16 anos descontados



Capítulo Dois

16 anos descontados


Harry acordou de um salto. Já eram sete horas da manhã! Adormecera com a carta de Gina amassada nas mãos. Algumas partes molhadas pelas lágrimas que ele não pode deixar de impedir que rolassem pelo seu rosto ao ler as palavras tão cheias de mágoas de Gina.

Ele mal terminara de ler sua carta e já tinha pegado um pedaço de pergaminho e uma pena para lhe enviar uma resposta.

Havia escrito:

Querida Gina;
Acabo de receber sua carta e, eu... bem, obrigada.
Lamento não ter respondido as suas cartas! Tenho agido como um idiota, eu sei. Mas não quero que fique triste por isso! Não quero que sofra.... vê-la sofrendo é bem mais do que posso suportar nesse momento.
Logo estarei ai n'A toca e poderemos conversar.
Com muita saudade,
Harry.


PS: Não ignoro seus sentimentos, por incrivel que pareça. Pois são ele que ainda me mantém de pé.


É claro, Harry não tinha a certeza de ter feito a coisa certa ao ver Edwiges sumir no horizonte acinzentado. Escrevera a carta em um momento de quase desespero... não agüentava mais ficar longe de Gina... Se lamentando por nunca fazer a coisa certa no momento certo, Harry se largara a cama com a carta de Gina nas mãos. Foi aí que adormecera e só acordara agora.

Harry deu um grande bocejo, guardou a carta de Gina e lentamente, começou a se vestir. (ou trocar, acho que ele ja tava vestido tava de pijama. Só se ele dorme de cueca, mas isso ja entra muito na privacidade do personagem e eu não posso comentar.) Quando escutou barulho na cozinha e desconfiou que os três Dursley já estavam sentados prontos para o café, sorriu e se concentrou: ia começar sua vingança.

Fechou os olhos... lembrou-se do três Ds... Girou nos calcanhares e...

CRAQUE!

Um palavrão juntamente com o barulho abafado de madeira sendo quebrada (Duda havia caído da cadeira e conseqüentemente a quebrado)ecoou na cozinha dos Dursleys quando Harry apareceu sentado à mesa.

- Bom dia! - exclamou Harry inocentemente se servindo de torrada.

- O que... você... pensa... que... está... fazendo... moleque! - grunhiu o tio Valter, que estava púrpura. Não era de raiva, era que ele havia quebrado o copo de suco de tomate que segurava quando Harry aparatou.

- Tomando café da manhã - Harry respondeu ainda com cara de inocente.

- NÃO SE FAÇA DE ENGRAÇADINHO COMIGO, MOLEQUE! - revidou o tio. - VOCÊ SABE MUITO BEM SOBRE A QUE ME REFERIA! QUANTAS VEZES VOU TER QUE LHE DIZER QUE NÃO ACEITO SUA ANORMALIDADE SOB O MEU TETO?

- Olha... - começou Harry em tom monótomo. - Eu acebei de completar dezessete anos e agora cuido do meu próprio nariz. Não se preocupe, vou embora hoje mesmo daqui e vocês não serão mais obrigados a me suportar.

- Você vai embora hoje? - Válter perguntou, em um tom muito diferente do anterior. Era quase simpático.

- Sim - respondeu Harry. - E acredite, também é um alívio pra mim. Duda pode me passar a geléia... Ah! Não é preciso - acrescentou com um sorrisinho, e mentalizou: Wingardium leviossa! Antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, ou berrar, ou se explodir, a geléia já estava na mão de Harry.

Ouviram o clique da portinhola do correio e o som de vários envelopes caindo no tapete da sala de estar.

- Vá fazer alguma coisa normal, moleque, apanhe a correspondência!

Harry bocejou, ergueu a varinha e murmurou: Accio cartas!

Tia petúnia berrou quando meia dúzia de cartas voaram até onde estavam e caíram no tio Valter, quando Harry mentalizou um feitiço expulsório.

