CAPÍTULO 48



CAPÍTULO 48: O JOGO
— Eu ainda te mato, Harry Thiago Potter. — disse com um olhar mortífero sobre o apanhador da Lufa-lufa, para não fazer isso sobre o idiota do meu amigo. Cedrico riu ao ver meu olhar apesar de estar com um pouco de medo.
— Ah, que isso, Mione? É só um jogo... — já disse que odeio esse jeito relaxado dele?
— Só um jogo? — irritada o encarei. — Só um jogo! Então por que você teve que contar tudo para a McGonnagle? “Professora, a senhora sabe o quão importante essa partida é para mim e para o resto do time, mas não podemos sem a Mione...” — imitei-o com voz de falsete.
A goles foi lançada e aquela porcaria finalmente começou. Fiz menção de ir agarrá-la com unhas e dentes, mas ao contrário do que meu querido amigo pensou que eu fosse fazer, simplesmente recuei e posicionei-me ao lado de Olívio que me olhou incrédulo.
— Hermione, essa a sua chance de ganhar esse jogo. Muitos grifinórios apostaram em você.
— Ai, Olívio, eu não estou no meu melhor humor. Eu nem queria estar aqui...
— Mas não é por isso que você vai ficar aqui do meu lado parada, né?
— Bem... Era isso que eu estava pensando em fazer. Sabe, o Harry é um idiota e...
— Cuidado! — advertiu ele. Virei-me e só tive tempo de ver um garoto loiro, pálido, de lábios cheios e olhar agressivo, como um jogador de hóquei. Fiquei estática dando um meio sorriso simpático e superior. Pra cima de mim é que ele não viria. Por mais que tenha querido arremessar para o gol mais de perto, foi forçado e parar e ficar com o braço erguido com a goles na mão e uma cara de “não vai sair da minha frente?”. Encarei-o em tom de desafio, tomei a goles de suas mãos e joguei por cima de sua marcação idiota para Gina, que marcaria 10 pontos mais cedo ou mais tarde. Zacarias Smith, o brutamonte artilheiro da Lufa-lufa saiu bufando dali.
— Como eu ia dizendo, o Harry é o maior idiota que eu já vi na vida. — voltei-me docemente para o goleiro amável ao meu lado.
— O que ele fez?
— Ele simplesmente não me avisa dos jogos e exige que eu compareça a todos com a maior boa vontade do mundo! Eu devo ter grudado chiclete na tumba de Merlin mesmo!
— Mas Hermione, desculpe-me, mas é verdade. Você nunca vai aos treinos e não está nem aí para o Quadribol. Por que se inscreveu?
— Eu não me inscrevi! — nessa hora, Olivio impediu mais um gol. — A Gina me inscreveu sem eu saber e a McGonnagle teve um surto mental e me colocou no time!
— Então, você continua odiando Quadribol?
— É óbvio!
— Hmm... Mas, sabe, muitos apostaram em você hoje. Acho que isso não seria legal da sua parte se você ficasse o jogo inteiro sem fazer nada... — suspirei derrotada.
— Ok, Olivio. Você venceu. Eu vou jogar só porque você é o melhor capitão que a Grifinória já teve e psicólogo durante os jogos do mundo. — dei uma piscadela e ele sorriu envergonhado. — Só vou esperar o momento certo... — depois disso eu só fiquei observando o jogo por um bom tempo.
— Todos os jogadores estão se empenhando muito e qualquer coisa para fazer pontos e ganhar é agarrado com unhas e dentes! Mas o que é isso? Hermione Granger não está jogando? Ela está ao lado do goleiro Wood CONVERSANDO? Será que esse, senhoras e senhores, será o mais novo casal de Hogwarts? Que lindo... MAS SERÁ QUE DÁ PRA DEIXAR DE CORPO MOLE E MARCAR PONTOS PARA GANHAR ESSA COISA? Er... Desculpe, professora. Isso não acontecerá novamente.
Por incrível que pareça, eu não estou fulminando de raiva do Lino Jordan (finalmente lembrei o nome dele!). Até ri da cara dele. Está mais nervoso do que qualquer um aqui. Eu até o agradeço por estar mais animado do que eu nessa partida...
— O momento é agora. — disse para Olívio sorrindo ao ver Cadwallader, um artilheiro da Lufa-lufa moreno de olhos castanhos e que parecia ter engolindo um armário, se aproximar ferozmente com a posse da goles. — Veja e aprenda, caro capitão.
— E Cadwallader tem a posse da goles. Ele se aproxima cada vez mais dos aros! Podemos ver toda a tensão de Olívio Wood para defender esse gol. A propósito, o placar está 150 a 90 para a Lufa-lufa. Os artilheiros da Grifinória não estão dando conta de virar o jogo. PELO AMOR DE MERLIN E A DEVOÇÃO QUE VOCÊ TEM A ELE, GRANGER, DEIXE DE PAPO E MOSTRE O QUE VOCÊ SABE NESSE CAMPO DE QUADRIBOL! Ahn... Desculpe, professora McGonnagle. Foi sem querer... — fitei Lino e mostrei um dedo bem feio pra ele com um sorriso desafiador.
