O maior amor do mundo

O maior amor do mundo





Seria bom se pudermos fazer um rápido retrospecto antes que terminemos a história apenas para termos idéia do quão longe chegamos.


Uma tarde de chuva. Um encontro.


Atração. Amor. Amizade.


Liberdade. Luta. Brigas.


Enterrar o passado. Abrir portas para o futuro.


Reconciliação. Seguir em frente.


Cair no escuro. Reencontrar a luz.


Isso é só um resumo. E, mesmo assim, é muita coisa para o curto espaço de tempo que separava o presente do dia em que Lily conhecera James.


As mudanças eram tão gritantes que qualquer um podia vê-las, não apenas Lily, mas quem quer que estivesse ao seu redor. E, de certa forma, eram todos gratos por James ter entrado na vida dela.


Às vezes, basta apenas uma pessoa para mudar tudo.


E foi isso o que James fez. Mudou Lily e tudo o que ela conhecia. E nem por um segundo ele ou ela se arrependia do encontro ou de todas as coisas que ele desencadeou. Se voltassem no tempo, não hesitariam em fazer tudo de novo.


Mas Lily só consideraria aquele ciclo completo quando o bebê de Marlene e Sirius nascesse, e quando, finalmente, se apresentasse no recital de ballet e provasse de uma vez por todas que não era uma desistente. Que merecia aquele lugar aonde fora colocada.


E, para a felicidade dela, as duas coisas estavam próximas. Primeiro, o recital, dali a duas semanas, e depois o nascimento. Estava tudo esquematizado.


Era início de agosto. A vida seguia seu curso normal e, pela primeira vez em muitos meses, estava tudo tranqüilo. Já fazia duas semanas desde que Charles se mudara, então até a mansão parecia mais silenciosa. Ele e Lily ainda não tinham se falado e ela só recebia notícias através da Sra. Phillip, que falava com o filho diariamente. Quem estava feliz da vida com essa mudança era James, que não precisava mais temer visitas noturnas ao quarto da sua namorada. E James feliz era o mesmo que Lily feliz, o que significava namoro feliz.


E não era só o namoro deles que ia às mil maravilhas. Marlene e Sirius, que se recuperava bem, estavam num caso de amor que enchia os olhos de qualquer pessoa que os visse. Viviam um relacionamento digno dos grandes romances literários. Sirius era só carinho e mimos para cima de Marlene, que, se não fosse a barriga imensa, faria malabarismos para agradá-lo e cuidá-lo. Eram sorrisos e olhos brilhando o tempo todo.


Era felicidade sem fim, se querem saber.


Só que, com eles, felicidade não valia sem um pouco de susto. Podia estar tudo esquematizado, dentro do tempo e só esperando acontecer, mas se esqueceram de que, às vezes, bebês não seguem o planejamento. E Coisinha provou logo de cara que era imprevisível.


Marlene tinha chegado às 35 semanas, o que eram pouco mais de oito meses, e estava enorme. A sensação era de que ela explodiria como um balão de gás a qualquer momento e a ordem era de repouso absoluto, o que ela tentava cumprir com todo empenho porque odiava ficar parada.


Como não podia sair de casa, Marlene recebia visitas constantes de Lily e James, que passavam horas com ela e Sirius apenas jogando conversa fora. Foi numa dessas vezes em que aconteceu.


Sirius mostrava a James como o quarto de Coisinha tinha ficado depois de pronto enquanto Lily, que já havia visto as paredes brancas com adesivos de bailarina, o berço cor de rosa e todo o resto, conversava com Marlene na suíte dela. Estava decidido que os três morariam ali apenas até Sirius ter dinheiro suficiente para alugar um apartamento e sustentar a todos eles.


O que poderia demorar um pouco.


Enquanto os meninos estavam fora, elas aproveitavam para discutir a mudança de Charles, assunto que Marlene não esquecia.


- Nenhuma palavra dele ainda? – ela perguntou.


- Nenhuma. Se não fosse por Jane, eu não saberia de nada.


- Se Charles não te procurou em nenhum momento desde que foi embora, significa que está realmente tentando te esquecer. Privação total da sua presença e de qualquer coisa relacionada a você.


- Não total. Jane deve levar notícias minhas a ele.


- Ou não. Talvez ela esteja muito preocupada com o filho morando sozinho para se lembrar de contar coisas sobre você. E, se Charles for esperto, ele não está nem perguntando como você anda.


- Você pode estar certa. É estranho, sabe? Depois de meses convivendo e lutando com ele, eu já estava acostumada com a presença dele pela casa.


- Você sente falta dele, não sente?


Lily suspirou.


- Será muito errado eu dizer que sinto?


Marlene sorriu fracamente.


- Um pouco, talvez, por causa de tudo. Mas é normal porque, de uma forma esquisita, ele acabou se tornando seu amigo. Com aquele jeito torto dele, Charles acabou te cativando. E eu sei que se você não fosse ridiculamente apaixonada pelo James, ele teria te ganhado fácil, fácil.


- Não é segredo para ninguém.


