CAPÍTULOS 26 E 27



CAPÍTULO 26: ANJO LOIRO
Sinto-me muito nervosa... Hoje à noite ocorrerá o nosso primeiro show. Meu e de Cedrico. Draco percebeu que eu estava inquieta enquanto estávamos na estufa de plantas mágicas, que havia se tornado nosso ponto de encontro. Detalhe: ELE era a pessoa que também visitava as plantas de lá e pedia conselhos.
Estávamos assistindo o pôr-do-sol. Ele estava sentado no chão com as costas no carvalho. Eu estava com a cabeça em seu peito abraçando-o e ele também me envolvia com os braços e fazia um cafuné tão bom...
Eu deveria estar relaxada, certo? Errado. As borboletas em meu estômago voavam alegremente.
— Muito bem, — ele se sentou fazendo com que eu me sentasse ao seu lado — O que está acontecendo? O que você tem?
— Eu? Nada... — respondi sem fitá-lo.
— Sei... A mim você não engana. — ele segurou meu queixo docemente e olhou fundo em meus olhos. Esse olhar me lembrou daquela vez que quis matar a Gina porque ela havia me inscrito para o time de Quadribol e ele olhou fundo em meus olhos dessa mesma maneira. — Vamos, se abra comigo...
— É só um provão de Poções... E... Os treinos de Quadribol estão me deixando sem tempo de estudar...
— Hmm... Garanto que isso não será problema para a aluna mais inteligente de Hogwarts... Não precisa se preocupar. — sorrimos e ele me beijou. Parou no meio. — Aliás, quem mandou ser uma artilheira excelente? — e me puxou para mais um beijo enlouquecedor. Logo após, estávamos rolando uma pequena colina beijando-nos. Quando paramos de rolar, ele estava deitado e eu deitada em cima dele.
— Meu Merlin. Somos loucos mesmo. — disse sorrindo para ele que estava muito feliz, pelo jeito.
— Eu sou louco por você, pelo seu jeitinho, por amor... — e me puxou para um beijo calmo e doce, que poderia durar uma eternidade. Até eu me lembrar que havia trazido minha câmara fotográfica digital (presente de Charlie ;D).
— O que é isso? Que bicho mais esquisito, Hermione — falou ele curioso enquanto eu ligava a máquina.
— Não é bicho nenhum...
— Então é uma maquina trouxa feita para matar! Corre! — gritou ele saindo correndo colina acima, me puxando e fazendo com que eu soltasse o meu presente. Sorte que as plantas do local estavam presas em um tempo espaço longe daqui...
— Draco, pára! Não é máquina mortífera nenhuma! É uma câmara fotográfica!
— Fotos? O que estamos esperando? — disse ele mudando de assustado para radiante. Ele estava acostumado com aqueles trambolhos pré-históricos que o Profeta Diário usa... Ele me puxou de volta para o local onde a câmara se encontrava. Esqueci de dizer uma das características mais importantes do meu namorado (vem logo abaixo de gostoso, lindo, maravilhoso, perfeito, egocêntrico): fotogênico. Ele ama tirar fotos e sai bem em todas.
Com alguns ajustes mágicos, conseguimos com que o objeto tirasse foto sozinho. Draco se meteu no meio do feitiço e o negócio ficou louco e começou a tirar fotos sem parar da gente. Quase o esgoelei. Tenho certeza de que saíram algumas fotos com eu dando tapas nele e com as mãos em seu pescoço, mas isso não vem ao caso...
Fizemos caras e bocas. Tiramos fotos de cabeça para baixo, abraçados, beijando, em pé, sentados, deitados, sorrindo, sérios, fazendo caretas... A que eu mais gostei foi uma que estávamos sentados na grama, sorrindo. Eu estava sentada de lado, ele atrás de mim, me abraçando a cintura, com o queixo em meu pescoço.
— Pronto. Chega — disse ele beijando meu pescoço. — Me deixe aproveitar mais a minha namorada...
— Ah é? E quem é a sua namorada? Ela não pode nos ver juntos... — brinquei.
— É mesmo. Ninguém pode nos ver. Mas, respondendo a sua pergunta, ela é Hermione Jane Granger, conhece?
— Não sei... Não é aquela CDF metida a Sabe-tudo da Grifinória?
— É... Mas ela é linda, carinhosa, inteligente, cheirosa, amorosa e muito insuportável e ciumenta. Mas eu amo ela mais que tudo.
— É mesmo? Sou tão ciumenta assim? Aliás, você viu o meu namorado?
— Não vi não... Aquele loiro metido, superior, lindo, gostoso, maravilhoso, perfeito, carinhoso, amoroso e gatão da Sonserina?
— Esqueceu do convencido... — disse rindo me levantando e estendendo a mão para ele, que me olhou maliciosamente sorrindo torto. Ele me puxou para seu colo e, antes de eu conseguir ter qualquer reação, me beijou com fervor. Eu já estava com as pernas em volta dos quadris dele, as mãos em sua nuca. Uma mão dele estava em minha cintura, e a outra em minha coxa. Sorte que ninguém estava vendo...
Merlin, como eu tenho sorte... Esse anjo loiro caiu do céu para iluminar aminha vida, me tirar do escuro e me fazer feliz. Até o meu nervosismo foi embora...


