9 - Brigas, cartas e novos pro



Capítulo 9


Brigas, cartas e novos professores.



X-X

Já perdera a conta de quantas pessoas entraram naquela casa. Era impressão dele, ou usar a antiga estalagem da Ordem da Fênix não dera tão certo? Era pequena demais, ou o número de pessoas que aumentara.


- Rony, amor – Harry ouviu Hermione começar uma conversa com o marido. Os três haviam saído um pouco da cozinha para conversarem. – Eu recebi uma carta da Rose. Ela parecia contente demais e por alguma razão começou com uma história de esperar aprender mais do que nunca... Você sabe se sua filha está tramando alguma coisa? – Perguntou nervosa, colocando as duas mãos na cintura. Rony olhou de soslaio para Harry, e apenas fez que não.


- Acho que eu seria a última pessoa para quem a Rose fosse contar alguma coisa. Ela sabe que você consegue arrancar todas as informações de mim.


- Isso não é justo – falou Hermione fazendo um biquinho. – Aff, Rony Weasley! Você deveria conquistar a confiança da sua filha.


- EEIII! Você também! – Harry riu dos amigos. Eles não haviam mudado nada.


- Boa noite – um jovem acabara de entrar no corredor. Harry olhou para o filho. James parecia cansado e não era para menos! O garoto estava se esforçando como Harry nunca vira, no curso de auror.


- Está tudo bem? – Perguntou dando um abraço no filho. James deu de ombros.


- Rachel não me escreveu o tempo inteiro em que esteve em Hogwarts – disse o garoto, passando as mãos no cabelo. Uma mania que adquirira quando era criança. Harry olhou com pena para o filho.


- Por que você não a visita? – Perguntou Harry sorridente. – Aposto que ela ia adorar.


Os olhos de James brilharam de expectativa.


- É uma boa ideia, pai. – Concordou dando outro abraço em Harry. – Agora... onde está o novo papai do pedaço?


- Ainda está vindo – falou Harry olhando para a porta. – Mal posso esperar para ver a Victoire. Ela deve estar radiante.


- E como estou – Victoire acabara de entrar, sendo seguida por Ted. Os dois sorriram para os que aguardavam-os no corredor.


- PAIZÃO! – Exclamou James abraçando Ted. – Parabéns!!!!!!


- Valeu cara! – Agradeceu Ted profundamente grato por todos os agradecimentos familiares. Logo, os outros do corredor haviam se aproximado e cumprimentado o casal recém-chegado.


- Vamos para a cozinha? Estão nos esperando lá dentro. – Declarou Harry andando em direção a “sala” da reunião. Antigos hábitos nunca mudavam.


- Boa noite – falou Ted ao chegar à cozinha. Todos se levantaram para dar boas vindas ao casal e a James.


A sala estava cheia. A maioria dos participantes da Ordem estava presentes: Harry, Rony, Hermione, Gina, Ted, Victoire, James, Gui, Fleur, Jorge, Angelina, Carlinhos, Percy, sua mulher e Molly – sua filha mais velha. Draco, Astoria, Blaise e Keira Zabine, além de Luna e Ralf – seu marido. Os outros acabaram por não irem à reunião por compromissos. A senhora Weasley acabara ficando em casa cuidando do marido, que pegara uma terrível gripe.


- Estamos esperando mais alguém? – Perguntou Ted curioso. Harry fez que sim com a cabeça. – E quem seria?


- Um novo membro – disse Rony. Ted olhou para os dois, sem entender.


- E por que mais um membro? – Perguntou.


- Ted, aproveitamos a reunião para falarmos sobre uma nova oportunidade. – Começou Harry. – Agora que a Vicky está grávida, temos mais uma razão para não gostarmos de você estar em Hogwarts.


- Padrinho, nós já conversamos sobre isso – disse Ted suspirando. – Ficarei o tempo que o senhor precisar.


