Hagrid ou... Nunca vimos morcegos como aqueles!


–          Não sabia que você freqüentava a cabana de Hagrid.


–          Ah, às vezes passo para dizer olá.


Hagrid continuava as voltas com árvores que o irmão arrancava. O comportamento de Grope também não era dos melhores nos últimos dias. O gigante andava muito agitado.


–          Hey, vocês duas! Muita gente veio procurá-las aqui hoje. Aconteceu alguma coisa?


–          Não. – respondeu Rose depressa.


Hagrid percebeu os olhos inchados e vermelhos da garota.


–          E os morcegos? – Camile perguntou e Hagrid entendeu que não devia tocar no assunto seja qual fosse.


–          Estão descansando.


Dependurados no teto da cabana; seis morcegos dormiam sossegados de ponta cabeça.


Hagrid esticou a mão e colocou um numa gaiola velha de coruja. Depois do chá as meninas se despediram e pegaram o caminho de volta ao castelo.


A porta do castelo estava a profª Duggan.


–          Professora eu sou responsável por Camile perder aulas hoje. – Rose se apressou em dizer.


–          Bem, matar aula é uma infração muito grave, mas devido à peculiaridade da situação uma simples reposição de aula será o bastante.


 


–          Peculiaridade da situação? – perguntou Rose imaginando quantas pessoas já estariam sabendo do que se passara na aula de poções.


–          Não e fácil descobrir tão cedo a falta de tato masculina. – respondeu a professora. – Tem a minha simpatia nessa situação Srta. Weasley.


–          Obrigada professora. – disse Camile.


A professora observava curiosa o morcego na gaiola.


–          E essa adorável criatura?


–          É para a profª Grubbly-Plank. Preciso entregar a ela. – respondeu Camile.


–          Eu entrego. Vocês ainda têm aulas hoje, entrem.


Rose congelou com certeza caçoariam dela no Salão Principal, no Salão Comunal e, principalmente, no dormitório. Segurou a mão de Camile com força.


–          A senhora pode nos acompanhar? – perguntou Camile sentido a mão de Rose tremendo.


–          Que aula tem agora Srta. Weasley? – perguntou a profª Duggan.


–          Historia da Magia e já deve ter começado.


–          Camile a acompanhe até a sala, mas não entrem enquanto eu não chegar.


As duas concordaram e a profª Duggan saiu apressada.


Passando pelo Salão Principal a caminho de suas aulas Tiago e Victorie correram em direção a elas.


–          Você está bem? – perguntaram juntos.


–          Ficamos preocupados! Slughorn disse que você saiu da sala com problemas! – disse Victorie.


–          Disse que você estava doente!


–          Eu estava com Camile e... – a garota parou no meio da frase.


A profª Duggan chegou acompanhada de Kassin.


–          Vou acompanhar Rose a próxima aula. – disse Kassin. Victorie e Camile trocaram sorrisos admirados.


–          Tem certeza que está bem Srta. Weasley? – Kassin perguntou com uma expressão preocupada.


–          Tenho – Rose respondeu com a voz fraca – não tive nenhum problema! Estou normal!


 


Kassin deixou Rose passar sua frente e, acompanhados da profª. Duggan, seguiram para a sala do prof. Binns.


–          Essa eu tenho que ver! – Victorie disse a Camile passando a frente de Tiago.


Durante o curto caminho várias garotas acompanharam Rose e o professor com olhares invejosos.


 A porta sala do prof. Binns se abriu e Rose pediu licença.


–          Srta. Weasley está muito atrasada.


Cinthia e as colegas começaram a rir, mas Alvo e Escórpio pareciam aliviados em vê-la.


–          A culpa foi minha. – disse Kassin surgindo atrás da garota.


Talvez essa fosse a sorte de ter um professor fantasma; Binns deu de ombros e Kassin acompanhou Rose até sua carteira ao lado de Alvo.


As garotas em volta estavam mudas. Cinthia, indignada e perplexa, não tirou os olhos de Rose até o final da aula. Parecia tão inexpressiva quanto o prof. Binns.


Naquela noite no dormitório das garotas Rose refletia sobre seu dia. Uma coisa era certa: não iria fugir para as montanhas; ficaria em Hogwarts pelo menos enquanto o prof. Kassin também ficasse.


