cap. 1



Hermione soltou do cavalo o mais rápido possível, olhando para a montaria como se olhar para um verme.


- Srta. Granger, a senhorita voltou – o responsável pelos cavalos chega tomando as rédeas do bicho – imagino que sua missão foi bem sucedida


- Não graças a esse cavalo – o olhar mortal fez o servo tremer – sacrifique-o


- Mas senhorita, e-ele é um bom cavalo.


- Ele se assustou com uma cobra!


- Ele ainda não tinha recebido o treinamento adequado – o homem tentou justificar – mas você pediu o cavalo mais rápido e...


- Não recebeu o treinamento adequado? Você me deu um cavalo sem treinamento?  - o homem tremeu, achando que ia molhar as calças – saia daqui antes que eu mande sacrificar você!


E por um momento Hermione pensou que o homem pudesse correr mais que o cavalo.


Suspirando, ela seguiu em direção aos estábulos, onde pretendia encontrar sua verdadeira montaria, e sorriu quando viu o garanhão negro confortavelmente sentado em uma das selas.


- Hey Aquiles – ela sorriu quando o animal levantou as orelhas ao som de sua voz e veio em sua direção trotando devagar, a cabeça baixa a procura de carinho que ela não se negou a dar. – como esta a pata garotão?


Como reposta o animal pisou no chão com força o que fez com que sorrisse.


Aquiles era o melhor cavalo da organização, seu cavalo, mas tinha machucado a pata um pouco antes da missão e não pode ir com ela, o que a fez refém daquele cavalo infernal. Quando Hermione contou sobre ele pro cavalo ele balançou a cabeça, como se desaprovasse e ela sorriu, antes de dar uma maça pro animal


- Mas agora você está bom, e vai me acompanhar em todas não é?


E ele sabia que ele ia quando o focinho molhado tocou sua bochecha carinhosamente


<hr>


- Harry pare, por favor!


Harry sorriu quando ao diminuir a velocidade viu seu amigo suspirar em alivio.


- Está ficando mole Ronald!         


- Tenho a mesma idade que você Harry, não sou eu que estou ficando mole, mas o velho Erroi não é mais o mesmo! – o ruivo disse acariciando o lombo do cansado cavalo.


Harry sorriu, sabendo que o amigo estava certo.


Ronald aproveitou a folga para descer da montaria e oferecer uma maça ao cavalo, vendo como o amigo fazia o mesmo com sua égua branca.


Edwiges era o xodó de Harry, não sabia o que o outro faria se algo acontecesse aquela égua.


Sorriu vendo como a égua puxava as vestes do outro com a boca, quase como uma mãe carinhosa e Harry ria com os cuidados, o riso fazendo todo seu corpo balançar.


Montou novamente e gritou para o amigo que poderiam ir


- De volta para casa Ronald? – Harry perguntou e o ruivo sabia que ele estava apenas zoando com sua cara.


- Sabe que eu adoraria retornar para os braços de minha querida esposa mais cedo, mas eu prometi que iríamos cavalgar então iremos cavalgar.


- Sempre mantendo sua palavra Ronald! – e dito isso Harry deu as costas e voltar a correr a toda velocidade, os longos cabelos negros chicoteando atrás dele.


<hr>


- Fiquei sabendo que a Granger voltou – Hermione ouviu a voz grossa de um membro da ordem comentar. Estava quase seguindo em frente quando ouviu o próximo.


- É, parece que ela consegui de novo, o que eu não entendo é como uma mulherzinha consegue cumprir a missão, ela devia ser uma criado, não uma guerreira.


- É, o Theodore está sempre alimentando o ego dela, dando-lhe missões perigosas, tratando-a como  uma igual. Eu soube que eles tem um caso, aposto que essa é a única razão dela ainda receber missões.


Aquilo era o suficiente! Batendo os pés ela entrou no corredor anunciando sua presença. Fato que nenhum dos outros assassinos da fraternidade gostavam dela, por ser uma mulher e ser boa no que fazia  afetavam o orgulho masculino deles, sabia que falavam mal dela quando a mesma não estava, mesmo que lhe cumprimentassem e sorrissem quando lhe viam, mas ainda assim ouvir os comentários ela mesma era revoltante e ela teve que se controlar para não cravar uma faca na carne daquele abusado.


- Srta. Granger, a senhorita voltou, soube que cumpriu sua missão, como sempre, meus parabéns – o primeiro homem lhe sorriu assim que a viu cruzar o corredor.


- A senhorita com certeza é a nossa melhor membro, espero que tenhamos uma oportunidade de trabalharmos junto – o segundo lhe disse e Mione usando de toda sua calma sorriu de volta.


- Espero que eu esteja morta antes que esse dia chegue  - e sem mais poder se controlar Hermione cuspiu na cara dos dois antes de seguir até seu quarto e bater a porta.