- Nós sabemos – Harry sorriu agradecido -, mas eu preferiria saber que você estaria em casa, todos os dias, cuidando da sua mulher e trabalhando novamente naquilo que gosta. Sabemos que seu sonho nunca foi ser professor.


Ted corou e seu cabelo assumiu um tom ruivo como o dos Weasley.


- E você pretende me tirar de Hogwarts? Não temos mais ninguém no meu lugar para ficar naquela escola tentando espionar o que aquela maldita professora trama e aquele grupinho. – Ted cruzou os braços. – Alguma ideia?


- O Draco encontrou um velho conhecido nosso caminhando pelo Ministério outro dia – disse Harry, e Draco sorriu vitorioso.


- Ora, Potter, é só dizer que eu sou foda. Aceito elogios. – Astoria bateu no ombro do marido.


- Menos Draco, menos – pediu a mulher com ar autoritário.


- E após uma conversa com ele, decidimos que seria muito útil termo-no conosco – Hermione completou o raciocínio. – Claro que tivemos que verificar se ele continuaria do nosso lado.


- Por isso li a mente dele – contou Draco vitorioso.


- O que eu fui totalmente contra, para a informação geral. Eu estava com tudo sobre controle – disse Hermione, irritada. Draco bufou, contrariado.


- É, dava para ver pela sua gagueira momentânea tentando entender de que lado ele ficaria. “Vo-vo-v-você acha que p-ppo-podemos confiar em v-voc-ê?”


- Cala a boca, Malfoy! – Rugiu Hermione segurando na borda da mesa. Rony olhou alarmado para a mulher.


- Enfim... – Harry olhou para os dois antes de continuar – Por ele trabalhar para o ministro, seria ótimo tê-lo em Hogwarts.


- Seria como um agente duplo – disse Ted entendo a questão. – Eles pensariam que ele está fazendo trabalho sujo para eles, quando na realidade ele está do nosso lado.


- Olha, os ruivos também pensam – disse Blaise. – Impressionante!


- Ok. Chega de baboseira, porque eu estou curioso para saber quem é esse sujeito – falou Jorge chamando a atenção de todos. – Afinal, qual é o nome do cara?


Passos foram ouvidos no corredor, e todos se viraram para a porta a tempo de ver um homem aparecer, tapando a visão do corredor.


O homem sorriu calorosamente entrando no recinto. Hermione sorriu para o recém-chegado.


- Olá, Simas.


X-X


“- Eu te amo – murmurou Hugo distribuindo beijos no rosto de Lílian.


- Eu sei, eu sei... sou foda, fazer o que?


Hugo ia responder, quando a porta foi aberta com uma força brutal. Os dois se separaram, assustados, olhando para o vulto na entrada da sala.


- Como eu sabia que encontraria os pombinhos aqui?”


Hugo ficou branco como papel, enquanto Lily corava como nunca havia acontecido.


- Oh God! Quem está aí? – Perguntou Lílian tentando enxergar alguma coisa naquela sala escura.


- É o Chunda! – Falou uma voz masculina fazendo Lílian estremecer.


- Que Chunda? – Perguntou Hugo, um pouco alterado de raiva.


- Que comeu sua bunda. – Risos estridentes chegaram aos ouvidos de Lílian e Hugo. Lily bufou ao ver o que estava acontecendo.


- PORRA DOMINIQUE! SUA MALDITA. – A garota acendeu a varinha olhando bem para a prima. – Você não podia ter sido mais escrota, não? – Perguntou vendo a prima desfazer o feitiço que mudara sua voz.


- Aiiin, magoou sua malvada! Para sua informação, do meu ponto de vista foi bem engraçado. – Disse Dominique enxugando as lágrimas de riso. Lily tremeu um pouco de raiva, enquanto se ajeitava para a bronca que daria em Dominique. – Nem adianta começar, little Potter! Eu vi, e não adianta vocês negarem. Eu já sei desse pequeno romance faz tempo.


Lílian e Hugo arregalaram os olhos.