Eu praticamente me joguei na frente de Cadwallader com uma feição doce e um sorriso que sempre dou depois de terminar um show, que os paparazzi idiotas tanto fotografam e comentam. Quando vi, já estava com a goles na mão formando a típica Formação Cabeça-de-Falcão do Quadribol. Eu no meio, Gina a minha esquerda e Cátia Bell a minha direita. Com o impulso, eu arremessaria a goles e seria difícil o goleiro defendê-la. Meu braço direito já estava pegando força, mas ao tentar arremessar a bola, senti uma dor extremamente forte pulsou e coincidentemente no lugar da mordida de James. Dei um grito e a goles caiu. Curvei-me sobre meu braço com uma expressão de dor.
— E onde foi parar aquele gol espetacular de Grifinória? O que está acontecendo com Hermione Granger? Harry Potter, o grande salvador da pátria, o herói do mundo bruxo, o Menino-Que-Sobreviveu, o grande apanhador, o... Ok, Professora. Não precisa me olhar com essa cara. Eu já entendi. Mas voltando, o apanhador da Grifinória está indo prestar socorro a nossa artilheira favorita. — a torcida foi literalmente a loucura, gritando até não poder mais.
— Mione, o que foi? Você está bem? — preocupado como sempre, Harry já estava ao meu lado. Apenas assenti com a cabeça.
— Não se preocupe. Foi só uma câimbra... GINA! — gritei para minha amiga indo em sua direção. O jogo já estava dando continuidade. Eu conhecia aquela dor. Disso eu tinha certeza.
— Mione, o que houve? Está tudo bem? — as lágrimas não eram mais seguradas por mim. Tirei a mão de cima do meu antebraço direito e arregacei a manga do mesmo, deixando à mostra a ferida totalmente ensangüentada. Ela levou uma mão à boca. — Mione! O que isso quer dizer?
— Não sei, Gina. Da outra vez que isso aconteceu, fiquei sabendo da morte de Edward. Tenho medo de que coisas horríveis ocorram novamente. Estou morrendo de medo, Gi. Não quero que nada de ruim aconteça.
— Calma, Mi. Vai dar tudo certo. — consolou-me ela enquanto me abraçava e eu colocava a manga de volta no lugar. — HARRY! — chamou ela. — Me dê a sua proteção do braço. Vamos! Rápido se quiser voltar e pegar o pomo! Ótimo. Agora pode ir.
— Sim, senhora Weasley! — brincou, o que a fez dar um pequeno sorriso.
— Coloque isso, Mione. E não adianta fazer caras e bocas ou dar mil desculpas para não usar que não adiantará absolutamente nada. — às vezes Gina parece tanto com a Sra. Weasley... — A menos que queira sair do jogo. — adicionou.
— Não. Pode me dar. É melhor assim. Fazer pressão no local ameniza a dor. O problema é que esse troço ficará todo ensangüentado e os odores não sairão fácil desse couro. Vai ficar fedendo.
— Dê a Harry um novo de Natal. O que importa agora é você melhorar e se recompor...
— Granger! Granger! Granger! Granger! Granger! Granger! Granger! — a Grifinória gritava loucamente o meu sobrenome, torcendo pela nossa casa ganhar o jogo. Um sorriso crispou nos lábios da ruiva, que completou sua frase:
—... Porque nós temos um jogo para ganhar.
Assenti com a cabeça enquanto apertava fortemente as cordas da proteção em meu braço.
— E parece que Hermione Granger está pronta para voltar ao jogo com tudo. E tudo mesmo; tudo de elegância, tudo de estilo, tudo de força de vontade, tudo de beleza, tudo de gostosu... Não, Professora! Desculpe-me! É a última vez! E parece que esse tudo não ficou para trás! Ela acabou de marcar mais 10 pontos para a Grifinória. Lufa-lufa na frente da Grifinória por 150 a 100.
O jogo transcendeu por mais 2 horas. Eu não agüentava mais voar de um lado para o outro feito uma barata tonta e dar sorrisos aos jogadores adversários só para obter a posse da goles. Aliás, nem a goles eu agüentava carregar por muito tempo (sempre passava para o artilheiro mais próximo e recebendo de volta pra fazer os pontos). Ela parecia tão pesada... Harry chegava a me tontear só de ver. Como é que ele consegue voar de um lado para o outro o tempo todo? Só gostando muito mesmo para fazer isso...
