Sete Filhos Part 6



E soh uma explicação estamos nas memórias de Molly por isso as vezes eu vou falar de algo que ela vai presenciar, mas num vai prestar muita atenção...

Boa Leitura

Chapter Three – Sete Filhos [Part 6

Na manhã seguinte Molly ainda não acreditava nos últimos acontecimentos.

Hogwarts o único local seguro de todo o Reino Unido havia sido invadido por Comensais da Morte dois assassinatos haviam ocorrido no local. Dumbledore o diretor da escola e um dos comensais agora estavam mortos, e sem duvida a maior baixa tinha sido do lado de Molly.

Dumbledore o único homem que ela considerava indestrutível, a única pessoa que poderia destruir Aquele-que-não-devia-ser-nomeado estava morta. Ele representava a esperança de que os dias que passavam agora com medo de uma guerra nunca existiriam, Dumbledore sempre fora o bruxo mais poderoso de todos os tempos aos olhos de Molly. Agora toda a comunidade bruxa iria colocar suas esperanças nos ombros de um garoto que ainda nem completava dezessete anos por causa de um rumor sobre uma profecia que só ele poderia derrotar o Lord das Trevas, ele era Harry Potter. Este era o melhor amigo de seu filho caçula Ron, e Molly sabia que ele não teria chances contra um bruxo das trevas tão terrível quanto Aquele-que-não-devia-ser-nomeado.

Mas agora Dumbledore estava deitado ali numa cama, parecendo estar dormindo, enquanto Harry Potter sem saber, ou até já sabendo estava carregando a esperança de uma comunidade bruxa que não sabiam em quem confiar.

Bill, seu primogênito que estava com casamento marcado para o agosto próximo tinha tido o rosto desfigurado por Fenrir Greyback o pior dos lobisomens, o único que atacava humanos na forma humana. E foi com as próprias unhas e dentes humanos que ele desfigurara o rosto de Bill.

Graças a Merlin... E também a Harry Potter, Ron e Ginny estavam bem. Sua caçula contou que os dois e Hermione Granger outra amiga de Ron haviam bebido um pouco de Felix Felicis, a poção da sorte e tinham milagrosamente se desviado de todos os feitiços, azarações e maldições lançadas neles.

A única coisa boa, se é que era uma coisa boa é que ela havia se acertado com sua futura nora Fleur Dellacour. Só havia uma coisa em comum nas duas, e essa coisa era o que Molly achava mais importante no mundo: o amor. As duas só puderam ver isso quando uma fatalidade ocorreu com Bill.

Agora Molly estava dentro de uma sala de aula lacrada por ‘Mad-Eye’ Moody discutindo com os membros da ordem da fênix, que puderam aparecer em Hogwarts sem levantar suspeitas.

-Nós não devemos desfazer a ordem... Fazer isso é o mesmo que aceitar os atos de Você-sabe-quem... – Kingsley Shacklebolt falou com sua voz imponente, ele era o que tinha a aparência mais cansada, Molly soubera que não dormia a dois dias, pois antes de vir a Hogwarts estava vigiando o primeiro-ministro trouxa e agora com todo o trabalho que tivera como auror e como membro da ordem ainda não tivera tempo nem vontade de descansar.

-Eu não acho que deveríamos manter a ordem funcionando – falou o homem que Molly sabia ser o dono do pub Hogshead. Ela sabia que seu nome era Albeforth.

-O que está falando homem? Está dizendo para desistirmos de tudo e abaixarmos a cabeça para Voldemort? – Remus Lupin bateu com o punho na mesa e se levantou.

-Se acalme Remus... – Minerva McGonagall falou, possuía duas manchas enormes embaixo dos olhos. – estamos aqui para escutar a opinião de todos os membros da ordem...

-Mas não podemos simplesmente desistir... – Nymphadora Tonks falou com uma voz fraca, seus cabelos que normalmente eram rosa-choque ou uma cor berrante, agora estavam castanhos, mas não o castanho sem-vida que estivera no ultimo ano, um castanho muito vivo e bonito.

-Não iremos. – Albeforth falou calmamente, ele tinha uma expressão indecifrável por baixo de sua barba acinzentada, mas parecia estar com a voz cansada – só acho que já há vitimas demais... Albus... Dumbledore está morto... – sua voz vacilou por um momento e algumas pessoas arregalaram os olhos para ele como se estivessem espantados de ele citar tal nome, Molly não entendeu a razão – ele foi morto pelo homem em que mais confiava... Severus Snape o matou na sua escola...

-Por isso mesmo precisamos ir lá e acertar as contas com aqueles cabelos nojentos do Snape – Fred interrompeu-o fazendo todos esboçarem um pequeno sorriso.

-Não é isso garoto... Nós precisamos resistir, mas jogar nossas vidas fora é burrice. Precisamos sobreviver primeiro, e só assim lutar... – Albeforth falou com a voz um pouco mais firme.

-De que adianta sobreviver num mundo dominado por V-Vol-Voldemort? – George falou com uma expressão dura – Sabe Ab achei que você fosse mais durão...

-George! – Molly ralhou com o filho. – Não seja grosseiro... – ela percebeu que todos olhavam para ela agora – eu... Acho que... Acho que devemos continuar com a ordem... Era o desejo de Dumbledore...

-E veja como ele acabou... Eu o conheço muito bem – Albeforth tristemente – não estou dizendo para desistirmos, só para não jogarmos nossas vidas foras...

-Albeforth tem razão... – Dedalus Diggle, um homem baixo e com um chapéu estranho se manifestou estava tenso - Se formos mortos quem vai impedir os comensais de atacar qualquer um? Quem vai se opor a eles? Precisamos continuar como resistência... Mais não precisamos manter a ordem... Snape conhece todos os membros dela...

-A decisão é do atual líder da ordem – Arthur falou com uma voz cansada ao lado de Molly – Alastor deve decidir o futuro da ordem... Não esqueçam do que Dumbledore falou na ultima reunião... Ele era o líder na ausência de Dumbledore... E vai continuar sendo.

Todos se viraram para ‘Mad-Eye’ Moody que estava estranhamente calado, desde que voltara do largo Grimmauld dizendo deixar um par de feitiços anti-Snape não se pronunciara. Seu olho mágico estava virado para sua nuca e estava estranhamente parado. O olho mágico dele voltou para a posição de um olho normal e então ele falou.

-A ordem será desfeita... – rosnou calmamente fazendo todos, ou a maioria dos que estavam sentados se levantarem espantados ou enfurecidos – mas não antes de derrotar Voldemort. – todos ficaram parados olhando para o homem – foi por isso que homens como Albus Dumbledore morreram, não vai ser em vão... Eu peço que todos que são a favor que ela seja desfeita agüentem só mais um pouco... A ordem não precisará continuar se encontrando, mas primeiro precisamos assegurar que o ultimo desejo de Dumbledore seja realizado... Manter Potter vivo!

Depois disso a maioria dos membros foram alugar um quarto em Hogsmeade, o vilarejo vizinho à escola para ficarem para o velório de Dumbledore que ocorreria na manhã seguinte.

Molly ficou o tempo todo na ala hospitalar ao lado de Bill, Arthur e Fleur. Sempre havia alguém que vinha vê-lo, e ela nunca ficava pensando muito no futuro.

E de repente ela estava ali sentada ao lado do seu marido olhando para uma grande pedra de mármore branco marfim, um branco imaculado, um branco puro. Ela não sabe o que houve, se foi o calor de uma dia quente de julho, se foi uma queda de pressão, mas ela não se recorda de muita coisa do que aconteceu no velório, só de um borrão imenso carregando alguém em vestes azul ou roxas, as lagrimas não deixavam que ela distinguisse a cor, depois alguém falou algo e um som saiu de perto do lago alguma coisa voou da floresta e chamas apareceram em cima do mármore alvo.

Ela só percebeu isso quando estava sendo auxiliada pelo marido a voltar para o castelo e só ai que recobrou a consciência e se deu conta do que realmente ocorrera: Dumbledore o maior bruxo de todos os tempos, o mais sábio dos diretores, a maior proteção contra aquele-que-não-devia-ser-nomeado morrera, e agora as esperanças haviam ficado naquele mármore branco.

Então um sentimento mais forte que o desanimo e o medo por viver num mundo governado por um bruxo das trevas se manifestou no peito dela assim que viu o rosto de Bill, agora cicatrizando: o sentimento de proteger seus filhos, mesmo que tivesse que sacrificar sua vida para isso e algo mais, ela também tinha que proteger Harry, afinal ele também não era como um oitavo filho para ela?

Foi pensando nisso que ela, Arthur, Bill, auxiliado por eles e Fleur, partiram da escola por meios de uma chave de portal. Foi à primeira vez na vida que ela não estava feliz em ir até a estação King Cross.

E lá estava ela ao lado de Fred, George, Tonks, Remus, ‘Mad-Eye’, Diggle e Arthur. Molly também sabia que havia bruxos do ministério ao redor de toda a estação para assegurar a segurança dos alunos. Quando viu o rosto de Ginny percebeu pequenas manchas cinza embaixo dos seus olhos, sinal que havia chorado muito, ela achou primeiramente que eram resultado da morte de Dumbledore, mas logo após da um grande abraço na filha os seus olhos se encontraram e ela pode perceber que a filha estava sofrendo por outra coisa, uma dor bem diferente da que ela sentia.

Ron também estava um pouco estranho estava mais calado que o normal e não fez nenhum comentário pela mãe tê-lo abraçado tão forte em publico a única coisa que fez foi dar um sorrisinho e ir para perto de Harry e Hermione, ela notou que agora estava de mão dada com a garota, e não pode parar de pensar no que Minerva dissera na ala hospitalar. De como Dumbledore ficaria feliz em saber que havia mais amor no mundo. Ela não pode deixar de sorrir ao ver o abraço demorado que os dois deram quando se despediram.