- Quanto tempo? – Perguntou Hugo temeroso. Dominique fez uma cara de maníaca, assustando os primos.


- Tempooooo – garantiu entrando na sala e fechando a porta. – E aí, casal? Quais são as news?


Lílian e Hugo se entreolharam.


- Domi, você acabou de descobrir que seus primos estão namorando e não vai falar nada? – Perguntou Hugo sem acreditar. Dominique suspirou e sentou-se em uma carteira.


- Vocês querem o que? Bronca? Xingamentos? Querem que eu diga que vocês vão para o inferno?... Escolham uma das opções. – Como os dois não responderam, Dominique resolveu continuar:


- Ah! Fala sério, gente. Como eu já disse, eu já sabia disso faz um tempo. Venho espionando vocês e tenho que admitir, vocês dois são fofinhos juntos. Além do mais, só um cego burro para não sacar o que estava acontecendo entre vocês.


- O que é o caso de toda a nossa família – lembrou Hugo tentando não rir. Dominique apoiou o rosto na mão.


- Verdade. Sempre achei que eu fosse a mais inteligente dessa família – piscando, Dominique apenas ajeitou-se na carteira. – Então, vocês estão usando preservativos?


- DOMINIQUE! – Berraram Lily e Hugo, corando.


- Ok, ook! Não pergunto mais. – Disse Dominique erguendo as mãos em sinal de rendimento. – Agora, falando sério, quando vocês pretendem contar para a família?


- Bem... não pretendemos – disse Lílian envergonhada. – Ainda!


- “Ainda”? Aff... que coisa broxante. Pelo amor de Merlin, eu entendo que namorar escondido deve dar aquela emoção, mas eu preciso ver logo a cara dos titios.


- Você está se divertindo às nossas custas? – Perguntou Lílian sem acreditar. Dominique fez a melhor expressão de indignação.


- Mas é claro que não! Que tipo de prima eu seria se fizesse isso? – Falou, para em seguida sorrir diabolicamente. – Andem logo com esse lero-lero e contem para a família. Estou avisando... é melhor eles saberem pelas bocas de vocês do que pelos outros.


Lílian e Hugo concordaram.


- Mas vocês podem fazer o seguinte – Dominique levantou-se, encaminhando-se para a porta -, esperem Carlinhos e Débora anunciarem o noivado e tasquem a bomba na mesma hora. Aposto que ninguém vai ligar, mesmo se vocês fizessem sexo no meio da sala da Toca.


- DOMINIQUE!


- Ok, ok! Estou quieta, estou quieta! Bom, até mais pombinhos. – A garota abriu a porta e olhou pela última vez para os primos. – E lembrem-se: usem preservativos.


- DOMINIQUE!


- Ok, ok! Eu já saí...


X-X


- Eu descobri um segredoooooooo – cantarolou Dominique ao entrar no quarto. Roxanne tentava dormir, em vão.


- Foda-seeeeee – respondeu Roxanne, mexendo-se na cama.


- Não vai me perguntar qual é? – Dominque encaminhou-se até a cama da prima, sentando-se na beirada.


- Não – disse Roxanne cobrindo-se até a cabeça. – Agora, desaparece, bicho feio.


- Ain! Hoje eu só estou levando fora – falou Dominique suspirando. – Fala sério, essa família é mais parada do que um boi atolado no meio de uma rua. Vocês nunca querem saber de nada.


- Dominique, você que é a espiã da família. Sua missão como detetive é saber das coisas e resolver os problemas.


- Ah! Tô quase um Batman – falou Dominique vitoriosa. – O que você acha? Rox? Roxanne? Ei Rox??


Dominique cutucou Roxanne, porém a garota dormia pesadamente.


X-X


A notícia de que Ted Lupin não daria mais aulas espalhou-se rapidamente pela escola. Em apenas uma semana, todos já sabiam que o professor pedira para retirar-se do cargo de professor. Vários protestos foram feitos, mas o final não fora diferente.


