Capitulo 11



Capitulo 11


Narrado por Hugo


so many times i'm watching you
(Muitas vezes eu estou observando você)
and now i fell in love with you
(e agora eu me apaixonei por você)
so many times, so many times…
(Muitas vezes, muitas vezes…)


Encarei novamente a pista de dança, ela estava lá dançando sensualmente, com aquele rostinho infantil que sabia ser demoníaco quando queria. Suspirei pela zilhezima vez naquela noite. Bebi mais um pouco do meu ice e a observei, eu não parecia ser o único a babar por ela, a acompanhante “perfeita”. Pareço um idiota a admirando, eu sei, mas não consigo evitar. Alias, como deixei ela me convencer a vir a essa festa mesmo? Ae ela usou todo o seu charme para cima de mim.


Ouvi o som da campanhinha pela terceira vez, será que ninguém vai atender? Levantei relutante e segui em direção a porta a abrindo de muito mau humor, seja que for eu não estava com paciência para atuar de (esqueci o nome) hoje.


A encarei, ela estava apoiada a porta, linda como sempre com um sorriso sapeca no rosto me encarando, levantei minha sobrancelha para ela, eu não conversava com ela a o que umas três semanas? Afinal de contas estávamos de mal não é? Ou pelo menos foi o que ela deu a entender e foi como eu decidi seguir a diante.


“Minha irmã não esta.” Disse a ela secamente.


“Eu não vim falar com ela.” Ela simplesmente respondeu.


“Com quem então?” Eu perguntei, ta eu sei que só poderia ser comigo, mas eu estava com raiva de mais para responder a ela direito.


“Talvez com a sua lareira.” Ela respondeu irônica afastando levemente meu corpo com sua pequena mão e entrou sem pedir licença. “Depois de semanas sem falar comigo e assim que você me trata?”


Rolei meus olhos, fechei a porta e me joguei no sofá. Ela deveria estar de brincadeira comigo, ela que começou tudo e agora ta aqui fingindo que nada aconteceu. Você quer jogar, então vamos jogar.


“Desculpe, não foi educado de minha parte.” Eu falei irônico e dei um sorriso falso. “Como vai a vida? Ganhando muitas detenções? E suas férias como estão?” Não a deixei responder nenhuma das perguntas. “Pare de ser falsa. O que você realmente quer?”


 “Hugo deixa de ser mimado, eu não posso só querer meu melhor amigo de volta?” Ela perguntou sorrindo, um sorriso normal, sem sua incrível ironia.


“Querer pode, ter já e outro departamento.” Eu respondi cruzando os braços.


“Vamos lá, eu senti sua falta, e sei que sentiu a minha também.” Ela se acha não?


“Não esta se achando de mais não?”


“Eu poderia entrar numa briga que ia durar horas com você e finalmente eu te convenceria que eu estou certa, mas eu não vi aqui para ter mais uma discussão, eu quero meu amigo de volta.” Ela falou dando um sorriso tímido e seguindo para perto de mim. “Será que eu posso ter ele de volta?”


 “Não sei, talvez ele precise de um pedido melhor de desculpas.” Eu respondi sabendo que ela era orgulhosa de mais para fazer isso.


Ela fechou os olhos e começou a respirar rápido. “Ok...” ela começou “Eu realmente... não acredito que vou dizer isso, você ta me fazendo implorar... ai que raiva...” Ela sussurrava frases desconexas. “Certo eu consigo.” Ela abriu os olhos, aqueles tão perfeitos olhos me encararam profundamente. “Eu sinto muito se te fiz sofrer, sinto mesmo, mas apesar de tudo eu sinto muito sua falta e eu realmente quero e preciso do meu amigo de volta.”


Ela terminou e eu a fiquei encarando. Não acredito que ela passou por cima de seu orgulho. Levantei e segui para perto dela, a abracei e alisei seus cabelos.


“Você nunca vai me perder, você e minha melhor amiga, e não importa o que aconteça nada vai mudar isso, ok?” Eu sussurrei para ela.


Ela não me respondeu, mas pude sentir ela me abraçando e ouvi o riso dela. Ficamos uns minutos assim antes dela recupera a voz e começar a praticamente saltitar em meus braços.