 


Na sala dos professores no sábado à tarde a profª Grubbly-Plank examinava o morcego encontrado na casa de Hagrid.


–           Não é comum essa espécie por aqui; são morcegos mais encontrados em países da América do Sul, mas é totalmente inofensivo, até trouxas os conhecem. Uma criatura comum. Eles se alimentam de néctar, pólen. Apreciam coisas doces. – explicava aos colegas com a voz entediada.


–          O que vieram fazer aqui? Estão realmente muito longe de suas casas. – perguntou a profª Duggan.


–          Morcegos não têm casas Elizabeth. – respondeu a profª Grubbly-Plank e Kassin deu uma risada abafada.


–          Eu sei! Só quis dizer que... deixa pra lá – respondeu a profª Duggan.


–          Esses morcegos podem ter vindo até aqui em busca das flores de Neville? – perguntou Kassin. – Ele as trouxe do Peru.


–          Sim, mas é uma longa viagem para se alimentar especificamente do pólen dessa flor. – respondeu Neville.


 


–          Devem ser deliciosas. – disse Kassin.


–          Se essas pétalas são tão fatais se tocadas durante o dia, como saber desse importante detalhe no meio da floresta? – perguntou Flitwick.


–          Na floresta há uma área restrita aos trouxas. Só bruxos registrados podem entrar. – explicou Neville.


–          E por mais perigosas que sejam ainda assim fazem parte da natureza... – comentou Kassin observando o morcego. – Elizabeth tem razão: eles estão bem longe de casa.


–          Morcegos não têm casas – disse a profª Grubbly-Plank – talvez uma caverna, mas não uma casa.


–          Tem criaturas interessantes no Peru profª Grubbly-Plank? – perguntou Flitwick.


–          Muitas, eu gostaria de poder visitá-las algum dia.


–          Faça como Neville encomende um filhote! – disse Kassin.


Os professores riram, mas Neville se manteve sério.


–          O que faremos com os colegas de viagem do nosso amiguinho aqui? – perguntou a profª Duggan.


–          Se é mesmo inofensivo pode soltá-lo; quem sabe voltem para suas casas ou a casa de Hagrid. – disse a diretora McGonagall olhando o morcego na gaiola.


–          Kassin uma partida de xadrez? – perguntou Flitwick.


–          Claro!


–          Elizabeth – Neville disse timidamente – gostaria de ir para Hogsmeade tomar alguma coisa?


–          Tenho uma aula de reposição agora com Rose Weasley? – a profª respondeu friamente.


–          Até quando vai me tratar assim? – Neville perguntou aos sussurros olhando para os lados.


–          Não sei Neville. Você me deixou muito mal com a McGonagall! Colocando em dúvida minha palavra.


–          Já pedi desculpas!


–          Sabia que McGonagall e Flitwick chamaram Kassin para tentar reabrir a Sala Precisa?


–          Ele não conseguiu. – respondeu Neville. – Ninguém mais vai conseguir! McGonagall achou que alguém pudesse ter escondido a taça e a estátua lá, mas é impossível alguém conseguir abri-la. Logo depois de Hogwarts ser reaberta ela mesma lançou um feitiço para confundir.


 


–          Quem tentar abri-la não vai conseguir se concentrar no que precisa; e a sala permanecerá fechada. Simples e genial. – disse a profª Duggan impressionada.


–          Enquanto a escola se reestruturava poderia haver saques, muita gente sabia da existência da sala e como abri-la naquele momento. Nem um contra feitiço pode abria-la. Kassin tentou vários.


–          A Sala Precisa foi fechada com seus segredos e objetos para sempre. – disse Neville ansioso. – Então?


–          Já lhe disse: tenho uma reposição com a Srta. Wesley.


–          Por que chamou Kassin para acompanhá-la a aula? Por que não eu? Sou o diretor da Grifinória.


–          Eu sei, mas as garotas...


–          Sim, eu sei. Todas o adoram, mas mesmo assim!


A professora puxou Neville para fora da sala.


–          Nos encontramos em Hogsmeade mais tarde. Tentarei sair o mais rápido que puder.