A entrada do novo professor fora recebida com aplausos, até porque, aquele parecia ser tão legal quanto o outro. Ou melhor... não era igual a Georgia Jones, e isso já era um avanço.


Simas Finnigan ocupou seu lugar, junto aos outros professores, e rapidamente Georgia já começara alguma conversa com ele. Rose franziu o cenho.


- Será que ele também trabalhava com o Ministro? – Perguntou, preocupada.


- Se for igual à Jones, vai se ferrar. Não vou aturar dois – disse Alvo dando um soco na mesa. Os amigos o encararam, com medo.


- Ok, Alvo. Acho que você já comeu ovo demais por hoje – disse Scorpius tentando tirar o prato da frente do amigo. – Alvo, seu prato está cheio demais. O que você tem hoje, meu filho?


- Aff... – Alvo apoiou a cabeça nas mãos. – Recebi um aviso da diretora, hoje.


- Sério? Falava o que? – Perguntou Rose, confusa. – Você não andou aprontando nada não, né?


- Não, não. Não se preocupe – garantiu Alvo balançando a cabeça. – Fui convocado para ser o capitão do time de Quadribol.


- Ué... mas não era a Ann... Ah! – Scorpius exclamou, entendo o que acontecera. – Merda.


- Perdemos uma jogadora – disse Daniel olhando para a outra ponta da mesa da Sonserina. Anna estava sentada ao lado de Lana e Jason. Letícia e Jacob estavam em frente a eles.


- Perdemos uma amiga – completou Patrícia com lágrimas nos olhos. – Por que a Anna sempre teve que ser tão emocional?


- Característica dela, desde sempre – concordou Daniel. – Aff... Mas pensem pelo lado positivo... hoje tem reunião da Armada – sussurrou Daniel sorrindo. Alvo forçou um sorriso.


- Farei os testes para o time amanhã. – Anunciou, decidido. – Quero começar o treinamento logo, se não... bom... já é bem capaz de não ganharmos esse ano.


Todos do grupo se entreolharam e abaixaram a cabeça, juntos.


X-X


- Patética a cena – dizia Lana observando o grupo de sonserinos. – Já viu cena mais patética, Zabine?


- Hã? – Anna levantou a cabeça, saindo de seus devaneios. – Que cena?


- Aquela – falou Lana apontando para o grupo de Sonserinos. – Patético. Olha! Todos de cabeça baixa, como se fossem um bando de pobres coitados.


Anna sentiu um enjôo, e apertou a barriga com a mão. Jason olhou para o estado da garota, e apenas apertou seu braço carinhosamente.


- Vai se foder, Lana – começou o garoto enquanto olhava para a irmã. – Você nunca consegue tomar conta da sua vida?


- Quem você pensa que é para falar assim comigo?


- E quem você pensa que é para tomar conta da vida dos outro? – Perguntou Jason erguendo uma sobrancelha. – Você gosta de ver a tristeza estampada no rosto dos outros, não é? O dia que eu ver uma sombra de tristeza no seu, posso garantir, irei rir o dia inteiro.


- O que deu em você? – Perguntou Lana, irritada. Jason apenas passou a mão no cabelo.


- Nada, só acordei irritado – garantiu o garoto. – Vou tomar um ar fresco...


Levantando-se, o moreno encaminhou-se para fora do Salão Principal.


- O que deu nele? – Perguntou Lana para os outros, mas esses apenas deram de ombros.


Anna olhou para o grupinho que acompanhava. Era impressão dela ou ele estava se desfazendo?!


X-X


Era a segunda reunião que tinham.


Estavam todos presentes na nova Ordem.


Fred olhava na direção de Alexis, com visível nojo. A garota apenas encarava Rose, concentrada.


- Eu vi o aviso no mural da Sonserina dos testes de Quadribol – disse Dominque para Alvo. A garota estava ao lado do primo. Alvo a encarou, sem entender.


- Como você viu? – Perguntou tentando compreender.


- Eu entrei nas Masmorras – disse Dominque rindo.