- James não enxerga porque não quer e é melhor assim. Mas eu tenho um olhar afiado para essas coisas. Eu não te culpo, Lily, toda mulher...


- Tem uma queda por homens cafajestes. Já sei.


- Exatamente. Eu mesma, se fosse solteira, teria arriado os quatro pneus por ele, porque Deus foi generoso com aquela criatu... ai! – ela se interrompeu com uma expressão de dor. As mãos imediatamente pousaram sobre o ventre.


Lily se assustou.


- O que foi?


- Uma pontada estranha. – tentou dar um sorriso tranqüilizador. – Acho que quero ir ao banheiro, pode me ajudar a levantar?


Lily deu as mãos a ela e ajudou a colocá-la de pé.


- Precisa de ajuda?


Marlene negou e caminhou lentamente para o banheiro. Não ficou lá nem por um minuto. Saiu com o rosto lívido e os olhos arregalados.


- Me leva para o hospital. Agora!


Sem esperar segunda ordem, Lily se pôs de pé enquanto gritava por James e Sirius. Imediatamente os dois viram que alguma coisa estava errada com Marlene. Sirius correu para ampará-la e colocá-la no carro enquanto Lily pegava a bolsa, pronta há dias, que seria levada para o hospital e James avisava aos senhores McKinnon. Logo, estavam todos a caminho da maternidade.


Como tinham ligado no caminho, já havia uma cadeira de rodas à espera de Marlene na porta do hospital e a obstetra dela já reunia uma equipe caso precisassem fazer o parto. Não deixaram ninguém, nem mesmo Sirius, entrar no consultório enquanto ela era examinada.


Ele estava em pânico. James e Lily tentavam fazê-lo se acalmar, mas sem sucesso. Sirius estava como eles nunca tinham visto, o desespero estampado em todo o rosto. Pensar que Marlene e a bebê poderiam estar em perigo o apavorava mais que qualquer coisa.


Lily, que tentava aparentar calma para não piorar o estado de Sirius, não aguentava vê-lo andar de um lado para o outro. Decidida a não entrar em pânico, ela foi dar uma volta. Ao chegar ao pátio do hospital, viu o senhor McKinnon sentado sozinho num banco. Suspirando, ela se sentou ao lado dele.


- Alguma notícia dela? – ele perguntou sem olhá-la.


- Ainda não. Mas, não se preocupe, Sr. McKinnon, eu tenho certeza de que ela está bem.


- Espero que sim.


Ele parecia desolado. Lily pegou a mão dele entre as suas e deu um apertão consolador.


- Tenha fé, Sr. McKinnon. Marlene é a pessoa mais forte que eu conheço e Coisinha também é.


- Coisinha... é estranho, mas eu já estava me acostumando a chamar minha neta assim.


- Acho que, mesmo depois de batizarem-na, vamos apelidá-la assim.


O Sr. McKinnon a olhou tristemente, mas não respondeu nada. Lily suspirou e deu uma olhada ao redor.


- Onde está sua esposa?


- Foi buscar um chá calmante na cantina... ela é boa em crises, mas lidar com a vida da filha exige mais do que apenas autocontrole.


Lily tentou sorrir.


- Vai dar tudo certo, Sr. McKinnon.


- Sr. McKinnon, Lily? – era James quem os interrompia. Os dois viraram para olhá-lo. – A médica já tem notícias de Marlene, está só esperando vocês para nos dizê-las.


Sem esperarem um segundo, Lily e o Sr. McKinnon se puseram de pé e seguiram James pelos corredores até a sala de espera. A Sra. McKinnon também já estava lá, uma mão segurando um copo de chá e a outra entrelaçada à de Sirius.


- Ah, chegaram todos. – disse a médica quando os viu se aproximarem. – Foi apenas um susto.


- O que quer dizer? – Sirius perguntou, ansioso.


- Marlene e a bebê vão ficar bem. – ela disse, para o alívio geral. – Mas, vamos realizar agora uma cesariana de emergência.


- Por quê? Você disse que elas ficarão bem! – perguntou a sra. McKinnon, os olhos escuros, tão diferentes mas tão brilhante quanto os da filha, arregalados.


- Marlene teve um sangramento porque a bolsa dela furou ao invés de estourar, o que a faria vazar de pouco em pouco. Isso poderia causar alguma infecção à ela ou à bebê, mas, como vocês vieram rapidamente, pudemos contornar a situação. Já estouramos a bolsa e Marlene entrou em trabalho de parto.


- Mas ela só está de 35 semanas. Minha filha vai nascer prematura? – perguntou Sirius.


- Não se preocupe, ela está ótima. O parto acontecerá apenas algumas semanas antes do previsto, mas eu tenho certeza de que ela nascerá perfeita. Nenhum problema foi diagnosticado durante o pré-natal, portanto, há enormes chances de dar tudo certo hoje. Achamos melhor fazer o parto logo para não haver possibilidade de acontecer alguma coisa mais para frente.


- Enormes chances de dar certo significam pequenas chances de dar errado. – disse ele.


A médica sorriu.