- AGORA ESCUTE AQUI MOLEQUE! UMA COISA É VC SER MAIOR DE IDADE NAQUELE... NAQUELE LUGAR DE ONDE VEIO, E OUTRA BEM DIFERENTE É VC ACHAR QUE PODE FAZER TUDO O QUE QUISER ENQUANTO SOBREVIVER EMBAIXO DO MEU TETO! EU EX...
Mas ele não pode continuar, não porque decidira parar de gritar com o sobrinho, mas porque harry acabara de mentalizar o feitiço que cola a língua da vítima no céu da boca e se levantara aborrecido.

- Agora escute bem, VOCÊS três: já disse que estou indo embora e que dentre pouco minutos vocês se verão livres de mim. Lamento por tudo ter sido assim, poderíamos ter pelo menos vivido em um ambiente agradável, mas já vi que é impossível com vocês! Agradeço por não terem me deixado morrer de fome e por me darem um teto, mas ainda tenho 16 anos de frustrações para descontar em alguém, basta só mais uma palavra de ignorância como as que estou acostumado escutar de vocês...

Ele ficou um minuto encarando os três, com a varinha apontada, pronta para atacar. Mas ninguém disse nada. Tio Válter parou de tentar vencer o feitiço e se calou, com um olhar amedrontado.

Harry sentia tantas mágoas, tanto rancor... mas não conseguia odiá-los. Por incrível que pareça a vontade de enfeitiçar todos eles com um feitiço bem horrível havia desaparecido de sua mente. Ele desfez o feitiço e abaixou a varinha, o tio continuou a encará-lo, mas não disse nada, apesar do feitiço ter se acabado.

- Bom... - harry voltou a dizer após um grande minuto de silêncio constrangedor. - Vou buscar minhas coisas e vou desaparatar do meu quarto mesmo. Não sei se voltaremos a nos ver em breve mas... bom, Adeus.
Ninguém respondeu nada, mas harry não ligou, estava aliviado. Chegou no seu quarto e pegou as coisas que já estavam prontas. Se concentrou...

CRAQUE!

Aparatou perto da casa do armarinho de vassouras onde parou para conversar uma vez com Dumbledore.

Uma mão invisível pareceu apertar seu coração com força. Dumbledore...
Porquê? Por que ele? Tinha se apegado tanto ao professor... Precisava tanto dele para terminar sua missão. Como conseguiria sem ele agora? Será que conseguiria mesmo? Mas havia feito uma promessa... naquele dia mesmo disse para Dumbledore que não desistiria e que se morresse, levaria o maior número de comensais da morte que pudesse... e Voldemort, se tivesse forças...

- Harry!

Harry sentiu um formigamento estranho na barriga quando ouviu o seu nome. Reconheceu imediatamente aquela voz, mas não sabia o que fazer. Lentamente, se virou.

Gina vinha ao seu encontro,um sorriso radiante no rosto. As mãos, ele reparou logo, apertava um pedaço de pergaminho: sua carta.

Parecia que ia abraçá-lo, e ele... Ele queria aquele abraço!! Mas seria certo? Só que ela não lhe abraçou, parou a uma pequena distancia e o encarou.

- Oi Harry.

- O-oi Gina - ele gaguejou.

- Acabei de ler - ela continuou mostrando o pedaço de pergaminho nas mãos. Harry reconheceu logo sua caligrafia desesperada.

- Ah... certo.

Ele não sabia o que dizer. Precisava corrigir o seu erro. Não devia ter escrito aquilo naquela carta, mas o que ia dizer?

- Escuta, Gina...

- Harry!

Harry se virou novamente, com um imenso sorriso no rosto ao reconhecer a voz do amigo.

Rony vinha correndo em sua direção, parecia ter acabado de acordar.

- E ae, cara! Quando você disse que vinha cedo pra cá, pensei que viria nas primeiras horas da manhã.

- É, o Rony disse que não ia dormir pra te esperar mas acabou dormindo no sofá. - disse Fred, que vinha logo atrás de Rony. Jorge ao seu lado.

- Não aguentou nem 15 minutos - complementou Jorge, cumprimentando Harry.

- Acho que 10 - corrigiu Fred.

- Na verdade 5.

- Nem 2.

- Caiu no sono assim que falou.

- Ah, calem a boca vocês dois! - disse Rony rabugento.

