Sete Filhos Part 7



N/A: aqui a ultima parte da homenagem aos weaslyes espero q gostem... e obrigado por lerem mandem comentarios se possivel

Chapter Three – Sete Filhos [Part 7

Molly olhou para o local onde seu filho estivera a poucos segundos, todos ao seu redor olhavam para o local assustado até que uma porta se abriu e um homem de idade pediu para que entrassem. Era o Mordomo de Muriel, Molly o conhecia, ele trabalhava lá desde que Molly era uma garotinha.

Dois elfos domésticos vieram correndo e trazendo duas bandejas com chá e biscoitos.

-Madame Muriel está na sala de visitas no segundo andar – o mordomo falou cordialmente – ela ficou muito feliz em receber companhia, mas avisa que os gêmeos não devem tocar em nada – os olhos dele recaíram em George que cutucava uma armadura, ele parou no mesmo instante. – por aqui sim?

Todos o acompanharam, Fred engolia alguns biscoitos fazendo os elfos terem que acompanhá-los. Molly fez uma cara feia para o filho que fingiu não ter visto e pegou outro biscoito.

Molly não estava estática. Como isso tudo ocorrera de uma hora pra outra. Ron estava desaparecido a pelo menos dois meses e de repente aparece na casa de Bill ela queria ir lá ver como o filho estava, ver se estava bem, também tinha que ver se Harry e Hermione estavam ok...

-Molly não... – Arthur sussurrou no ouvido dela – e isso vale para vocês também! – ele falou virando-se para os outros – não devemos importuná-los... – ele pausou, tinha aparência de cansado e parecia discordar com o que dizia – será mais difícil pra eles voltarem pra sua busca se formos vê-los...

-Arthur! – Molly falou irritada – você esta pensando mesmo em deixá-lo continuar com isso?

-Não cabe a nós decidir isso... Se o Ron, Harry ou Hermione quiserem ver um de nós o Bill nos avisará... – ele virou os olhos e os pausou em Ginny – nada de ir até o chalé das conchas entendeu mocinha? – ela amarrou a cara e cruzou os braços – e vocês nada de sair daqui para ir ver a loja – falou olhando para os gêmeos – agora estamos foragidos assim como Kingsley e os outros... Portanto nada de idéias geniais! – ele falou num pulso forte. – já basta o Ted ter morrido... – ele falou com os olhos pesados, eles souberam a dois dias que Ted Tonks, amigo de Arthur de longa data de Hogwarts, havia sido encontrado morto... Foi um choque pra todos e Molly pensou que Tonks pudesse perder o bebê... Mas quando foram visitá-la ela sorriu e disse que ele ao menos morreu como gostava de viver... Se aventurando.

O mordomo finalmente parou a frente de uma sala.

-Madame Muriel espera você aqui... Ela também me pediu para levar os gêmeos para o quarto... Não quer eles perto de seus pertences mais valiosos e frágeis – os gêmeos amarraram a cara, mas Arthur fez menção para eles o seguirem e a contra-gosto eles o fizeram.

-Molly querida! – Muriel falou de uma cadeira. – sentem-se, sentem-se... Então finalmente estão caçando vocês? – Arthur confirmou com a cabeça ainda acanhado. – eles demoraram um pouco não? Achei que iriam matá-los quando os emboscaram no dia do casamento... Sempre disse que não era bom ser um traidor do próprio sangue e se aliar com trouxas e mudblood... – ela deu um gole no chá e Molly sentiu a tempora de Arthur pulsar na testa – mas não faz mal... Podem ficar aqui o tempo que quiserem é bom ter companhia...

-Mas... Aqui é seguro? – Ginny falou.

-Mais seguro não poderia ser... – a velhota rica sorriu e deu outro gole em sua xícara – eu sou muito respeitada sabe, e vivo mandando boa quantidade de galeões para o ministério... Em troca eles me deixam em paz... E ainda existe alguns feitiços que eu mesma coloquei – ela voltou a sorrir – então o que houve?

-Ronald... – Molly falou acanhada, sabia que seu marido odiava sua tia, mas não tinham opções era o único local que era verdadeiramente seguro para ficarem.

-Ele não estava acamado? – ela perguntou com um sorriso cínico no rosto.

-Não... Ele está por aí com Harry Potter... – Molly falou sem graça. Muriel cuspiu o chá da boca.

-Então foi ele que estava lá visitando o Xeno? – ela perguntou – as pessoas não acreditaram quando ele disse que eram dois garotos e um garota... É aquela mudblood do casamento que está com eles não?

-Não xingue a Hermione! – Ginny se exaltou.

-Acalme-se Ginnevra... É só um modo de falar – ela bebeu o chá – então ele conhece realmente o famoso Harry Potter... Ele era aquele Barry da festa não? – ela falou sem esperar resposta – bem que achei ele mais inteligente que outro Weasley... E bem parecia bem interessado em Dumbledore... Dizem que foi ele que enfrentou Você-sabe-quem no natal na casa de Bathilda... O garoto parece estar levando mesmo a serio as baboseira de Albus... – ela terminou de tomar chá – e os outros como estão?

-Bill, está com Fleur em sua casa...

-A garota ainda não me devolveu a tiara – ela lançou um olhar irritado. Molly ficou acanhada. – bem não importa... Tenho certeza que Bill o fará... É um bom garoto...

-Er... Bem... – Molly deu um sorrisinho amarelo. Estava se sentindo muito incomoda de estar ali naquela casa.

-Charlie?

-Ainda na Romênia... – Molly percebeu então o quão perigoso estava para o seu filho tratador de dragões...

-Ah sim... Bill pegou uma coruja para mandar-lhe uma carta quando veio aqui... – Muriel comentou – ele continuar com os dragões não é... E Percy?

O aposento ficou em silencio, Molly então ficou pálida. Na correria de saber se Ron estava bem esquecera totalmente de Percy. Ele estava exposto... Poderia ser usado como isca para Ron... Para Harry...

-Arthur... – ela gemeu ainda pálida.

-Não se preocupe... – ele falou tão pálido. – Percy... Sabe se cuidar...

Depois de mais alguns minutos desconfortáveis em que Muriel fazia perguntas inconvenientes, Molly se viu pensando em Percy sendo torturado ou pior sendo morto por vários comensais da morte.

Ela e Arthur entraram no quarto que iriam dormir e ficaram deitados olhando o céu. Sabia que o marido pensava o mesmo que ela, talvez estivesse se sentindo pior por estar brigado com o filho. Então uma coruja bateu o bico na janela. Molly gritou de susto. Depois foi até ela e reconheceu Hermes, a coruja de Percy.