- Como tudo na vida. Não se preocupe, Sirius, já vi vários casos como esse. Minha equipe já está se preparando e o anestesista já deve ter dado a peridural em Marlene. Aliás, ela quer você na sala de cirurgia, então, se puder me seguir, vou levá-lo para se arrumar.


Sirius assentiu, mas antes de sair, virou-se para a sogra e lhe deu um abraço.


- Vou cuidar das nossas garotas.


- Eu sei que sim. Vamos ficar aqui esperando notícias.


Ele acenou um tchau para os outros e seguiu a médica. Lily, James e os Srs. McKinnon se sentaram para esperar. Embora estivessem ansiosos, o tempo não demorou a passar e cerca de uma hora depois, Sirius reapareceu, ainda vestido com a roupa do hospital, de luvas e touca, com os olhos cheio de lágrimas. Todos se levantaram e o olharam em expectativa.


- Ela é perfeita. – foi só o que disse antes de ser abraçado pelos Srs. McKinnon.


- E Marlene? – perguntou Lily.


- Está indo para o quarto, estavam acabando de suturá-la e limpá-la quando eu saí da sala de cirurgia. Vocês vão poder vê-la daqui a pouco, mas já podem ver Coisinha no berçário. Acabaram de levá-la para lá.


Imediatamente, os cinco foram até lá e colaram as caras no vidro para que pudessem vê-la. Lá estava ela, pequenininha e sujinha, reclamando nos braços da enfermeira que a limpava, pesava e media. Depois de limpa e vestida, a enfermeira colocou uma pulseirinha de identificação apenas com os nomes dos pais, já que ela ainda não havia sido batizada, e a levou para a janela do berçário, às vistas deles.


Era a coisa mais linda do mundo.


Cabelos negros presos com uma presilha de borboleta, olhos azuis arregalados, olhando tudo ao redor, e boca rosada. A mistura perfeita de Sirius e Marlene, um presente genético.


James sacou o celular do bolso e tirou uma foto dela. Os Srs. McKinnon fizeram o mesmo e logo várias fotos haviam sido batidas apenas dela ali, olhando-os através do vidro. Os novos avós tinham lágrimas nos olhos e Lily e James já estavam com câimbras de tanto sorrir.


- Vão levá-la para Marlene. – disse Sirius, que tinha entrado no berçário para falar com a enfermeira. – Vão ensiná-la a amamentar.


- Quanto ela mede e pesa, Sirius? – perguntou a Sra. McKinnon.


- 47 centímetros e 2,600 kg. Disseram que nasceu com um tamanho bom.


- Nasceu sim. Marlene nasceu de nove meses completos e não tinha muito mais do que isso. – disse ela. – Vamos para o quarto, quero ver minha filha e minha neta.


Ao chegarem lá, viram Marlene amamentando Coisinha. James e o Sr. McKinnon viraram para o lado, desconfortáveis, arrancando uma risada dos outros.


- Ok, pai, James, podem olhar agora. – disse Marlene, ajeitando a roupa enquanto a enfermeira segurava Coisinha. Depois, recebeu-a de novo em seus braços. – Podem chegar perto, pessoal. Venham ver a pessoa mais linda desse mundo.


Obedecendo-a, eles formaram uma roda para admirar a bebê.


- Ela é tão linda. – sussurrou Lily.


- Você gostaria de segurar sua afilhada? – Marlene perguntou, fazendo-a sorrir. Com cuidado, ela pegou Coisinha, que abriu seus olhos e a fitou.


- Oi, princesa. Bem vinda ao mundo, você já é tão amada. – Lily se aproximou de James. – Diz oi ao seu padrinho. Olha como ele está babando em você.


James não disse nada, apenas se abaixou e deu um beijo no topo da cabeça dela, encantado. Sorrindo, Lily passou Coisinha para a Sra. McKinnon, que a olhava apaixonada. O Sr. McKinnon fez um carinho na bochecha da neta e depois foi a vez de Sirius segurá-la pela primeira vez.


Com um olhar de devoção, ele a segurou. Emocionado, ele plantou um beijo na testa dela.


- Oi, filha. – sussurrou, a voz embargada. Seus olhos brilhavam e ele não escondeu uma lágrima que teimou em cair. Coisinha agarrou o dedo indicador dele com sua mãozinha pequena e sorriu um sorriso banguela que era a coisa mais linda que ele já tinha visto. Aproximou-se de Marlene e lhe deu um beijo leve nos lábios. – Obrigado. – completou para ela.


Depois de todos os seus problemas familiares, a morte do pai e o descaso da mãe, ter sua própria família era uma benção para Sirius. Para ele, era algum tipo de redenção.


O flash da câmera do celular de James os despertou para a realidade.


- Ops, desculpe. – disse ele. – Mas já que eu interrompi esse momento tão bonito, vocês não se importam se eu perguntar como ela vai se chamar, né?


Marlene arregalou os olhos, mas Sirius apenas olhou atentamente para a filha.


- Fiquei tão acostumada a chamá-la de Coisinha que não pensei no nome. Você tem alguma ideia, Sirius?


- Na verdade, tenho. Sra. McKinnon, sua mãe se chamava Isabella, não é mesmo?


