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Dezembro já havia chegado e a neve já começava a cair em Hogwarts.

Snape recebeu uma coruja com um bilhete “Me encontre na floresta proibida às 6 da tarde. Vá sozinho.” O bilhete não estava assinado. Achou estranho, mas não comentou nada com ninguém.

Chegando na floresta no horário marcado, uma surpresa:

- Enfim nos encontramos, Severo Snape. – disse uma voz com um tom maligno. – Há muito tempo venho esperando por isso.

Snape chegou perto e viu de quem era aquela voz. Era Lord Voldemort.

- Mestre! – disse Snape completamente surpreso. – Eu não esperava....

- CRUCIO! – Lord Voldemort lançou a maldição em Snape e ele caiu se contorcendo de dor e sua varinha voou para longe. – Ainda me chama de mestre? A quem você está servindo? Eu deveria lhe matar sem pensar duas vezes. Você não ouviu meu chamado quando retornei? Ficou com medo do Ministério? – disse sorrindo sarcasticamente. – Mas vou lhe dar outra chance.

Snape não conseguia falar de tanta dor, mas estava olhando Voldemort.

- Vou mantê-lo vivo pois você terá uma missão. Você vai me informar tudo que acontece aqui em Hogwarts. Quero saber de todos os planos de Dumbledore junto com aquele garoto. Esse será seu teste de lealdade, se falhar, já sabe o que vai acontecer – e soltou uma gargalhada.

- Sim mestre. – disse com uma voz fraca, ainda estava com muita dor.

- Mas não posso ir embora sem me divertir um pouco – disse sorrindo, olhando para Snape.

Voldemort lançou um feitiço de inversão da maldição crucius.

- Levante-se! – ordenou Voldemort.

Snape se levantou devagar, ainda estava com o corpo dolorido.

- Tire toda a roupa. – disse Voldemort.

- O que?

- Você ouviu Snape, vamos, rápido, não tenho a noite toda! Snape tirou tudo, inclusive sua cueca cinza.

Voldemort aponta a varinha para as roupas de Snape que estavam amontoadas no chão.

- INCENDIO! – e as roupas pegaram fogo, Snape ficou vermelho de raiva, mas não pôde dizer nem fazer nada.

- Esteja pronto quando eu lhe chamar, Severo. Não esqueça, você ainda é um Comensal da Morte e agora me deve a sua vida! – E Voldemort desapareceu na floresta escura.


Snape estava no meio da floresta, ainda com um pouco de dor e agora com o corpo todo congelando de frio. Não encontrava sua varinha, a floresta estava muito escura.

Resolveu se sentar perto de uma árvore e aguardar. Talvez Hagrid poderia aparecer na floresta.

Mas não foi o que aconteceu....


Paul, um aluno do segundo ano, da Cornival, estava treinando com sua vassoura e viu luzes vindas do meio da floresta. Achou estranho e resolveu descer e contar a algum professor.

Entrou correndo no salão principal e logo encontrou a Profª. Zorya.

- Professora! Tem algo estranho acontecendo na floresta. Eu vi luzes vindas do meio da floresta, parece que alguém está treinando feitiços com varinha lá.

- Vou ver o que está acontecendo, pode ser algum aluno perdido. Obrigada Paul.

Zorya saiu em direção à floresta. Passou na casa de Hagrid para pedir sua ajuda, mas não havia ninguém em casa. Então, pegou Canino para acompanhá-la.

- LUMUS! – Acendeu uma luz na ponta da varinha de Zorya, iluminando o caminho da floresta. Snape ouviu passos, levantou-se vagarosamente, pois ainda estava com um pouco de dor, e se escondeu atrás de uma árvore. Ouviu o latido de Canino e achou que era Hagrid.

Zorya parou e escutou um barulho de algo se mexendo. Caminhou mais um pouco em direção ao barulho e apontou a varinha. Viu um vulto e disse:

- Quem está ai? Apareça!

- Sou eu. – disse Snape com a voz um pouco fraca. – Snape estou aqui.

- Professor Snape? O que houve? Porque está escondido atrás da árvore?

- Eu fui atacado.
- Como assim? Atacado aqui na floresta? Por quem?

- Depois eu explico. Tenho que falar urgente com Dumbledore.

- Tudo bem, mas se continuar atrás dessa árvore, vai ser um pouco difícil. Ou quer que eu o chame aqui?

- Não precisa chamá-lo, eu irei até lá, só preciso que me empreste sua capa.

- Minha capa? Para que?