“Ótimo porque tem uma festa sexta e eu quero que você vá, afinal de contas a festa não seria a mesma sem você.” Ela já disse me afastando um pouco.


 


You go out every night
(Você sai todas as noites)
tryin' to find the perfect love
(Tentando encontrar o amor perfeito)


 


“EU SABIA” Eu gritei para ela. “Você sempre vem com segundas intenções.” Comprimi meus olhos para ela.


“Ei eu vim aqui com as melhores das intenções a festa e só uma consequência dela.” Ela disse fazendo carinha de santa a qual eu realmente não acreditava.


“Eu não vou.” Já fui logo respondendo.


“A qual é? Vamos vai.” Ela falou manhosa. “Para comemorar nossa amizade vai...” Ela falou, quer apostar quanto que agora ela vai fazer carinha do gatinho do Sherek? Ai ela fez, e eu por mais que tente não resisto a essa carinha dela.


“Ta bom.” Eu concordei cansado. Ela começou a pular e a gritar. “Calma eu não quero ficar surdo.”


“Ok então.” Ela falou contente. “Então você e a Rose me pegam na sexta as 8h lá em casa.” Ela falou já seguindo para a porta.


“Como assim eu e a Rose?” Eu perguntei, mas ela já estava desaparecendo pela porta.


E foi assim que cheguei aqui. Ai você pergunta onde estar a minha irmã? E eu respondo: Bem que eu queria saber. Ela quando chegou aqui disse que ia pegar uma bebida e simplesmente desapareceu na multidão e eu não consegui achar ela ate agora, e eu tenho o péssimo pressentimento que tem dedo de sonserino nisso.


Suspirei novamente e voltei meus olhos para pista de dança, amaldiçoando por ela conseguir mexer tanto com os meus sentimentos.


Mas quer saber eu e que não vou ficar chupando dedo aqui. Caminhei ate a loira mais próxima que encontrei.


-Oi. – Falei já jogando meu charme. – Ta sozinha aqui?


 


Narrado por Rose


Assim que cheguei na festa sumi do campo de visão de Hugo, não podia da a oportunidade dele grudar em mim, então digamos que eu meio que fugi, fui para um canto mais afastado da festa, onde havia poucas pessoas e que dava para ouvir meu pensamento já que a musica estava muito alta.


Passei alguns minutos olhando para o nada, quando do nada...


-Buuuu – Alguém gritou no meu ouvido.


Voltei meus olhos rapidamente para trás encarando um loiro com os cabelos totalmente bagunçados, e um enorme sorriso no rosto me encarando. O vislumbrei inda no susto e percebi que ele estava vestido com uma calça jeans escura, uma camiseta branca e um casaco da mesma cor da calça.


Por instinto coloquei minha mão na direção do meu coração que parecia que ia sair do meu peito a qualquer segundo e não era porque ele estava na minha frente pode ter certeza, fechei a cara na hora para ele.


-Quer me matar do coração? – Perguntei ainda eufórica tentando recuperar o fôlego.


-Para falar a verdade não quero não, ate porque eu ainda não te beijei hoje. – Ele disse com um sorriso sapeca e começou a se aproximar.


-Não e o que parece. – Respondi me aproximando também.


Naquele momento eu não estava me importando por estar rodeada por dezenas de pessoas, eu estava com toda minha atenção voltada e aprisionada a ele. Ele sorriu mais e depositou um beijo em minha testa. O olhei e ele ainda tava com o sorriso lá, antes de eu expressar minha total confusão ele recomeçou a falar.


-Então pronta para ir? – Ele perguntou segurando minha mão.


-Ir? Para onde?


-E surpresa. – Ele sussurrou para mim. – Não acha que eu te convidei para realmente vir para a festa né? A festa e só nosso ponto de encontro.


-Então...? – Nem pude terminar minha pergunta.


-Vamos Rose confia em mim. – Ele falou e fez uma carinha que eu não consegui resistir.


-Ta.


Ele começou a me puxar e me levar para fora da festa. Quando vi já estava do lado de fora encarando seu carro, um Supla azul simplesmente lindo.