- Era de se esperar – Alvo soltou uma risada. Sentiu a mão da prima em seu braço. Virou-se e a viu encarando-o, penalizada.


- Fala sério, Domi. Não preciso desse olhar, principalmente vindo de você. Sorria, vai! – Pediu Alvo passando a mão no rosto da prima. – Não quero vê-la triste por mim.


- É impossível – disse Dominique abraçando Alvo. – Te admiro muito, Alvinhu.


- Aaaiin, apelido péssimo.


- Você costumava gostar – disse Dominique revidando.


- Oras... gostava – falou Alvo sorrindo. – Enjoamos das coisas. Assim como as coisas enjoam da gente.


- Fala sério, Alvo! Impossível enjoar de você – disse Dominique sacudindo o braço. – Se enxerga, você é gostoso, engraçado e divertido. Como poderíamos enjoar de você?


Alvo sorriu agradecido.


- Eu sei disso – falou passando a mão no cabelo. Dominque revirou os olhos.


- Voltou o velho Alvo. AMEI!


- Sssshhh. Façam silêncio – mandou Lílian virando-se para trás. – Estou tentando entender a Rose.


- Aff... – Dominique cruzou os braços e parou de falar com o primo.


- É melhor formamos pares – disse Rose, nervosa.


Alvo encaminhou-se até Alexis e sorriu para a garota.


- Me acompanha nessa jornada, Brown? – Perguntou galanteador. Alexis sorriu de lado.


- Só se for agora. – Alvo ergueu a sobrancelha.


- Vai com tudo, perua – disse o garoto posicionando-se. Ao seu lado, viu várias duplas fazerem o mesmo. Alexis riu de Alvo.


A garota concentrou-se lançando um feitiço. Alvo desviou-se por pouco e olhou, incrédulo, para garota.


- Você quer brincar de feitiço mudinho? – Perguntou divertindo-se. – Fala sério, Brown.


Em seguida, lançou um feitiço não-verbal na direção da garota.


- Acha que vai me ganhar, Potter? – Perguntou, competitiva. Alvo sorriu de lado.


- Se eu lhe tascar um beijo, garanto que sim – Alexis riu enquanto protegia-se de um feitiço.


- Estupefassa! – Berrou Alvo antes de Alexis se proteger. A garota voou sobre as pessoas parando perto de outra dupla.


Louis e Fred pararam de lutar para não acertarem Alexis. Não foram a única dupla. Os dois se aproximaram, sendo seguidos por Alvo.


- Ei, Brown – Fred cutucou Alexis com o pé, tentando reanimá-la.


- Se encostar em mim mais uma vez, morre – avisou Alexis colocando as mãos na testa. – Autch.


- Você está legal? – Perguntou Alvo curvando-se ao lado da garota. Alexis olhou, irritada, para Alvo.


- Estou ótima, só voei alguns metros – ironizou a garota tentando levantar. – Merda. Tirem as mãos – mandou assim que viu várias pessoas tentando ajudá-la.


- Orgulhosa – ralhou Louis. A garota o encarou com ódio, o que o fez se esconder atrás de Alvo.


- Eu apenas sei andar – garantiu a garota dando alguns passos para o lado, porém desequilibrou-se tendo que ser amparada pelo garoto ao seu lado.


- Cacete garota! – Exclamou Fred ao sentir o braço ardendo, e soltando Alexis na hora. A garota ajeitou o cabelo.


- Eu falei para você não tocar mais em mim – lembrou garota. Fred murmurava palavrões.


- Eu apenas te segurei para você não cair – disse, ofendido. Alexis deu de ombros.


- Problema. Tocou em mim, foi o suficiente. – A sonserina afastou-se da rodinha que se formara, como se nada tivesse acontecido. Sua cabeça latejava por ter batido no chão com tanta força, mas não ia demonstrar isso.