–          Ok! – disse Neville animado beijando a colega. Quando se separaram viram Rose Weasley parada no corredor; a garota olhou para os poucos quadros ao redor disfarçando.


Neville cumprimentou Rose e voltou para a sala dos professores.


–          Estávamos vendo a professora examinar o morcego. – disse a professora para disfarçar o constrangimento.


–          O que farão com ele?


–          O deixarão com Hagrid.


–          Legal. Hagrid se apega muito rápido aos animais e criaturas que invadem sua cabana.


–          Quem resiste a morcegos não é mesmo?


As duas caminharam em silêncio e entram na primeira sala que encontraram.


Depois de meia hora lendo um trecho do seu Guia de Auto Proteção de Artes das Trevas Rose bocejou.


–          Prometo que o ano que vem a aula será mais interessantes Srta. Weasley. – disse a profª Duggan que a observava sentada numa mesa no canto da sala.


–          Desculpe professora.


–          Srta. Weasley, por acaso está se preparando para o teste para ser assistente de Kassin?


–          Pedi o livro de Transfiguração da minha prima emprestado, é do último ano.


–          Acha que isso vai bastar?


–          Bem...


–          Soube que sua mãe tinha um talento nato pra Transfiguração.


Rose não respondeu ficou olhando para as páginas de seu livro.


–          Esse teste é bem mais que derrotar Cinthia Oleson... e passar algum tempo com Kassin. – continuou a professora. – É o primeiro teste para uma posição de destaque para os alunos do primeiro ano.


–          Eu sei professora. – Rose respondeu começando a ficar nervosa.


–          Bom, pratique o máximo que puder. A diretora vai aplicar o teste e será muito exigente.


–          Imagino que sim...


Rose empurrou o livro; começava a pensar em desistir.


A professora a observou por mais um tempo; desceu da mesa e olhando pela janela disse aos sussurros que a garota procurasse na biblioteca artigos escritos por professores de Hogwarts.


–          O exemplar número seis da revista Transfiguração Hoje. Na página doze há uma matéria como manter a transfiguração sob estresse. Leia e aprenda. Entendeu?


Rose confirmou com a cabeça.


 –          Está dispensada.


Mais tarde Alvo questionava a prima na biblioteca enquanto faziam os deveres.


–          Ainda não entendi. Se você não estava mesmo doente por que não voltou para aula de Defesa Contra as Artes das Trevas?


Os garotos ficaram preocupados, mas Rose não queria entrar em detalhes e nem confessar que caíra no choro no ombro de Camile.


–          Eu já expliquei... –respondeu impaciente.


–          Não, não explicou. – disse Escórpio sentado à frente da garota. – O imbecil do Slughorn disse para não nos metermos!


–          Saí para me inscrever no teste; depois me encontrei com Camile e ficamos conversando; fomos até a cabana de Hagrid pegar o morcego, tomamos chá e perdi a noção do tempo, só isso!


 


–          E Kassin entrando com você na aula? O que foi aquilo? Tudo mundo está comentando! Por que ele faria uma coisa dessas se você não estivesse doente? – perguntou Alvo.


–          Vocês vão me ajudar para o teste ou não? – perguntou Rose saindo para procurar a revista que a profª Duggan lhe indicara.


–          O que você acha que aconteceu de verdade? – perguntou Escórpio bem baixinho para Alvo.


–          Não sei, mas ela parece muito feliz para quem vai fazer um teste.


–          Só pra ser assistente do Kassin? – perguntou Escórpio franzindo a testa. – Só por causa dele?


 


Como alunos só podiam ficar no Salão Comunal de sua própria Casa; à noite os três passeavam pelo castelo é só voltavam no último aviso dos monitores para se deitarem. Com o tempo começando esfriar começaram a se preocupar de não terem onde ficar quando não pudessem ficar mais nos jardins ou no pátio do castelo.


O jogo Grifinória contra Corvinal agitou a semana seguinte. Alvo fingia não dar atenção aos comentários. Tiago ainda não viera falar com ele e Alvo estava decidido em não jogar mais Quadribol se o irmão não aceitasse de vez que Escórpio Malfoy era seu amigo. Rose brigara com ele dizendo que Escórpio se sentia mal com a situação e dizia que se fosse preciso se afastaria.


