11
Chegou o dia da viagem. Zorya arrumou sua mala. Não iria levar muita coisa, seria só uma noite fora, mas o vestido era muito grande e pesado, ocupava mais da metade da mala.
Depois de terminar de organizar tudo, colocou sua capa e desceu para tomar café.
Após o café, foram para a sala de Dumbledore para combinar os detalhes finais.
- Bom dia! Já tenho tudo organizado para vocês. Fiz a reserva no hotel, de trouxa, como eu havia dito, e aqui está o dinheiro. E...
- E? – perguntou Snape.
- Parece que tem um evento muito grande em Londres neste fim de semana, pois só consegui um quarto no hotel.
- Só um quarto para nós dois?
- É, sinto muito.
Zorya não dizia nada, só olhava para os dois. Ficou um pouco corada quando ouviu Dumbledore dizer que seria só um quarto.
- Está bem, será só uma noite.
Após o almoço, eles embarcaram no trem até Londres.
Chegando lá, pegaram um táxi até o hotel. Snape já estava com roupas de trouxa. Ele realmente ficava muito estranho!
No hotel, quando entraram no quarto, levaram um outro susto:
- Só uma cama! O que vamos fazer? – disse Snape, parecendo furioso com Dumbledore.- Deveria ter ido para o Caldeirão Furado.
- Pensaremos nisso depois, Severo. Muita coisa pode acontecer até a hora de dormir. – sorriso maroto – Algum comensal da morte pode me seqüestrar, por exemplo....
- Não brinque com isso!
- Tudo bem. Você não gosta de brincadeiras mesmo...Vou tomar um banho e começar a me arrumar. Precisa usar o banheiro agora?
- Não, fique a vontade.
- Você pode assistir TV enquanto eu tomo banho.
- Assistir o que?
- TV, esse aparelho aqui – E ligou para Snape. – Só não use o controle remoto, você pode se viciar!
- Não usar o que?
- Esqueça! – Pegou suas roupas e foi para o banheiro.
Passado meia hora, Zorya sai do banho de roupão. Snape a olhou paralisado, parecendo um pouco perturbado de vê-la nesses trajes.
- Você pode ir agora tomar seu banho. – disse Zorya sorrindo – Eu vou me vestir, arrumar o cabelo e me maquiar.
- Ah...sim, mas eu não sei ligar aquele aparelho!
- Eu deixei ligado para você. Veja se a temperatura da água está do seu agrado.
E Snape pegou suas roupas e foi para o banheiro.
- A água está boa. Obrigado.
Snape fechou a porta do banheiro. Sentia o perfume dela....Entrou logo no banho, tentou esquecer o perfume.. o roupão...
Zorya já estava praticamente vestida quando Snape saiu do banho. Estava usando um vestido lilás, com alguns babados. O decote era bem ousado, como se usava na época, valorizando os seios. Snape, quando viu, ficou um pouco paralisado observando. Ele já estava com a roupa do baile. Vestia uma camisa branca com babados e casaco e calça de veludo bordô.
- Severo, preciso de sua ajuda.
- Acho que eu que preciso, olhe só esta roupa, é ridícula! Esta cor...estes babados....e essa peruca!
!
- Não está tão ruim assim. E não adianta se lamentar. Me ajude, por favor.
- Ajudar no que?
- Abotoe o vestido para mim. Eu não consigo...
E Snape chega perto para abotoar o vestido. Ficou um pouco vermelho e suas mãos suavam.
Zorya sorria, sentia as mãos quentes de Snape fechando o vestido, mas não falou nada.
Eles já estavam prontos para sair. Zorya colocou sua peruca e depois pegou em sua mala um espelho que parecia ser muito antigo,.
- Não se olhou tempo suficiente no espelho, Zorya?
- Tenho que fazer uma coisa antes de sair, pois ninguém pode me reconhecer.
- Espero que não demore, senão vamos nos atrasar.
- Fique tranqüilo, é rápido.
Zorya pegou o espelho com uma mão e coloca bem na frente de seu rosto. Com a outra mão aberta, passa na frente do seu rosto, como se tivesse cobrindo-o com um véu e disse algumas palavras estranhas. Quando sua mão desceu e ela largou o espelho, estava completamente diferente, parecia outra pessoa.
- Zorya, é você? Como fez isso?
- Segredo de família, Severo. Vamos?
- Só uma coisa, como você está realmente parecendo outra pessoa, acho que você deve usar outro nome...
- Ótima idéia. Hummmm......Madalena, que tal?
- Nome estranho.
- Assim que é bom, bem estranho. Serei Madalena, italiana, mas moro na Escócia, o.k.! Sou uma antiga amiga íntima sua.