CAPÍTULO 27: O SHOW
A multidão lá fora era enorme e vibrou quando Charlie entrou no palco e começou a falar uma introdução desculpando-se pela demora e mais um monte de baboseiras. Ainda não acredito que vendemos mais de 15 milhões de exemplares em duas semanas!
Eu estava com a respiração ofegante... Sabia que havia treinado e sabia a coreografia perfeitamente até de trás para frente, mas, e se eu me esquecesse ou errasse um passo? Charlie disse para mim e Cedrico que, como não tínhamos prática com o palco, era melhor que dançássemos a coreografia feita por John. Estou começando a achar que John não é normal... O cara é multiuso!
— Relaxe... — falou meu irmão fazendo massagem meus ombros.
— Para você é fácil falar...
— Calma...
—... E são eles, as novas estrelas do pop do mundo bruxo: Emma Watson e Robert Pattinson!
Meu irmão entrou do outro lado do palco. Como ele havia conseguido fazer isso, é um mistério para mim. Ele estava lindo com aquela calça jeans e a camisa verde abacate, apesar da cor ser jeca, os desenhos em azul marinho compensavam um pouco. A multidão foi à loucura quando ele sorriu.
Minha blusa justa prata reluzia, mesmo sem a luz em cima de mim. Além da blusa, eu vestia um shortinho curto até demais (vou ter um papo sério com John depois...) e um All Star escuro.
Mal pisei no palco e o povão vibrou. Não sabia quem estava mais animada, a multidão ou a Gina na primeira fileira que estava gravando e até chorando. Fala sério. Emotiva... Voltando ao meu pânico: minhas pernas estavam bambas e meu coração parecia que iria sair pela minha boca a qualquer momento.
Ai socorro! Começou a tocar “What dreams are made of”!
— “Have you ever seen such a beautiful night?” — Aaaaaaaaaah. É a minha vez! Jesus! Merlin! Morgana! Alguém me ajude! Tudo bem, tudo bem. Mantenha a calma. Vamos lá, não é tão difícil...
— “I could almost kiss the stars for shining so bright” — consegui! Consegui! Festa!
Depois de terminar a música, Cedrico se virou para o público:
— Obrigado a todos! Estou muito feliz de estar aqui agora em Londres. Nos desculpe pela demora, mas é que alguém — ele se virou para mim — estava muito nervosa.
— Esse alguém tem nome e não era só eu não...
Prosseguimos o show. Tínhamos uma pausa de, no máximo, 5min para beber água e descansar. Estava tudo muito bem, obrigada, até chegar a hora de eu cantar os meus solos. Cedrico estava no fim de “Just a little girl”. Os dançarinos (devo admitir, de um corpo perfeito... Se não fosse por Draco... Mas o meu lindão é mais gostoso que eles...) estavam em volta de mim, falando algo que eu não prestava atenção.
Respira, Hermione, respira... Cedrico terminou a música. Calma... Finja que está no teatro e encarne no personagem... Isso é meia verdade, já que meu nome é Hermione Jane Granger... Eu acho.
A batida de “Crank it up” começou a me envolver. Os dançarinos entraram em cena rapidamente. Eu perdi mesmo o medo do palco logo que entrei nele... E isso ocorreu com o resto do show.
...
Eram 1h30min da manhã de domingo. Todo o show havia ocorrido como o planejado. Meus pés doíam e eu estava morrendo de sono. Gina e eu estávamos caminhando (leia-se: eu me arrastando e ela saltitando) para o dormitório.
— Mi-o-ne! Que show mara! Você estava per-fei-ta! Não sabia que cantava tão bem.
— Obrigada, nem eu. Também não sei de onde você ainda tira energia para ficar dando pulinhos assim...
— Mas o que é isso? — nos viramos para trás. Era Cho. — Hermione? É você? — e agora? O que eu faço? Digo sim, ignoro, jogo uma azaração nela, a espanco, peço perdão por tê-la xingado mentalmente, a xingo...? Houve um blackout produzido por mim, mas isso não vem ao caso. Sabia que ela tinha medo do escuro.
Tomei a mão de Gina e corri o máximo que pude para longe daquele local. Eu já sabia o caminho até o Salão Comunal da Grifinória de cor e salteado que poderia até fazer de olhos fechados. Como estava escuro, foi quase a mesma coisa. Estávamos na frente do retrato da Mulher Gorda quando aquela gata maldita do Filch apareceu.
— Tem alguém aqui, querida? — uma voz não muito longe perguntou. Obviamente era do zelador. Dissemos a senha e entramos voando para dentro da nossa tão adorada Sala Comunal...
Finalmente pudemos ir dormir. Gina dormiu no meu quarto naquela noite, já que a minha cama tinha uma cama extra em baixo. Só sei que ficamos conversando no escuro por um bom tempo, apesar de estarmos mortas...

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