Mãe,

Estou bem, estou escondido... Estava no bar de Albeforth quando dois comensais entraram comentando que você-sabe-quem estava castigando os Malfoy por terem deixado Potter, uma mudblood e um Weasley fugirem... Não direi onde estou, caso a carta seja interceptada. Ficarei foragido... Não se preocupem já percebi que o ministério não presta... Peça desculpa ao papai por min.

Percy.

Molly derramou duas lagrimas de alivio no papel, e estendeu a carta para o marido e depois de lê-la ficou com um sorriso bobo e deu suspiro de alivio.

Seus filhos estavam bem, e isso era o que importava.

Duas noites após a chegada deles na casa de Muriel, Bill apareceu trazendo o Mr. Olivaras que trazia consigo uma tiara muito bonita. Este logo entregou a Muriel que ficou felicíssima em acomodas o velho senhor e ficou encantada quanto este a cortejava educadamente agradecendo pela hospitalidade. Bill já ia embora quando Molly o jogou contra a parede, fazendo todos os Weasleys a olharem surpresa, Muriel continuava a conversar com Olivaras na sala de estar.

-Onde pensa que vai mocinho? – Molly disse segurando as vestes do filho mais velho que se dirigia para a lareira.

-Jantar em casa – ele respondeu erguendo uma sobrancelha.

-Molly... – Arthur disse tirando os olhos do jornal e repreendo a mulher que amarrou a cara e soltou o filho – nós já conversamos sobre isso... Quando ele quiser ele virá falar conosco... Bill tem alguma novidade sobre a tal missão?

-Não... – Bill franziu o cenho e respondeu para o pai – Mas sei que Harry, Ron e Hermione estão tramando algo com Griphook...

-Serio... – Fred disse retirando os olhos de um embrulho que ele George finalizavam – O Ron está se saindo um irmão mais prestativo que todos os outros...

-É... Ele poderia ir trabalhar na nossa loja se continuar a quebrar regras... – George disse sorrindo – o que acha que estão tramando com um duende? – ele cochichou para o gêmeo.

-Eles já invadiram o ministério... – Fred falou serio e também cochichando – talvez invadam Grincotes...

Os dois se entreolharam serio.

-Nããão... – eles falaram sorrindo e terminando o embrulho e despachando a coruja.

-O que estão aprontando? – Bill indagou sorrindo.

-Nada... Só mantendo os negócios em dia – George se levantou e pegou outro embrulho – mande um oi por nós sim?

-E diga ao Harry que eu o amo – Ginny disse tirando os olhos do livro, todos a olharam surpresos – que foi? – ela perguntou olhando os outros – Ah... Diga que amo o Ron e a Hermione também...

-Mande um oi por nós também... – Arthur falou calmamente.

-Nós deveríamos ir lá... – Molly falou emburrada.

-Não, não devíamos... Se formos quem vai impedir desses dois fazerem a Muriel enfartar? – Arthur disse sorrindo... – vá logo Bill antes que sua mãe mude de idéia e você não consiga jantar... – Bill sorriu e atravessou adentrou na lareira desaparecendo nas chamas verdes esmeralda.

Na tarde seguinte eles receberam uma ótima surpresa, Tonks e Remus apareceram junto com a mãe de Tonks, Andrômeda e um bebezinho no colo. Todos gritaram de alegria e até Muriel pareceu se alegrar sem se importar que um lobisomem estivesse em sua casa.

Eles brindaram e Remus disse que Harry era o padrinho. Assim que eles foram embora a monotonia voltou.

-Um tédio completo – foram as palavras de Ginny após uma semana na casa de Muriel, já que eles não podiam sair para nada, os únicos que saiam da casa era m os elfos domésticos para repor os estoques de comida. Os únicos fatos realmente interessantes eram Fred e George que cada vez mais faziam Muriel arrancar seus cabelos rendendo boas risadas de todos, inclusive do mordomo que pareceu ter se tornado um ótimo companheiro dos gêmeos, os auxiliando nas entregas.

Duas semanas e meia depois de terem chegado a casa de Muriel, um dos elfos domésticos voltou assustado para casa dizendo que o mundo iria acabar, todos o fitaram assustados. Ele então explicou o porquê: Grincotes havia sido invadida... E todos no Beco Diagonal haviam presenciado isso, assim como viram um dragão sair voando de lá.

Fred e George ficaram brancos e se entreolharam. Ginny sorriu e Arthur ficou imaginando com um sorriso como o ministério estaria tentando abafar o caso, e em como estaria um caos... Deveria haver muitos trouxas que presenciaram a cena.

-Foi o Harry... Ele estava tramando isso com o tal duende – Fred comentou e todos se viraram pra ele.

-Nós pensamos que poderiam estar pensando em invadir Grincotes, mas depois repensamos... E vimos que era absolutamente loucura invadir Grincotes... Mas o que eles queriam em Grincotes? – George complementou igualmente assustado. Os outros os fitaram perplexos e ficaram pensando no que haviam dito. Era absolutamente natural que Harry, Ron e Hermione depois de invadirem o ministério irem a casa dos Lovegood e conseguiram fugir da casa dos Malfoy... Se realmente haviam invadido Grincotes eles só faltavam ir até...

-Hogwarts... – Ginny disse fazendo todos olharem para ela. – eles vão pra Hogwarts...

-Mas é loucura... É o prédio mais bem guardado pelos homens de você-sabe-quem depois de Grincotes e o ministério... Até Hogsmead está sendo vigiada – Molly falou tremendo.

-Bem... Eles já invadiram o ministério e Grincotes se não me engano não? – George falou sorrindo.

-Eles realmente são uns loucos... Eles fazem parecer o que fazemos brincadeiras de crianças... – Fred disse com um sorriso maior que o irmão – o Ron finalmente trouxe orgulho a nossa família...

Já era de madrugada quando Bill apareceu na casa confirmando a todos as suspeitavam... Haviam sido mesmo Harry, Ron e Hermione que invadiram o banco ele falara com um duende amigo dele que contara a ele tudo sobre o ocorrido e agora a pouco Dean Thomas e Luna Lovegood haviam sumido de sua casa.

-Eles foram pra Hogwarts! – Ginny exclamou alegre – Harry está em Hogwarts! Tenho certeza!

-Como assim? – Arthur e Molly falaram juntos.

-Eu, Neville e Luna combinamos de que se o Harry voltasse nos mandariam um sinal... – ela disse feliz e remexendo os bolso – onde está aquele maldito galeão?

-Não é que é verdade... – George falou segurando um galeão que acabara de tirar da carteira – está quente... E vejam – ele mostrou que onde deveria haver o numero de fabricação da moeda havia a mensagem Potter’s back.

-Isso é loucura! Loucura! – Molly disse alarmada tomando a moeda das mãos do filho para ter certeza de que era mesmo aquilo que lia. E então pulou pra trás quando a moeda voltou a brilhar e mostrar a mensagem “Hogshead, we fight”. Ginny a apanhou e leu e depois falou confiante.