-Eu não sabia que gostava de clássicos. – Eu falei enquanto encarava o carro dele.


-Tem muita coisa que você não sabe sobre mim. – Ele respondeu. – E eu acho que hoje e um ótimo dia para você começar a me conhecer.


Ele gentilmente abriu a porta do passageiro para mim e calmamente caminhou para se sentar no banco do motorista, coloquei o cinto enquanto ele entrava. O encarei por alguns segundos e ele ligou o som.


-E então o que tem para me falar sobre você? – Perguntei curiosa.


-Eu curto musica trouxa, alias eu gosto de muita coisa trouxa, acredite ou não eu curto futebol, uma vez ate convenci os rapazes a jogar uma partida... – Ele contou rindo. – Foi um verdadeiro desastre como você pode imaginar.


Ele sorria com a lembrança enquanto eu tentava imaginar ele e os amigos dele jogando futebol, chutando o chão em vez da bola, ou caindo por sequer ficar com a bola nos pés. Me parecia hilário e ri com a minha imaginação, ele me encarou sorrindo também.


-Eu gosto do inverno, alias eu amo o inverno. – Ele continuou contando. – Eu desejaria que o ano inteiro fosse inverno se isso...


-Não fosse fazer com que você não conhecesse outra estação que não fosse essa. – Eu continuei.  Ele me olhou meio que confirmando. – E o que sempre pensei em relação a primavera.


Eu voltei meus olhos para a janela do carro e observei a paisagem e percebi que estamos um pouco distantes, agora havia pequenas casas com um charme mais antigo, e outras construções de modelos antigos também só que maiores.


-O que mais te atrai no inverno? – Perguntei enquanto ainda visava a paisagem.


-Não sei ao certo, talvez seja o clima, o cheiro, a coloração que tudo fica, e como as pessoas se adaptam a essa época do ano, ou talvez quem sabe seja o fato de eu querer grudado com a minha namorada. – Ele segurou minha mão a beijando assim que terminou de falar, para logo em seguida me dar um sorriso caloroso.


-Hum... deixe-me ver... Comida favorita?


-Bife com batata frita. – Respondeu prontamente.


-Serio? – Duvidei e ele só balançou a cabeça confirmando. – Sempre achei que você adorasse comidas de pronuncias difíceis.


-E esse o juízo que faz de mim Rose? – Ele me perguntou fazendo bico, mas dava para ver que estava brincando.


-Ue você parece um riquinho engomadinho. – Eu falei seria, mas com um sorriso brincando nos cantos de meus lábios.


-Então terei que te provar que não sou um riquinho né? – Ele disse encostando o carro.


-Acho que sim... – Respondi.


 


Narração do Hugo


 


Apesar de eu tentar manter minha atenção na loira que estava ao meu lado, a qual eu queria muito lembrar o nome, mas não fazia mais idéia de qual era, eu não conseguia. Meus olhos sempre voltavam para a pista de dança e eu encarava aquela garota lá junto com todos os outros rapazes a minha volta.


Me peguei lembrando de como toda essa historia. Suspirei bebendo mais um gole do meu ice.


Bem era dia dos namorados, eu e ela simplesmente estávamos solteiros, sem ninguém para comemorar aquele dia, ou seja não queríamos ficar junto com os outros casais que iam para hogsmeade.


Eu conheço muita gente nesse colégio e consegui três garrafa de vinho para nós ficarmos isolados e conversando enquanto todos os outros casais aproveitavam o “maravilhoso” dia.


Ela já estava no 7 copo, e acredite ela era e é realmente fraca para bebida. Ela já estava muito alegre, e rindo a toa, do nada ela ficou quieta e encarando o copo que estava em suas mãos. E logo depois me encarou.


 


you've lost the faith in yourself
(Você perdeu a fé em si mesma)
you're falling out in loneliness
(Você está caindo em solidão )


 


-Eu devo ser muito feia, ou chata ou ter um defeito realmente enorme. – Ela reclamou, e antes que eu pudesse responder ela já continuou falando. – Pleno dia dos namorados e eu sozinha.


-Ei e eu? – Eu perguntei brincando. – Eu pensei que fosse um ser vivo.