Harry apenas sorriu, estava com saudades do tempo em que passava na toca, mas não pôde deixar de olhar para Gina que parecia desapontada por seus irmãos terem chegado quando ela estava falando com ele.

- Bom, a gente conversa mais tarde, Harry - Gina disse, se encaminhando para a casa. Harry sentiu uma pontada no coração ao vê-la partir, triste. Só que dessa vez ele não podia deixar se comover, tinha que manter firme sua decisão. Abriria mão da sua necessidade de ficar ao lado de Gina para garantir sua segurança.

- Acho que seria bom a gente entrar também, Harry - disse Rony. - Você já tomou café da manhã?

- Ah, tive um "ótimo" café da manhã com os Dursley hoje.

- O que aconteceu? - perguntou Ron.

- Ah, depois eu te conto. Vocês dois não estão trabalhando hoje$ - perguntou para Fred e Jorge.

- Tiramos folga - respondeu Fred.

- Férias para ser mais exato. - corrigiu Jorge.

- Deixamos os nossos funcionários tomando conta. É claro, ativamos um feitiço anti-roubo na loja antes.

- É meio perigoso deixar a loja nas mãos de pessoas que ainda estão começando a trabalhar nesse ramo.

- Mas decidimos, que a família é a nossa prioridade. Quando passar o casamento de Gui e Fleur nós voltamos.

- Por enquanto vamos passar uns dias aqui com mamãe e papai.

- Legal - respondeu Harry. - Vou me sentir como nos velhos tempos!

- - Podemos jogar várias partidas de quadribol antes de... - Rony se calou ao ver o olhar de Harry sobre ele. - Bom, vamos entrar antes que mamãe...

- Fred! Jorge! Rony! Onde vocês estão???
- Vire a casa de cabeça pra baixo a nossa procura - completou Fred.

Feliz, Harry acompanhou Rony e os gêmeos até dentro de casa. Era muito bom voltar à toca. Harry sentia ali o que nunca sentia na casa dos Dursley: o sentimento de ser amado, de estar na companhia de pessoas que gostavam de sua presença, o sentimento de se sentir em casa.

A senhora Weasley fez uma festa ao vê-lo ali.

- Harry! Querido! Como está? Estávamos todos esperando por você! Que bom que você que veio! Vamos, sente-se! Tome café da manhã conosco!

- Ah, sra. Weasley, eu já tomei café, não se preocupe.

- Tomou café? Mas não, sente-se e tome um café da manhã de verdade, sei que aqueles trouxas nunca te alimentaram direito, você está tão magro!
Precisa de uma refeição decente! VAmos, sente-se querido!

Harry acabou cedendo. A comida da sra. Weasley era tão boa que valia a pena repetir um café da manhã, e, era bem verdade, o café que teve com os Dursley não era o que se podia chamar de "decente".

- Como os trouxas te trataram esse verão, Harry? - perguntou a sra. Weasley quando ele repetiu pela quarta vez a tigela de mingau.

- - Ã... como sempre. Me ignorando e fingindo que não existo.

A sra Weasley fez uma cara de piedade.

- Ah, tudo bem - ele acrescentou depressa - É melhor assim do que gritando comigo a todo o tempo. Sinceramente, sra. Weasley, eu não me importo.

- Mesmo assim, Harry... Olha, a Ordem mandará aurores para ficarem de guarda protegendo seus tios. Eu imagino que é um desperdiço de trabalho mas...

A sra. Weasley se calou. Provavelmente, sua dignidade a impedia de dizer tudo o que sentia em relação aos Dursley.

- Bom - continuou ela, mudando de assunto. - Mas pra quê falarmos disso agora, não é? Tenho uma boa notícia, querido!

Harry olhou curioso para a sra. Weasley, mas um ruído ao seu lado o fez desviar o olhar. Rony, por alguma razão, se engasgara com a torrada que comia.

- Penso que vc ainda não sabe pois esteve enfunado naquele lugar nesses últimos dias - continuou a sra. Weasley, nem ligando para Rony. - Mas saiu há poucos dias no 'profeta'...

Harry suspeitou que era algo muito importante pela empolgação da sra. Weasley.