-Estão pedindo para aparatarmos diretamente no Hogshead... – ela disse decidida para os gêmeos.

-Você não vai a lugar algum mocinha – Molly disse irritada.

-Do que está falando mãe? Eu vou sim... Harry finalmente retornou a Hogwarts... Vamos acabar com o domínio dos Carrow... Eu vou sim – ela bateu o pé com o rosto vermelho.

-Não vai nada! – Molly retrucou virando-se para o marido que ainda pensava no que fazer.

-Hum... – Fred disse sorrindo – os Carrow são aqueles que fazem a Umbridge parecer mansinha não?

-Eles mesmos – Ginny disse ainda fuzilando a mãe.

-Está pensando o mesmo que eu George? – Fred falou rindo.

-Claro... Isso é bem nostálgico... Chutar a bunda de professores carrascos – ele sorriu – podem contar conosco...

-Lee... – Fred retirou uma bolinha do bolso e leu a mensagem – estão atrasados... Ele já está lá... Vamos? – os dois levantaram a varinha e Ginny agarrou-se ao braço de George e os três desapareceram.

-FRED! GEORGE! GINNEVRA! – Molly gritou ao ouvir os estalos. – eu vou lá agora...

-Calma Molly... – Arthur disse soando frio – precisamos tomar uma decisão aqui... E precisamos do maior numero de membros da ordem possíveis...

-Mas...

-Ela está com os irmãos ficará bem por enquanto... – ele se virou para Bill – se os jovens vão lutar nós devemos ajudá-los... Já está na hora de revidarmos...

-Com certeza – Bill disse sorrindo em meio as suas cicatrizes.

-Do que está falando Arthur... Precisamos recuperar nossos filhos...

-Molly, por favor... Isso é para o futuro dos nossos filhos – Molly percebeu que o marido estava finalmente de volta aos tempos de juventude – Bill acha que consegue contata Remus e Kingsley?

-Claro e de quebra ainda peço para eles chamarem toda a ajuda possível... Fleur vai querer ir também e de quebra vou avisar ao Charlie - ele falou sumindo nas chamas verdes esmeralda.

-Otimo... Agora Molly esta na hora de você decidir se vai lutar ou não... – ele falou calmo, mas sem esconder a excitação que sentia em saber que finalmente iriam combater os malditos comensais e aquele-que-não-devia-ser-nomeado...

-Eu... Claro que vou lutar! Vou mostrar a eles o que a campeã do clube dos duelos pode fazer – Molly disse sorrindo para o marido – ou você acha que vou deixar meus filhos na mão de comensais?

-Nunca duvidei de você... – Arthur a beijou como não se beijavam a muito. Um beijo rebelde. Um beijo ousado que a fez lembrar dos seus tempos de adolescente – só para te lembrar que o nosso fogo vai arder eternamente – ele disse ajeitando os óculos.

-Sim... – ela falou sentindo o rosto queimar. Uma gata prateada entrou na sala de estar.

-Vamos lutar Arthur! Traga todos os membros da ordem possíveis – a voz de Minerva McGonagall saiu da boca da gata.

-Ótimo... Molly me ajude... Chame os McKinnon – ele disse fazendo vários movimentos com a varinha e vários fios prateados irrompiam de sua varinha.

-Agora... – ela o imitou – devo chamar Augusta?

-Imediatamente... – Arthur sorriu. E parou de fazer movimentos. – Acho que com ela terminamos... – ele falou após um fio de luz prateada sair da varinha de Molly – agora vamos... Precisamos nos reagrupar... A se pudéssemos contar com ‘Mad-Eye’...

-Vigilância Constante! – Molly disse fazendo os dois sorrir e desaparatarem dentro do Hogshead.

-Isso está se tornando uma estação de trem? – Alberfoth disse irritado – pelo menos traz algum lucro... – ele resmungou apontando com a cabeça para os recém-chegados. Kingsley estava na escada quando virou-se e os viu. Havia três jovens garotas no fim da escada.

-Finalmente a luta – Kingsley disse com sua voz grossa. – vamos Arthur... – eles se dirigiram para um quadro que mostrava um corredor. Todos saíram correndo pelo corredor e quando finalmente alcançaram uma passagem se viram dentro de um grande salão cheio de adolescentes e alguns membros da ordem.

-Demoraram... – Fred os saudou sorrindo.

-Sabe como é... O congestionamento está grande... – Kingsley respondeu se juntando a Bill, Fleur e Remus. Arthur os seguiu e junto com um garoto que Molly reconheceu ser Oliver Wood eles começaram a discutir os planos de defesa. Harry abriu a porta e ele uma Luna entraram.

-Vamos lutar! – Molly ouviu o garoto dizer isso, e vários vivas vieram das pessoas dentro da sala. Pouco a pouco eles foram saindo da sala com as varinhas erguidas e expressões decididas. Uma certa garotinha ruiva já se encaminhava para a porta quando Molly a segurou pelo braço.

-Aonde pensa que vai mocinha? – ela disse irritada.

-Lutar... – Ginny respondeu calmamente.

-Não você pra casa...

-Eu vou lutar sim... Todos os outros vão! – ela bateu o pé desafiadoramente, isso funcionaria com qualquer um menos com Molly, que batia o pé do mesmo jeito que ela e conhecia muito bem o gênio forte de Ginny, afinal ela havia o herdado dela.

-Você é menor de idade! – Molly exclamou irritada. – os rapazes sim! Mas você vai voltar pra casa!

-Não vou voltar – a garota cruzou os braços tentando fazer sua mãe largar o que segurava.

-Estou na Armada Dumbledore... – falou emburrada.

-... Um grupo de adolescentes – Molly desdenhou tentando puxá-la para próximo da passagem.

-Um bando de adolescentes que está disposto a enfrentar ele, o que mais ninguém fez até então! – Fred interveio em favor da irmã fazendo Molly corar de raiva,

-Ela só tem dezesseis anos – Molly gritou furiosa – Não tem idade suficiente! Que é que os dois tinham na cabeça quando a trouxeram junto? – os gêmeos abaixaram a cabeça e se entreolharam envergonhados.

-Mamãe, tem razão Ginny – Bill disse calmamente tentando acalmar os ânimos – Você não pode lutar. Todos os menores de idade terão de se retirar, é o certo.

-Não posso ir pra casa! – Ginny finalmente cedeu e lagrimas escorreram pelo seu rosto. – toda minha família está aqui, eu não suportaria ficar lá sozinha, esperando sem saber e... – ela se virou para Harry suplicando apoio, mas este a olhou assustado e balançou a cabeça – ótimo! Vou dizer adeus e então... – ela disse irritada e colocando a cabeça na passagem fazendo Molly suspirar aliviada.