-Você não conta, afinal e meu melhor amigo. – Ela falou. - Ta to sendo mal agradecida eu sei, e só que as vezes  eu queria ter aquela pessoa especial ali do meu lado.


-Você ta sozinha porque quer. – Respondi. – Você pode ter o garoto que quiser só com um estar de dedos, e você sabe disso.


-E mais nenhum dos garotos que conheci me fez sentir algo especial aqui dentro sabe? – Ela apontou para o próprio peito. – Eu queria sentir um friozinho na barriga quando essa pessoa estar por perto, mas não um frio desconfortável, um frio agradável, só porque estou vendo aquela pessoa. Eu quero que Ele reconheça meu estado de humor só de me ver. Eu quero estar feliz só por ele esta por perto, sem precisar fazer nada para que isso aconteça. Eu quero me sentir confortável e confiante, e saber que aquela pessoa também esta pelos mesmo motivos que eu. – Ela terminou. – Eu sei que estou pedindo de mais, e que talvez essa pessoa não exista, mas eu quero muito acreditar que ela vai aparecer na minha vida, mesmo que demore 60 anos para aparecer.


-Nossa... – Eu disse. – Eu acho que me encaixo em todas as categorias descritas por você. – falei brincando.


-Seu bobo. – Ela brincou apoiando a cabeça em meu ombro. – Mas e serio, eu quero encontrar o cara especial.


 


The world is full of magic can't you see?
(O mundo é cheio de mágica, você não consegue ver?)
i'm your guardian angel, trust in me
(Eu sou seu anjo guardião, confie em mim)


 


-Talvez ele esteja mais perto do que você imagina. – Eu respondi. – Você só não o notou ainda.


-E talvez. – Ela disse fechando os olhos.


Eu a encarei, o rosto simplesmente angélica. Eu não sabia o porquê, mas naquele momento eu senti uma incrível vontade de beijá-la. E o pior de tudo e que eu sempre a vi como uma irmã, quase como uma parte de mim.


 


so many times i've been watchin' you
(Muitas vezes eu estive te observando)


and now i fell in love with you
(E agora eu me apaixonei por você)


 


Inconscientemente eu aproximei mais meus lábios dos dela, os roçando levemente, ela me encarou meio assustada, mas não fez nada para me impedir. Lentamente eu aproximei mais meus lábios e os selei. Acariciei levemente seus cabelos enquanto a beijava, da forma mais terna que consegui, como se ela fosse se despedaçar com qualquer movimento brusco meu.


Podia ter se passado horas, embora eu soubesse que foram apenas alguns minutos, mas o que senti naquele beijo eu não havia sentido com nenhuma outra garota. A encarei por alguns segundos antes de fazê-la se apoiar novamente em meu ombro e ficar acariciando seus cabelos.


 


so many times i'm watching you
(Muitas vezes eu estou observando você)
and now i fell in love with you
(e agora eu me apaixonei por você)
so many times, so many times…
(Muitas vezes, muitas vezes…)


..and i fell in love with you
...e eu me apaixonei por você


 


-Eu sinto muito eu não deveria... – Parei de falar quando percebi que ela havia adormecido.


Na manha seguinte eu tentei falar com ela de novo, mas ela me disse que não lembra do que tinha acontecido depois que bebeu o 5º copo. Eu deixei então o assunto morre, mas sempre acabava me recordando do beijo. Sai com varias garotas no decorre do ano, apesar de todo o meu esforço não consegui mais ser o mesmo com minha pequena.


Olhei para o lado e nem sinal da loira, deve ter notado que eu não dava a mínima atenção para ela, e demorou para se tocar. Estou a mais de duas horas nessa festa e já to sentindo que deveria ter ido embora antes mesmo de chegar aqui.


Do your heart feel so lonely?


(Quando seu coração se sentir sozinho)


think about your sweetest dream


(Pense em seu sonho mais doce)


 


Percebi um cara se aproximando de mais dela na pista de dança, e ela ate se deixou dançar por um tempo com ele. Mas quando ela fez menção de se afastar ele a puxou mais para perto, de um jeito brusco eu não agüentei e me aproximei.