Cerca de uma semana após o enterro de Dumbledore, Molly surpreendeu-se de estar em uma pé ao lado de um pequeno altar na companhia de mais umas dez pessoas celebrando um casamento, que ela achou que ia demorar muito a sair. Lá estava Remus Lupin com um terno um pouco desgastado e com os cabelos bastante grisalhos, mas com um grande sorriso e com uma expressão jovial um tanto quanto marota.

Nymphadora Tonks veio andando de braços dados com um homem com o rosto em forma de coração e sorridente, a noiva estava com os cabelos castanhos e havia poucas mechas cor de rosa nele. A cerimônia ocorreu um tanto quanto rápido, eles tiraram algumas fotos e partiram para uma ‘lua-de-mel’, Molly olhou ao redor e viu as testemunhas do casamento, irem depressa para suas casas, agora havia um medo declarado de que seus parentes pudessem não estar vivos quando retornassem ao lar e Molly retornou ao lado de Bill e Arthur para A Toca

Foi só depois do casamento de Tonks e Lupin que Molly soube finalmente o motivo de Ginny continuar com manchas cinza embaixo dos olhos e passar grande parte do dia trancada no quarto, Molly suspeitou ouvir soluços no dia seguinte a volta deles para casa. Ron estava explicando aos gêmeos o motivo de ela estar tão triste: ela e Harry haviam acabado porque Harry não queria colocá-la em perigo.

-Mas isso não faz sentido... Ela é uma Weasley – George exclamou em meio a garfadas, eles continuavam a vim tomar café n’A Toca duas vezes por semana.

-E eu num sei... A Ginny falou isso pra ele, mas ele disse que ela não seria um alvo tão evidente, pois tem pureblood... – Ron suspirou.

-Que panaca... Um traidor do próprio sangue é tão ruim quanto um mudblood... O Harry vacilou feio... – Fred comentou se levantando.

-Totalmente... Vai comer isso Roniquinho? – George roubou a geléia de Ron.

-Blimey! Não se pode nem se descuidar nessa casa que vocês roubam minha geléia – ele amarrou a cara e fez um movimento com a varinha fazendo a geléia retornar para sua frente e meter uma grande colherada nela.

-Tinha esquecido que você podia fazer magia... – George comentou.

-É... Vocês esqueceram meu aniversário de dezessete...

Molly parou de prestar atenção no que diziam, continuava a ouvir, mas não assimilava nada do que dizia, estava presa nos seus pensamentos. Ginny havia namorado Harry... Eles haviam acabado porque Harry não queria por ela em perigo...

-Nós não esquecemos Roniquinho – Fred deu um sorrisão – a culpa é sua por ficar bebendo poções do amor e ficando envenenado no próprio aniversário...

-Yeah... No meu aniversário de dezessete eu fiz o Montangue ficar apaixonado por Trasgo de uma tapeçaria... – George falou com os olhos brilhantes. Parecia ser uma boa lembrança.

-Isso não muda o fato de vocês terem esquecido de me dar um presente... – Ron mudou o sorriso por uma expressão aborrecida – até o Percy me mandou uma pena...

-Quer dizer que você continua a se corresponder com o Percy? – Fred fez cara de nojo. – acho que você não merece nosso presente.

-Concordo irmão, quem fala com Percy não pode ser boa pessoa – George também fez uma careta, mas falou o nome do irmão mais velho tão baixo quanto os outros dois, pois sabiam que a mãe estava ali no jardim bem atrás da porta da cozinha.

-Hey! Vocês trouxeram um presente?

-Claro... Toma – Fred jogou um embrulho em forma retangular que estava embaixo da capa de viagem deles – vai ser bastante útil...

-Nós não precisamos dele... Cê sabe charme natural – George se levantou e fez os pratos levitarem até a pia. – vamos querido irmão.

-Claro, saída pela esquerda – Fred saiu da frente para George passar.

-Hey... É um livro? – Ron olhou para eles desapontado.

-Um livro que vai te ajudar na maior tarefa de um bruxo... Não de um homem – George falou ainda no portal da cozinha para a sala de estar.

-Achamos que você precisava de uma ajudinha com a Hermione depois do que recebeu de natal daquela tal de Lavander – Fred deu um sorrisinho fazendo Ron corar imensamente – Won-won... – agora Ron estava totalmente vermelho, mas não parecia irritado.

-Como você... Harry!

-Não... Ginny... – George decidiu voltar e pegou um biscoito – faça bom uso do livro...

-Como ela...

-Hermione contou para ela que viu isso no seu malão... – Fred deu de ombros – Não faria isso se fosse você – Ron quase largara o livro numa parte da mesa que estava molhada – ele realmente vai te ajudar com a Hermione...

-E quem disse que preciso de ajuda? – Ron retorquiu irritado.

-Todos percebemos como você é bom nessas coisas por isso que já se resolveu com ela... Tem uma dedicatória... – Fred respondeu – George vamos?

-Certo... Só mais um – ele pegou mais três biscoitos, mas não antes de ouvir Ron balbuciar.

-Doze maneiras seguras de encantar uma bruxa...

Molly ainda estava absorta em seus pensamentos no qual ela imaginava Harry e Ginny casados, realmente ele era o único garoto que ela já tivera vontade de ter como genro e se eles ficasse juntos ele seria definitivamente da família... Não que isso importasse. Sem perceber entrou na cozinha e deu de cara com um Ron com o rosto tão vermelho quanto os cabelos.

-Aqueles malditos...

-Olhe a boca Ronald! – Molly ralhou enquanto fazia os pratos se limparem.

-Eu... Mãe! – ele recuou e derrubou o banco onde estivera sentado depois saiu correndo para o seu quarto.

Os dias de verão foram se passando lentamente e Molly deu graças a Merlin por estar ocupada com os preparativos para o casamento de Bill e Fleur que ocorreria no dia 1º de agosto n’A Toca, assim ela não tinha que ficar pensando que seu marido poderia estar sendo atacado agora, ou que seus filhos tinham topado com algum comensal da morte...

Ainda era junho quando o ministro da magia baixou um decreto contra todos os “meio-bruxos”, era um nome mais bonito para bruxos mordidos por lobisomens, vampiros ou qualquer criatura das trevas que oferecesse perigo a comunidade mágica e com isso Molly recebeu a noticia de Tonks que agora Remus tinha que passar praticamente o dia todo em casa, e até quando eles iam até a casa dos pais dela ele parecia triste, realmente quando ele foi até A Toca falar com Arthur ele parecia mais triste e desanimado do que nos tempos de solteiro.

Com uma pequena ajuda dos gêmeos e após dizer a Ron que se não ajudasse não iria poder comer, eles conseguiram limpar todo o jardim, com exceção dos gnomos que voltavam depois de três dias, mas ela não se preocupou com isso, pois sabia que se precisasse colocaria os gnomos para fora na véspera do casamento e assim eles não trariam problemas.

Realmente os preparativos para o casamento estavam ajudando muito para que Molly ficasse com a cabeça cheia, ela sabia que se não fosse os preparativos e as constantes crises de stress que Fleur estava sofrendo, com toda certeza do mundo passaria dois dias seguidos derramando lagrimas após ler o obituário sobre Dumbledore escrito por um membro da 1ª ordem da fênix e amigo de colégio do bruxo, mas com a cabeça tão cheia e as constantes irritações com o relaxamento de Ron, ela só chorou por um hora, o que era bem anormal para Molly.

Ginny finalmente começara a sair do quarto e Molly tentou ter uma conversa com ela sobre o assunto, mas ela parecia aceitar muito bem o que estava ocorrendo, ao contrario do que ela imaginava.

-É o Harry mamãe... – Ginny falou arrancando ervas daninhas da entrada da cozinha ao lado de Molly. – é o mesmo Harry que salvou a pedra filosofal das mãos de você-sabe-quem com onze anos, o mesmo Harry que me salvou da câmara secreta com doze anos, o mesmo Harry que lutou com cem dementadores pra salvar um padrinho que ele acabara de conhecer e que achara que fora responsável pela morte dos pais, o mesmo Harry que arrastou o corpo do Cedric por um cemitério cheio de comensais da morte... É o Harry Potter que todos conhecemos...

-Resumindo um idiota que tem que salvar a tudo e a todos a todo o momento – Fred falou depois que ele e seu irmão apareceram seguidos do barulho do pequeno portãozinho se fechando.

-É... Resumidamente é isso – Ginny deu de ombros e voltou para as ervas daninhas – é um idiota que conquistou meu coração...

-Se ele não tivesse nos dado o dinheiro para abrir nossa loja... – George disse se encostando a porta.

-Ou nos ensinado a fazer feitiços escudos... – Fred considerou.

-E azarações tão legais...

-Nós daríamos um bom soco na cara dele...

-E um chute bem no meio dos ov... – George disse fazendo Ginny virar-se irritada.

-Meninos! Olha a boca – Molly interrompeu o que seria uma discussão, que provavelmente Ginny iria ganhar fazendo os gêmeos deixarem de aparecer por lá por no mínimo uma semana, e Molly precisava de toda ajuda possível e não agüentaria ficar tanto tempo sem vê-los.

-Posso saber o porquê dessa implicância? – Ginny colocou a mão nos quadris.

-Porque ele simplesmente enfeitiçou nossa irmãzinha que devia ser imaculada para sempre – Fred falou.

-E depois eu sou o irmão intrometido – a voz de Ron veio da cozinha, mas ele não apareceu.

-A conversa não chegou à cozinha... Literalmente – George gritou para que Ron escutasse.

-Se vocês acham que preciso de alguém dizendo o que fazer com minha vida amorosa...

-Você tem vida amorosa?

-Ela diz que o Harry tem um Rabo-cornéo húngaro no peito – a voz de Ron foi ouvida novamente.

-Não se mete WON-WON!

-É o troco...

-O Harry era um cara legal nos meus conceitos... – George falou um pouco vermelho.

-É eu até considerava o amor que a mamãe tem por ele... – Fred completou.

-Ela ficava dando passeios sozinhos com ele pelo jardim – Ron foi ouvido.