Mas antes dela sequer colocar metade do corpo dentro da passagem um homem caiu ali. Ele se desequilibrara e caiu dentro da sala fazendo todos o olharem surpresos. Molly fitou seus cabelos ruivos e óculos de tartaruga surpresa.

-Cheguei tarde demais? Já começaram? Acabei de saber... Eu... – ele se levantou e fitou os familiares surpreso – eu...

Todos calaram-se e ficaram fitando-o. Ele também não falou observou o pai e depois os gêmeos.

-Entam como vai pequene Tedi? – Fleur disse nervosa para Remus, querendo quebrar o silencio.

-Eu... Ah sim! Está ótimo – Remus falou tão surpreso quanto os outros, estivera observando a cena atentamente. – é... A Tonks está com ele na casa da mãe! Olhe tenho fotos! – ele falou escandalosamente tirando fotos e mostrando para Harry e Fleur, todos os Weasleys se encaravam em silencio.

-Fui um tolo! – Percy finalmente falou, tão alto que Remus derrubou a foto no chão assustado – Fui um boboca! Um idiota pomposo... Fui um... Um...

-Cego pelo ministério, renegador de família, um debilóide sedento de poder – Fred disse sério fitando o irmão mais velho. Percy o olhou espantado e engoliu em seco.

-Fui tudo isso... – ele balançou a cabeça afirmativamente.

-Bem você não poderia falar com maior justeza – Fred complementou abrindo um sorriso e estendendo a mão, mas nunca chegou a apertar a mão do irmão, pois Molly o empurrou para o lado e agarrou Percy num forte abraço.

-Desculpe papai – Percy falou finalmente se desvencilhando da mãe. Arthur sorriu e o abraçou junto com Molly.

-O que o fez tomar juízo Percy? – George falou quebrando o novo silencio que se instaurara.

-Eu já vinha tomando a algum tempo – ele enxugou os olhos por baixo dos óculos e falou - mas precisava encontrar um modo de sair e não é fácil, no ministério não param de prender traidores. Consegui fazer contato com Albeforth e ele me avisou faz dez minutos... Que Hogwarts ia resistir, então vim.

-Bem... Esperamos que nossos bons monitores assumam a liderança em momentos como esses – George estufou o peito – vamos subir senão não sobraram bons comensais da morte para nós.

Todos já saiam pelas escadarias quando Molly viu Ginny andando sorrateiramente, já ia começar uma nova confusão quando Remus interveio e propôs que Ginny ficasse na sala precisa. Ela a contra-gosto aceitou e então Molly e os outros desceram para um corredor.

Eles todos desceram para o salão principal e então Molly se deu conta de que Ron e Hermione haviam sumido desde que ela chegara a Hogwarts.

Harry parou de pergunta pro eles quando a voz imponente de Minerva ecoou pelo salão principal dando ordem de evacuação para os alunos menores de idades e quem quisesse ir embora.

Então a voz d’aquele-que-não-devia-ser-nomeado adentrou pelos terrenos de Hogwarts. Ele exigiu que se Harry Potter não viesse até ele até a meia-noite ele ia ter que ser obrigado a atacar a escola. Lógico que eles não aceitaram a oferta dele e se prepararam para a batalha a meia-noite tudo começou.

Kingsley finalmente expôs seus planejamentos, os professores McGonagall, Sprout e Flitwick ficariam responsáveis pelas torres mais altas do castelo; ele, Remus e Arthur ficariam responsáveis pela base. Fred e George pelas passagens secretas e os demais dando cobertura para os lideres.

Então o castelo pareceu tremer. Os feitiços de proteções começaram a ser testados. A toda hora Molly via estatuas se deslocando para os terrenos ou para auxiliar os seus filhos gêmeos.

Uma pontada de dor surgiu no coração daquela mulher. Ela sabia... Não iria voltar pra casa com sua família completa, mas soube que não poderia impedir, nada que dissesse mudaria a opinião deles e foi por isso que Molly decidiu lutar, para formar um mundo em que pudessem viver em paz, para protegê-los se possível e para vingá-los se necessário embora não ousasse a pensar nisso.

Ela estuporou dois comensais que entraram por uma janela quebrada e os amarrou e os enjaulou. Dois a menos... Mais então ela viu um garoto ao seu lado tombar morto e viu um amigo estuporar ferozmente o atacante. Ele se abaixou no chão e fitou o amigo morto.

O coração de Molly disparou, o garoto morto devia ter a idade de Ron... Lagrimas surgiram em seus olhos e ela correu para o salão.

Ao chegar lá se deparou com Remus duelando com Dolohov. Ela correu para ajuda-lo, mas foi impedida por Crabble, e ela começou a duelar com este irritada. Ela o atacava furiosamente e o homem patético recuava assustado, nunca imaginara que ela fosse tão poderosa.

Quando viu Augusta Longbotton e Tonks descerem por escadas atacando qualquer comensal pelo caminho. Dois comensais que adentraram o salão caíram inconscientes. Tonks saltou cinco degraus de uma vez e passou pelo buraco que Remus e Dolohov haviam deixado.

-Você realmente acha que pode me vencer Lupin? – Dolohov desdenhou evitando mais um feitiço do lobisomem.

-Não só posso como vou... – ele retrucou disparando um jato azul tão forte que o feitiço escudo de Dolohov o fez recuar para trás.

-Remus! – Tonks gritou indo para perto dele.

-Dora! O que faz... PROTEGO! Aqui? – ele disse evitando mais um feitiço de Dolohov.

-Eu não podia deixar você lutar sozinho – ela respondeu irritada.

-E o Teddy? Crucio! – finalmente seu feitiço atingiu o homem que começou a se contorcer de dor no chão.

-Está com minha mãe... Vai ficar bem... Império – ela apontou a varinha para um comensal caído que levantou e começou a atacar três comensais que corriam na direção do colegio. – não podia deixar você vir sozinho eu...

-Avada Kedavra! – uma voz feminina veio de traz dos três comensais haviam sido derrotados pelo companheiro controlado. Bellatrix Lestrange deu um sorriso maníaco pra Tonks e avançou contra ela – está na hora de me livrar da vergonha da família... Avada Kedavra! – Remus abaixou a cabeça de Tonks e os dois foram para o chão.

-Eu te amo Dora agora fuja! – ele a empurrou para dentro do buraco.

-Avada Kedavra – Dolohov ainda caído e ofegante disse apontando a varinha para Remus. O jato de luz verde o atingiu pelas costas e Tonks viu o sorriso dele ao empurra-la pra longe a tempo. Tonks sentiu os olhos enxerem-se de lagrimas.