-Algum problema? – Eu perguntei para ela, mas infelizmente nem sempre aqueles que deveriam ficar de boca calada permanecem assim.


-Não se mete. – O cara que a agarrava falou tentando me afastar, eu disse tentando porque ele me empurrou e eu nem sai do lugar.


-Olha só eu não quero confusão então por favor se afaste. – Eu tentei ficar calmo, mas aquele sorriso de zombaria me tirou do serio, sem contar que ela por um momento deu um gemido de dor, e no momento seguinte o carinha estava no chão com o nariz sangrando.


Encarei minha pequena , suas orbes me encaravam, parecia com um pouco de medo, não de mim tenho certeza, estendi minha mão para ela esperando que ela aceita-se.


Isso me lembrou nossa briga, o motivo por termos ficado pela primeira vez na vida semanas sem nos falarmos.


Fazia dias que ela não falava comigo direito, tudo por culpa daquela brincadeira idiota, nos ficamos de nos falar depois, mas o depois nunca veio, ela me evitava e fugia de mim quando não havia ninguém por perto que pudesse evitar que eu tocasse no assunto.


Eu estava simplesmente confuso e ficando com raiva das atitudes infantis dela, eu sei que me apaixonei exatamente por isso nela, mas já estava me cansando e eu queria deixar tudo em pratos limpos.


Uma semana depois eu a encontrei num corredor vazio ela provavelmente estava atrasada para alguma aula, ou algo importante pois ali era um atalho poucos o usavam. No momento que ela me viu encontrei surpresa em seus olhos. Ela me deu as costas e pensava em sair andando pelo corredor mais eu a puxei com força pelo pulso a fazendo ficar de frente para mim.


 “Precisamos conversar.” Comecei a puxando para me encarar.


“Agora não.” Ela falou. “outra..


“Outra hora nada.” A interrompi. “Você anda fugindo de mim o tempo todo.” Eu engoli em seco por um minuto. “olha eu sei que as coisas ficaram estranhas, mas já aconteceu e agora eu sei o que eu realmente quero, e o que eu quero e você, será que você pode entender isso.”


“Hugo você sabe o quanto eu gosto de você, mas não e dessa forma, você esta simplesmente me deixando mais confusa. Eu nunca tinha se quer pensado em você de outra forma antes daquele beijo...” Ela não completou. “Olha acho melhor seguirmos nossas vidas, esquecermos o que aconteceu e melhor para todos.”


“Para todos quem? Pra mim e que não é. O que eu sinto por você e muito forte e sei que sente o mesmo por mim, eu não estou ficando louco.” Ela tentou se soltar. “Olha eu sei que esta com medo do que os outros vão pensar, mas não pense neles, pense só em nos. Se todos virarem as costas eu farei o possível para que nosso sentimento seja o bastante, como sempre foi.”


“Eu não quero isso, eu... eu não quero perder sua amizade, isso vai custar tudo que eu tenho... por favor...” Ela não me encarava.


-Shii... Você não vai perder nada. – Eu disse me aproximando dela. – Você só tem a ganhar.


“Não Hugo, eu não posso ficar com você, eu sinto muito, não e o bastante o quanto eu vou perde com... “ O resto de suas palavras morreram antes de sair.


 


 “Diga isso, mas diga olhando nos meus olhos.” Eu lhe falei tentando ficar a altura de seus olhos. Percebi que estavam lacrimejando. “Vamos, nos dois podemos fazer isso dá certo, só me dê uma chance, só confie em mim.” Eu lhe implorei.


“Sinto muito.”Ela disse se soltando para logo em seguida se distanciar correndo. Eu não me virei para trás. Tentei conter a incrível vontade de chorar, mas naquele momento sem minha permissão algumas gotas escorreram pelo meu rosto.


close your eyes and follow me
(Feche seus olhos e siga-me)
and i'll take you to my destiny
(e eu a levarei para meu destino)


 



Ela segurou minha mão e eu a tirei de lá imediatamente, eu só queria protegê-la era tudo o que se passava pela minha mente, alem das lembranças dolorosas.