A Sra. McKinnon sorriu.


- Sim. Minha mãe era italiana e veio criança para cá. É esse o nome que quer dar a ela, Sirius? Isabella?


- Se Marlene concordar... eu acho que ela tem cara de Isabella. E você, Lene?


Marlene pegou a filha nos braços e olhou atentamente para o rostinho dela, como se avaliasse a compatibilidade com o nome. Por fim, ela sorriu.


- Isabella McKinnon Black. Eu gosto. Agora, ao invés de a chamarmos de Coisinha, chamaremos de Bella.


- Acho que combina muito com ela. – disse Lily. – Vocês sabem o que significa “bella” em inglês?


- Significa “linda”. – disse James. - Não podia ser nome melhor para ela.


- Minha mãe ficaria muito feliz com a homenagem. – disse a Sra. McKinnon. – Obrigada.


Sirius assentiu, mas Marlene não estava mais prestando atenção. Seu olhar estava focado no rosto de sua menininha.


- Isabella... – murmurou. – Então é isso que falam sobre maternidade.


- O que? – perguntou Sirius.


- Amor. Eu amo tanto meus pais e você e James e Lily, mas nenhum desses amores vai um dia se comparar ao que eu já sinto por essa garotinha. É o maior amor do mundo. Eu seria capaz de qualquer coisa por ela. Qualquer coisa. É como se não houvesse limites. Me sinto poderosa, se essa for a palavra certa.


- É essa a palavra certa. – disse a Sra. McKinnon, sorrindo. – Só sabemos o que significa ser mãe quando quando somos mãe.


Marlene fungou e eles viram que ela estava chorando. Lily, vendo que a amiga não dava atenção a mais ninguém além da filha, pigarreou e agarrou o braço de James.


- Bom, nós vamos embora, acho que vocês duas e Sirius precisam ficar sozinhos. Amanhã voltamos para visitá-las, ok?


Quem respondeu foi Sirius com um aceno de cabeça, porque Marlene nem se mexeu para vê-los partir.


James deixou Lily em casa, ambos cansados por causa do estresse daquele dia. Assim que ela passou pela porta da frente, foi interceptada pela Sra. Phillip, que avançou para cima dela, afoita.


- Onde você estava? O que aconteceu? Eu liguei para a casa dos McKinnon para saber se você voltaria para o jantar, mas ninguém me atendeu. Liguei para os celulares do James, do Sirius e da Marlene, e todos deram fora de área! Você não sabe o tamanho da minha preocupação, como é que some desse jeito, Lily?


Lily teve que segurá-la pelos ombros para acalmá-la, sentindo-se um pouco culpada por não ter avisado nada, sabendo que a Sra. Phillip se preocupava à toa, mas acabou esquecendo de ligar para casa no meio da confusão.


- Desculpe não ter avisado, Jane. Nós tivemos que ir correndo para o hospital porque...


Mas não conseguiu terminar a frase. À simples menção da palavra “hospital”, o rosto da Sra. Phillip ficou branco como cera de vela.


- Hospital? Quem... por quê? É o Sirius de novo? Ele precisa parar de aprontar, ele vai ser pai... – de repente, ela arregalou os olhos. – O bebê! Aconteceu alguma coisa com Marlene e Coisinha? Ai, meu Deus, foram elas! Eu sei que foram! O que houve, Lily? – terminou quase aos berros.


Lily precisou segurar o riso, mas um sorriso escapou.


- Coisinha nasceu, Jane.


A cor voltou lentamente às bochechas da governanta e um sorriso aliviado tomou seus lábios.


- Nasceu? E está tudo bem com ela? E com Marlene?


- Marlene teve um sangramento e precisou fazer uma cesárea de emergência, mas, antes que você fique aflita, saiba que as duas estão ótimas. Foi apenas um susto.


- Graças a Deus. – a Sra. Phillip fez o sinal da cruz. – Como ela é?


Lily sorriu encantada ao se lembrar da afilhada.


- Linda. A menina mais linda do mundo, Jane, mesmo com aquela carinha de joelho amassado que recém-nascido tem.


- Com aqueles pais lindos, não é de se espantar.


- Ela é a perfeita combinação deles. Olhões azuis, boca vermelhinha, mãozinhas e pezinhos tão pequenininhos. – enquanto falava, Lily mexia as mãos como se estivesse apertando alguma coisa. – Ah, e ela agora se chama Isabella, em homenagem à avó materna da Marlene.


- Ah, eu quero vê-la!


- Amanhã você vai comigo, então. Tenho certeza de que Marlene vai gostar da visita.


Lily estava certa. Quando chegaram ao quarto de Marlene no hospital, um sorriso iluminou o rosto dela. Realmente gostava da Sra. Phillip, que retribuía o sentimento.


A governanta se aproximou para abraçá-la.


- Como você está, querida?


- Bem e louca para sair dessa cama, mas a médica só vai me dar alta amanhã.


- É horrível ficar parada. Eu sei como é, me mandaram ficar dias de repouso depois que Charles nasceu. Como se eu não tivesse nada para fazer! – ela disse, fazendo Marlene rir.