-Nãããão! – ela gritou, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, foi forçada a se arremessar dentro da escola, pois Bellatrix arremessara uma maldição da morte contra ela.

-HAHAHAHA! Finalmente! O lobinho morreu! Agora ele pode se juntar aos amiguinhos... Ele vai se encontrar finalmente com os “marauders” – ela falou com desdém a ultima palavra – todos estão mortos e agora é sua vez queridinha...

-Avada Kedavra – Tonks disse com os olhos vermelhos cheios de lagrima e com os cabelos se levantando. Bellatrix se assustou com o movimento repentino da sobrinha e com um corte rápido da varinha no ar fez o corpo de um comensal caído ir a direção do feitiço fazendo-o cair morto. Enquanto isso Dolohov se levantou e correu para longe sorrindo e arfando.

-Então você sabe fazer isso? – ela sorriu desdenhosa. Molly acabara de derrubar Crabble e foi correndo com lagrimas para perto de Tonks. Mas então algo atingiu o castelo e o fez balançar. Tonks caiu para trás e foi atingida em cheio por uma maldição da morte lançada por Bellatrix. Molly sentiu um aperto enorme no coração, mas antes que seu feitiço atingisse aquela mulher horrorosa uma laje as separou. Bellatrix deu uma gargalhada alta e subiu pela lage para o segundo andar disparando jatos verdes em qualquer coisa que se movesse.

Molly recolheu os corpos de Tonks e Lupin e os colocou juntos da laje. Sentindo as lagrimas ainda queimarem seu rosto ela ouviu passos atrás de si. Um comensal preparava um feitiço para ela quando ela viu o sangue jorrar do peito dele e viu uma cabeleira ruiva pular das escadas junto a um homem de barba suja.

-Não toque na minha mãe!

-Ginny? Mas o que? – ela falou nervosa com as lagrimas caindo na boca.

-Não podemos só estuporá-los mamãe... – ela falou seria.

-Porque não está na sala... – Molly começou a se desesperar, porque sua pequena filha estava ali nomeio de um combate.

-Harry, Ron e Hermione precisaram usar a sala... – ela disse jogando uma grande pedra contra um buraco no outro lado do salão. Albeforth fez uma das mesas ganharem vida e correr na direção de cinco comensais que iam na direção deles...

-Mas... – ela olhou nos olhos cor de mel da filha e se viu quando jovem. Não poderia impedi-la de lutar ela se levantou passou a mão no rosto e estuporou um dos três comensais da morte que se livrara da mesa. – que feitiço das trevas foi esse que você usou mocinha?

-Sectusempra – Ginny falou apontando para um comensal que vinha das escadas – é o feitiço que arrancou a orelha do George...

-Ah... COMO VOCÊ APRENDEU ISSO? – Molly quase deu um chilique ao ouvir a filha dizer isso.

-O Harry descobriu num livro que era do Snape no ano passa... Estupefaça – a pedra que vinha na direção delas explodiu e as duas se abaixaram – passado e o usou acidentalmente no Malfoy... TONKS! – ela gritou ao ver os olhos vidrados da jovem moça ao lado do seu marido também morto – eles...

-Sim... – Molly falou ao ver as lagrimas da filha e sentiu as suas voltarem a descer pelo seu rosto – não temos tempo pra isso, vamos... Não adianta ficar aqui – ela disse triste puxando Ginny, e as duas subiram para o primeiro andar onde viram George e Lee Jordan duelando com um homem alto e cabelos negros.

-Sectusempra – Molly o atingiu bem no peito fazendo ele tombar e George e Lee Jordan a olharem aliviados, estavam arfando de cansaço.

-Ei... Esse feitiço me tirou uma orelha – George disse sorrindo e empurrando o corpo do bruxo escada abaixo. – onde aprendeu?

-Ginny – Molly disse cortando o ar com a varinha e destruindo boa parte da escada para impedir os comensais de subirem – viram seu pai ou Kingsley por aí?

-Kingsley matou derrubou três comensais perto da estufa. Snape apareceu, mas teve que recuar porque um visgo do diabo o agarrou... – Lee respondeu sorrindo – Parece que a Sprout os impediu de entrar por lá, os comensais fugiram em debandada de perto das estufas, alguns caíram ao ouvir as mandrágoras...

-Eu não vi papai faz tempo, mas tenho certeza que vi Bill afugentando vario dementadores e comensais perto da cozinha... – George falou ofegante. Então tudo balançou novamente, mas dessa vez foi como um terremoto e eles viram por uma janela a torre de astronomia cair...

-Mas o que diabos... – George disse quando viu dos vultos vindo na direção deles – Diffindo – a parede se quebrou e eles viram a luz da lua nova duas aranhas enormes esmagadas pelos pedaços de parede que George havia derrubado sobre elas.- porque elas estão atacando? As acromântulas deviam estar no meio da floresta agora...

-Não temos tempo para isso... – Molly puxou o filho e viu varias pessoas virem pelos corredores, Kingsley vinha ao lado de Flitwick e vários alunos.

-A torre da Ravenclaw ainda está intacta... Deixei meus garotos cuidando dela – ele disse – como está o salão?

-Onde está Remus? – Kingsley falou alarmado.

-Eles tomaram o salão... Remus caiu... – Molly falou com a voz vacilante fazendo George e Lee a olharem surpresos. Kingsley a olhou nos olhos e fechou a cara depois passou com ela junto com seu grupo.

-Vá auxiliar Arthur, ele esta tendo dificuldades na entrada da floresta... – Kingsley disse já virando nas escadas. – Avada Kedavra – ele falou apontando para alguma coisa que Molly não pode ver, pois já estava correndo ao lado de Ginny, George e Lee para o segundo andar e viraram a esquerda correndo para o pequeno túnel que levava para a casa de Hagrid e a orla da floresta.

Lá ela viu Arthur e mais meia dúzia de estudantes combatendo uma dezena de comensais e acromântulas ao mesmo tempo. O mais estranho é que eles atacavam juntos as aranhas gigantes e quando se livravam delas atacavam os inimigos.

Molly e seu grupo desceram disparando feitiços para as aranhas e os comensais que estavam afastados dos lutadores de Hogwarts. E quando finalmente estavam os fazendo recuar a voz do bruxo maligno que conduzia aquela batalha ecoou novamente pelos terrenos da escola.