-Won-won se você continuar juro que conto para a Hermione o que você e sua Lav-lav andavam fazendo na...

-CHEGA! – Molly gritou fazendo todos, inclusive Ron que tinha acabado de chegar para trocar ameaças com Ginny – Ginnevra vá tomar um banho gelado para esfriar a cabeça, Ronald pro galinheiro e vocês... – ela se virou para os gêmeos – o café não esta mais na mesa! – ela fez um aceno na varinha e a comida saiu da mesa – se quiserem podem vir para o jantar.

Com expressões enfurecidas eles partiram cada qual para onde Molly havia mandado ela passou a mão na testa e sorriu, realmente era bom ter os filhos em casa.

Dois dias após a pequena discussão Molly foi até a casa de sua tia-avó Muriel pedir a tiara que ela possuía e havia sido forjada por duendes. A mulher muito relutante concordou depois de fazer o interrogatório sobre Bill, e depois sobre as origens da sua noiva, no fim acabou concordando, mas disse que ela mesma levaria a tiara no dia da cerimônia, não queria deixar a tiara solta por ai.

No dia seguinte foi decidido na ultima reunião da ordem da fênix que dois membros iriam acompanhar e morar junto dos parentes trouxas de Harry, ele iria ser transferido cinco dias antes do casamento e quatro dias antes que seu trace fosse quebrado e desfazendo também o feitiço que Lily, a mamãe de Harry colocara nele e impediria de qualquer um que quisesse fazer mal a Harry chegasse próximo a casa dos parentes trouxas dele.

Todos os membros da ordem que pudessem iriam escoltá-lo até a casa de algum membro da ordem e assim pegar uma chave de portal par’A Toca. Assim no dia seguinte a casa começou a ser fortificada com os feitiços mais estranhos possíveis, só um bruxo que fosse convidado por um Weasley poderia ir até A Toca, a casa estava protegido por feitiços Fidelius e não se podiam usar feitiços das trevas em seu território. Frequentemente bruxos do ministério e membros da ordem vinham reforçar os feitiços, e Arthur ficou sendo o fiel do segredo já que não era só o feitiço Fidelius que protegia a casa ele poderia ser o fiel do segredo sem enfraquecer o feitiço.

Só o ministro da magia e Percy, que foi quem autorizou este a entrar n’A Toca, sabiam que Harry iria passar o resto da férias lá e ele assegurou que o ministério iria monitorar quem aparatasse nos arredores da casa deles no dia do casamento.

Hermione chegou a casa deles uma semana antes da data marcada em que Harry chegaria lá, e faltando apenas doze dias para o casamento. Quando Kingsley e Bill chegaram trazendo ela, também trouxeram a noticia de que Pio Thickenesse, o chefe da seção de Leis mágicas do ministério havia passado pelo lado de Voldemort e criou uma lei que impedia qualquer um de aparatar ou usar rede de floo sem que o ministério soubesse, gerando uma reunião urgente entre os membros da ordem da fênix.

Dedalus Diggle e Hestia Jones ficaram responsáveis pelos parentes trouxas de Harry e por sugestão de Mudungus Fletcher, um jovem bruxo que contrabandeava objetos e que Molly não gostou nem um pouco de ver sua cara novamente, eles deveriam disfarçar algumas pessoas de Harry Potter para evitar qualquer chance de um comensal que estivesse vigiando os arredores seguir o verdadeiro, já que iam ter que se transportar sem auxilio de magia, ou seja, vassouras.

‘Mad-Eye’ rapidamente aceitou a proposta e colocou em pratica o plano dos “sete potters”. Seis pessoas iriam tomar a poção polyjuice e se transformar nele por um hora enquanto sete pessoas seriam seus guardas. A muito contragosto Molly aceitou que Fred, George, Ron e Hermione participassem, ela teve que gritar com Ginny que ela não poderia usar magia para se defender para que ela mudasse de idéia. Fleur e um Mudungus aterrorizado ficaram sendo os outros potters.

Dez dias antes do casamento, Molly acabara de perceber Hermione sair do quarto de Ron com os olhos inchados parecia estar chorando e ela foi falar com o filho, não pelo fato de ver a garota chorando, mas ainda não desistira da idéia de tentar persuadi-lo a desistir da missão, e se conseguisse fazer isso com certeza Hermione também desistiria.

-Ronald... – ela bateu na porta. – Porque Hermione está chorando?

-Mãe? – Ron se levantou e tentou esconder um livro disfarçadamente por baixo da coberta – er... Ela...

-Você a magoou, Ronald querido? – Molly indagou.

-Yeah... Eu... er... NÃO! – Ron parecia tentar esconder algo dela e Molly percebeu isso porque ele não parava de desviar o olhar.

-O que vocês estão escondendo então? – a voz dela saiu mais imperadora do que pretendia e Ron pareceu se intimidar um pouco mais, mas ele não recuou pelo contrario deu um passo a frente parecendo reunir coragem.

-NãovouvoltarparaHogwartsesseano! – ele despejou uma frase em três segundos.

-Ah é só isso? – Molly pareceu se acalmar e Ron a fitou surpreso – você não vai voltar para Hogwarts... Achei que tinha engravidado a Hermione e... O QUÊ? – ela finalmente entendeu o que Ron falara.

-Engravidei?... Não! Eu... er – Ron estava mais confuso e com o rosto vermelho – MÃE! Não fale asneiras!

-Quem está falando asneiras aqui mocinho? – ela devolveu num quase grito. – como se algum filho meu fosse abandonar a escola...

-Fred e George abandonaram...

-Abandonaram? – ela realmente estava meio abobalhada por causa dos preparativos da cerimônia – Abandonaram! – ela finalmente absorveu as palavras que balbuciava – Por isso mesmo! Não quero outro irresponsável na família!

-Mas eu tenho que fazer isso mãe... – ele estava se encolhendo aos poucos.

-Você não tem que fazer nada alem de completar os estudos! Você é um garoto ainda e pensa que pode sair em missões pela ordem e...

-Eu já sou maior de idade!

-Isso não é argumento! Com a sua idade estávamos em guerra e eu estava terminando Hogwarts...

-E estava grávida!

-Eu... er... Isso não vem ao caso mocinho! Você não vai abandonar a escola e ponto final! Não vê que o mundo está perigoso?

-É por isso mesmo...

-Isso o que?

-Eu vou mudar isso!

-Você vai matar você-sabe-quem por acaso? Me desculpe Ronald, mas você nem mesmo lava suas cuecas!

-Não não vou! Mas Harry vai!

-Porque todos acham que Harry tem que matar você-sabe-quem?

-Porque ele tem e ele vai!

-Ele é só um garoto de dezesseis anos!

-E daí?

-Ele não está pronto ora...

-Ele esta destinado a isso mãe, e eu vou ajudá-lo! E nada que você disser vai mudar minha decisão – seus punhos tremiam e Molly sentiu pela primeira vez que estava vencendo aquela discussão – eu e a Hermione... Eu, o Harry e a Hermione vamos abandonar Hogwarts... Vamos juntos...

-Vocês não estão falando serio!

-A Hermione apagou a memória dos pais dela e os mandou para Austrália! – Ron esbravejou – é por isso que esta chorando o tempo todo, assim ela poupou membros da ordem de terem que cuidar dos pais dela... E agora ninguém pode dizer que ela realmente existe! Eu faria o mesmo com vocês se não tivesse uma família tão grande e se não achasse que os gêmeos fossem me matar por acabar com a clientela deles...

-Vocês não estão prontos!

-Ah não? – Ron tremia – a senhora acha que eu não estava lá no ministério quando o Sirius morreu, ou quando Dumbledore foi morto a dois meses? – ele olhou nos olhos da mãe – eu juro mãe... Juro que queria deixar essa missão para os outros... Que queria continuar como um estudante... Continuar sem preocupações ou responsabilidades... Mas é meu destino... Eu vou ajudar Harry a matar V-Vo-Vol-ol-Volde... Você-sabe-quem!

-Ronald!

-Desculpe mamãe, mas não poderá me impedir... – Molly ficou olhando para ele por um momento e o garoto desviou o olhar para a parede laranja.

-Deixe pelo menos a ordem ajudar...

-Não podemos... É uma missão para o Harry... Foi o próprio Dumbledore quem a deixou para a gente...

-Dumbledore não encarregaria três adolescentes de destruírem você-sabe-quem!

-Pois ele encarregou! E eu não deveria nem falar sobre isso! Se me da licença...

-Não dou não! Você não vai! Eu sou sua mãe...

-Eu já sou maior de idade!

-Ronald, por favor...

-E, por favor, não tente tornar as coisas mais difíceis! – ele saiu do quarto e quando abriu a porta Hermione estava com os olhos cheios de lagrimas – vem comigo Mione... – ele deu a mão a ela e desceram as escadas.

Molly ficou ali parada olhando para onde a cabeleira ruiva havia estado, e uma sensação horrível passou pelo seu peito esquerdo, a dor de perder um filho era insuportável para ela, era nauseante... Foi desperta pelo gemido do vampiro do sótão. Ela desceu para a cozinha decidida... Tinha até o casamento para mudar as idéias de três adolescentes.

Quando Ron comunicou isso para a família no jantar, Fred e George deram tapinhas nas costas dele e disseram que achavam que eles nunca esperariam que Roniquinho fosse seguir os passos deles e não os de um belo monitor, Ginny amarrou a cara para Hermione e ficou emburrada o resto da noite, Molly tentou inutilmente desfazer a idéia, porem quando pediu apoio a Arthur este deu de ombros e depois disse ao filho que ele ajudaria no que pudesse.

No outro dia Ron teve a idéia de transformar o vampiro do sótão “nele”, assim o ministério não poderia perguntar o que estava havendo com ele, e os Weasleys poderiam alegar que ele estivesse com sarapintose, uma doença altamente contagiosa e letal, e eles não seriam punidos porque ele estaria escondido. Arthur, Fred e George ajudaram na transformação do vampiro com gosto e quando terminaram o serviço ele realmente parecia com Ron, só estava um pouco mais magro, mais pálido sem alguns dentes e com um bafo horrendo.