- É que...bem....eu estou sem as minhas roupas...foram queimadas.

- Hummm....atacado....e sem as roupas.... – Zorya olhou para Snape com um sorriso maroto.

- Não é o que você está pensando..- ele ficava cada vez mais irritado.

- Todos dizem isso! Quem foi? Ou melhor, quantas foram? Sim, porque para deixá-lo nessa situação.....está até parecendo enfraquecido....

- Basta! – sua voz ficou mais forte, a sua raiva estava aumentando e parecia lhe dar forças – Já não chega toda a humilhação que estou passando? Você não sabe o que está dizendo...

- Tudo bem, professor, eu estava só brincando. – ainda estava sorrindo. - Fique tranqüilo, eu prometo que não vou contar para ninguém. Isso vai ser um segredo nosso, o.k.? Confie em mim! Pegue aqui a capa.

Snape pegou a capa, vestiu e saiu detrás da árvore.

- Vire esta varinha luminosa para outro lado! – disse Snape irado – Não me olhe!

- Que tímido! – Zorya estava sorrindo, realmente se deliciava com a situação. – Acho que a capa ficou um pouco curta, seus tornozelos estão aparecendo...muito sexy!

Snape lança um olhar assassino para Zorya.

- Tudo bem, eu paro! Tenho um plano: entraremos na cabana de Hagrid, está vazia. Você fica escondido lá e eu vou até a masmorra e busco suas roupas, está bem assim?

- Tenho outra alternativa?

- Onde está sua varinha?

- Deve estar por aqui caída. Não consegui achá-la, está muito escuro.

Zorya começou a procurar com a luz da sua varinha.

- ACCIO! – E a varinha veio para sua mão. – Pronto, está aqui.

Começaram a andar em direção a cabana.

- Como ficou sabendo que eu estava aqui? – Snape começava a se acalmar.

- Eu não sabia que era você. Paul me disse que viu luzes vinda do meio da floresta e eu resolvi ver o que era.

- A Senhora não deveria entrar aqui sozinha.

- Eu procurei Hagrid antes de entrar na floresta, mas ele não estava, então trouxe Canino.

- Canino não pode lhe proteger dos perigos desta floresta.

- Hummm, preocupado comigo? – sorriso sarcástico.

- Ah, esqueça! – o mau humor parecia ter voltado.

- Espero que você não pegue um resfriado. Quando chegar na cabana, vou preparar um chá quente e fique perto da lareira enquanto eu vou até a masmorra.

- Não preciso de chá, só preciso das minhas roupas.

- Ora, não reclame, estou fazendo o melhor que posso. – Zorya fez cara de magoada, mas estava rindo por dentro.

Chegando na cabana, ela ascendeu a lareira e ele sentou perto do fogo. Ela fez o chá e deu para ele beber.

- Preciso da senha da masmorra. – Disse Zorya.
- Puro sangue. – disse seriamente.

O ódio parecia que tomava conta de Snape. Não queria voltar a ser um comensal da morte, mas não tinha escolha. Provavelmente Dumbledore pediria para fazer jogo duplo novamente. E, além disso teria que confiar em Zorya. Não a conhecia suficiente para saber de que lado ela estava. Mas, se não fosse ela ainda estaria na floresta, sujeito aos perigos inúmeros que existem lá....

Zorya não demorou a chegar com as roupas.

- Aqui estão, Professor Snape, espero ter trazido tudo que precisava.

- Obrigado.

Zorya ficou parada, olhando Snape.

- A Senhora pode me dar licença? – disse se levantando.

- Ah, sim, claro! Espero lá fora.. – na verdade não queria sair, mas...não teve alternativa..

Snape saiu da cabana. Estava com sua tradicional roupa preta. Não disse nada mais para Zorya. Foram caminhando até o castelo silenciosamente.

Chegando na sala de Dumbledore, ele contou parcialmente o que aconteceu. Omitiu a parte de ter ficado nu na floresta, era muito constrangedor.

Dumbledore ficou preocupado com o ataque de Voldemort e também com o destino de Snape. Infelizmente Severo iria ter que fazer jogo duplo mais uma vez.

Depois do acontecido, Snape não encarava mais Zorya, sentia uma certa vergonha. Mas viu que poderia confiar nela, pois ninguém ficou sabendo do que aconteceu na floresta.

Paul perguntou a ela o que eram aquelas luzes na floresta, e ela disse que eram dois alunos treinando feitiços, mas que já haviam recebido suas detenções.

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