- Hogwarts será reaberta, Harry! Você, Rony, Hermione, todos vão poder terminar o seu último ano e se formarem. Graças a Merlim, eu já estava achando que Rony não conseguiriam se formar...

Foi a vez de Harry se engasgar. Hãm? O que estava acontecendo? Sim, era muito bom que Hogwarts fosse reaberta, mas ele Rony e Mione não iam voltar... Será que ...?

Com um olhar rápido na direção de Rony, Harry compreendeu. As orelhas do amigo estava vermelhas e ele parecia querer pedir desculpas por aquilo; era óbvio que não contara a sra. Weasley o que iria fazer esse ano.

- Mamãe - Rony começou. - Tem algo que eu ainda não lhe contei...

Harry tentou não escutar. Aquilo daria uma bela briga, e era coisa de família, ele não tinha nada a ver. Antes, porém, que tivesse que se importar com algo, o sr. Weasley desceu as escadas.

-´Harry! - exclamou ao ver o garoto. - Como está? Venho aparatando, suponho?

- Sim, senhor - respondeu cumprimentando o sr. Weasley com um aperto de mão.

- Arthur, não vai tomar café? - a sra. Weasley perguntou ao vê-lo pegar o casaco.

- Não, Molly, querida. Quero chegar ao escritório mais cedo hoje.

- Eu gostaria que você ficasse, Arthur. Rony acabou de dizer que tem algo a nos contar.

- Contar? - repetiu o sr. Weasley surpreso. - O que seria de tão importante assim, Molly?

- Não sei... Estávamos falando sobre Hogwarts, e Rony disse que tem algo a nos contar...

Rony corou ainda mais.

- É... é q-que eu... eu preciso contar alg-algo...

- Acho melhor eu esperar lá em cima, Rony - disse Harry. Sabia que a sra. Weasley iria querer conversar com ele depois, mas agora era um assunto de família.

Rony concordou com um aceno de cabeça, enquanto encarava o chão. Será que o amigo teria coragem de contar toda a verdade para a sra. Weasley?

Tendo ou não coragem, Harry não ia ficar ali para ver. Subiu as escadas e entrou no velho quarto de Rony. Quando já tinha fechado a porta, um grande berro vindo cozinha informou que Rony acabara de contar que não voltaria para Hogwarts.

Desejando realmente que ela não o culpasse pela decisão do filho de "estragar o seu futuro", já que sempre fora a única mãe que ele teve em sua vida, Harry respirou profundamente e se sentou, com a intenção de refletir um pouco, mas alguém bateu na porta.

Era Gina.

- Ah, oi Gina. - disse meio sem jeito.

- Harry será que você poderia vir até o meu quarto agora?

- Até... onde?

- O meu quarto, preciso muito falar com você, e prefiro que não seja no quarto do meu irmão. Pode ser?

- Ah, pode... claro.

Era sua oportunidade de falar o que havia ensaiado desde cedo. Iria dizer o que deveria ter dito desde o começo, desde a morte de Dumbledore...

Ao entrarem no quarto de Gina, onde uma decoração cor-de-rosa particularmente extravagante preenchia cada centímetro da parede, Gina fechou uma das portas e se virou, com ar decidido, para ele.

- Fiquei sabendo que você, Rony e Hermione não vão voltar a Hogwarts.

Por não ter soado como uma pergunta, Harry não respondeu.

- Quero ir com você, Harry.

A resposta indignada que teria saído da boca de Harry foi abafada naquele momento por uma forte crise de tosse.

- Você... ficou maluca! - exclamou ele, ainda engasgado.

- Não! - exclamou Gina, cuja expressão enrijecera momentaneamente. -Eu quero ir com você, Harry, a onde você for! Se você vai enfrentar

VOldemort eu tenho que acompanhá-lo, não posso vê-lo partir sozinho, quero lutar ao seu lado!

- Gina, escute - começou Harry, num tom que ele pretendia que soasse calmo. - Em primeiro lugar você não pode ir comigo, você tem que voltar para Hogwarts porque senão sua mãe terá uma crise, é a última filha dela, e ela não permitirá que você siga os passos de Fred, Jorge e Rony. Em segundo, você é menor de idade, ainda não pode fazer magia fora da escola, não ajudará em nada, Gina, você não pode se expor sem ter como se defender...