- Amiga íntima? – sorriso maroto – E italiana? Diferente! Tá certo!
Terminaram de se arrumar. Zorya ajeitou a roupa e a peruca de Snape e desaparataram.
Quando chegaram em frente a Castelo Malfoy viram que este estava especialmente decorado. A entrada estava toda iluminada com tochas. Um tapete verde que parecia veludo cobria as escadas de pedra. Eles entraram e ficaram maravilhados com a decoração. Cortinas de seda verde nas enormes janelas do salão do castelo. O piso era de mármore. Archotes presos nas colunas do salão e um lindo e grande lustre com velas bem no centro.
Haviam várias mesas redondas ao redor do salão, e ao fundo um palco onde os músicos já estavam se preparando para começar a tocar.
Várias pessoas já haviam chegado na festa. Todos estavam com aquelas roupas estranhas. Snape e Zorya se sentaram a mesa com um casal de bruxos que não conheciam. Lúcio e Narcisa não haviam chagado ainda.
- Que luxo de festa, não acha? – disse Zorya.
- É.
- Você conhece todos esses bruxos?
- Alguns.
- Acha que todos já chegaram?
- Quase todos.
- Ei, olha só quem está entrando.....Jorge Campbell.
- Será que ele vai te reconhecer?
- Espero que não, com o feitiço que usei, é bem difícil isso acontecer!
- Ainda bem... e realmente, você está muito diferente mesmo.
- Imagina se ele me reconhecesse....eu seria a diversão principal da festa!
- Com certeza!
Neste momento entra glamurosamente Lúcio e Narcisa. Todos aplaudem quando eles entram. A música começou a tocar. Eles chegam ao centro do salão e dançam. Após convidam a todos para brindar juntos.
Após o brinde e os cumprimentos, todos foram para o centro dançar o minueto, era a tradição.
Snape e Zorya dançaram divinamente bem. Depois que terminaram, Zorya logo pegou seu já tradicional leque e começou a se abanar.
- Você não tem jeito mesmo...
- O que quer que eu faça?
- Poderia beber um pouco de champanhe...- ele alcançou uma taça para ela.
- Obrigada.
Lúcio Malfoy se aproxima da mesa e senta para conversar.
- Severo Snape, que bom vê-lo!
- Parabéns pela festa, Lúcio!
- Quem é a Senhorita que está te acompanhando? – Lúcio olhou para Zorya com um certo interesse e sorriu.
- É uma amiga.
- Amiga, Severo! Eu também gostaria de ter amigas tão belas.... – Lúcio não desgrudava os olhos de Zorya, que já estava ficando vermelha. – Qual é seu nome?
- Madalena.
- Nome diferente, de onde você é?
- Sou italiana.
- Interessante, aceita dançar comigo?
Zorya olhou para Snape, que não fez uma cara muito agradável.
- Tudo bem, Madalena, eu fico aqui.
- Então vamos!
Snape lança um olhar fulminante para ela e Lúcio. Estava louco de ciúmes.
- Você é só amiga de Severo, mesmo? Nunca namoraram?
- Por que?
- Curiosidade.
- Na verdade fomos namorados ha muito tempo atrás, mas não deu certo.
- Ele nunca havia me falado de você.
- Ele é muito fechado, você sabe.
- Ah, sim, é verdade.
- Mas gosto dele assim mesmo.
- Me diga...onde vai passar a noite?
Zorya (Madalena) engole a seco....
- É que esse castelo é tão grande...você poderia passar a noite aqui.
- Ah, obrigada, mas eu e Severo vamos para a casa de uns amigos meus, não se preocupe.
- Se mudar de idéia, já sabe!
- O.k.
- Quanto tempo ficará aqui em Londres?
- Viajo amanhã cedo para a Itália.
- Não pode ficar mais um dia?
- Infelizmente não. Meus pais estão me esperando. Faz tempo que não visito eles.
- Pretende voltar logo?
- Talvez.
- Me avise quando estiver aqui. Gostaria de conversar mais a vontade com você.
- Ah sim, aviso, pode deixar! – Zorya já estava sem jeito, e não agüentava mais tantas perguntas!
Terminou a música e ela voltou para mesa onde Snape a observava.
- Como foi a conversa, Madalena? – estava terrivelmente irônico.
- Você não vai acreditar...
- Ah é, o que foi?
- Esse louco deu em cima de mim!
- Você não conhece Lúcio? Esse é o normal dele, não pode ver mulher.
- Mas ele é casado e hoje sua festa de casamento...
- E daí? A relação deles não tem muitas regras...
- Louco! E ela também!
- E você, vai sair com ele? – continuava a falar com ironia.
- Eu? Você acredita mesmo?
- E por que não?