Ela perguntou a Ginny se Ron estava tendo algo com Hermione, antes de por seu plano em pratica, quando Ginny negou rindo ela passou a delegar tarefas separadas para o casal e assim ela pensou, se eles não podiam planejar a viagem não poderiam partir tão precipitadamente o que daria a Molly mais tempo de fazê-los desistir da idéia, e ela ainda aproveitava para tentar saber o que fariam nessa viagem.

Então à noite em que Harry viria chegou. Por ordem a primeira chave de portal seria a de Ron e Tonks vinda da casa de Muriel, seguidos de Arthur e Fred vindos da casa de Perkins, o aposentado ex-companheiro de trabalho de Arthur na seção de mau uso de artefatos trouxas, depois seriam Hagrid e Harry vindo dos Tonks, aí viriam Remus e George da casa do primeiro com Tonks, Hermione e Kingsley da casa do auror, Mudungus e ‘Mad-Eye’ da casa do ultimo e por fim Bill e Fleur do chalé da conchas, a futura casa deles após o casamento.

Quando eles partiram com os trestálios, vassouras e Hagrid numa moto, Molly olhou para os filhos e não pode deixar de sentir um aperto no peito. Ela não soube explicar mais estava com um mau pressentimento quanto aquilo, as imagens do bicho-papão transformado nos seus filhos e marido mortos passou pela sua mente e Molly desabou em uma cadeira. Ginny estava ao seu lado igualmente aflita.

Então um clarão apareceu no jardim, as duas correram para o local, mas não havia ninguém ali e Molly começou a imaginar Ron sendo torturado. Sua garganta pareceu ter um bolo enorme. Ela engoliu em seco e segurou as lagrimas, não podia ser verdade.

Outro lampejo azul e nada, só mais um lixo. Arthur e Fred também não estavam ali. O aperto em seu peito ficou mais forte. Ela sentiu Ginny segurar sua mão forte e quando o terceiro lampejo aconteceu ela viu um imenso vulto seguido de um garoto alto e magricela de óculos. Hagrid e Harry haviam chegado.

Ela mal prestou atenção no que falava com Harry, a aflição estava tomando conta dela, porque ninguém da sua família havia retornado? Era sua culpa ter consentido em deixá-los participar disso... O quarto lampejo ocorreu e um homem de cabelos grisalhos e rosto pálido melado de sangue apareceu na luz do lampião próximo a entrada cozinha, em seus braços havia alguém desacordado, alguém com uma cabeleira ruiva, mas algo estava estranho... Havia sangue por todo seu rosto e ombro e... Faltava-lhe uma orelha.

Molly se curvou para o filho quando ele foi depositado no sofá por Remus e Harry e lagrimas começaram a cair dos seus olhos, ela colocou a mão no pescoço ele procurando pulso... Ali estava... Estava vivo ela engoliu o choro com toda sua força de vontade, tocou com a varinha no ferimento e passou a costurar o local, sabia que não poderia repor a orelha... As marcas da ferida eram de um feitiço das trevas... Mas ele estava vivo... Isso era o importante. Desde a noite em que vira o rosto de Bill sabia que independente da aparência, só em ter seus filhos vivos ela ficaria satisfeita, mas não podia deixar de pensar em como era injusto que seus filhos se ferissem daquele jeito... E pediu silenciosamente para que mais nenhum seus filhos retornasse ferido... Muito menos morto...

Ela viu Lupin puxar Harry agressivamente e escutou a palavra Snape e Sectusempra, mas estava tão absorta em estancar o ferimento que não conseguiu absorver mais nada. Houve outro lampejo azul no jardim ela levantou os olhos, sabia que eram Kingsley e Hermione, mas tinha que assegurar-se que estavam bem... Estavam... Graças a Merlin... Ela suspirou e terminou de estancar o ferimento, viu movimentos bruscos entre Kingsley e Remus, o moreno estava lívido de raiva.

Mais um lampejo azul, houve uma pequena confusão, Molly não levantara a cabeça pois estava limpando a cabeça de George quando ouviu a voz do marido. Ele e Fred entraram e foi só quando ela cruzou olhar com ambos que pode finalmente retirar um peso do peito... Mas onde estavam Bill e Fleur? Ron e Tonks? ‘Mad-Eye’? Ela até pode sentir falta de Mudungus Fletcher.

George abriu os olhos, ele realmente ficou estranho sem uma orelha. Ela distinguiu uma piadinha sobre o ocorrido. Fred pareceu recuperar-se do choque ao perceber que seu irmão continuava o mesmo e os dois passaram a sorris e brincar com a nova característica de George até que deram pela falta dos outros. Era incrível como não perdiam o bom humor.

Kingsley teve que partir, após quase meia hora de espera. Tinha que voltar para o posto de guarda-costas do ministro.

Depois de longos minutos em silencio em que todos estavam de cabeça baixa Ginny chegou com a noticia de que Ron e Tonks haviam retornado e estavam bem. Molly deu um sorrisinho, não tinha forçar para ir até lá dar um beijo e um abraço no seu caçula. Finalmente depois de um longo silencio um Bill pasmo chegou ao lado de Fleur, trazendo a pior noticia e a mais impossível de todas... ‘Mad-Eye’ Moody estava morto. Fora atingido por uma maldição da morte bem no rosto e despencara da vassoura. Todos ficaram em silêncios amargurando a noticia... Não podia ser verdade... ‘Mad-Eye’ sempre fora tão... Indestrutível... Tão resistente... Eles brindaram com whisky de fogo e quando a bebida alcançou sua goela Molly finalmente engoliu o peso, mas as lagrimas pela perda de ‘Mad-Eye’ agora desciam livremente pelo seu rosto.

Quando Bill e Fleur especularam a traição do rato do Mudungus Fletcher, Molly sentiu uma raiva imensa... Ele havia fugido e acabara levando ‘Mad-Eye’ a morte... Era um rato mesmo... Mas então Harry interrompeu-os, falando que a desconfiança levaria a desunião e isso era o que mais aquele-que-não-devia-ser-nomeado queria... Foi ai que ela entendeu porque Sirius o tratava com adulto, porque Dumbledore confiava tanto nele, e porque Ron e Hermione perceberam que tinham que ajudá-lo numa missão dificílima... Ele era um homem de verdade... Já havia aceitado o seu destino, era um líder nato, e ela não pode deixar de admirá-lo, e de pensar que realmente só poderia ser ele a roubar o coração de uma garota irmã caçula de seis homens...

Quando Molly acordou na manhã seguinte, pensou que tudo aquilo havia sido um pesadelo, pelo fato de não lembrar de ter ido para a cama. Foi até a janela e viu os objetos usados como chave de portal recolhidos próximo a uma lata de lixo e se lembrou do que ocorrera. Em tempos normais isso arruinaria uma semana de sua vida, mas estava com a cabeça cheia demais para isso: tinha que continuar os preparativos do casamento e mais importante que isso impedir que Harry, Ron e Hermione ficassem a sós para planejar suas aventuras, se fosse possível não daria um segundo sequer de sossego para eles, iria delegar o maior numero de tarefas possíveis para os garotos.

Realmente era meio complicado para ela fazer Harry e Hermione trabalharem tanto num casamento que não tinha nada haver com eles, mas Molly disse a si mesma que se redimiria com eles mais tarde e que aquilo era por uma boa causa.

Ginny estava agindo anormalmente bem durante os dois primeiros dias em que Harry passara n’A Toca, porem ela ficou mais seria no terceiro dia e no quarto dia, no dia do aniversario de dezessete anos do garoto ela ficou mais calada e não parava de lançar olhares significativos para o garoto que desviava na mesma hora, também estava lançando olhares furiosos para Ron que tentava ignorá-la.

Molly percebe tudo isso, mas não estava em condições de manter os seus planos e muito menos de tentar ajudar a filha, realmente estava complicado de continuar com os preparativos para o casamento.

O corpo de ‘Mad-Eye’ não fora encontrado por Bill e Remus na noite em que Harry chegara e não havia nenhuma noticia sobre a aparição de um corpo sem um perna e com um olho estranho, nem em jornais bruxos muito menos nos dos trouxas.

Um dia antes do aniversario de Harry os pais de Fleur chegaram. A mãe da garota era um mulher alta loira e tão bonita quanto a filha, na verdade tinha um charme maior, o pai da garota era um homem com uma certa barriguinha, uma pequena barbicha, mas muito sorridente e tinha um charme esquisito. Havia também Grabielle a irmã mais nova de Fleur, que era um miniatura dela.

Eles chegaram perto do horário do almoço acompanhado por Arthur que havia ido pegá-los numa colina, os feitiços de proteção impediam de qualquer um chegar a casa deles por qualquer meio mágico possível, só se podia entrar através do jeito trouxa e só aqueles que tinha sido convidados, o ministro também proibiu chaves de portais para o local depois da chegada de Harry, porem se podia desaparatar dali.

Ela e Arthur insistiram para que eles ficassem no seu quarto e ficaram dormindo na sala. Foi na manhã do aniversário de Harry que vieram armar as tendas mágicas para o casamento, o jardim já estava totalmente desgnomizado desde a véspera da chegada dos Dellacour.

Na manhã do aniversario de Harry todos os Weasleys, exceto Percy, acordaram n’A Toca e apesar de todo o trabalho que Molly estava tendo ela não pode deixar de se sentir satisfeita. Ela e Arthur deram um relógio de ouro bruxo para o garoto, era tradição receber um relógio dos pais quando se fazia dezessete anos, o relógio pertencera a Fabian o irmão mais velho dela.

Charlie chegou por volta do meio dia, estava com os cabelos imensos e rebeldes, Molly o forçou a sentar depois de um imenso abraço e movimentos de varinha cortou grande parte do seu cabelo, afinal ele era o padrinho do casamento e tinha que ficar pelo menos apresentável.