— E os Grifinórios estão agora com uma vantagem de — Lino bocejou. — desculpe... Vantagem de 70 pontos com 460 a 390. Mas parece que os apanhadores não estão de brincadeira. Diggory e Potter estão atrás do Pomo de Ouro, senhoras e senhores. Finalmente, seu bando de lesmas! Todo mundo vai acabar dormindo se demorarem demais e... Foi mau, Professora. Eu prometo que essa foi a — mais um bocejo. — a última. Ok, então a vez passada foi a última! E é isso que meus olhos estão enxergando? Diggory acaba de capturar o Pomo de Ouro com agilidade! Lufa-lufa venceu.
Todos da casa campeã vibraram até não poderem mais. Meu irmão mantinha um sorriso vitorioso no rosto.
— Festa no Salão Comunal da Lufa-lufa! — anunciou e todos comemoraram ainda mais. Passaram reto pelo nosso time e de nariz empinado ainda por cima! Bando de veados! Orgulhosos! Filhos da... Acho melhor parar.
Tentei cumprimentar Cadwallader que era o último, mas ele quase me atropelou. Meu irmão nem olhou na minha cara. Isso me irritou profundamente.
Andei até ele decidida. Cedrico fingia que não me via (até aprece que sou tão baixinha assim) e bloqueava seus pensamentos.
— Até quando vai fingir que não me viu?
— Até você dizer o que quer. — respondeu frio.
— Vai continuar me tratando desse jeito? — ele não me fitou. — Olha, eu só vim até aqui para...
— Para quê? Me xingar porque eu não deixei que o seu precioso amiguinho ganhasse o jogo? Já vou avisando que perderá seu tempo. Eu ganhei esse jogo por uma questão de honra, como meu possível último jogo antes de sair da escola. Agora não mais, mas o último jogo contra a Grifinória. — Cedrico nunca fora tão grosso comigo quanto agora. Confusa gaguejei:
— E-eu não ia falar isso... — ele deu um riso seco e sem humor, que me lembrou muito o Draco Malfoy que eu pensei que fosse durante 3 anos.
— Então ia falar o que? Que eu fui desonesto ao pegar o prometido Pomo de Ouro do Potter?
— P-pensei que vocês fossem amigos... E eu tam-também não ia dizer isso – eu já estava com a visão borrada por causa das lágrimas que eu teimava em não deixá-las cair. – Eu só ia te dar os parabéns por ter jogado tão bem, mas vejo que me enganei ao tentar vir falar contigo. Você mudou muito desde a Segunda Tarefa e acho que foi um erro algum dia ter depositado tanta confiança em ti e sentir tanto a sua falta como sinto agora. Pode voltar para a sua posição de Capitão-Salvador-da-Lufa-lufa-Completamente-Arrogante-e-Frio que tomou o lugar do meu irmão. — antes de girar os calcanhares, deixei uma maldita lágrima escapar, que foi captada pelos olhos dele com certeza.
Enquanto andava decidida até o castelo para me enfornar em meu quarto e chorar rios de lágrimas pude ouvir meu nome sendo chamado. A voz provinha do meu irmão que provavelmente estava parado ainda absorvendo minhas palavras. Deixei mais uma pequena lágrima escorrer pelo meu rosto, sendo limpa rapidamente pelo meu dedão. Eu não daria o gostinho de nenhum dos sonserinos, que me observavam, me verem chorando. Uma risada feminina seca e meio descontrolada cortou minha linha de pensamento orgulhoso em relação àquela casa.
— O que foi, Mionezinha? Inconformada por ter perdido um joguinho contra a Lufa-lufa? — já deu para adivinhar quem era que me provocava: Pansy (Vadia) Parkninson. Ela estava no meio do grupo de sonserinos em baixo de uma macieira grande cheia de frutas. Isso nem me incomodou. O que me deixou realmente com raiva foi vê-la praticamente no colo do Draco, que parecia não se importar nem um pouco com a situação.
— Não, Parkninson. Eu comemoro vitórias, mas admito e aprendo com minhas derrotas, ao contrário de você. Aliás, não foi o meu time que perdeu para a Grifinória, não é? — rebati após respirar fundo.
Ela franziu o cenho em surpresa com a minha resposta. Ela realmente esperava que eu fosse ficar atingida com os comentários fúteis dela? Aquilo não me afetou em nada. Antes de continuar meu caminho, lancei um olhar discreto que transmitia surpresa e mágoa para Draco, que ao recebê-lo remexeu-se desconfortável.
Fui direto para o Salão Comunal da Grifinória derramando vez que outra alguma lágrima, limpando-a rapidamente antes que alguém pudesse perceber. Ao chegar ao meu destino, encontrei Harry sentado em uma poltrona completamente desolado e o time todo além de muitos estudantes da minha casa em volta consolando-o.