 


I'm thinking about you all the time
(Eu estou pensando em você o tempo todo)
when i keep my love to you that's a crime
(Quando eu guardo meu amor para você, isto é um crime)
so many times i've been watchin' you
(Muitas vezes eu estive te observando)
and now i fell in love with you


(e agora eu me apaixonei por você)


 


Eu simplesmente amava os olhos castanhos de Lily, principalmente quando me encaravam assim. Fazendo com que tudo com que eu pudesse pensar era nela.


 


Narrado por Rose


 


Após rimos bastante ele começou a diminuir a velocidade do carro, ao longe eu podia ver algumas luzes, quando chegamos perto eu finalmente pude ver, um ringue de patinação, era lindo o lugar, sorri para ele enquanto descíamos do carro.


-Nossa não sabia que você conhecia lugares assim no mundo trouxa. – Eu falei enquanto ele dava a volta no carro.


-Como eu te disse tem muita coisa que você não sabe sobre mim. – Ele respondeu jogando levemente os cabelos para trás imitando um astro de cinema. – E ai vamos patinar um pouco?


-Eu não trouxe patins. – Ele riu assim que pronunciei as palavras, fique o encarando, não sabia qual era a graça, se eu não sabia para onde estávamos vindo obviamente eu não iria trazer algo que não sabia que seria útil.


-Rose. – Ele parou e chegou mais perto de mim segurando meus ombros. – Você e uma bruxa. – Disse mais baixo. Com essa eu tive que ri sem graça, eu havia me esquecido desse pequeno detalhe. – Em todo caso para não sermos pegos eu trouxe um par extra para você.


Observei ele ir para o porta malas, em suas mãos ele trouxe um par de patins rosa. Eu não sou muito fã de rosa, mas acho que por uma noite vai servi. Ele se encaminhou para mim, quase beijei ele.


-Esse é o seu tamanho? – Ele me perguntou virando os patins para mim ver. – Bem eu não sabia ao certo, mas alguém me disse que provavelmente esses serviriam. – Ele estava ficando desconfortável e um pouco vermelho enquanto falava.


-Eles são perfeitos. – O beijei levemente na bochecha e segui para calçar eles.


Observei as pessoas no ringue e fiquei esperando o Scorpius me seguir, quando ele chegou ao meu lado eu o encarei por um momento, quando senti sua mão segurando a minha, toda a atenção se desviou para aquele ponto.


-Vamos. – Ele disse me puxando para o gelo. Ele manteve uma patinação calma e depois de duas voltas no ringue ele se mudou para ficar na minha frente. – Esta gostando?


-Hum... – Eu encarei o lugar e depois voltei meu para ele. – Não... muito simples... – Enquanto dizia as palavras o rosto dele pareceu se encolher. – To brincando. Isso e quase perfeito.


-Quase? – Ele perguntou se aproximando seu rosto do meu. – O que falta para ficar perfeito.


-Hum... talvez quem sabe... – Eu comecei ele se aproximou mais de mim. – nos deveríamos... – Seus lábios estavam a centímetros do meu. – bei...


♪Travel to the moon... kimi wa nemuri yume wo toku… dare mo inai hoshi no hikari ayatsurinagara ♪


Meu celular começou a tocar, encarei Scorpius. – Desculpa, pode ser importante. – Olhei na tela e vi que era Hugo. – Alo. – Era Lilian que estava falando. – O que aconteceu? – Perguntei mais preocupada. – Hum... ta já estamos indo. – Olhei para Scorpius. – Hugo se machucou em uma briga, e bem eu sou sua carona então... – Deixei a frase no ar.


-Ok. – Ele disse segurando minha mão e me levando para fora do gelo. Tiramos os patins e entramos no carro sem falar muito mais.


-Eu sinto muito... – Comecei a falar mais fui cortada por ele colocando seu dedo sobre meus lábios.


-Não precisa se desculpar, se eu tivesse um irmão eu também iria na hora, e alem do mais vamos ter muitos outros momentos como esse. – Ele disse me dando um selinho e voltando para colocar o cinto.


 


N/A: Bem pessoal capitulo completo....


Desculpe pela demora, bem se alguem quiser saber o nome da musica e so many times do DJ Ganjo


 

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