- Obrigada por ter vindo, Sra. Phillip. Fico feliz.


- Eu não deixaria de vir nem por decreto. Pergunte à Lily como eu surtei quando soube que vocês estavam no hospital. Na mesma hora pensei em você e Coisin... quero dizer, Isabella.


- Realmente nós demos um pouco de trabalho, mas estamos bem. E pode chamá-la de Coisinha se quiser, Sra. Phillip.


- Mas Isabella é um nome tão bonito. Eu só preciso me acostumar depois de meses chamando-a de Coisinha. – seus olhos caíram sobre o bercinho de hospital em que Isabella estava acomodada, ao lado da cama. – Marlene, ela é tão linda!


- Eu sei. – Marlene concordou, rindo.


- Posso segurá-la?


- Claro, fique à vontade.


Aproveitando a distração da Sra. Phillip, que ninava Isabella, Lily se aproximou de Marlene.


- Onde estão seus pais e Sirius?


- Meus pais foram tomar um café e Sirius foi em casa tomar banho. E James, cadê?


- Disse que vem daqui a quinze minutos porque está acabando de ajudar o Sr. Potter na cafeteria. – Marlene assentiu em silêncio e Lily continuou a falar – Como está se sentindo hoje?


- Bem. Sinto algumas dores por causa da cirurgia, mas vale a pena quando eu olho para ela. Como é possível amar alguém tanto assim, Lily?


- Quando eu for mãe, tentarei responder a essa pergunta. Mas não acho que exista resposta suficiente.


- Também acho que não. Não dá para colocar um sentimento tão enorme como esse em palavras.


- Não dá mesmo. – intrometeu-se a Sra. Phillip. Ela devolveu Isabella para o bercinho. – Seus pais estão na cantina, Marlene?


- Sim, senhora.


- Hm, acho que vou lá dar um alô.


Quando se viram a sós, as duas sorriram.


- Como Sirius ficou quando ficou sozinho com você e Isabella ontem?


- Chorou como uma criança. – Marlene respondeu, sorrindo fracamente.


- Não fico surpresa. Por mais forte que ele seja, às vezes não dá para conter tanta emoção. E ontem, com certeza, foi um dia emocionante.


- Ele simplesmente ficou aqui, olhando para ela, chorando baixo. Sem conseguir parar.


- Você era o porto seguro do Sirius depois de todas aquelas tragédias que aconteceram na vida dele. Agora, você deu a ele mais uma mais uma coisa a que se agarrar.


- Não, não se agarrar. Sirius poderia se agarrar em mim. Se ele caísse, eu o seguraria. Mas não ela. Ele não se agarraria nela porque ela seria o motivo de ele se manter de pé. Pela Isabella, Sirius jamais se permitirá cair.


Lily sorriu, emocionada.


- Você o compreende tão bem.


- E olha que aquele ali é complexo. Mas nós dois nos conhecemos como a palma da mão.


- Você fez um bom trabalho com ele, Marlene.


- Com toda certeza. – ela deu uma olhada na filha deitada ao seu lado. – É engraçado pensar que ontem ela estava aqui dentro.


- Eu sei. E foi tão de repente. Mas eu não imaginaria diferente, já que estamos falando da sua filha com Sirius. Ela é, no mínimo, imprevisível como vocês dois.


Marlene suspirou.


- As coisas andaram tão rápido nesses últimos tempos, né? Há exato um ano, nós duas nem nos conhecíamos e agora somos melhores amigas.


- Graças ao James.


- É essa mania de super herói dele. Mas eu tenho que dar créditos a ele, afinal, as duas tentativas deram certo. Você e Sirius são outras pessoas.


- Não acho que eu seja outra pessoa. Sirius, com certeza, mas eu não. Eu acho que James me descobriu. E fez com que eu me descobrisse.


- Ah, disso eu tenho certeza. – Marlene disse, com um tom de malícia na voz.


Lily riu.


- Nesse sentido também. Eu te contei o que ele me falou depois que nós... hm...


- Só diga a palavra, Lily.


- Ok, depois que nós... transamos.


Ela simplesmente achava essa palavra horrível e só dizê-la a fazia ficar vermelha. Mas Marlene não via problemas com essa ou qualquer outra palavra e achava graça quando Lily ficava com vergonha. Fazia-a falar só para provocá-la.


- Não, não contou.


Lily ficou de joelhos na cama, sendo, por um segundo, uma adolescente normal de dezoito anos.


- Ele perguntou se eu casaria com ele.


Marlene exclamou tão alto que Isabella, agora dormindo, resmungou.


- Desculpa, filha. – ela disse, fazendo um carinho na bochecha dela. Voltou-se para Lily – E você?


- Eu disse que casaria quando ele quisesse.


- E quando é isso? – Marlene perguntou, agitada.


- Não sei. Ele só disse para eu me preparar.


Marlene sorriu, travessa.


- Então comece a se preparar.


Lily arregalou os olhos.


- O quê? Você acha que James pode me pedir em casamento por agora?