Molly decidiu fazer uma pequena festinha para comemorar os dezessete anos de Harry e fez um bolo enorme em forma de pomo de ouro, eles comeram a luz de velas e lampiões no jardim, já que todos juntos não caberiam no jardim muito menos com o acréscimo de Tonks, Remus e Hagrid que haviam vindo para a festa.

A festa estava pronta para começar, mas Molly ainda estava aguardando Arthur, ele realmente estava atrasado... Tinha marcado de chegar perto das !7 horas, mas já era 19 e nada dele.

Então uma rajada de luz prateada irrompeu pelo portão, Molly achou que era ele vindo por chave de portal, mas depois lembrou-se que era impossível chegar A Toca por meios mágicos então a luz prateada tomou forma de uma doninha e anunciou com a voz de Arthur que o ministro da magia estava vindo com ele.

Todos entraram em choque, o único movimento foi de Remus que agarrou a mão de Tonks rapidamente e se despediu bruscamente de Harry e se desculpou com ele e partiram pelo portão segundos antes de duas pessoas passarem por ele.

Rufus Scrimgeour e Arthur vinham pisando forte na grama e assim que ele chegou e pediu desculpas cordialmente anunciou o motivo da visita.

-Preciso falar com você – ele falou depois de dar os parabéns a Harry – e com o Mr. Ronald Weasley e a Mrs. Hermione Granger também...

-Nós? – Ron interrompeu-o bruscamente – Porque nós?

-Explicarei quando estivermos em um local mais reservado. Há na casa um local assim? – ele falou mantendo a cordialidade, mas de um jeito mandão.

-Naturalmente – Arthur falou suando frio – a... A sala de visitas... Pode usá-la...

-Mostre-me onde é – falou virado para Ron – não há necessidades de nos acompanhar, Arthur – ele abaixou a cabeça cordialmente para Arthur.

Molly trocou um olhar assustado com o marido e quando os quatro entraram na cozinha, todos se levantaram da mesa. Arthur fez um gesto para ficarem onde estavam e seguiu para dentro da casa, Molly o seguiu. Eles ficaram se olhando por um tempo.

-O que diabos...

-Ele disse que precisava falar algo urgente e pessoal com o Harry... – Arthur respondeu constrangido – não podia negar...

-Certo – Molly olhou apreensiva para a porta, estavam demorando.

Eles ouviam o barulho das vozes, mas não distinguiam as palavras. Molly estava imaginando se o ministro estava tentando forçar Harry a se unir com o ministério. Na verdade ele não tinha uma opinião formada sobre o homem, ele era um homem duro com cara de poucos amigos, mas odiava artes das trevas, o problema é que parecia levar o trabalho a serio demais e não medir escrúpulos para atingir seus objetivos, lembrava ligeiramente Percy e ele não era um bom exemplo para seu filho que trabalhava no circulo intimo do ministro, na verdade ela tinha medo do filho correr perigo por estar ao lado de um homem que desafiava aquele-que-não-devia-ser-nomeado tão abertamente. Ela estava absorta em seus pensamentos até que distinguiu palavras barulhos de passos na sala de visitas.

-... Já é hora de você aprender a ter respeito – a voz de Scrimgeour soou assustadoramente irritada.

-E do senhor aprender a merecê-los – a voz Harry respondeu igualmente alterada.

Arthur rapidamente correu e abriu a porta, Molly o seguiu e quando eles entraram no local encontraram o ministro da magia com a varinha enfiada no peito de Harry e o mesmo estava com a varinha erguida pronto para atacar, Ron estava apontando a varinha para o ministro e Hermione estava assustada, ao perceberem que não estavam mais a sós todos baixaram as varinhas, o ministro parecia o mais desconcertado de todos.

-Nós... Nós pensamos ter ouvido... – Arthur falou envergonhado e aflito ao mesmo tempo.

-Vozes alteradas – Molly complementou ofegante.

-Não... Não foi nada... – Scrimgeour olhou para o buraco na camisa de Harry – lamento... Sua atitude... – ele encarou o garoto – pelo visto você pensa que o ministério não deseja o mesmo que você, o que Dumbledore desejava. Devíamos estar trabalhando juntos.

-Não gosto dos seus métodos, ministro. Está lembrado? – ele levantou as costas da mão direita e mostrou uma frase cravada na carne “Não devo contar mentiras”. Rufus Scrimgeour o encarou por alguns segundos depois virou a capa e saiu andando depressa, Molly o seguiu até a cozinha ele passou pela mesa rapidamente e depois desaparatou.

-Ele foi embora! – ela gritou da cozinha.

-E o que ele queria? – escutou Arthur perguntar.

-Entregar o que Dumbledore nos deixou... – Harry falou demonstrando que ainda estava irritado - Acabaram de liberar o testamento.

Os cinco voltaram para a mesa e Harry contou o que ocorrera. Depois ele passaram os três objetos deixados por Albus Dumbledore a cada um. Ron ganhou o desiluminador, um objeto único que o próprio Dumbledore havia criado ele roubava toda a luz dos locais; Hermione recebeu uma copia original dos contos de Beedle: o bardo escrito em runas e Harry recebeu um pomo de ouro. Ele também deveria receber a espada de Godric Gryffindor, mas isso lhe foi negado, pois segundo a Scrimgeour não pertencia a Dumbledore e sim a todos os alunos da casa do mesmo que freqüentassem Hogwarts.

Todos ficaram encantados com os objetos de Ron e Hermione, mas ignoraram o presente de Harry, e ficaram chateados por Scrimgeour não ter dado a espada de Gryffindor a Harry.

Foi então que Molly percebeu que realmente Dumbledore havia deixado uma missão para os três fazer, uma missão que só os três poderiam fazer, do contrario não deixaria o testamento exclusivamente para os mesmos.

Já se passava das três da manhã quando Molly conseguiu finalmente pregar os olhos e ter um pequeno cochilo, acordando duas horas mais tarde. Não parava de pensar que tinha esquecido de algo e sua apreensão só aumentou, por sorte Arthur e os gêmeos estavam bem descontraídos e seu marido lembrou Harry que precisava tomar a poção polyjuice com alguns fios de cabelo de um garoto trouxa do vilarejo de Ottery St. Catchpole. Ele seria apresentado como mais um primo de Arthur, ou o primo Barny. A família de Arthur era realmente grande e ninguém se surpreenderia com mais um...

Quando ela estava subindo para ir ver Fleur, ela viu todos seus filhos homens e Harry de vestes a rigor bruxas muito bonitas, e não pode deixar de sentir orgulho e um pouco de tristeza, faltava um ruivo de cabelos meio encaracolados e óculos de tartaruga. Faltava Percy. Ela voltou a cozinha e chorou por alguns momentos, os gêmeos xingaram bastante ele, o que não melhorou a situação e foi só quando Charlie retirou os dois e pediu para que ela ajeitasse o lado direito de seu cabelo que ela esqueceu um pouco do assunto.

Logo quando chegou ao quarto de Fleur e Gabrielle viu que a nora estava tão estressada quanto ela. Ela e Madame Dellacour começaram a maquiá-la e antes das dez horas ela já estava pronta, só faltando colocar o vestido. Assim Molly passou a ter atenção a uma Ginny bastante emburrada.

A garota ruiva não parava resmungar que estava ridícula usando aquele vestido, e que era velha demais para ser dama de honra, e em como odiava a Fleuma. E foi só quando Molly gritou com ela pela segunda vez, o que fez Madame Dellacour enfiar o alfinete no braço de Gabrielle, que Ginny finalmente se calou e ficou de braços cruzados.

Tonks apareceu depois de algum tempo e convenceu Ginny finalmente a cooperar com Molly. Quando estava terminando Hermione entrou para dar uma ajudinha e Tonks saiu, pois não cabia tanta gente assim no antigo quarto de Percy. Quando Ginny finalmente saiu e Hermione estava terminando de retocar a maquiagem de Fleur uma bruxa velha e resmungona entrou no quarto, era a tia-avó de Molly, Muriel.

Assim que entrou foi resmungando criticas sobre os filhos de Molly, menos sobre Bill que segundo ela, estava com uma cara e atitude de um grande bruxo. Ela ainda soltou criticas sobre Hermione antes que a menina saísse do quarto, Molly só pode se desculpar com um olhar e depois disso Muriel retirou uma linda tiara de prata. Ela elogiou Fleur secamente que agradeceu e depois de esperar a garota finalmente colocar o vestido de noiva ela mesma colocou a tiara na cabeça da moça e disse varias precauções de que não devia fazer.

Ela saiu deixando todas aliviadas e Molly pedindo desculpas pela grosseria da mulher. Ficaram ali dando alguns últimos retoques no vestido de Fleur e Gabrielle e Molly já se perguntava onde Ginny estaria quando ela bateu na porta dizendo estar na hora ao lado de Arthur.

Todos desceram para a sala de visitas, agora a casa estava vazia a não ser por Monsieur Dellacour que esperava a filha mais velha no hall. Madame Dellacour deu um rápido beijinho nas filhas e desejou alguma coisa a Fleur em francês e depois seguiu para seu lugar. Após Molly se certificar que Ginny estava pronta, mesmo a contragosto da garota, ela e Arthur partiram para frente da marquise. Bill e Charlie surgiram por trás da marquise e ficaram aguardando, pela primeira vez ela viu uma expressão de nervosismo no rosto do filho. Os gêmeos assobiaram ao vê-los.

Então os assobios foram substituídos por exclamações de todos. Monsieur Dellacour vinha ao lado de uma belíssima jovem, Molly não sabe o porque mais a beleza dela realmente era bem maior do que a ultima vez que a vira no quarto, as cicatrizes no rosto de Bill pareceram desaparecer em meio ao seu grande sorriso. E logo atrás de Fleur vinham Ginny e Gabrielle tão bonitas quanto a noiva com seus vestidos dourados refletindo a luz do sol.