Ele elogiou os seus inimigos, mas disse não querer mais derramar sangue mágico. Molly sentiu seu rosto se enfurecer, Remus e Tonks estavam mortos e ele não queria derramar sangue mágico? Ela parou e pensou. Seus filhos... Será que estavam todos bem? Dois estavam ao seu lado, mas e os outros quatro? Um aperto surgiu em seu peito e ela sentiu Arthur puxar sua mão na direção do castelo. A batalha havia sido paralisada. Eles já estavam na frente do salão principal quando terminaram de ouvir a voz do lord das trevas dizer que se Harry se rendesse em um a hora a batalha iria terminar. Sentindo uma fúria descomunal por aquele bruxo nojento Molly adentrou o salão e viu que o chão estava repleto de sangue. Haviam vários corpos pelo chão, tanto de comensais como de lutadores de Hogwarts. Foi então que ela viu três cabeças ruivas próximos aos corpos de Tonks e Remus.

Eles estão bem! Foi o primeiro pensamento que veio a mente de Molly, mas depois percebeu que havia algo errado... O mais alto dos três estava curvado sobre o corpo de um, e então ela ouviu os soluços de Fleur e dos outros dois. Ela começou a correr desesperada e quando chegou lá sentiu uma falta de ar e suas pernas fraquejarem. Ela tombou, mas foi auxiliada por Lee o amigo dos gêmeos e foi só então que ele também percebeu o que se passava.

Bem diante deles estava um Fred com os olhos vidrados e sem vida esboçando um pequeno sorriso nos lábios assim como Lupin. Bill estava ao lado de Fleur chorando e Percy ainda estava agarrado ao irmão. Molly viu seu marido cair de joelhos ao seu lado. Ouviu Ginny começar a chorar e abraçar Bill e sentiu George ficar petrificado ao seu lado.

-Fred... É brincadeira... Acabou a graça – ele falou com a voz fraca – não tem mais graça Fred pode acordar...

As palavras dele ecoaram pelo salão e Molly sentiu um enorme aperto no peito. Seu filho... Fred... Estava morto, as lagrimas não paravam de descer pelo seu rosto, ela sentiu que seu mundo acabara. Fred... O tão alegre Fred... Estava morto...

Seu pior pesadelo havia acontecido... Um de seus filhos jazia ali, agora em seus braços morto. E os soluços não paravam de sair. Ela viu Arthur cair de quatro e esmurrar o chão. George caiu de joelho e colocou a mão na cabeça. Ele começou a berrar enraivecido e então Lee o segurou pelos ombros. O amigo estava chorando também.

-Foi minha culpa... Eu... – Percy soluçava – deveria tê-lo empurrado... Ele derrubou um comensal com o Ron... Eu derrubei o ministro... – ele engasgou com as lagrimas que caiam em sua boca e com sua propia saliva e pareceu se desesperar – eu... sorri... E quando ele sorriu para min... Rookwood o atacou... o chão cedeu... eu... não fiz nada... – Percy falou desesperado. Bill o segurou pelos ombros. Molly tirou os olhos de Percy e os voltou para Fred e começou a acariciar os cabelos dele.

Era tão jovem... Ia se casar com uma garota bonita... Era tão bonito... Porque... Porque ele havia sido levado... Era um sonho... Ela iria acordar logo e perceber que isso tudo não passava de um pesadelo... Mas porque parecia tão real? Porque? Fred... Não podia estar morto...

-Fred... – Arthur disse em meio a soluços com a voz embargada e fechou os olhos do filho e ficou ali o observando e soluçando. George caiu de quatro e ficou com a testa encostada no chão ao lado da cabeça do seu gêmeo.

Arthur ficou passando a mão no cabelos do filho enquanto lagrimas insistiam em escorre pelas suas bochechas e Molly ficou agarrada ao tórax do filho. Ela não tinha que aceitar isso... Porque ia aceitar que seu filho estava morto? Era mentira... Fred não podia estar morto, mas ali com o rosto encostado no peito dele, ela sabia que era verdade, não ouvia o coração do filho...

Ron e Hermione se juntaram ao grupo pouco depois. Hermione ficou abraçada e Ginny por um tempo e Ron tentou consolar Percy ao lado de Bill. Ron tinha o rosto vermelho e Hermione rosado. Ginny estava com os olhos imensamente vermelhos assim como os demais.

-Arthur... – Kingsley o chamou após minutos que pareceram ser séculos – Bill... – ele virou-se para Bill serio. – meus pêsames – ele fez uma profunda reverencia – mas precisamos decidir o que fazer...

Ninguém falou nada só se pode ouvir os soluços abafados de Molly pelo peito do filho.

-Temos que decidir... Se fugimos ou lutamos – Kingsley disse dando um passo a frente e só então viram que seu rosto estava molhado de lagrimas – não temos muito tempo até que ele reinicie o ataque...

-Do que está falando? – Ron falou limpando o rosto – vamos lutar... Vamos acabar com isso hoje...

-Mas...

-Ron tem razão... Não conseguiria viver sabendo que não tentei vingar Fred – Bill disse tentando formar um sorriso, mas não conseguiu – vamos lutar!

-Arthur?

-Concordo com meus filhos... – Arthur disse após retirar os óculos e limpara a face com a manga da camisa.

-Certo então precisamos de um plano... McGonagall e Flitwick nos esperam na sala ao lado junto com os que ainda podem e querem lutar... – ele disse e todos o seguiram – Molly você vem...

Molly não respondeu, ela se inclinou e deu um delicado beijo no rosto do filho o acomodou ao lado de Tonks e Lupin e se levantou se encaminhando para uma grande sala ao lado do salão principal. Os sobreviventes não passavam de cinqüenta pessoas. Três garotos saíram para recolher os corpos ao redor do castelo, entre eles o garoto Longbotton dizendo que não poderia deixar o corpo da professora Sprout por aí se é que ela estivesse morta. Ginny também se foi com Neville, dizendo que iria trazer o resto dos que estivesse aptos e com vontade de lutar.

A reunião não rendeu muita coisa. A única coisa que foi decidida foi que iriam continuar a lutar enquanto pudessem empunhar uma varinha, iriam empunhar a varinha por Potter... Mas foi aí que sentiram a falta dele. Harry havia sumido e faltava pouco menos que dez minutos para a hora que o lorde das trevas havia dado.

Todos começaram a ficar preocupados. Onde diabos estava Harry Potter? Alguns se desesperaram dizendo que era o fim e então o que mais temiam aconteceu.

A voz dele ecoou novamente pelos terrenos da escola e todos ficaram chocados. Ele acabara de dizer que Harry estava morto, que tudo havia acabado e que ele saíra vitorioso. Todos saíram da sala e correram para o saguão de entrada e viram um vulto grande seguido por varias pessoas saírem da orla da floresta. Hagrid carregava no colo o corpo inerte de Harry,

Quando Molly vislumbrou aquela cena sentiu o resto do seu coração que sobrara ao choque da morte de Fred terminar de se despedaçar. Depois dos filhos e do marido... Harry era quem ela mais temia que morresse. E agora ele jazia morto no colo de Hagrid, lagrimas escorreram pelo seu rosto. Não queria acreditar que a esperança havia acabado... Não podia acreditar. Não tinha que aceitar que os assassinos de seu filho ficariam impunes.