- Severo! Que tipo de mulher acha que eu sou? E...ele não me convidou só para sair, me convidou para dormir aqui!
- Ele está cada vez melhor.... Mas, se você quiser, por mim, não se preocupe, eu até ficarei mais confortável lá no hotel!
- Você me perguntou se eu quero?
- Tudo bem, como quiser, Madalena, você quer passar a noite com Lúcio?
- Ah, você está terrível! Tá certo que ele é um homem charmoso, bonito, rico, poderoso, mas não é ele que eu quero. Nem se fosse solteiro!
- Com todas essas qualidades e você dispensa! Mulheres!
- Não é a ele que quero, não adianta.
- E quem você quer então....algum trouxa?
- Severo! Pelo que sei a seu respeito, você é um bruxo inteligente e bem espertinho.... Você não desconfia?
- Gostei do elogio mas eu não tenho idéia mesmo.
Zorya olhou profundamente para ele...e disse tudo o que queria com esse olhar. Snape parece que entendeu, mas ficou um pouco nervoso....se levantou e foi conversar com um grupo de comensais que estava bebendo perto da janela. Zorya foi até a sacada tomar um ar e tentar se acalmar.
Passou algum tempo e Snape foi até a sacada conversar novamente com Zorya:
- Que tal irmos embora?
- Por que? A festa está tão agradável.
- Eles não vão falar nada de especial mais hoje...estão todos bêbados! Só falam besteiras. E, de qualquer maneira, estou cansado.
- Você não ficou bravo comigo?
- Por que?
- A nossa conversa anterior.
- Não se preocupe....acho que até gostei!
- Gostou? – sorriso.
- É melhor mesmo que fique bem longe de Lúcio, eu fico mais tranqüilo. – Snape não disse a verdade a ela, não queria que de modo algum ela ficasse com Lúcio.
- Está preocupado comigo? – Zorya sabia que ele tinha ficado com muito ciúmes.
- De certa forma.
- Não se preocupe, quanto mais longe eu estiver dele, melhor!
- Então você não gostou mesmo dele! – sorriso.
- Eu detestei ele!
- Que bom, então vamos embora logo daqui!
E desaparataram sem se despedir de ninguém.
No hotel:
- Deu tudo certo, Severo!
- Ainda bem.
- Merece até uma comemoração. – Ela pegou uma garrafa de vinho e duas taças. – Que tal?
- Ótima idéia. – Ele parecia que estava se recuperando do mau humor da festa.
- Mas, antes quero tirar esse vestido pesado, não agüento mais!
- Eu também!
Snape tira a peruca, os sapatos e o casaco e vai abrir o vinho enquanto Zorya desfaz o feitiço no seu rosto, tira a peruca, a maquiagem e falou com ele:
- Severo, pode me ajudar? Preciso que abra meu vestido, por favor.
Ela vira de costas e ele começou a abrir o vestido dela. Suas mãos começam a suar.
- Suas mãos estão tão quentes....
- Você provoca, não é? – disse virando-a e segurando fortemente pela cintura e lança um olhar quente e penetrante.
- Eu? Não disse nem fiz nada.... – falou cinicamente e dá um sorriso maroto.
- Não, é?! – E a puxou para junto de seu corpo e a beijou.
Ficaram alguns minutos se beijando calorosamente.
- Uau! Nossa! – Ela começou a se abanar com as mãos.
- Gostou? – sorriso maroto.
- E como! Tem mais?
Snape ri.
- Mas...pensei que você iria deixar de lado esse assunto... – falou Zorya.
- Eu até tentei, mas ....
- Mas não resistiu aos meus encantos Professor Snape!!
- Você é terrível!
- Acha mesmo?
E Zorya foi se aproximando dele e rouba um beijo dele. Ele a abraçou fortemente. O clima no quarto estava esquentando muito.
Eles continuavam se beijando calorosamente. Ela deixa seu vestido, já aberto, cair, ele fica olhando. Ela se aproxima e tira a camisa dele. Nenhuma palavra. Ele a abraçou novamente e a aperta mais forte contra seu corpo e a beijou mais uma vez.
Ela já sentia o calor da pele dele em contato com a sua. Ele beijava seu corpo. Então, ele a pegou no colo e levou-a para a cama. E entre beijos e carícias eles se amaram.
Logo ao amanhecer, Zorya acordou cedo, bem disposta, tomou um banho, colocou o roupão e ligou para a recepção do hotel e pediu para que o café da manhã fosse servido no quarto. Snape ainda dormia.
Depois que trouxeram o café, ela arrumou a mesa e foi acordar Snape.
Ele estava com um lençol cobrindo parcialmente seu corpo nu. Ela subiu na cama e começou a beijar sensualmente suas costas até que ele acordasse. Ele se virou e abriu os olhos.