No momento em que a porta se fechou, provocando um ruído baixo, mas audível, todos viraram na minha direção. Alguns me fitavam com desespero como se eu pudesse fazer uma mágica e fazer com que a Grifinória ter ganho o jogo, outros com raiva por eu ter só começado a jogar na metade da partida e muitos me olhavam com uma expressão de pena, como se eu fosse morrer ou sofrer.
Ignorando todos esses olhares fixos em mim, atravessei o Salão e comecei a subir as escadas ainda sentindo todos os mesmos em minhas costas. A voz do meu melhor amigo me fez parar bruscamente:
— A culpa é sua, Hermione. Espero que saiba disso. — virei tentando manter-me calma.
— Minha culpa? Agora a culpa é minha? A culpa é minha por termos perdido o jogo? Até onde eu sei a minha posição é artilheira e não apanhadora. Não te culpo por não termos ganhado, mas é injusto você por a culpa em mim.
— Se VOCÊ não fizesse corpo mole e ficasse NAMORANDO o Olívio em PLENO JOGO, teríamos ganhado!
— Se você não sabe, eu estava DESABAFANDO com ele SOBRE VOCÊ! VOCÊ que foi fazer FOFOCA PRA MCGONNAGLE que eu não participaria desse jogo idiota SABENDO QUE EU ACHO QUADRIBOL UMA VERDADEIRA PORCARIA! — à essa altura, já estávamos de pé há um metro de distância gritando um com o outro. Após a minha confissão sobre o que eu penso de Quadribol não mudou, vários “oh’s” foram ouvidos da nossa “platéia” grifinória.
— É a minha OBRIGAÇÃO COMO CAPITÃO relatar à Professora McGonnagle AS DESOBEDIÊNCIAS DE CERTOS ATLETAS.
— DESOBEDIÊNCIAS DE CERTOS ATLETAS? Então por que VOCÊ não olha para o PRÓPRIO UMBIGO e se lembre de que a qualquer momento minhas tarefas de casa podem sumir dos seus olhos e não poderá mais copiá-los COMO VOCÊ SEMPRE FAZ, O QUE PROVA A SUA DESOBEDIÊNCIA ou JOGA SOZINHO os MALDITOS JOGOS?
— Está me ameaçado? VOCÊ ESTÁ FAZENDO ISSO MESMO? TENHA UM POUCO DE CONSIDERAÇÃO PELOS VELHOS TEMPOS E PELA NOSSA AMIZADE!
— EU NÃO ESTOU TE AMEAÇADO! QUEM DEVERIA TER UM PINGO DE CONSIDERAÇÃO PELOS VELHOS TEMPOS E PELA NOSSA AMIZADE É VOCÊ! EU NÃO FICO CHANTAGEANDO MEUS AMIGOS A JOGAR NO TIME “PRECIOSO” DO MENINO-QUE-SOBREVIVEU! QUER SABER, POTTER? EU ESTOU CANSADA, COM MUITA COISA NA CABEÇA E NÃO VOU FICAR AQUI PERDENDO MEU TEMPO DISCUTINDO BOBAGENS CONTIGO! – voltei para a escadaria.
— Isso, vai lá se arrumar e se esconder nos braços do Krum! Ah não, ele te largou porque soube que você o traia com o Diggory e bota chifres nele com o Wood, como uma vadia. — respondeu com uma risada sarcástica, que durou pouco, pois eu dei um tapa estalado naquilo que ele chama de rosto.
— Nunca... Mais... Fale nada que você não sabe... — voltei para o meu antigo caminho sem olhar para trás ou ouvir as reclamações e protestos do garoto que eu pensei que algum dia pudesse me entender o tempo todo e nunca ficar contra mim.
Ao chegar ao meu quarto, me desmanchei em lágrimas. Durante o banho, pensei que todas as minhas preocupações poderiam ir embora, mas me enganei. De uma coisa eu estava convicta: já eram 7:30 e eu precisava urgentemente de um banho de salão. Sabia que o pessoal estaria lá a minha disposição. Não deixaria aquela discussão me afetar. Por isso, tratei logo de escolher uma roupa para ir ao estúdio.
Como estava meio fresquinho, resolvi ficar com minha calça colada de couro, uma blusa justa de manga comprida branca, sandália de tiras grossas e minha jaqueta jeans cor de ameixa. Cabelos em um rabo-de-cavalo mal arrumado propositalmente. Desci de cabeça erguida falando com Charlie através do celular.
Alô?
Alô, Charlie. Posso ir aí agora?
Mas é claro, minha diva. Estaremos te esperando.
— Beijos. – ao desligar, percebi que muito provavelmente o pessoal do Salão Principal escutou a minha última fala. Fingi que não tinha ninguém e fui decididamente até a saída.
Harry me xingava de tudo quanto era nome, mas eu nem dei bola. Como se nada tivesse acontecido, saí pela porta fazendo questão de batê-la forte causando um estrondo alto.

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