As lagrimas já escorriam no rosto de Molly antes mesmo de Fleur alcançar a marquise. Ao seu lado Madame Dellacour também fungava mais com um pouco mais de classe do que ela. O bruxo que realizava cerimônias começou a falar, mas Molly não parecia ouvir uma palavra e estava relembrando de todo o caminho que Bill passara até ali. Desde o bebezinho ao irmão mais velho que sempre fazia questão de ensinar coisas boa aos caçulas, realmente ele tinha vocação para ser o primeiro de seis homens e uma mulher.

Quando o bruxo baixinho parou de falar e fez um movimento com a varinha sobre a cabeça dos noivos uma chuva de estrelas prateadas saiu de sua varinha e as bolas acima da cabeça dos convidados se romperam ao mesmo tempo em que os gêmeos começavam os aplausos, aves douradas e sinos saíram das bolas.

Então depois que todos os convidados se levantaram a marquise deu espaço a uma pista de dança e as cadeiras foram se juntar às mesas já posicionadas. Molly ainda com os olhos coberto de lagrimas foi a primeira a parabenizar o casal seguida por Madame Dellacour.

Bill puxou Fleur para a primeira dança e um Arthur muito envergonhado seguiu com Madame Dellacour, Molly aceitou de bom grado a mão estendida de Monsieur Dellacour e eles começaram a valsar. Aos poucos outros casais foram entrando na pista de dança.

Quando a primeira musica acabou ela foi dançar com Remus e depois com Charlie. Viu Ginny dançando com Lee Jordan e Ron dançando com Hermione, o filho estava com as orelhas imensamente vermelha e a garota com o rosto rosado, mas com um sorriso engraçado nos lábios, Ginny dava olhadas furtivas para um pilar onde um garoto ruivo estava apoiado, parecendo absorto em seus pensamentos.

Quando finalmente se cansou de dançar ela foi se reunir com seu marido e Monsieur Dellacour a mesa, Madame Dellacour estava dançando com Charlie. Eles ficaram conversando bastante sobre as praias ao sul da França onde Monsieur Dellacour estava pretendendo comprar um chalé e se mudar, dizia estar cansado da vida corrida em Paris e ficava até mais fácil para Gabrielle e visitá-los nos feriados da escola.

O fim da tarde chegou rapidamente e com ele veio as mariposas que ficavam ao redor das velas, Molly viu Charlie, Hagrid e um primo de Arthur cantando alguma musica que não conseguia identificar.

Ela viu Ron ainda dançando com Hermione agora sorrindo, os dois pareciam bem felizes. Ginny estava com uma expressão meio desanimada apesar de conversar com Luna Lovegood filha de Xenofilius Lovegood um morador também de Ottery St. Catchpole e editor d’O Pasquim, ela estava no mesmo ano de Ginny, mas em casas diferentes. Fred e George haviam sumido há algumas horas e Bill estava paparicando Fleur.

Molly finalmente estava aliviada, mas algo dentro dela dizia que algo ruim ainda ia acontecer, ela olhou ao redor e tentou tirar a idéia da cabeça. Nada de ruim poderia acontecer, todos estavam bem. Tonks até conseguira fazer Remus deixá-la dar bolo na sua boca.

Virou-se para um lado e viu Xenofilius desdenhando comentários de um rapaz forte com um nariz estranho, ele se virou irritado e o ignorou e voltou a observar umas plantas estranhas do jardim. O jovem bruxo se virou e foi andando depressa esbarrando em algumas pessoas.

Ela balançou a cabeça e tirou os pensamentos ruins da cabeça e acompanhou Hermione tirar os sapatos e andar até uma cadeira vazia ao lado do mesmo garoto ruivo que Ginny andara lançando olhares, e Molly lembrou ser Harry disfarçado, enquanto Ron rumava para o outro lado. Realmente ela seria uma boa nora, e então um lampejo prateado surgiu do nada no meio da pista de danças, ela esfregou os olhos pensando estar vendo coisas, mas em vez da luz prateada desaparecer ela tomou a forma de um grande felino de orelhas pontiagudas, era um lince prateado... O patrono de Kingsley.

Então com uma voz grossa e lenta, mas nem um pouco calma o lince falou.

-O ministro caiu. Scrimgeour está morto. Eles estão vindo.

Então a musica parou, as danças pararam, algumas pessoas começaram a se virar para a fumaça de prata que veio depois do lince se desfazer. Todos os membros da ordem sacaram a varinha instantaneamente. E então um grito veio. Um grito aterrorizante.

Todos perceberam a situação após o grito e começaram a correr para todos os lados, alguns já desaparatando. O feitiço de proteção estava quebrado. O pânico reinou. Molly olhou para sua mesa e viu que todos estavam prontos para uma luta, Charlie e Hagrid pareceram despertar da bebedeira, Ron corria no meio da multidão procurando alguém, Ginny se abaixara com Luna em sua mesa com as varinhas erguidas e os gêmeos apareceram de uns arbustos com os cabelos despenteados e varinhas erguidas seguidos de duas primas francesas de Fleur. Molly agradeceu aos céus por ter uma facilidade tão grande em encontrar cabeças cor de fogo.

Foi aí que eles apareceram. Dezenas de homens encapuzados de preto com mascaras no rosto se materializaram no meio do jardim, lançando maldições e azarações por todos os lados. Remus e Tonks que estavam uma mesa a frente gritaram “Protego” juntos e uma redoma apareceu na frente deles. As luzes das velas se apagaram até a ínfima luz do sol desapareceu, e cada vez mais ia aparecendo mais homens encapuzados.

Arthur olhou nos olhos dela e ela pode ver a mesma expressão de medo que vira quando soubera que Ginny havia sido levada para a câmara secreta. Ela procurou por vestígios dos filhos, mas já não enxergava um palmo em frente ao seu nariz e sentiu varias pessoas sendo jogadas ao seu redor e uma voz falou.

-Não se mexam! Não façam movimentos bruscos! – era uma voz arrogante de um homem então a luz apareceu de novo e os homens encapuzados sumiram e surgiram vários homens. Molly reconheceu-os como comensais da morte, alguns haviam fugido de Azkaban, outros sempre estiveram livres, mas os membros da ordem sabiam quem eram – eu sou o novo ministro da magia! – então ela reconheceu o homem como Pio Thickenesse, um membro do alto escalão do ministério e que sabiam estar sob o domínio da maldição Imperius.

O silêncio continuou, a não ser por risadas de alguns comensais da morte que continuavam a jogar pessoas desacordadas ao redor deles. Molly reconheceu Charlie, e teve um aperto no coração ele estava distante dela e não sabia se estava vivo ou... As lagrimas começaram a escorrer pelo seu rosto e olhou ao redor e viu Ginny segurando Luna que estava com um braço cortado, viu Fred e George olhando furiosos para os homens, mas amarrados. Bill estava ao lado de Fleur. Não havia nenhum sinal de Ron, Hermione ou o garoto que Harry se disfarçara.

-Onde está Arthur Weasley? – ele falou. Arthur levantou o braço e se levantou.

-Quem é da sua família aqui? – Thickenesse falou olhando ao redor, Molly deu mais uma espiada e viu que Remus e Tonks não estavam ali e agradeceu internamente embora não por muito tempo não parava de olhara para Charlie assustada. Arthur apontou para os seus filhos, sua mulher, a nora, os sogros de seu filho e a cunhada do seu filhos. – ótimo... Vão para dentro todos que ele apontou... O resto fica aqui... – ele olhou para duas pessoas extremamente grandes – vocês dois saiam já se não quiserem uma visita permanente em Azkaban – ele falou na direção de Hagrid e Madame Maxime, a diretora da academia Beuxbatons. Hagrid ficou imóvel, mas foi arrastado pela mulher meio-gigante.

Molly correu para Charlie para ampará-lo junto com o marido, a primeira coisa que fez foi colocar a mão em seu pescoço... Havia pulso. O peso no coração diminuiu, mas uma duvida que continuava em seus coração tomou prioridade agora que sabia que Charlie estava bem... Scrimgeour estava morto... E Percy?

-Weasley, eu não quero ouvir mentiras entendeu? – ele rosnou assim que todos estavam na sala de estar acompanhados por mais uns sete comensais e uma mulher com cara de sapo. Arthur concordou com a cabeça. – onde está Harry Potter?

-Eu não sei... – Arthur respondeu assustado.

-Ah não?

-Porque saberíamos? – Fred falou.

-Crucio – um dos comensais apontou a varinha para Fred que começou a se contorcer e uivar de dor.

-NÃO! – Molly gritou com lagrimas nos olhos.

-Pare! – Thickenesse ordenou ao comensal e Fred parou de se contorcer e começou a arfar com dificuldade – sem mais intromissões certo? – ele virou-se novamente para Arthur – você não sabe onde está Harry Potter?

-Desculpe ministro, mas não faço a mínima idéia...

-Não é verdade que ele é o melhor amigo do seu filho caçula... Ronald se não estou enganado? – Thickenesse o cortou. Arthur confirmou com a cabeça – Dolores... – ele se virou para a mulher com cara de sapo, ela foi para mais perto da luz e Molly viu um medalhão dourado em seu peito com um grande S – qual deles é o tal do Ronald?

A mulher percorreu a sala com os olhos e parou olhando maliciosamente para os gêmeos como se saboreasse a falta de orelha de George e o estado em que Fred estava no chão.

-Ele não está aqui ministro... Reconheço aqueles dois imundos ali – ela indicou os gêmeos – os outros dois – ela virou a cabeça para Charlie, ainda inconsciente e Bill – eu não conheço, mas devem ser os mais velhos... As duas garota foram pegas com Potter na tramando algo ano passado... – ela apontou a cabeça para Luna – mas não vejo nenhum sinal da mudblood nem do pirralho de cabeça vermelha.

-Ótimo... – Thickenesse sorriu – Arthur você poderia me explica o porque do seu filho caçula Ronald Billius Weasley não está na sua casa – Bill olhou aterrorizado para o pai, Arthur engoliu em seco.