No sábado, dia do jogo, Alvo foi o único a levantar cedo no dormitório; passou reto pelo campo e foi pegar a vassoura para dar umas voltas. Escórpio apareceu logo depois.


–          Qual é Alvo? Vá ver o jogo!


–          Não! Você e Rose não vão; eu não vou!


–          Ele é se irmão! Vocês moram na mesma casa. Não quero ser o motivo de uma briga dessas.


–          Vai por mim, você não é. É coisa minha e dele. – Alvo bateu no ombro de Escórpio. – Eu e Tiago já brigamos antes. Eu sempre cedi; agora ele está vendo que eu só estou sendo tão idiota como ele sempre foi comigo.


–          Isso faz sentido pra você?


–          Faz.


–          Muito bem então. Vai ficar aqui o dia todo?


–          Prometemos ajudar Rose nos exercícios de transfiguração. Isso nos manterá ocupados por um bom tempo.


 


–          Ela vai transfigurar tudo que encontrar pela frente. Acha que ela pode vencer?


–          Acho que tem boas chances.


Rose apareceu meia hora depois e como Alvo tinha dito transfigurava tudo a sua volta. Ouviam o barulho das arquibancadas. Parecia que o jogo estava equilibrado, mas não comentaram nada a respeito.


Entre um vôo de vassoura e a pratica de transfiguração de Rose os três sentaram no jardim para conversar. Tudo ia muito bem até Neff, Helgie e mais dois alunos da Sonserina aparecerem para pertubá-los.


–          Então é aqui que vocês ficam? – perguntou Neff. – É bonito. Seu irmão perdeu o jogo se quer saber Potter.


Alvo estava mais preocupado que Neff não visse a vassoura da escola ao lado dele.


–          O que é isso? – Helgie disse se abaixando e mostrando a vassoura; Neff a pegou.


Os outros dois garotos cercaram Alvo e Escórpio; Helgie ficou de frente para Rose.


–          É nossa! – disse Alvo. – Deixe onde a encontrou!


–          Isso é propriedade da escola! – respondeu Helgie.


–          Como se você ligasse. – disse Escórpio.


–          Vocês estão roubando de novo? – Neff perguntou.


–          Não roubamos nada! – disseram Rose e Escórpio juntos.


–          Não é o que parece. Vocês estão ferrados; vamos entregar isso pra McGonagall! A menos que possam nos fazer algum favor. Estou aberto à negociação.


–          Não roubamos nada! – disse Alvo com convicção tentando pegar a vassoura das mãos de Neff.


–          Deve ser difícil ter pais famosos! Desde que vocês nasceram já sabiam que seriam perdedores. – disse Neff empurrando Alvo. – Não vão querer que mais gente saiba não é? Diga onde estão as outras peças. Nós as entregamos a McGonagall sem dar nomes e tudo mundo sai ganhando.


Rose olhou para os garotos que pareciam tão surpresos quanto ela. Neff mandou os dois colegas segurarem Alvo e Escórpio e tirarem suas varinhas; Helgie segurou Rose com força. Neff encarou Rose com um sorriso malicioso.


–          Sua mãe é bonita. Daqui um ano ou dois você também será. Quer saber? Talvez eu não espere tanto tempo assim.


 


Neff desceu os dedos pelo cabelo de Rose até o decote do suéter e se aproximava para beijá-la quando ela o acertou por bem entre as pernas.


Alvo e Escórpio se levantaram e os três saíram correndo. No chão ajoelhado e gritando de dor Neff mandou que os pegassem.


–          Tragam eles aqui! Vão seus idiotas! Tire as mãos daí Helgie! – gritou para a menina que tentava ajudá-lo.


Os três correm na direção da cabana de Hagrid, e pararam para tomar fôlego cercados de árvores sem folhas.


–          Você está bem? – perguntou Escórpio a Rose.


–          Estou ótima!


–          Isso de acertar o Neff bem nos... foi genial! – disse Escórpio às gargalhadas.


–          Minha mãe sempre diz que quando não se pode contar com magia o melhor é improvisar. Foi a primeira coisa que me veio a cabeça!