- Não tenho certeza, mas ele sempre tem alguma coisa em mente quando diz para se preparar. Acredite, eu o conheço.


Quando Lily preparava uma resposta, elas foram interrompidas por Sirius, que acabava de chegar. Ele se debruçou para beijar a testa de Isabella e fez o mesmo com Lily antes de dar um beijo em Marlene.


- Pelas caras que vocês fizeram quando eu entrei, acho que interrompi alguma conversa importante. – ele fez uma pausa, enquanto puxava uma cadeira para perto da cama. – Então, o que era?


Antes que Lily pudesse dizer que não era nada, Marlene disparou:


- James e Lily transaram e ele disse a ela para ficar preparada para um pedido de casamento!


Sirius ergueu as sobrancelhas, parecendo ligeiramente surpreso.


- Sobre a primeira parte eu sabia, claro. Mas essa história de casamento é nova. E casamento é coisa séria para o James... acho que alguém vai ficar noiva logo logo.


Lily olhou apreensiva para os dois.


- Será?


- Eu acho. – continuou Sirius. – Não se preocupa, Lily, o casamento de vocês vai dar certo, afinal o sexo é ótimo.


- Sirius! – ela exclamou, envergonhada, enquanto Marlene enfiava o travesseiro no rosto para abafar as risadas.


- O quê? Foi isso o que ele me disse, ué. Você queria que ele dissesse que é ruim?


- Não, mas... ah, esqueça.


Marlene tirou o travesseiro da frente da cara, revelando-a vermelha e com lágrimas de riso.


- É bom mesmo?  - ela perguntou, travessa.


Lily revirou os olhos, mas se deu por vencida. Aqueles eram seus melhores amigos, não havia pessoas melhores para falar disso do que eles.


- É claro que é bom. É ótimo.


No segundo seguinte, a porta foi aberta e James entrou no quarto. Antes que ele pudesse cumprimentá-los, Marlene e Sirius explodiram em gargalhadas enquanto Lily enterrava a cara no travesseiro, sentindo o rosto queimar de vergonha.


- O quê? – James perguntou sem entender.


Sirius caminhou até ele, abraçou-o pelos ombros e conseguiu parar de rir só para formular uma frase.


- É o meu garoto! – e voltou a gargalhar.


- Ok... – James fez uma pausa para avaliar a situação – Sirius falando “meu garoto”, Marlene rindo e Lily com a cara escondida no travesseiro, com vergonha... o assunto é sexo?


- Arrã! – foi a resposta dos outros.


James riu e se aproximou de Lily, puxando-a até que ela se afastasse do travesseiro.


- Você disse que eu sou bom! – exclamou e beijou a bochecha dela, antes de se afastar gargalhando.


Lily tinha atingido todos os tons possíveis de vermelho, mas não evitou uma gargalhada. Sentia-se a verdadeira adolescente que os amigos prometeram que ela seria quando se conheceram.


Sirius enxugou as lágrimas que caíam dos olhos e sacou o celular do bolso.


- Bom, isso foi engraçado. Mas eu tenho algo que vai fazer vocês todos chorarem até os olhos saltarem das órbitas.


- O que é? – Lily perguntou, desconfiada.


Sirius sorriu.


- Eu filmei o parto!


- Eu tinha me esquecido disso! – Marlene exclamou, sorrindo.


Lily pulou da cama e arrancou o celular da mão dele. Acomodou-se ao lado de Marlene na cama e James e Sirius se posicionaram atrás delas para ver. Ela apertou o play.


O rosto de Sirius apareceu na tela, parecendo assustado. Quando ele começou a falar, sua voz estava trêmula.


“ -Oi, filha, é o papai. Daqui a alguns minutos você vai nascer, depois de dar um susto em nós. Sua mãe e eu ficamos apavorados só de pensar que algo de errado poderia acontecer com você. Mas nada vai acontecer, não é, filha? Se tiver puxado um pouquinho dos seus pais, e puxou, com certeza, você é forte. Você tem que ser forte para poder sair e nos encontrar. Eu queria que você pudesse olhar para mim e dizer que vai ficar tudo bem, porque eu não posso sequer pensar em te perder. Mas você não pode me dizer nada disso ainda, então eu tenho que esperar que você nasça para ter certeza de que não há nenhum problema. É só o que eu posso fazer agora: esperar.


E eu vou esperar. Papai vai esperar o tempo que for preciso para poder olhar para o seu rosto de boneca e dizer que te ama. E eu já te amo tanto. Sua mãe já te ama tanto. E seus avós e seus padrinhos também. Você nem nasceu e já é tão amada, querida e esperada. Estão todos lá fora querendo te ver. Você não vai desistir de aparecer e decepcioná-los, não é? Eu sei que não. Tenho certeza de que você está desesperada dentro da sua mãe, querendo sair e enxegar o mundo pela primeira vez. Querendo que o mundo te enxergue. Mas para isso acontecer, Coisinha, nós precisamos que você nasça. Nós precisamos que você seja forte e venha logo nos encontrar aqui fora.


