A profecia



Cap 32- A profecia


-Entrem.

Soou uma voz calma de dentro do escritório.
Frank abriu a porta e adentrou por ela amparando Alice que trazia nos braços o herdeiro dos Longbotom.
Dumbledore sorriu para o casal.Alice retribuiu o sorriso um pouco vacilante.
Flocos de neve caiam lá fora, dando um ar mais mágico aquela noite.E um frio de gelar os ossos anunciava que o natal estava se aproximando.

-Boa noite.-o diretor se ergueu e indicou as cadeiras a sua frente.-Sentem-se por favor.Os Potter já estão para chegar.

Após o casal se acomodar, Dumbledore sentou-se também.Os óculos de meia lua do diretor reluziam a luz de algumas velas ali presentes e seu semblante era mais sério do que o normal.

-Você queria nos ver, Dumbledore?- Alice perguntou preocupada.-Disse ser algo sério...

-Realmente, eu disse.- o bruxo uniu as pontas dos dedos sobre a mesa.-Mas não seria cortes começarmos antes dos nossos amigos chegarem.Ah, ai estão eles.- Dumbledore se ergueu mais uma vez ao som de novas batidas a porta.

Frank teve a impressão de ter visto uma sombra de preocupação passar pelo rosto do diretor enquanto ele observava Lílian entrar, seguida de perto por James.

-Boa noite.- James sorriu, com um garotinho de menos de um ano de idade no colo.

-Boa noite James, Lílian.- o bruxo sorriu e com um aceno de varinha conjurou mais cadeiras.-Sentem-se por favor.

O casal obedeceu.
O menino nos braços de Alice despertou nesse momento fazendo um barulho gozado com a boca.

-Os chamei aqui por um assunto sério e não vou fazer rodeios.- Dumbledore observou seus convidados por cima dos oclinhos de meia lua.-O assunto é sério e vocês, como aurores, já devem ter uma idéia de qual seja.

-Voldemort.- James falou sério, tentando conter Harry em seu colo.

-Correto.- Dumbledore assentiu.-Muitos já tentaram e muitos mais já falharam tentando conter a maldade incontrolável de Voldemort, como vocês bem sabem.E o motivo pelo qual chamei vocês aqui é esse.

-Como assim?- Lílian perguntou sem compreender.

Dumbledore permaneceu em silencio por um momento encarando a ruiva, depois se ergueu, pegou algo em uma mesinha e depositou pesadamente em cima de sua própria mesa:

-Uma profecia foi feita á algum tempo atrás.E antes não fazia sentido divulga-la porque nem mesmo sabíamos, e ainda não sabemos com exatidão, a quem, totalmente, se refere.

-Não entendi.- Alice murmurou.-Uma profecia foi feita sobre nós?- ela se virou para Frank franzindo o cenho.

-Não exatamente.- o diretor respondeu.-Se vocês me derem um minuto de sua atenção, talvez as coisas fiquem um pouco mais claras.- Dumbledore indicou a penseira com a mão.O bruxo estava agora com um semblante ansioso e preocupado.

Tirou da capa a varinha e extraiu uma lembrança para logo depois deposita-la na bacia de pedra.
Os dois casais se aproximaram e olharam o conteúdo girando dentro da penseira.Alice ergueu os olhos momentaneamente e encontrou os olhos de Lílian.

“ ”

Um silencio seguiu-se quando o conteúdo da penseira se tornou branco perolado de novo e os únicos sons naquela sala foram os que Nevile produzia com a boca e Harry que tentava apanhar os óculos de James.
Dumbledore sentou-se e encarou os quatro.

-Acho que agora vocês começaram a entender.

-Quem...quem é essa mulher?- Frank perguntou ainda observando a penseira, como se ela fosse responder suas perguntas.

-Sibila.Nossa nova professora de adivinhação.

-Dumbledore, você esta querendo dizer que...essa profecia foi feita para os nossos filhos?- Lily questionou com voz pausada.

O diretor observou primeiramente Nevile e depois Harry.

-Para um dos dois.

-Como você pode ter certeza?Como pode saber que essa profecia é sobre nossos filhos?- Alice perguntou.