–          Se um dia a gente brigar vou lembrar de ficar bem longe de você!


–          Rose evitou que Neff tenha filhos cedo. – disse Alvo rindo.


Rose começou a rir muito vermelha.


–          Pelo que ele disse parece que não pegou a taça e as estátuas. – disse depois de alguns minutos.


–          Esse cara não presta! Viu o que ele ia fazer com você prima?!


–          Temos que voltar e pegar nossas varinhas e a vassoura. – disse Escórpio.


–          Vou te dar uma segunda chance! – disse Neff surgindo atrás de Rose.


Alvo e Escórpio ficaram na frente da garota com os punhos fechados; não tinham muitas chances de vencer uma briga mano a mano; talvez nem com Helgie, mas a expressão de raiva de Neff não os assustou... muito.


De repente Neff e os outros viraram e saíram correndo. Alvo e Escórpio se olharam convencidos, mas não fora deles que o grupo correu e sim de Grope que estava vindo em direção do grupo. Neff correu até chegar à parede de tijolos de uma das torres. O gigante continuou andando rápido em sua direção. Sem ter mais para onde correr Neff se ajoelhou e começou a chorar.


Escórpio chegou primeiro e gritou para Grope parar. Ele e Alvo seguraram a mão esquerda do gigante, mas Grope os chacoalhou para longe; os dois caíram com estrépito na grama.


Grope pegou Neff pelas vestes e o sacudiu várias vezes.


 


–          Grope pare! – pediu Rose aos pés do gigante.


Flitwick apontou a varinha para o gigante e o mandou parar.


–          Grope sou eu! – gritou Rose.


Grope colocou Neff no chão. Neville o ajudou a levantar e o garoto vomitou em cima dele.


–          Grope fique calmo, vamos tirá-lo daqui! – disse Hagrid ao irmão enquanto Neff estava sendo levado para ala hospitalar.


 


Cercado pela diretora McGonagall e dos outros professores; Slughorn berrava na ala hospitalar:


–          Um absurdo! Um aluno atacado por um gigante?!


–          Mais de um Horácio. – respondeu Flitwick. – Alvo Potter e Escórpio Malfoy também estão feridos.


–          Exijo providências Minerva!


–          E eu vou tomá-las Horácio! Só quero entender bem essa situação. Kassin está conversando com Hagrid; Elizabeth você falou com as crianças; o que elas têm a dizer sobre isso?


–          Segundo os três Neff os provocou e tentou beijar Rose Weasley a força. É uma acusação muito grave! – disse Neville indignado.


–          Mais grave do que deixar um aluno em choque?


–          Tão grave quanto!


–          Agora você acredita neles Neville? Ótimo! – disse Slughorn sarcástico.


–          Chega! – McGonagall disse com firmeza quando Neville encarou o professor de poções.


Kassin entrou na ala hospitalar.


–          Que cheiro horrível! – disse tapando o nariz.


–          Madame Pomfrey ainda está cuidado de Neff; ele vomitou. – explicou McGonagall.


–          Isso não parece ser só vômito... – respondeu Kassin.


–          Como está Grope? – interrompeu Neville.


–          Ele está triste. Não entendo muito de gigantes; Hagrid me disse que Grope anda muito agitado nos últimos dias.


 


–          E daí? – perguntou Slughorn.


–          Não sei, talvez Grope esteja doente, doença de gigante vai saber. – respondeu Kassin.


–          Ele nunca atacou nenhum estudante. – disse Neville. – E hoje atacou os filhos de Harry, Rony e Hermione. Grope os conhece desde crianças muito pequenas. Eu mesmo já os vi brincando com ele. A diferença agora é Escórpio Malfoy.


–          A Neville não comece! – disse Kassin impaciente. – Esse garoto Malfoy é um...


–          Bom garoto? É isso que ia dizer Kassin?


–          Costelas fraturadas. Os dois. – disse Madame Pomfrey se reunindo ao grupo. – Acabei de dar uma poção aos dois e logo cairão no sono. Eles não param de falar do garoto da Sonserina.