Eu sei que você não nos assustou de propósito e que a médica disse que está tudo bem com você e sua mãe, mas eu só vou acreditar quando te segurar pela primeira vez porque a hipótese de que você não esteja aqui é tão absurda e dolorosa que já está gravada a ferro na minha cabeça e só vai sair quando eu te vir. Eu preciso de você e da sua mãe. Vocês são a minha família e eu não posso perder vocês. Eu queria muito que você me prometesse que está tudo bem, mas, por enquanto, eu só me agarro à fé.


Vem logo, filha.”


Sirius foi interrompido pelo barulho das portas abrindo. Ele desviou a câmera para o outro lado. Eram os enfermeiros empurrando a maca de Marlene para o centro da sala de operações.


“Sua mãe e você chegaram para a cirurgia. Diz oi para a câmera, Marlene. Estou filmando para a nossa filha.


- Oi, filhota. Já estou prontinha para receber você.”


A Marlene do vídeo fez um sinal para Sirius baixar o celular. Voltou a falar sussurrando.


“- Acho que seu pai estava chorando. Olha só a cara dele. Não conta que eu disse isso, mas ele é um chorão!


- Mentira, filha!


- É verdade. E quando você nascer, vai poder ver com seus próprios olhos como seu pai é uma manteiguinha derretida.


- Eu retrucaria, mas os médicos chegaram.”


A câmera encontrou os médicos. A obstetra de Marlene sorriu e acenou um tchauzinho antes de dizer:


“- Vocês estão prestes a ver uma coisa maravilhosa: o nascimento de uma criança. Coisinha já é celebridade antes de nascer. E então, Marlene, você está nervosa?


- Meu coração vai sair pela boca.


- E você, Sirius?


- Agoniado.


- Não se preocupe, a espera já vai acabar. Marlene, você sente quando eu belisco sua perna?


- Não.


- Em nenhum lugar?


- Nenhum.


- Ótimo, a peridural já fez efeito. Sirius, ajeita essa câmera e se prepara: sua filha vai nascer.


Sirius se aproximou o máximo possível para não deixar nenhum detalhe escapar. A médica passou o iodo na barriga de Marlene, deixando-a avermelhada, e pediu o bisturi. Um corte de tamanho razoável foi feito e eles começaram o parto. A câmera começou a balançar no momento em que a médica puxou a cabecinha da bebê para fora, indicando que Sirius estava tremendo de nervoso. Quando o rostinho miúdo e sujo passou completamente pelo corte, o choro alto encheu a sala. Um segundo depois, Coisinha estava sendo enrolada numa mantinha por uma enfermeira. Ao fundo, os soluços quase desesperados de Sirius faziam coro aos de Marlene, que dizia sem parar “eu quero vê-la!”.


A enfermeira levou a bebê para que Marlene a visse. O rosto vermelho, inchado e marcado de lágrimas foi tomado pelo sorriso mais bonito que eles já tinham visto. Ela beijou o narizinho da filha, que parou de chorar na mesma hora, e segurou uma das mãozinhas dela.


“- Oi, meu amor.”


Marlene, ainda segurando a mãozinha da filha, olhou para Sirius.


“- Nossa filha, Sirius. Minha e sua, ela não podia ser mais perfeita.”


Um soluço alto foi a resposta que ele deu à namorada. Ela riu.


“- Eu falei que você é chorão. Eu te amo.”


- Eu também te amo. E eu te amo mais ainda, filha”


A enfermeira reapareceu e pegou Coisinha para levá-la para o berçário. A tela apagou assim que elas passaram pelas portas do centro cirúrgico.


Lily fungou alto e olhou para os três amigos, encontrando-os no mesmo estado em que ela estava: aos prantos. Ela devolveu o celular para Sirius e tentou sorrir. Mas era difícil em meio a tantas lágrimas.


- O vídeo ficou tão bonito, Sirius. – ela disse. – Depois grava num dvd para ficar de recordação.


Ele sorriu.


- Fiz isso assim que cheguei em casa. Isabella vai poder ver quando me perguntar como foi o nascimento dela.


James abraçou Sirius pelos ombros.


- Quem diria que aquele garoto de personalidade tão difícil se tornaria esse homem? – ele disse.


- Sendo pai de uma pessoa tão perfeita como ela, eu não poderia ser diferente. Mas eu tenho agradecer a você e, principalmente, à Marlene por isso. Sem esse complexo de super herói de vocês dois, é bem provável que minha filha não estivesse hoje aqui.


James sorriu e os dois se abraçaram.


- Eu disse que esses dois se amavam. – Marlene falou para Lily, relembrando o dia em que os quatro foram ao parque de diversões e os meninos reclamaram quando ela disse que eles se amavam. – E é claro que você tem que me agradecer, Sirius, afinal, eu ajudei a fazê-la. Isabella é metade minha e metade sua.


- E é isso que a faz tão maravilhosa. – disse Lily.


Como se ouvisse a conversa, Isabella se remexeu no bercinho e começou a chorar, arrancando risadas deles. Sirius a pegou e entregou para Marlene.


Lily e James se afastaram. Ficaram abraçados observando a família que seus melhores amigos agora formavam.