-Ele... Está enfermo ministro... Muito doente – Arthur falou pausadamente.

-Ah claro... E em que leito do St. Mungus ele se encontra? – Umbridge desdenhou.

-Não está no St. Mungus... – Arthur começou.

-É não temos dinheiro para mantê-lo lá... – George falou tentando dar apoio ao pai e Molly lembrou do plano de Ron, para livrá-los de problemas.

-E onde ele está Weasley?

-No quarto dele... É o mais alto da casa perto do sótão – Arthur respondeu ao ministro, estava soando frio e Molly lembrou-se que o vampiro ainda devia estar no sótão, pois o combinado era só ir ao quarto de Ron após o casamento.

-Então vamos lá... – George se levantou ainda amarrado – você fica... Arthur pode vir comigo... Venha você também mulher – ele indicou Molly com a cabeça e fez gesto para dois comensais seguirem ele – espero realmente que esteja falando a verdade Weasley... Seria horrível ter que mandar uma família de pureblood para Azkaban por traição... – Arthur engoliu em seco e adiantou-se.

-Antes que entre ministro... Tenho que avisar ao senhor que ele está com sarapintose – o ministro parou e depois deu um sorrisinho desdenhoso.

-Está inventado uma doença Weasley para que eu não veja seu filho?

-Espere Thickenesse... Eu já ouvi falar nessa doença – um dos comensais falou e Molly reconheceu sendo com Crabble. – um primo do Goyle morreu disso...

-É... Também já ouvi falar disso – o outro falou fazendo o sorriso desaparecer de seu rosto.

-Ela é muito contagiosa... Só quem entra no quarto para alimentá-lo sou eu – Molly não sabe como conseguiu falar aquilo, mas sua voz saiu um pouco confiante.

-E porque você não contrai a doença? – Thickenesse retomou o sorriso desdenhoso.

-Porque é a mãe dele...

-O que isso tem a ver Rockwood? – o ministro olhou surpeso.

-Pessoas com os mesmo genes não podem contrair a doença – Rockwood falou – eu ouvi falar que quando a pessoa contrai o tal parasita da doença ele absorve as características do hospedeiro e só volta a mudar para um corpo com características diferentes...

-É o Goyle me contou que era perigoso até para os primos chegarem perto dele... – Crabble falou assustado fazendo o ministro se espantar ainda mais.

-Na verdade nem os irmãos estão autorizados a entrar no quarto – Arthur falou recuperando a voz e a confiança – como estou sempre trabalhando deixo que a Molly o alimente... – o ministro pareceu ficar dividido entre o medo de contrair a doença e a satisfação de mandar uma família traidora para Azkaban.

-Eu quero ir pelo menos até a porta do quarto!

-Eu o levo Arthur... Não temos certeza se você pode contrair a doença – Molly falou vendo a cara do marido voltar a ficar pálida.

-Eu vou ficar aqui Thickenesse... – Crabble rosnou.

-Eu também...

-Ótimo, mas fiquem de olho no Weasley!

Molly se adiantou e subiu o ultimo lance de escadas, com a luz apagada, e com o quarto do garoto tão desarrumado o ministro poderia dar uma rápida olhada e achar que Ron estava ali se ficasse ainda na escada, mas ele se adiantou a frente da porta e encostou na parede oposta a ela. Molly se adiantou tremendo e sua mão suada girou a maçaneta quando a porta se abriu ela pulou para trás. Um vampiro de pijamas cheio de perebas no rosto e com cabelos laranjas se levantou da cama. O ministro gritou e saiu em debandada pela escada Molly agradeceu a Merlin e empurrou o vampiro para a cama depois de fechar o alçapão ainda aberto e a porta do quarto. Quando chegou lá embaixo os comensais haviam sido dispensados.

-OK Weasley obrigado pela cooperação, mas eu terei que deixar alguns aurors por aqui para garantir que se o Potter venha para cá eu seja avisado.. – Thickenesse falou ainda com cara de nojo no rosto.

-Sim senhor ministro, mas se não é muita ousadia da minha parte poderia me dizer o que aconteceu com o antigo ministro Scrimgeour? – Arthur falou educadamente.

-Pra quer você quer saber? – rosnou o ministro.

-É que nosso filho trabalhava no circulo intimo dele... Percy Weasley – Molly falou e todos se assustaram com a pergunta, seu coração estava batendo muito forte.

-Ah... Certo – Thickenesse falou abobadamente – Scrimgeour caiu em uma cilada do Lord das Trevas e foi morto... – Molly engoliu em seco – mas por acaso eu conheço o seu filho... Ele está passando uma semana de férias longe do trabalho... Eu mesmo o dispensei... – Thickenesse virou-se novamente para Arthur quando Molly relaxou e viu todos a imitarem – se me dá licença...

-Ah... ministro desculpe novamente a ousadia... – Arthur falou mais manso do que da ultima vez – mais porque o senhor poderia estar atrás de um garoto de dezessete anos? Quero dizer... Porque o interesse em Potter? – Thickenesse olhou bem para Arthur.

-Ah testemunhas oculares que dizem ter visto sair da torre de astronomia na noite em que Dumbledore foi assassinado, e exigimos a presença dele no ministério imediatamente, ele é o principal suspeito pela morte de Dumbledore... Onde está Dawlish? – ele rosnou para Rockwood.

-Aqui – Dawlish falou, tinha os olhos meio cansados – desculpe ministro... Estava dormindo...

-Não importa! Quero você aqui junto ao Crabble, me informe se algo acontecer... Só saia do posto quando eu voltar a vir aqui...

Ele se virou e saiu da casa rapidamente seguido por Umbridge que ainda olhava deliciada para a situação dos gêmeos. Molly sentiu um ódio enorme da mulher.

Todos ficaram ali por duas horas sentados. Fleur saiu para trocar o vestido de noiva junto com Ginny. Quando Dawlish bocejou Bill fez um movimento rápido com a varinha e ele pareceu ter os olhos fora de órbita.

-Agora papai – Bill sussurrou para Arthur.

-Dawlish preciso ir ao banheiro... Muita cerveja amanteigada sabe...

-OK, mas não demore você tem que ficar aqui até novas ordens.

Arthur foi até a cozinha enquanto Crabble entrava na sala e perguntava pelo paradeiro do homem, Dawlish explicou para ele o ocorrido e Crabble aceitou. Arthur reapareceu e quando Crabble saiu da sala ele falou.

-Mandei um recado para o largo Grimmauld, a casa de Remus, a casa dos Granger e para o Hogshead... – ele sussurrou para Bill.

Já passava das quatro da manhã quando Thickenesse retornou ao lado de Yaxley e dispensou Crabble e Dawlish. No outro dia Bill partiu com Fleur para o chalé das conchas. Madame Dellacour, Monsieur Dellacour também partiram. Arthur pediu imensas desculpas, mas Monsieur Dellacour sorriu e disse que aquilo sim era divertido, um pouco e ação sempre era bom...

Já estavam no fim da tarde quando Charlie finalmente acordou, ele contou que fora pego por uma maldição cruciatus e um estuporamento ao mesmo tempo, logo após paralisar dois comensais.

Todos ficaram esperando noticias de Ron, mas nada veio. Arthur achou melhor não tentar contatá-lo, pois não tinham certeza de onde ele estava e provavelmente os locais para onde mandara o patrono poderiam estar sendo vigiados agora.

O Profeta Diário publicava agora uma foto gigante do rosto de Harry com os dizeres: Indesejável nº 1, caso seja visto contate o ministério imediatamente, dez mil galeões pela captura.

Dois dias após o casamento Tonks apareceu assustada na porta deles.

-Remus esteve aqui? Ele está aqui? – Tonks falou quase choramingando.

-Não ele... O que houve Tonks? – Molly parou e olhou para a mulher

-Ele... Ele fugiu – ela entrou sem esperar convite e desabou na mesa e começou a chorar – ele... Saiu... Sem dizer pra onde ia... Já faz horas... Logo depois que descobrimos... Estou grávida...

-Você o que? – Molly olhou nos olhos da jovem mulher.

-Estou grávida... – ela esbanjou um sorrisinho.

Então alguém desaparatou no jardim dos Weasleys Molly pegou a varinha e correu para o quintal Remus estava parado olhando para a porta.

-Dora... – ele falou com a voz seca.

-Remus! – ela saiu correndo e pulou no pescoço dele – eu... Eu achei que ia te perder para sempre...

-Lamento – sua voz ainda falhava e continha uma raiva nela, como aquele garoto teimoso poderia entender o que sentia, ele havia ido até ali ajudá-lo... Havia oferecido uma mão e recebera ofensas... Ofensas por tentar deixar sua mulher e seu filho em segurança... Um filho – vamos para casa...

-Remus você... – Tonks soluçou – você promete que não faz mais isso? Que não sai mais sem me dizer para onde vai... Como iríamos viver sem você? Eu e nosso filho não iríamos conseguir...

-Desculpe... Eu fui egoísta – ele repassou as palavras de Harry... Ele falou igualzinho a como James falaria... Então tomou consciência dos sentimentos de Harry... Ele era órfão... Ele não aceitaria nunca a idéia de um pai abandonar um filho para morrer por uma missão que não lhe pertencia... Remus olhou para o céu e falou internamente para os amigos finados “Ele é um grande homem...”. – Eu prometo... Vamos para casa... Nós três juntos...

-Hey! Não acham que vão embora sem uma comemoração vão? – Molly falou da porta da cozinha.

Logo que Arthur chegou com a cara triste de sempre, Remus contou que Ron, Harry e Hermione estavam bem, mas não contou o local onde estavam. Também não falou detalhes da conversa.

As noticias de Remus foram motivos de comemorações e brindes com whisky de fogo. Já era madrugada quando os dois partiram sorrindo. Realmente era bom receber a noticia de uma gravidez.