-NÃO! – Minerva falou ao seu lado caindo de joelhos desesperada. Não podia ser... Molly sentiu o desespero da amiga ao seu lado e sentiu suas pernas também fraquejarem.

-Não! – Ron afirmou ao seu lado desesperado com lagrimas no rosto.

-Harry... – Hermione falou.

-HARRY! – Ginny gritou tentando se desvencilhar de Bill que a segurava. Ela tentava ir até eles.

-SILENCIO – Voldemort falou fazendo o local ficar em completo silencio, embora Ginny ainda se esganiçasse, sua voz não saia. Ele mandou Hagrid o colocar em seus pé, e o meio gigante demoradamente o fez. Então ele riu malignamente de Harry e da situação dele. Ele disse que Harry havia sido morto tentando fugir. Molly sentiu uma fúria repentina, era mentira, Harry nunca fugiria. E então aconteceu.

Neville Longbotton se desvencilhou da avó e pulou na direção da Orla, Rowle, o grandão loiro tentou derrubá-lo com um feitiço, mas levou um murro na cara do garoto e tombou no chão. Bellatrix Lestrange o estuporou e o garoto caiu a poucos metros do bruxo das trevas e do corpo de Harry.

Voldemort ficou analisando Neville por um momento e o ridicularizando enquanto todos os fitavam chocados. Então ele fez um movimento com a varinha e após o barulho de uma janela quebrada um chapéu velho e rasgado pousou na mão branca de Voldemort. Este colocou ela na cabeça de Neville e disse que a partir de agora não precisavam do chapéu seletor, a partir de agora todos iriam pertencer a Slytherin.

Os lutadores de Hogwarts avançaram, mas os comensais da morte em um numero bem maior ergueram as varinhas em tom de aviso. E dizendo que seria isso que aconteceria com quem o desafiasse Voldemort agitou a varinha e chamas surgiram no chapéu. A multidão gritou chocada.

E aí varias coisas aconteceram ao mesmo tempo: um gigante menor pulou em cima dos dois que trabalhavam para o bruxo das trevas. Com a barulheira Neville retirou o chapéu da cabeça e o jogou no chão. Pegou a espada em sua cabeça e desferiu um golpe certeiro na cabeça da cobra ao lado de Voldemort que tombou morta. Centauros dispararam flechas contra os dois gigantes maiores que urraram de dor e foram golpeados pelo gigante menor.

Voldemort urrou de ódio e quando sua varinha ricocheteou no ar para matar o garoto com a espada, algo o fez cambalear para trás, havia um feitiço escudo entre eles. Então eles ouviram.

-HARRY! – Hagrid gritou – HARRY! ONDE ESTÁ HARRY!

E todos se deram conta que o garoto com a cicatriz sumira. Hagrid pulou em cima de um dos gigantes abaixado que acertava os centauros com as mãos. Os comensais se dispersaram procurando abrigo das flechas dos centauros, foi quando foram surpreendidos por uma enorme quantidade de bruxos liderados por Slughorn e Mudungus Fletcher e Charlie Weasley que os encurralou. Molly arregalou os olhos.

Varias criaturas aladas atacaram os gigantes. Um deles caiu no castelo depois de um murro certeiro do pequeno. O outro urrou irritado e jogou sua clava contra todos ao seu redor. Todos os bruxos foram forçados a adentrar no castelo, e na confusão vários comensais tombaram. Alguns centauros entraram junto pisoteando comensais. Quando eles atingiram finalmente o salão principal viram vários elfos domésticos liderados por um bem velho com um medalhão reluzindo no peito. As pequenas criaturas armadas de facas urraram e pularam em cima dos comensais.

A batalha estava começando a virar de lado. Os comensais que sobreviviam matavam qualquer um a seu redor.

Yaxley tombou com um feitiço duplo de rachar pedras disparados por George e Lee, Flitwick arremessou Dolohov contra uma janela por onde algumas aranhas entravam. Ron e Neville derrubaram o lobisomem Greyback, Arthur e Percy derrubaram Thcknesse e Albeforth a Rookwood. Narcissa e Lucius Malfoy atravessaram o salão até as ampulhetas das casas e desapareceram por lá.

Dois duelos chamavam atenção de todos. Voldemort duelava contra Kingsley, Minerva e Slughorn ao mesmo tempo e parecia estar vencendo, do outro lado Bellatrix enfrentava Luna, Ginny e Hermione ao mesmo tempo. Ela disparou um jato verde que por poucos centímetros não atingiram Ginny.

-MINHA FILHA NÃO! SUA VACA! – Molly falou entrando no meio do duelo, a sua varinha riscava o ar com uma velocidade incrível. E Bellatrix a imitava com uma velocidade igualmente alta. – FIQUEM FORA DO MEU CAMINHO – ela gritou para as três garotas que tentavam ajudá-la.

Luzes não paravam de irromper das varinhas das duas mulheres, o chão a seus pés rachou todos observavam a cena espantados. Bellatrix desfez o sorriso que mantivera no rosto e começou a ofegar assim como Molly. Alguns estudantes tentaram ajudar a matriarca Weasley, mas está os impediu.

-Que vai acontecer com seus filhos depois que eu matar você? – Bellatrix disse sorrindo ao fazer Molly recuar sem equilíbrio – quando a mamãe for pelo mesmo caminho do Fredinho? – ela sorriu se desviando facilmente dos feitiços disparados por Molly.

-Você... nunca... mais... tocará... em... nossos... filhos... – Molly disse disparando varias maldições da morte seguidas, Bellatrix desviou das seis primeiras com um sorriso imenso no rosto ela viu a sétima e ultima passar por baixo do seu braço esquerdo e atingir-lhe o coração, seus olhos saltaram das órbitas e o sorriso diminuiu. Ela tombou morta e a multidão que assistia bradou de felicidade.

Voldemort se virou e urrou furioso ao ver sua ultima e mais fiel seguidora tombar. Kingsley, Minerva e Slughorn foram arremessados para longe com a fúria de Voldemort. Ele ergue a varinha na direção de Molly, esta sorriu ao ver que havia conseguido proteger seus filhos até o fim, estava pronta para se juntar a Fred...

-PROTEGO – um grito surgiu entre os dois e Voldemort cambaleou para trás, Harry despiu sua capa da invisibilidade e os dois ficaram se encarando. Os dois começaram a andar em círculos de frente para o oponente. Todos os olhavam estáticos. A batalha final iria acontecer. Tudo dependia daquilo. Eles falavam por um momento. E quanto o primeiro raio de sol adentrou pelas janelas e buracos nas paredes do castelo os dois riscaram o ar com as varinhas. A de Harry foi mais rápida e o jato vermelho atingiu o jato verde e a varinha na mão de Voldemort, esta escapuliu da mão dele e o jato verde se voltou contra ele.

