O chamado do ministério.



Devo informar que o conteúdo desse capítulo vai ser citado mais para frente. Prestem atenção.




Era uma manhã comum. O ar fresco, o sol ainda fraco para mais um dia de verão. Um clima agradável que favorecia o café da manhã daquelas quatro pessoas em quase silêncio enquanto se degustavam da maravilhosa refeição ao redor de uma mesa tão farta.

A paz foi, porém, interrompida por batidas irritantes na janela que não era o suficientemente aberta para a passagem de duas bonitas corujas. Uma branca com penas arrepiadas e grandes olhos amarelos e uma parda de olhos castanhos e porte oficial.

- Eu vejo, deve ser para mim.

O mais jovem, aparentemente, de cabelos negros arrepiados e também o mais alto da mesa, mas atrapalhado, como se não estivesse acostumado com ela, se levantou sorridente e abriu mais a janela, de modo que as aves satisfeitas pudessem entrar e pousar no centro da mesa, esperando serem descarregadas para voltar e levantar vôo.

- Mais um cartão de aniversário? - perguntou Harry, sem desviar os olhos de seu jornal.

- Isso parece ser mais do que um cartão... Uau!

Sírius acabara de livrar a coruja branca de um pequeno embrulho e o examinava, sorridente.

- O que é? - perguntou Lily, curiosa, quando ele balançou a caixinha.

- Não sei... Não dá pra saber sem abrir...

- Ora, então abra!

Impaciente, a ruiva esticou a mão e agarrou a caixinha das mãos dele.

- Ei! O presente é meu! Mãe!

- Lily, quer devolver o presente do seu irmão? - Gina ralhou.

- Eu não vou pegar pra mim! - Lily exclamou, ofendida. - Nem vou abrir! Porque o Sírius não vê a carta primeiro pra saber de quem é?

O garoto olhou desconfiado para a irmã.

- Você não vai abrir mesmo?

- Não!

- Então porque pegou de mim?

- Eu vou tentar advinhar! Ah, qual é, abre logo essa carta, vai!

Ainda desconfiado, Sírius pegou o envelope da mesma coruja, que ignorara enquanto analisava o embrulho.

Com olhares furtivos para Lily, agora balançando a caixinha perto do ouvido, ele começou a ler em silêncio.

- É do Lucas! - exclamou contente depois de um tempo. - Ele agradece o presente de aniversário que eu enviei na semana passada. Diz que adorou... Claro, eu dei sua biografia autografada, papai... Diz também que... Pera aí! Ele não vai poder vir na festa, outra crise... - O seu rosto se anuviou. - Poxa, parece que ele está mal mesmo...

- O que ele tem? - perguntou Gina, espalhando geléia por uma torrada.

Harry ergueu os olhos do jornal.

- Parece que é uma doença trouxa... Tuberlo... Tuberlocu...

- Tuberculose? - perguntou Harry. Quando o filho confirmou ele franziu as sobrancelhas. - Aos 14 anos? Como ele fez para pegar essa doença?

- Um avô trouxa, não sei... É grave, papai? Ele nunca falou muito sobre isso...

- Pode ser... Mas existe tratamento. Isso faz tempo?

- Faz. Acho que no segundo ano ele já estava assim. No ano passado ele chegou a faltar um mês na escola...

- Ele não deve estar buscando a ajuda certa, então. No mundo bruxo doenças trouxas como essa podem ter um fim mais rápido do que você é capaz de imaginar.

- Sarah parece ter convencido trio Draco a fazer uma poção pra ele. Parece que ele precisa tomar por 5 meses seguido pra se curar de vez. Sabe, ele não tinha condições de pagar...

Harry e Gina se entreolharam, mas foi Lily que, deixando a caixinha esquecida por um momento, fez a pergunta.

- Como fizeram para tio Draco ter aceitado fazer a poção... de graça?

Sírius sorriu, voltando a atenção para a carta.

- Lucas idolatra o tio Draco. Quando Sarah o apresentou ele foi logo pedindo um autógrafo. Tio Draco se encantou.

Lily voltou a atenção para a caixinha, Harry para o jornal e Gina para a torrada. Todos tinham um sorriso no canto dos lábios.

- E se eu fosse vê-lo? - Sírius ergueu os olhos da carta outra vez, olhando esperançoso para os pais.

- Não seja tolo, Sírius. - gina falou. - Tuberculose é contagioso!

- Ah... é. Ele diz isso aqui embaixo.

Suspirando ele dobrou a carta.

- Manda lembranças a todos. E um abraço em especial a você, papai.

Harry ergueu o polegar, sem desviar os olhos do jornal. Havia uma ruga a mais em sua testa enquanto ele lia algo naquela página. Coisa que Sírius e Gina notaarm, mas ignoraram.

- Pronto, Lily, deixa eu ver o que ele me mandou!

A moça afastou a mão com a caixa.

- Ah não! Eu ainda não advinhei! Olha, tem a outra coruja, leia a outra carta antes!

Sírius não parecia muito contente, mas como já sabia o que havia no embrulho (estava escrito na carta, mas ele teve o cuidado de esconder essa informação) a curiosidade sobre o outro remente fora mais forte.

Pegou a carta e a coruja imitou a outra que acabara de levantar vôo.

Franziu as sobrancelhsas.

- Mas não é para mim... "Sr. e Sra. Potter"... É pra vocês.

Harry, que já havia fechado o jornal e estava calado, estendeu a mão.

- Um cartão pra você, querido?

- duvido muito. É pra você também, esqueceu? Olhe, na folha tem o carimbo da sessão de aurores.. É do ministério!

Gina pareceu perder a fome, aprumando-se na cadeira e esperando que o marido relatasse a mensagem. Sírius tinha roubado de volta o embrulho e agora disputava com Lily para ver quem pegava primeiro o reluzente pomo-de-ouro.

- Está nos chamando... - murmurou Harry. - Querem a nossa presença para uma reunião urgente no ministério daqui há... Olhou no relógio. - Duas horas.

- Desista Lily! Eu sou o apanhador aqui! Vou pegar primeiro, você vai ver!

- Que nada! Eu comecei como apanhadora, você esqueceu? Os últimos anos como artilheira não me fizeram esquecer o talento que ganhei do papai!

- Mas Harry... É seu aniversário! Você está de folga!

- Tudo bem - disse Harry. Algo passou zumbindo em sua orelha e sem perceber o que fazia, ele ergueu o braço e agarrou alguma coisa. - Vamos ver o que é de tão urgente. Acho que é muito sério, se tiver a ver com o que eu li aqui n'O Profeta... O que foi?

Os dois filhos o encaravam, de queixo caído e uma expressão abobalhada. Só então ele repaou na bolinha dourada que se debatia em sua mão.

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