Molly agradeceu novamente a Merlin por manter sua família bem. O resto do mês passou com visitas freqüentes de Dawlish, alguns aurors e comensais da morte A Toca, para verificarem se Ron ainda estava no quarto, mas nunca chegavam a olhar muito bem o quarto e para se certificarem de que Harry não estava por lá.

As coisas estavam indo de mal a pior no ministério, havia sido criada uma seção para certificar que as pessoas tinham sangue bruxo nas veias e os nascidos trouxa estavam sendo caçados e mandados para Azkaban por “roubar magia”, a chefe dessa seção medonha era Dolores Umbridge a mesma mulher de cara de sapo que Molly sentira um ódio tremendo.

Na manhã do dia trinta de agosto Molly estava com a boca cheia de suco quando leu a manchete d’O Profeta Diário, na qual a grande foto de Harry fora substituída pela de Severus Snape, o assassino de Dumbledore tinha sido nomeado diretor de Hogwarts e antes mesmo que Molly pudesse avisar a Ginny que ela não voltaria a Hogwarts ela leu o trecho que dizia que era obrigatório que todas as crianças fossem para a escola. Dois professores entraram no corpo docente, os irmãos Carrow. Molly os reconheceu como dois comensais que fugiram da primeira fuga em massa de Azkaban.

Quando Arthur vai para o trabalho frustrado, Molly ficou pensando se realmente seria uma boa idéia continuar a cooperar com o ministério ao invés de fugir. Seria questão de tempo até que fossem interrogados por algum motivo idiota. Bill, Arthur e Remus refizeram o feitiço Fidelius d’A Toca, deixando Arthur como fiel do segredo e só quem ele convidasse explicitamente poderia entrar no local, os feitiços foram reforçados para não perder a força com o tempo.

Se já não bastasse todas as duvidas que Molly estava sentindo na mesma noite da noticia que Snape assumiria o cargo de diretor, Arthur chegou com a noticia de que estavam sendo investigados e de que Percy estava muito saudável trabalhando para o novo ministério. Só no outro dia foi que Arthur trouxe consigo noticias que o ministério havia sido invadido por três indivíduos, provavelmente Harry, Ron e Hermione disfarçados e que agora o largo Grimmauld fora invadido por comensais da morte. Ele mesmo havia ido ao local.

Foi com um aperto enorme no coração que Molly viu Ginny partir para Hogwarts. A noticia da invasão do ministério foi abafada. Porem O Pasquim começou a publicar noticias sobre crueldades dos comensais e fazer apologias a Harry Potter. Ao mesmo tempo surgiu o Potterwatch, um programa de radio secreto comandado por Lee Jordan, o amigo dos gêmeos. Ele era o único a noticiar as mortes encobertas pelo ministério, e as atrocidades que os trouxas estavam sofrendo.

Já era outubro quando Molly recebeu uma carta de que Ginny, ao lado de Neville Longbotton e Luna Lovegood haviam sido pegos tentando roubar a espada de Godric Gryffindor do gabinete de Snape, e esta foi mandada a Grincotes, o banco dos bruxos gerenciados por duendes.

Bill trouxe a noticia de que a espada estava no cofre dos Lestrange. Uma semana mais tarde receberam a noticia de Hagrid que tudo estava bem, o castigo havia sido terem que ir até a floresta proibida com ele. Molly sentiu seu peito aliviar-se novamente.

Ted Tonks, o pais de Tonks foi considerado foragido pel’O Profeta Diário e estava sendo caçado como nascido trouxa que precisava ser levado a julgamento imediatamente, Molly foi visitá-la e viu como sua barriga estava enorme, já estava com quatro meses, e parecia otimista quanto a seu pai. Remus parecia um pouco mais alegre com o tamanho da barriga da esposa.

Bill parou de ir visitar sua casa no meio do mês de novembro e quando dezembro chegou ele disse que iria passar o natal junto com Fleur. Molly desconfiou de algo, mas segundo Arthur “eles eram recém-casados e queriam aproveitar o tempo juntos”. Foi em dezembro que Kingsley e Lee Jordan quase foram pegos. Kingsley citou o nome d’aquele-que-não-devia-ser-nomeado no programa Potterwatch em uma cabana perto de Oxford e foram cercados por sete comensais. Kingsley e Lee derrotaram-nos as custas de um cruciatus no jovem bruxo. Depois disso o auror se tornou foragido junto com esposa.

Comensais e aurors foram mais uma vez até A Toca para verificarem se não havia nenhuma noticia de Harry e para investigarem se Kingsley havia ido lá. Remus trouxe a noticia que eles estavam suspeitando a algum tempo: havia um tabu mágico sobre o nome d’aquele-que-não-devia-ser-nomeado. O programa só voltou a ser exibido no natal.

Molly sentiu um grande alivio ao encontrar Ginny na estação King Cross. Ela estava com os olhos vermelhos. Lhes contou que Luna Lovegood havia sido levada por comensais da morte, para que o pai dela parasse de publicar o que realmente vinha acontecendo n’O Pasquim. Ela se chocou e foi mais uma vez se sentindo vazia que deixou a filha partir para a escola com medo de não voltar a vê-la.

No fim de janeiro Bill apareceu n’A Toca transtornado.

-O que houve Bill? – Molly perguntou assustada.

-Eu... Er... Nada... Alguma noticia do Ron – ele olhou ao redor e tentou disfarçar.

-Não... Nenhuma... – Molly olhou nos olhos do filho mais velho e viu apreensão neles – espere aí William Arthur Weasley! – Bill virou-se assustado ao ouvir seu nome, sua mãe detestava por alguma razão o William, era um superstição bruxa que nomes com W não deviam ser dados a primogênitos e por isso forçara todo mundo a conhecê-lo por Bill.

-Eu... Preciso ir... Fleur – ele já passava pelo portal quando Molly segurou suas vestes.

-Você viu o Ron! – Molly falou quando o filho se virou para vê-la – e ele desapareceu! Porque não me contou?!? – ela quase gritou.

-Eu... – ele recuou até a parede – está bem... Eu o vi sim... – então ele contou que Ron havia passado o mês todo de dezembro na casa dele e sumira de repente no dia anterior. Molly sentiu um alivio por saber que o filho estivera bem, mas também entrou em pânico por não saber onde ele estava agora. – eu prometi a ele... – Bill lançou um olhar furioso a mãe – tenho que ir Fleur está me esperando...

Assim que Arthur chegou em casa ela contou as novidades sobre o filho, ao contrario dela Arthur recebeu a noticia com entusiasmo. Ele disse que se Ron havia sobrevivido até agora e tinha sumido era pra voltar a se juntar com Harry e Hermione.

Um dia após a visita de Bill, Molly estava pendurando roupas no quintal quando viu uma explosão de uma colina adiante, mas ou menos onde os Lovegood moravam. Ela rapidamente chamou Arthur, e assim que ele chegou ela narrou o ocorrido. O marido partiu e só voltou bem tarde com a noticia de que Harry e sua amiga trouxa foram vistos na casa de Xenofilius Lovegood. Molly ficou feliz pelos dois, mas a apreensão aumentou... Onde Ron estava?

O mês de fevereiro passou bem vagarosamente e Molly ansiava por noticias sobre o filho caçula, mas não tinha meios de consegui-las. Fred e George estavam vindo visitá-la cada vez mais. Eles narravam o que estava acontecendo no Beco Diagonal, como a maioria das lojas foi substituída por lojas de artigos das trevas e como estava difícil para eles manterem o negocio, na verdade só estavam lucrando com o serviço pelo correio coruja.

Março passou mais devagar ainda, e se não fossem as visitas freqüentes a Tonks e seu barrigão Molly duvidava que tivesse animo para comemorar a páscoa no inicio de abril. Na verdade o melhor presente que recebeu foi ter todos os filhos em casa, exceto Percy e Ron. Bill e Fleur partiram a noite, mas os outros dormiram n’A Toca. Dois dias antes do fim do feriado Bill apareceu no meio da madrugada com o rosto assustado e apressado.

-Temos que sair daqui! Vamos! Eles vão vir para cá! – ele falou depois de acordar a todos – deixem os pertences! Levem só o que for essencial... Arrumamos roupas em algum lugar! Fred deixe esse malão ai! Ginny pegue logo esse seu pássaro estranho!

-O que houve Bill? – Charlie falou ele e Arthur eram os únicos que seguiam as instruções de Bill.

-Explico na casa de Muriel! Vem Ginny – ele agarrou a irmãzinha e correu para o jardim e aparatou. Molly olhou para o marido.

-Vamos! – ele gritou empurrando os gêmeos e os cinco correram para o jardim e aparataram num jardim extremamente bonito, estavam perto da porta da frente de uma mansão.

-Bill o que aconteceu? – Charlie repetiu.

-Porque estão vindo atrás da gente? – George perguntou.

-E porque temos que vir para casa da morcega velha? – Fred complementou.

-Harry, Ron e Hermione invadiram a casa dos Malfoy... Ron foi descoberto o disfarce do vampiro já era... – todos olharam para ele aterrorizados – estão bem... A Hermione esta um pouco ferida, mas estão vivos... O Mr. Olivaras está lá em casa também junto com Dean Thomas e Luna Lovegood... Há também um duende e um elfo domestico morreu – ele falou sem fôlego e tocou a campanhinha. – eu já acordei o mordomo dela, vão ficar aqui até acharmos um lugar melhor... Eu retorno amanhã com noticias tenho que ver como os outros estão – ele se virou para os gêmeos – e vocês dois tratem de não ofendê-la, ela estar dando uma casa segura para vocês!

Falando isso Bill desaparatou fazendo o coração de Molly bater fortemente.

N/A: infelizmente eu tive que para aqui porque senão ia ficar extremamente gigante, isso porque eu sai deixando de lado algumas idéias minhas sobre o que aconteceu em outubro... bem é isso aê mesmo Boa Leitura, próximo capitulo o bicho vai pegar! Molly duelando!

;D

e sim comentários por favorzinho

XD

Malfeito Feito!

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