- Bom dia!
- Nossa....já é dia!
- Sim...e o café está servido. Levante-se!
- Café aqui no quarto?
- Eu pedi para eles servirem aqui, é mais confortável.
Snape sorriu e se levantou.
- Você vai ficar assim? – Zorya com um sorriso maroto olhando para ele nu. – Nada contra, até gosto, mas, sei lá, não quer colocar o roupão? – Snape corou – É que...se continuar assim vamos ter que recomeçar tudo.....
Ele não disse nada, só sorriu e foi ao banheiro. Não demorou muito e foi tomar café.
- Você deve estar faminto, não? Com todo esse exercício noturno...
- É, estou louco de fome! – disse com sorriso maroto.
- Infelizmente temos que voltar logo para Hogwarts.
- Assim que terminarmos de tomar café.
- Por mim ficaria mais algumas horas – olhar sensual. – Mas Dumbledore está nos esperando.
- Ah, é, Dumbledore....o que vamos dizer?
- Sobre a festa? A verdade.
- E sobre nós?
- Sei lá! Melhor mantermos sigilo....É mais seguro.
- Tem razão.
- Mas tenho certeza de que não vamos conseguir esconder de Dumbledore...ele sempre adivinha tudo! Vai ser ele olhar nos nossos olhos e pronto.
- É, dele ninguém consegue esconder nada, mas não tem problema que ele saiba, ele sabe ser discreto, não contará a ninguém.
Logo que terminaram o café, se arrumaram foram embora.
Chegaram em Hogwarts pouco antes da hora do almoço, largaram as malas e foram direto conversar com Dumbledore.
- Então, como foi a viagem?
- Foi ótima! – disse Zorya. com um sorriso de orelha a orelha.
- É, pelo que vejo no rosto de vocês, foi até melhor que esperavam! – Dumbledore já começava a perceber o que havia acontecido.
- A viagem foi boa, mas não muito produtiva. – Snape tentava se conter. – Eles não queriam muito assunto sério, queriam beber e fazer festa.
- Mas, de qualquer forma, foi bom vocês terem ido. É para mostrar, de uma certa maneira, que você está ao lado deles.
- Eles pensam que estou!
- É assim mesmo que deve ser, Severo. – Dumbledore sorriu. – E....se divertiram muito na festa?
- Na festa... não. – Snape respondeu. – Estava muito chata, fomos embora cedo.
- Ah, então me expliquem melhor o porquê desses sorrisos. Estou curioso!
Snape e Zorya se olharam..... era difícil contar para Dumbledore....
- Não precisam falar nada...eu já entendi....tudo bem, não precisam ficar sem jeito, eu já sabia que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde.
- Já sabia? Como? – Snape perguntou.
- Eu lhe disse Severo, ele sempre sabe de tudo....- Zorya falou sorrindo.
- Eu só peço uma coisa a vocês, sejam discretos, não contem para ninguém pelo menos por enquanto. Pode ser perigoso.
- Eu sei. – disse Snape.
- Fique tranqüilo, vamos nos comportar direitinho! – disse Zorya.
- Eu sei, confio em vocês.
Na hora do almoço, Zorya e Snape desceram para o salão principal. Tentavam evitar ficar muito próximos na frente dos alunos, mas era difícil esconder o ar de felicidade que estavam sentindo. Certos alunos, curiosos e sempre de olho no que acontecia, não deixaram de perceber a ausência de dois professores no fim de semana.
- Olha só a expressão dos dois....sinistro! – Rony falou para Harry, Gina e Hermione, sentados na mesa da Grifinória.
- Passaram a noite fora, eu vi!. – falou Hermione. – Eles saíram no sábado, e só chegaram agora.
- Ficaram juntinhos a noite toda....que romântico! – Harry falou ironicamente.
- Será que eles estão namorando? – falou Gina.
- Imagina Snape namorando...hahahaha, deve ser muito engraçado! – falou Harry .– Ela deve estar louca em querer ficar com ele.
- Ela me disse que Snape não é o que parece ser....não entendi muito, Snape diferente? Bonzinho por dentro?- falou Hermione.
- Eu não acredito, ele é cruel, em resumo, um monstro! – falou Rony.
- Ela deve ter pirado mesmo....achar ele uma pessoa legal e ...argh...namorar com ele...estou ficando enjoado....vou vomitar!!! – disse Harry fazendo cena.
- Não seja ridículo! – Hermione fica brava. – Deixa ela com seus delírios...fazer o que?
- Vai ver que ele só é ruim com os alunos....- falou Gina.
- É, pode ser mesmo. – Hermione concordou.
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