Bom, pelo menos eles ainda estavam vivos.


<hr>


Harry suspirou quando mais uma longa reunião com os conselheiros da nobreza acabou, deuses, como ele odiava aquelas reuniões, eram tediosas, longas e quase sempre não tinham resultado nenhum.


- Recomponha-se Harry – a voz gentil da rainha brincou quando todos os nobres já tinham saído, e Harry olhou para sua mãe que lhe sorria amavelmente e para seu primo, que atrás da rainha ria de sua cara.


- Impossível tia Lily, Harry preferiria ser espancado pela colher de pau da Winky a vir para essas reuniões! – Draco riu, destilando sarcasmo e Harry não pode fazer outra coisa se não revirar os olhos.


- E você as adora.


Ele afirmou vendo como seu primo parecia bem composto mesmo depois de quase três horas de reunião, a túnica cara estava sem nenhum amassado como se ele nunca tivesse se remexido na cadeira, o rosto pálido de traços aristocrático estava contorcido num sorriso de lado, o nariz empinado contrastando com o queixo fino, os olhos cor de tempestadade e o imensos cabelos platinados, tão grandes quanto os seus, o que era a marca da realeza, já que todos com sangue real faziam questão de manter os cabelos pelo menos na metade das costas, um modo de honrar os antepassados dinamarqueses, guerreiros firmes que assim como eles cultivavam os cabelos como uma amostra da força física, os de Draco que já alcançavam a cintura presos numa firme trança;


- Claro que as adoro, essas reuniões exalta os ânimos e faz os homens baixarem a guarda, me permitindo então descobrir suas fraquezas!


- O que me faz confirmar minhas suspeitas de que seria um rei melhor que eu, toma, eu lhe dou minha coroa se isso significar que eu não preciso mais vir para essas reuniões! – Harry disse, tirando a pequena coroa que o marcava como príncipe herdeiro e a estendendo a Draco, como que para confirmar suas palavras.


- Essa coroa deixou de ser minha há anos Harry, há 17 para ser mais especifico!


Há 17 anos, quando o rei Lucius morreu em batalha deixando sua coroa para o filho que na época tinha 4 anos, idade insuficiente para governar, e estando Hogwarts na época envolvida em uma guerra contra o reino de Durmstrong era perigoso demais por o governo nas mãos de regentes que poderiam muito bem ser espiões do reino rival, portanto a coroa passou a ser de James Potter de Hogwarts, o que tornou Harry, conseqüentemente o futuro rei.


- E é bom você parar de reclamar mocinho, você logo assumirá o trono e seu pai não gostaria de ver seu filho reclamando tanto assim! – a voz de Lilian o fez se encolher na cadeira, se tinha uma pessoa que Harry Potter, príncipe herdeiro, futuro rei de Hogwarts tinha medo, então esse alguém era a Rainha Lilian, o que só fez Draco quase se mijar nas calças tentando conter o riso.


- Ouviu bem mocinho? – ele murmurou quando Lilian já tinha ido embora.


Ah, como odiava aquela fuinha albina.


<hr>


- Mandou chamar Theodore? – Hermione entrou sem bater e sem se importar se deveria ter feito isso.


E o líder da Rosa Negra pareceu não se importar, já que apenas levantou o olhar dos papeis que lia para sorrir amavelmente para a morena que entrara na sala, levantando-se graciosamente com aquele jeito que fazia muitos duvidarem que era realmente um guerreiro Theodore foi ate Hermione, enlaçando-lhe a cintura com os braços e juntando seus lábios aos dela num beijo calmo em que Mione não conseguiu manter-se indiferente.


- Linda, como sempre! – ele sussurrou em seu ouvido após encerrar o beijo e Hermione suspirou – deveria lhe presentear com mais roupas ciganas, fica linda nelas.


- Minha mãe foi uma cigana, e eu não gosto das roupas pesadas que as mulheres usam, por isso usar as roupas de meu povo me faz duplamente mais livre, não as visto para me embelezar para você!


- Magoa meus sentimentos dessa jeito minha bela.


- Que sentimento Theo? O desejo ou a luxuria? – e embora esse comentário pudesse ter irritado outro homem, só fez o outro rir.


- Sua língua é tão afiada quando sua espada Hermione.


- O que você quer comigo Theodore?


- Tenho uma missão para você minha bela – ele disse sentando-se novamente em sua cadeira – sei que faz pouco que chegou, mas só posso confiar esta a você.


- O que tenho que fazer?


Aquele assunto era bom, falar sobre missões mantinham as mãos habilidosas de Theodorelonge de seu corpo e a tentação que elas exerciam bem afastadas.


- Talvez a maior missão de sua vida minha bela!


- Quem?


- O príncipe herdeiro! Mate Harry Potter!


 


 


 


 


 

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