- Isso que é mulher! – Exclamou Alvo batendo no ombro de Fred. O garoto apenas resmungou algumas maldições que poderia “acidentalmente” lançar em Alexis, em algum dia no corredor da escola.


X-X


Alvo acordou cedo no dia seguinte. Os testes seriam apenas às oito da manhã – o único horário que conseguira no campo.


Parecia que todos os times haviam resolvido se reunir naquele final de semana.


Bufando, o garoto levantou-se da cama e encaminhou-se até o banheiro.


Depois de meia hora – após ter almoçado e voltado ao dormitório para pegar suas vestes de quadribol -, saiu para os jardins. Eram seis e meia da manhã e Alvo Severus Potter estava acordado. É, com toda a certeza ninguém diria que estava em seu melhor estado.


Aproveitou o campo vazio.


Não existia sensação melhor do que subir em cima da vassoura, dar um vôo por todo o terreno da escola e esquecer completamente dos problemas pelos quais estava passando.


Nunca fora um garoto de remoer o que acontecera e nem ficar se lamentando. Garantiu a si mesmo que não era agora que começaria a acontecer aquilo.


Não demorou muito e o campo começou a encher. Alvo olhou para o relógio em seu pulso: sete e cinqüenta e cinco.


O garoto suspirou voltando até o centro do campo e desceu da vassoura. Scorpius e Daniel sorriam para o amigo. Encaminhou-se até o lado dos garotos.


- Caiu da cama? – Perguntou Scorpius dando um tapa na cabeça do amigo.


- Não, na verdade levantei com a maior leveza do mundo – brincou o garoto sorrindo. – Cadê as meninas?


- Estão no vestiário – disse Scorpius apontando. Daniel tinha o olhar vago.


- O que você está encarando? – Perguntou Scorpius curioso. Virando-se o garoto pode ver as pessoas que vinham tentar o teste. O garoto fechou os punhos  com raiva.


- Ele não se atreveria – disse trincando os dentes.


Jason Miller encaminhava-se na direção do campo.


- Ah, ele se atreveria – disse Alvo vendo uma vassoura na mão do garoto.


- Filho da puta – rugiu Daniel vendo Rose e Patrícia saírem do vestiário.


 - Muito bem – começou Alvo ao ver todos os candidatos a jogadores, reunidos. – Rose, Scorpius, Daniel e Patrícia, vocês já estão dentro.


- Como? Al! Você tem que fazer os testes – disse Rose, com os olhos arregalados. – Vai que encontra alguém melhor do que a gente.


- Alguém discorda que eles são os melhores para as mesmas posições do ano passado? – Perguntou Alvo, irritado. Todos se entreolharam, mas nenhum levantou a mão. Só uma mão foi vista sendo levantada. Alvo se irritou ao ver Jason sorrir maroto.


- Foda-se. Só ele não importa – disse Alvo anotando os jogadores em um pergaminho.


- Rose, você continuará sendo artilheira; Scorpius será goleiro; os dois batedores são os pombinhos aqui – disse apontando para Patrícia e Daniel. – E eu sou o apanhador. Sobraram duas posições de artilheiros pelas quais vocês disputaram. – Anunciou Alvo. – Muito bem, todos podem subir em suas vassouras que eu dividirei em dois times. Eu e Scorpius nos posicionaremos como goleiros, e Rose defenderá o time de Scorpius enquanto Daniel e Patrícia defendem o meu. Os que fizerem mais gols entram no time. Combinado?


Todos concordaram com a cabeça. Alvo pegou a maleta onde ficavam as boles e largou-a em campo. Alexis acabara chegando atrasada, mas Alvo gostou da sonserina tentar uma vaga no time. Apostava que seria bem divertido se Alexis entrasse para o grupo.


O treinamento começara, e Alvo devia admitir que havia aparecido excelentes jogadores novos. Claro que nenhum tinha a habilidade dos amigos, por isso não se arrependia de tê-los escolhidos. Mas com toda a certeza, no final daquele treino se arrependeria de suas escolhas.