- HArry - cortou Gina - Você acha mesmo que com tantas preocupações que o ministério anda tendo, ele ainda se importa com magia praticada por menores?! Isso não é desculpa!!

- Mas você não vai, Gina! Estará mais segura em Hogwarts! Seu lugar é lá.

- Você acha o quê? Que eu não serei capaz de ajudar vocês a onde quer
que vão?

- Não é isso, Gina...

- Então o que é? Você não me quer por perto? E aquela carta? O que estava escrito nela era apenas uma brincadeira?

Harry suspirou, era agora, tinha que resolver essa situação agora mesmo.

- Quando eu escrevi aquela carta, Gina, estava desesperado por você, afinal, o que eu havia dito era verdade eu não queria e ainda não quero que vocÊ sofra, mas o resto... - Harry engasgou. Como ia dizer aquilo? - Eu... quero que esqueça tudo o que estava escrito lá. Quero que não pense mais nisso... Você não tem porque vir comigo. Quero que fique segura em Hogwarts...

Gina o encarou por longos segundos, mas Harry não conseguia olhar nos
olhos dela, acabara de dizer algo que não lhe passara nunca pela cabeça. Era verdade tudo o que estava escrito na carta... tudo. E é claro que ela tinha motivos para acompanhá-los, e o principal é que ele precisava dela ao seu lado.

- Harry - Gina disse bem baixinho, se sentando ao lado dele e forçando-o para que a olhasse. - Quero que diga, olhando nos meus olhos, que você não me quer ao seu lado.

Harry desviou os olhos. Como ia dizer isso? Mas GIna forçou-o a olhá-la novamente.

- Diga, Harry!

Harry encarou bem aqueles belos olhos castanhos. Como poderia viver sem aquela ruivinha ao seu lado?

Porém, a lembrança do que acontecera no seu segundo ano em Hogwarts foi mais forte. Ele inspirou profundamente e respondeu:

- Eu não quero que você vá, Gina.

O corpo de Gina afundou na cama, e ela abaixou a cabeça. Ficaram um longo minuto em silêncio, até que:

- Bom, se era isso o que você tinha a dizer... - Gina falou, num tom irritado e repleto de mágoas.

Alguma coisa nas palavras de Gina pareceu rasgar o coração de Harry.

Droga! Porque ela o fazia se sentir tão idiota e ignorante?

Ela se levantou e o encarou. Uma lágrima deslizava pelo seu rosto.

- Já entendi o seu recado. Agora se puder se retirar por favor, Hermione daqui a pouco estará aí.

Mas Harry não se mexeu.

- Gina...

- Harry, não me dê mais explicações. Na boa, saia por favor.

Harry suspirou e se retirou; Gina bateu a porta atrás dele. Idiota! idiota! Mil vezes idiota! Porque foi dizer aquilo para Gina? E agora? Ela nunca mais ia querer saber dele. Nunca mais...

Chegou no quarto e se estirou na cama, pensando... Mas não pode pensar muito porque logo Rony entrou no quarto, parecendo abalado.

- E então? - Harry perguntou, se sentando depressa.

- Bom, ela ficou chocada quando disse que não voltaria para Hogwarts. Disse que eu estava desperdiçando o meu futuro e tal. Mas quando disse que eu e Mione iríamos te ajudar a destruir VocÊ-sabe-quem, que iríamos atrás dele com vc... Bom, aí ela ficou pior no começo, caiu no choro e disse que iríamos morrer, mas papai entendeu, disse que tem orgulho de mim e que é para fazermos o qur acharmos que devemos fazer e que teremos seu apoio. Em seguida mamãe se recuperou do choque, e disse que "apesar de não concordar com essa loucura", não culpa você, afinal, ela sempre soube que você iria atrás dele e que entende que por sermos seus amigos vamos te acompanhar. E foi só.

- Só?

- Só.

Harry suspirou aliviado.

- A propósito, chegou uma carta pra você.

Rony estendeu uma carta para Harry, que apanhou, franzindo as sobrancelhas para a caligrafia do pergaminho.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.