Uma lágrima escorreu pela bochecha dela. Aquela cena despertava esperança, um sentimento que Lily conhecia bem. O nascimento de uma criança é algo tão puro que a fazia crer que nada é impossível. Se é possível dar à luz outra vida, um ato tão natural, mas tão divino, qualquer outra coisa é possível também.


Lily só precisaria olhar para o rostinho daquela menina para se lembrar disso.

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N/a: O CORO DE ALELUIA É OUVIDO! FINALMENTE CAPÍTULO 14 POSTADÍSSIMO! Depois de logo e tenebroso inverno (aqui nos EUA), eu consegui terminar o capítulo. Que é bem importante, diga-se de passagem, porque é o nascimento da Coisinha.

Que agora se chama Isabella, lembrem-se disso.

Eu amo o capítulo. Amo mesmo. E espero que vocês amem também, porque ele tem tanta coisa linda! Uma bebê linda, um pai lindo e uma mãe linda (Sirius S2 Marlene). Teve pouco de Lily e James, que são o casal principal, mas eu sei que vocês amam SM, então ninguém vai reclamar porque o capítulo foi focado muito mais neles. 

Ah, e Coisinha foi batizada de "Isabella" em homenagem a minha irmã do meio bela moony, a quem eu amo demais. Espero que você goste da sua xará, sis! Camilla e Anne Malfoy, não fiquem com ciúmes, já falei que vou incorporar características de vocês à personalidade da bebê. Amo vocês três.

Não vou me estender. Espero que vocês tenham gostado e comentem muuuuuuuito mesmo. Eu sei que demoro para escrever, então vocês vão ter bastante tempo pra se despedir de Colorful, mas, pelo meu planejamento final, faltam 3 capítulos para acabar, os quais eu espero terminar de escrever antes que a fic complete TRÊS anos em agosto. 

É isso. Comentem bastantão.

Amo cêis tudo aí.

Liv 

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Comentários (8)

  • Lana Silva

    Acho que agora vou começar a ler os capitulos da sua fanfic com um lencinho do lado porque assim não dá. Poxa o capitulo foi lindo demais e eu fiquei besta. Ahhhhhh Sirius , Marlene e Coisinha  ou Isabella  *-* muito lindos juntos, acho que é a melhor UA que li na vida cada capitulo mais emocinante que o outro *---------------------------*beijoos! 

    2012-07-25
  • Natti Black

    Caraaa, awwwwwwwnt que fofo*-* nem consigo falar muito, é muita fofura pra conseguir aguentar *-------*

    2012-04-04
  • Deb Rezende

    A primeira coisa que eu tenho a dizer é: Coisinha é uma danada de sortuda. Tem Sirius como pai e James como padrinho... Não existe, gente! Hahahaha. Amei o capítulo, Liv. Amei mesmo. Adoro capítuloso SM, mas não vejo a hora de ter AQUEEEEEELE capítulo JL. Lily não sabe o quanto é surtuda! Que pena que a fic tá chegando ao fim ): mas não vejo a hora de ler mais!! Beijo.

    2012-03-31
  • Chrys

    Capítulo liiiiindoooo!Tah de parabens!Mas naum demora mto pra postar, pq eu costumo esquecer oq acontece no ultimo capitulo e tenho que ler td de novo! =/Super beijo!!! 

    2012-03-30
  • Mari Barbosa

    Adorei! Que capítulo lindo! Mto especial !! 3 capítulos para o fim :( tipo OTH, dois espisódios :( haha! Você escreve muito bem Liv, com certeza vai ser uma jornalista foda! hehe beijos

    2012-03-30
  • bela moony.

    QUE LINNNNNNNNNNDO! Até porque NADA feio podia sair de Sirius e Marlene, não é ?! amei amei amei amei. E embora tenha demoraaaaaado valeu apena! Tô apaixonada pelo Sirius sendo esse paizão! E quero só ver quando vai ser a vez do James e da Lily *--*Eu também te amo demaaaaaais, e obrigada pela homenagem forçada HAHAHAHAé em vão maaas.... NÃO DEMORA :D 

    2012-03-29
  • Lívia G.

    AAAAAAAAAAAAAI, QUE COISA MAIS LINDA! GEEEEEEENTE, QUE PAI É ESSE? SIRIUS MARAVILHOSO!Amei amei amei, Liv.  Chorei demaaaaais na hora da gravação do nascimento. SM 4EVA S2.E não sei porque, mas em algumas partes eu me identifiquei com uma certa pessoa, mas ok :x TÁ LINDO LINDO LINDO! E aleluia MESMO! Já tô ansiosa pro próximo capítulo, só não tô tããão ansiosa porque tá ficando cada vez mais perto do fim, mimimi :(UMBJ, TE AMO! P.s: acho bom ter coisas minhas e da Anne na Bella também, mas tudo bem, eu não sou tão egoísta. CAMIRA LANCELLOTTI. 

    2012-03-29
  • Sah Espósito

    Heiiiii chorei muito taIsabella é lindo!!!continue, nao deixe demorar muito por favorbjs e aguardo

    2012-03-29
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