- Muito bem – começou olhando para o papel. – Vocês foram excelentes, mas apenas dois ficam.


- Isso está parecendo aqueles programas trouxas, tipo... American Idol – disse Paaty rindo.


- Alexis Brown, vocês está dentro – disse Alvo sorrindo para a garota. Rose abraçou-a.


- Você foi a melhor – garantiu a ruiva.


- Jason Miller, você também está dentro – disse Alvo com desprezo. Jason sorriu vitorioso, retirando-se do campo. Scorpius e Daniel olharam para Alvo, sem acreditar.


- Você está de sacanagem, né? – Perguntou Scorpius alterado. – Eu não acredito que você colocou um inimigo no time.


- Sinto muito, Scorp. Mas ele foi o melhor candidato – disse Alvo vermelho. – Também não gostei nada dessa situação inusitada. Filho da puta vem tentar tirar onda. Pior que conseguiu.


- Entrou calado e saiu mudo – disse Rose entrando na conversa. – Isso foi estranho...


Patrícia bufou, irritada:


- Estranho vai ter que ser aturá-lo.


X-X


Rachel acordou tarde no domingo, levantando-se da cama lentamente com a menos disposição. Agora que voltara a temporada de Quadribol, a Grifinória treinara ontem depois da Sonserina, e ela estava exausta. Também, como nova capitã tinha o dever de preparar bem a equipe.


Lembrou-se de que tinha que encontrar-se com Débora em menos de meia hora, por isso correu arrumando-se e desceu rapidamente para o café da manhã.


X-X


Rachel e Débora caminhavam pelos corredores da escola, indo em direção aos jardins. Aquele dia teria passeio ao povoado bruxo mais próximo.


- Primeiro dia de passeio à Hogsmeade – comemorou Débora sorridente.


- Finalmente você verá seu amado pedófilo – brincou Rachel fazendo Débora fechar a cara.


- Quero só ver quando seus pais souberem que vocês irão se casar – disse Rachel pensativa. – Acho que eles te matam, certo?!


- Nada certo... ah! Sei lá. Kell, ainda nem penso em casamento – Débora passou a mão no cabelo, com uma expressão confusa. – Será que ele já pensa sobre isso?


- Bem... vamos ver. Ele nunca foi casado – comentou Rachel -, ele é bem mais velho que você e não vai durar muito tempo nesse mundo...


- RACHEL!


- Foi mal. Mas bem, não seria nada do outro mundo ele te pedir em casamento quando você saísse de Hogwarts. Ele não tem muito que esperar na idade em que ele está. Quantos anos ele tem? Sessenta?


- Aff... muito menos. – Disse Débora revirando os olhos. – Coloca uns vinte anos há menos, por favor.


- Você se casaria com ele? – Perguntou Rachel, curiosa. Débora olhou bem para a amiga e suspirou.


- Nunca parei para pensar... e você? Se casaria com o James?


- Seria um casamento mudo, né? Se nós não nos falamos agora, imagina mais tarde – a garota bufou, irritada. – Filho da mãe não me manda uma carta!!!!!! Onde já se viu isso?


- Que é estranho, é! Ele não te prometera escrever todo dia, toda semana e tal?


- Sim, sim. Mas ele não o faz, e eu não entendo o porque.


- Vai ver ele está atrapalhado com o curso.


- Ou com a Ordem.


- Ou com os dois.


- Ou talvez ele não tenha recebido nenhuma carta da namorada – disse uma voz masculina atrás das garotas. As duas se viraram, assustadas. Um ruivo as encarava, com os braços cruzados sobre o peito.


- Olá, meninas – cumprimentou com um tom de mágoa. Débora e Rachel se entreolharam.


- Olha! Quem é vivo sempre aparece – ironizou Rachel estreitando os olhos. – Pensei que tivesse conhecido uma loira gostosa e fugido com ela.


- Ah. Foi isso mesmo que aconteceu – concordou James chegando perto das garotas. Olhou bem para Rachel, mas segurou o impulso de abraçá-la. – Posso saber o que aconteceu com você?