Voldemort caiu morto.

Então todos gritaram de alegria, Ron e Hermione foram os primeiros a alcançar Harry, depois Ginny e Luna, e depois todos o abraçavam e passavam a mão na sua cabeça. Havia acabado. Estava acabado.

A Paz.

Molly nunca pode dizer que aproveitou aquele sentimento de paz que surgiu nos dias seguintes, pois ainda chorava pela morte do seu filho perdido na batalha. Fred... Era a única coisa que seu coração podia dizer, mas ela pode sentir que um dia ainda seria feliz.

E os meses se passaram. Harry e Ron a pedido de Kingsley, o ministro da magia provisório o ajudaram na reconstrução do ministério. Em julho Hermione retornou com seus pais da Austrália. A Toca foi reformada. Arthur agora era o chefe da seção de transportes mágicos e estava recebendo bem mais do que antes. Ele pediu a Kingsley que atendeu prontamente, que a seção de mau uso dos artefatos dos trouxas fosse reajustada e uma nova seção surgiu: a do contato com os trouxas. Arthur prontamente a assumiu deixando o cargo de transportes mágicos para um feliz Percy. Bill se tornou o gerente bruxo de Grincotes ainda no fim de agosto.

Foi no fim de agosto também que Ron, Harry e Hermione foram surpreendidos com cartas de Hogwarts. Eles tinham uma nova chance de voltar. Ron tentou instigar a mãe a forçá-lo a voltar para a escola, mas Molly simplesmente sorriu e disse que o que ele decidisse seria ótimo.

Os dois recusaram o convite para adentrarem na seção de Aurors do ministério. Hermione retornou ao colégio com Luna e Ginny.

Dois anos após a batalha Fleur deu a luz a uma linda garotinha que eles decidiram chamar de Victorie. Victorie foi o primeiro motivo para Molly sorrir em anos, mesmo sendo muito ciumenta Fleur aceitou de bom grado dividir a filha com a sogra. Foi nesse ano também que Ginny se tornou apanhadora do Harpies Hollyhead e Hermione começou a trabalhar na seção de leis mágicas do ministério.

No aniversario de um ano de Victorie, Harry pediu Ginny em casamento que aceitou muito feliz após ter ganhado seu primeiro tiulo como jogadora. Três meses deopis Ron anunciou que ele e Hermione também iriam se casar.

O casamento de Harry aconteceu em janeiro e o de Ron no fim de abril. No aniversario de seis anos de Teddy Lupin, Percy declarou estar noivo de Penélope que estava grávida. Um mês depois Ginny abandonou sua carreira de jogadora e aceitou uma proposta de ser repórter esportivo d’O Pasquim, que agora fazia bastante sucesso. Ela só explicou a atitude repentina num grande jantar onde contou que estava grávida. Foi na mesma época que Ron finalmente aceitou o convite de George para trabalhar na loja de logros. Eles abriram uma filial em Hogsmead.

As noticias não poderiam ser melhores para Molly. Finalmente ela sorria quase todos os dias devido as brigas costumeiras de Victorie e Teddy que era trazido por Ginny sempre que ela ia visitar A Toca. Arthur Percy Weasley nasceu em dezembro e James no inicio de fevereiro. Quatro meses depois Hermione apareceu com duas novidades: que era a nova chefe do departamento de Leis Mágicas e que estava grávida.

Foi nesse ano também que infelizmente Muriel faleceu, deixando sua herança para todos seus filhos, menos George que resmungou pragas contra a velhota. Foi após o enterro que descobriram que Ginny estava grávida novamente após desmaiar e ser levada ao St. Mungus.

O fato mais estranho que aconteceu foi no dia do nascimento do segundo filho de Ginny, ela ainda estava com sete meses quando sua bolsa estorou n’A Toca. O pior é que a final da liga inglesa estava acontecendo naquele momento e os Chuddley Cannons estavam finalmente numa final após vários anos enfrentando as Harpias Hollyhead. Harry e Ron chegaram atrasados no hospital e quando Harry registrou seu filho todos tiveram uma enorme surpresa.

Albus Severus Potter nasceu... Todos sabiam que o nome do garoto ia ser Sirius ou Albus, mas Albus Severus... Foi então que Ron explicou que haviam feito um aposta de que se os Chuddley Cannons ganhassem o campeonato, e ganharam, Harry iria colocar o nome de Snape no filho. Ele também aproveitou e mudou o nome de James, para James Sirius Potter. Duas semanas depois Hermione deu a luz a uma garotinha. Rosie Hermione Weasley.

Dois anos depois no meio da festa de Teddy Ginny e Hermione declaram estar grávidas novamente para espanto total de Harry e Ron. Dois meses após o nascimento de Hugo Ronald Weasley nasceu Lily Luna Potter. Luna se casou no mesmo ano com um homem tão “feliz” quanto ela. Eles tiveram um filho oito meses depois do casamento. Molly agora estava realmente contente por ter sua casa cheia de crianças novamente. Era tão bom. Então dois anos depois a mulher de George deu a luz a um garotinho. Ele foi batizado de Fred Gidean Weasley. Quando Molly o segurou nos braços pela primeira vez e ele puxou uma mecha de seu cabelo uma lagrima escorreu de seu rosto.

Fim do Flashback

-Molly vamos cantar o parabéns do James? – Harry disse tocando o ombro dela que ainda olhava a lapide de Fred.

-Claro... – ela sorriu olhando para o ceu enquanto lagrimas saiam de seus olhos – eu sempre vou ter sete filhos... – disse sorrindo.

-Ã? – Harry falou e depois assimilou o que ela tinha dito – do que está falando... Se depender de min sempre serão oito comigo.

-Nove – Hermione disse ao lado deles.

-Dez – Fleur retrucou com um sorriso no rosto.

-Onze – Teddy disse maroto no auge de seus dezessete anos. – sem contar com todo aquele pessoal lá – ele indicou com a cabeça todos os convidados.

-Todos sempre seremos seus filhos Molly – Harry a guiou até a frente do bolo e a colocou do lado de James, que sorriu e puxou a avó para apagar as velas junto com ele. As velas do seu aniversario de seus onze anos.

É realmente Molly tinha bem mais do que sete filhos...

N/A: eu resumi bem muito os últimos anos pra poder passar a mensagem de dor da Molly ok? Espero que realmente tenham gostado e se puderem mandem um review... Thaks por terem lido mais uma fic minha... Novos Projetos de Harry Potter soh ano q vem pois tou entrando em ano de vestibular

;D

Malfeito Feito!

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