Tiago, Victorie e Camile entraram na ala hospitalar sem serem notados e cada um começou afastar as cortinas procurando por Rose e Alvo. Tiago encontrou, atrás da cortina da terceira cama, Rose tentando ajudar Escórpio a tirar a camiseta.


A garota estava de costas; com uma mão tampava os olhos e com a outra puxava a camiseta enroscada na cabeça de Escórpio.


Tiago passou e fechou a cortina novamente; puxou a camiseta deixando Escórpio livre; com um aceno de varinha desamarrou os cadarços dos tênis do garoto.


Com o rosto vermelho o garoto se jogou na cama.


–          Obrigado.


Rose sorriu para o primo que se manteve sério.


–          Você conhece as regras, certo Malfoy? – perguntou Tiago.


–          Sim, o zíper sempre com as mãos. Pode deixar. – respondeu Escórpio.


–          Eu soube o que aconteceu. – disse Tiago a prima. – E assim que Neff sair eu vou mandá-lo pra cá de novo.


–          Você não vai ver seu irmão? – perguntou Escórpio.


–          Não é da sua conta Malfoy. – Tiago respondeu zangado.


–          Ele está na cama do lado, atrás da cortina. – disse Escórpio com firmeza. Rose gostou que o amigo não se deixasse intimidar por Tiago.


–          Escórpio tem razão você deveria vê-lo Tiago!


–          Ah, claro agora vou seguir conselhos do cara de cueca atrás de você!


 


–          Hey! – protestou Escórpio zangado puxando a calça do pijama que Madame Pomfrey havia deixado sobre a mesa de cabeceira.


–          Continue de costas mocinha! – disse Tiago a prima e saiu.


–          Não ligue pra ele. É orgulhoso demais para admitir que veio ver Alvo. – comentou Rose.


–          Pronto, já acabei.


Rose se virou e sentou ao lado de Escórpio na cama. Viu a silhueta de Victorie e Camile do lado de fora da cortina; abriu a cortina devagar e elas entraram.


–          Falem baixo; não podemos estar aqui! – recomendou Camile. – A reunião dos professores está pegando fogo. Vão avisar os pais de Neffasto.


–          Ele tem de que ser punido; ele tentou beijar Rose a força. – disse Escórpio.


–          Ouvi Madame Pomfrey dizer que ele botou tudo pra fora de todos os jeitos. Isso que da tentar beijar você, hein? – disse Victorie rindo.


Rose ia responder, mas Madame Pomfrey surgiu entre as cortinas.


–          O que estão fazendo aqui senhoritas? – a enfermeira disse muito baixo. – A poção que dei ao senhor Malfoy logo fará efeito; ele dormirá em breve. Agora as três para fora. O rapaz precisa descansar.


–          Quero ver Alvo ante de sairmos! – disse Victorie.


–          Ele já adormeceu há algum tempo e também já recebeu a cota de visitas do dia e o Sr. Malfoy extrapolou a dele.


–          Posso ficar mais um segundo? – pediu Camile.


–          Um segundo.


–          Eu já vou indo. – disse Victorie.


–          Obrigado pela visita. – disse Escórpio sorrindo.


–          Não vim ver você Malfoy! Vim ver meu primo.


–          Mesmo assim obrigado.


Rose riu e a prima saiu da enfermaria.


–          Não estão sentindo falta de nada? – Camile mostrou as varinhas deixadas no jardim. – A vassoura está com Hagrid; a situação de Grope não está nada boa. Kassin estava por lá tentando entender o que aconteceu.


–          Acha que podem mandá-lo embora? – perguntou Rose preocupada.


–          Tudo pode acontecer. O pior é que Neffasto terminou como a maior vítima disso tudo.


Madame Pomfrey voltou e não houve jeito de deixar as garotas ficarem mais tempo.


Os professores já tinham se retirado. Rose deu uma olhada em Alvo que dormia pesado e parou em frente a cama de Neff que roncava muito alto. Decididamente até um trasgo era bem mais atraente do que ele.


 

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Comentários (1)

  • tamires wesley

    q fdp esse neffseiladoq...ai q odio..da proxima vez pensa qnd se meter com a filha da hermione e do rony..kkkkkk adorei o capitulo.\0/

    2012-07-30
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