-Eu não sei com exatidão, Alice.Mas os indícios levam apenas a duas crianças.Harry e Nevile se encaixam, ambos, perfeitamente em quase tudo o que Sibila previu.

-Nascido de sete meses...- James murmurou com terror.

-Cujos os pais o enfrentaram três vezes. - o diretor completou.-Mas ouçam.Não sabemos a qual dos dois essa profecia se refere realmente.

-Se refere a Voldemort e a Harry ou...Nevile.-Frank afundou o rosto nas mãos.-Merlin!Isso não pode estar acontecendo.

-Por que se encaixam em quase tudo?- James questionou enquanto Harry abria os braços em direção à mãe que o pegou no colo deixando James mais a vontade para falar com Dumbledore.

-Aquele que ele marcara como seu igual.Ninguém ainda foi marcado.- o diretor balançou a cabeça.

-Como assim marcado?- Alice perguntou.

-Não sei dizer, mas esse é o ponto.Não era para ser assim, mas Voldemort já sabe dessa profecia, o que nos deixa bem encrencados.- Dumbledore maneou a cabeça olhando pela janela.Voltou a encara-los dizendo.-E eu tenho certeza que ele sabe, pois, como vocês sabem, também temos ótimos espiões infiltrados no meio deles.- o diretor lançou um olhar significativo aos Potter que compreenderam que ele se referia a Sâmara.

-Mas ele...- Lílian começou.

-Ele com certeza irá escolher um dos dois e o perseguira até a morte.- Dumbledore apontou para os dois bebês.

Alice abraçou fortemente Nevile e Lílian fez o mesmo com Harry que brincava inocentemente com os cabelos acaju da mãe.

-Então devemos fugir?Nos esconder?Protege-los?- Frank questionou parecendo decidido a sair dali direto para um esconderijo ultra-secreto.

Dumbledore negou com a cabeça:

-Vocês devem aguardar mais um pouco.

-Como?Se nossos filhos estão correndo perigo temos de agir com rapidez!- Alice falou alterada.

-Você devem esperar e eu lhes direi quem deverá se esconder.- o diretor continuou pausadamente, de olhos fechados, como se não tivesse sido interrompido.

-Você tem meios para saber?- Frank perguntou.

-Já disse que se eles tem espiões em nosso meio, nós também temos espiões no meio deles.- Dumbledore respondeu.

Todos ficaram em silencio.James puxou Lily a abraçando pelos ombros e apoiando o queixo em seu ombro, enquanto observava Harry que começava a ficar sonolento nos braços da ruiva.
Alice encarou Frank, que passou um braço pelos ombros da mulher e com a mão livre acariciou o rosto de Nevile.

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Flocos de neve caiam do lado de fora da janela, mas o frio ficou apenas lá fora.
A lareira acesa aquecia magicamente o ambiente cheio de risadas e conversas animadas.
Carol estava abraçada a Sirius.Suas bochechas vermelhas pelo vinho que tomava e um sorriso alegre lhe enfeitava o rosto enquanto Sirius ria conversando com James.
Lily conversava animadamente com Jessy na outra extremidade da sala, observada de perto por Pedro.
Remo havia viajado novamente, mas dessa vez sem avisar a ninguém quando, para onde e quando retornaria.

-Olha só o que vocês fizeram.- Sâmara falou descendo as escadas com Harry no colo.O garoto esfregava os olhinhos sonolento.-Acordaram você, não foi Harry?

-Deixe o comigo.- Sirius se ergueu estendendo os braços, presunçoso.

Harry imediatamente abriu um sorrisinho e balteu palmas.
Sirius o pegou em seus braços e o jogou para cima o amparando em seguida e assim repetindo o movimento:

-Pronto para uma noite de aventuras com o tio Almofadinhas?- o rapaz riu juntamente com o garoto que parecia estar adorando a brincadeira.

-Sirius, não!- Lily se adiantou apressada e tomou o garoto das mãos de Sirius.-Odeio quando você faz isso.

-Mas o Harry adora...- o homem contrapôs.

-Então temos um impasse.- James brincou.