- Bem, eu apenas descobri que tenho um namorado desnaturado. – Disse, irritada. Débora apenas olhava de um para o outro.


- Desnaturado? EU? Olha quem fala! – James se aproximou de Rachel. Sua face estava vermelha.


- Hm... pessoal? Eu vou me encontrar com o Carlinhos. Até mais – Débora sorriu para os dois e se retirou, quase correndo, do corredor.


- Que tal uma explicação? – Pediu James, enciumado. – Decidiu trocar de namorado esse ano?


- Oras! Olha quem fala, se você realmente gostasse de mim não me abandonaria desse jeito. Fala sério, Potter!


James irritou-se ainda mais com o uso do sobrenome.


- VOCÊ NÃO ME ESCREVEU! – Berrou com todas as forças que pode. Rachel arregalou os olhos, assustada e indignada.


- Como você me acusa disso? É óbvio que eu te escrevi! – Exclamou a grifinória.


- Como é que é? – Perguntou James, sem entender nada.


- É! Eu te escrevi umas três vezes. – Explicou-se Rachel. – Mas você nunca me respondia, aí desisti de mandar-lhe carta.


- Mas... mas... mas eu te escrevi! – Defendeu-se James.


- Não me escreveu, não! Teria chegado a carta.


- Escrevi sim! Escrevi todas as semanas, até me irritar profundamente. Tiveram três dias em que eu te escrevi, seguidos!


- Mas eu não recebi nenhuma carta – falou Rachel encarando o namorado, sem entender.


- Rachel, você está legal? – Perguntou James, preocupado. – Kell, eu juro que te escrevi e não recebi nenhuma carta.


- Eu também te escrevi! Lembro até que uma vez pedi à Letícia para mandar-lhe a carta porque... – a fúria tomou conta de Rachel ao lembrar-se da promessa da prima. Sua boca abriu-se, mas nenhum som conseguiu sair, até que extravasou:


 - AAAAAAAHHH!


- O que houve? – Perguntou James pegando Rachel pelo ombro. O ódio estampado nos olhos da garota assustaria qualquer um. Ela não era burra para não sacar o que estava acontecendo, e jurava que quem quer que fosse que tivesse feito isso ia pagar muito caro... E ela já tinha ideia de quem era.


- Ela vai se ferrar comigo – disse Rachel maleficamente.


- Quem? – Perguntou James. – Kell, você pode me explicar o que está acontecendo?


- James, eu vou fazer uma carnificina!


 X-X


N/a: Gente, qualquer erro de português, mil perdões. Eu fiz esse capítulo em algumas horas e nem revi direito o capítulo com pressa para postar. xD Oiee pessoal! Desculpem o atraso, mas vocês já devem saber meus motivos – os mesmos de sempre – e blábláblá.


Gostaria de também dar uma informação nada legal. O final do ano está chegando e com isso minha carga horária foi pro beleléu... O próximo capítulo não tem previsão. Embora eu já saiba o que irá acontecer mais ou menos, fazê-lo dará trabalho. Então, é só para avisar que qualquer demora, se for muito grande, não significa que eu abandonei Green’s!! Jamais! Ok??? E desculpa se o capítulo ficou muito pequeno, mas foi no que deu ;X O capítulo dez pode não ter data de postagem, mas eu sei que até Dezembro eu o faço. (Eu sei!! Parece tão longe!!!!!!! Quem sabe nos próximos feriados? Embora esse agora não dará tempo!).


Gostaria de agradecer a todos que estão comentando! Muito obrigada pessoal, é com os comentários que eu me incentivo a continuar a Fic. ;) E até porque... acho que eu seria morta se um dia ameaçasse parar de escrevê-la. Husahusa Primeiro por umas amigas, depois por alguns leitores :)


Bem gente, o tempo voa e eu tenho que ir.


Mil beijos a todos vocês e uma ótima semana,


Cecília ;****

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