-Vamos Lílian.Ele tem o nosso espírito aventureiro e maroto.Não o repreenda por se divertir, ok?Não comece a dar mal exemplo ao garoto já cedo.- Sirius fez um ar de professor.

-Quem é o mal exemplo em pessoa aqui é você, Sirius.- a ruiva escondeu uma risada e foi-se com harry para perto de Jessy.

Sirius ia protestar, mas James se aproximou e sussurrou:

-Preciso falar com você.Venha.

Os dois seguiram para a cozinha, onde um silencio absoluto reinava.
James olhou pela porta e a fechou passando a mão pelos cabelos enquanto Sirius se sentava á mesa.

-O que foi Pontas?Andou contrabandeando wisk de fogo para dentro de casa de novo?- Almofadinhas riu cruzando os braços, deboxado.

-Almofadas, o assunto é sério.- James falou com voz grave puxando uma cadeira.

Sirius imediatamente mudou sua feição e descruzou os braços.

-O que foi?

James deu um suspiro e esfregou o rosto com as mãos.Depois encarou o amigo com ar extremamente preocupado:

-Dumbledore nos contou quem foi o escolhido por Voldemort.

Sirius derrubou o copo que estava segurando, mas não deu atenção ao fato.

-você quer dizer que...

-Harry.- James falou simplesmente.-Dumbledore sugeriu um feitiço fidelius...você sabe!

Sirius olhava para o vazio, abismado.Depois encarou o amigo.

-Não pode ser, pontas!

-Você já é padrinho de Harry, Sirius, e agora quero te pedir mais uma coisa.- James falou em tom muito sério.-Quero que você seja o tutor dele também.E quero que seja o fiel do nosso segredo.

-É claro!Claro que sim!- Almofadinhas concordou imediatamente.

-Estão desconfiando de que Remo é o espião infiltrado em nosso meio...mas eu não posso acreditar!- Pontas fez uma careta.

-Nem eu.Aluado?Não, ele não nos trairia.Mas se não é ele, quem é?E todos os indícios apontam para ele.

-Eu ainda não consigo acreditar.Não.Tenho plena certeza que ele não nos trairia.- James falou decidido.

-Ah, qual é!Você não esta desconfiado do Pedro, esta?- Sirius riu.

James deu um sorrisinho deboxado.

-Ei.É isso!- Almofadinhas parou de rir de repente.

-O que?- Pontas perguntou sem entender.

-Pedro.É claro.James e se Rabicho fosse o fiel do segredo?E se ele fizesse o feitiço?

Pontas refletiu, não muito convencido.

-Mas você...

-Pense!- Sirius o interrompeu, empolgado.- Seria um trunfo.Voldemort nunca irá desconfiar de Rabicho.Ele irá perseguir primeiramente a mim!O que irá deixar Pedro livre e seguro para se esconder.

-Não sei.Ai eu estaria arriscando o pescoço de dois amigos, Almofadinhas.- James coçou o queixo, pensativo.

-Ah, eu sei que você me ama, mas isso não é hora para sentimentalismo, Pontas.- ele falou sério.-É da vida de harry que estamos falando.É da vida de vocês três.

-Eu não me importo comigo!

-Pense no Harry!Pense na Lily.-Os dois se encararam.-É um bom plano, James.

O rapaz pareceu retulante.Encarou Sirius com a mão no queixo e depois sorriu:

-Você tem razão, Almofadas.Pedro será o fiel e este será nosso trunfo.

-Se eu ainda tivesse meu copo brindaríamos ao Pedro, mas como não tenho, vamos voltar a sala?Preciso robar o cálice de vinho da Carol...- Sirius riu levantando-se.


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N/A: Presente de natal pra kem comentou!!!XD
Agora é sério...provavelmente soh vou postar o próximo cap em fevereiro...até lah comentem por favoooooooor!!!!
Bjux!;)

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Comentários (1)

  • Carla Monique

    Ficou incrivel do jeitinho que eu sempre imaginei! as reações ficaram perfeitas. Acho que só faltou colocar a profecia, hehehe só pra contar na fic . 

    2011-11-13
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