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Narrado por Rony:

Encontrei o Harry na esquina da casa dos Andrews. Estava tirando a capa de invisibilidade do bolso.
- Pronto? – ele me perguntou.
- Pronto. – respondi.
Nos escondemos embaixo da capa e fomos até a frente da casa dos Andrews. Estava silencioso, apenas uma luz que piscava lá dentro informava que a TV estava ligada.
Abri a boca para perguntar o que faríamos mas Harry me fez sinal para que permanecesse calado.
Um estralo do outro lado da rua me fez sobressaltar, e logo em seguida, mais dois estralos idênticos.
Do outro lado, três vultos encapuzados acabavam de se materializar. Escutei Harry gemer baixinho ao meu lado, e soube o porquê;
Eram três comensais da morte, e o terceiro deles, o mais magro e mais desgrenhado era ninguém menos do que o Fenrir Lobo Greyback. Pensei no garotinho que acertara a bola em Harry e meu coração deu um salto.
Os vultos pararam a uma pequena distância de nós e fiz o maior esforço para não fazer um ruído sequer.
Bateram palmas.
- Está avisado, Lobo – disse um dos vultos encapuzados. – Nem pense em assusta-los antes da hora.
- É – concordou a voz de uma mulher vinda do outro vulto, o mais baixo de todos. – Precisamos nos fazer de amigáveis primeiro, depois os ameaçamos.
Greyback soltou um muxoxo de discordância, mas antes que pudesse dizer alguma coisa,, o Sr. Andrew apareceu na porta.
- O que querem? – perguntou, olhando desconfiado para o trio.
A mulher que já estava sem capuz e que reconheci sendo Aleto, irmã do outro comensal presente, o grandalhão chamado Palito, ou Amico, uma coisa assim, sorriu amigavelmente. Agh! Vocês não sabem como é estranho ver uma comensal da morte sorrindo dessa forma...
- Boa noite, senhor, creio que deve se lembrar de mim, eu liguei hoje marcando um horário...
- Ah, sim! – o senhor Andrews exclamou, saindo da porta com um molho de chaves nas mãos. – É claro! Estava esperando que chegasse, só não imaginava que viria acompanhada. É Petúnia Evans, não?

Olhei imediatamente para Harry, que retribuiu o meu olhar, infeliz. Com esse truque a família Andrews cairia facinho.
- Exato - respondeu a comensal. - Sou irmã de Lílian Evans Potter, que faleceu há alguns anos. o senhor a conheceu, não?
O sr. Ryan não parecia encontrar a chave.
- Oh! Sim, conheci. Acho até engraçado vocês aparecerem aqui, porque ontem mesmo recebi uma visita do filho deles...
Os comensais se entreolharam.
- ... mas que droga! Não acho a chave certa!
Vi que Amico pegava a varinha e me preparei, mas Harry segurou em meu braço. Afinal, a varinha não era para enfeitiçá-lo, mas sim, para destrancar o portão.
- Olha, senhor - falou Aleto - o portão já está aberto! Deve tê-lo esquecido detrancado hoje.

Confuso, Ryan olhou do portão para as chaves e das chaves para o portão.
- Estranho - murmurou - Mas vamos, entrem então.
Os três comensais entraram. Olhei para Harry e com um aceno de cabeça ele me disse para que entrássemos atrás.

Entramos, sorrateiros, antes que porta se fechasse.
O senhor Andrews os guiou até a sala, e ali, convidou-os para que se sentassem nas poltronas vazias. Uma já estava ocupada pela sra. Andrews que não se levantou para cumprimentá-los, já que Lucas dormia em seu colo.

Senti uma cotovelada dolorida nas costelas e irritado, me virei para Harry. Ele olhava pálido para algua coisa. Curioso, segui o seus olhos e me deparei com Greyback, uma espressão terrível e deplorável no rosto ao mirar o garotinho dormindo. Senti vontade de atacá-lo naquele momento! Como pode? Uma criança tão inocente e aquele desejo irrefreável de morder e matar...! Como podia existir alguém assim?

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Narrado por Harry:

Tentei pensar em um plano. Tinha que ter um plano bem rápido, e no momento em que vi a expressão do Lobo uma idéia passou pela minha cabeça: Tinha que detê-lo primeiro...
Empurrei Rony atrás de uma das poltronas e ficamo slá, agaixados e ouvindo.
- Você é a irmã de Lílian? - perguntou a sra Andrews sorridente. - Não imagina o prazer que é conhecê-la!
- o prazer é meu, senhora. - respondeu Aleto.
- E então? - perguntou o sr. Andrews. - A que devemos a honra de sua visita?
- O senhor mesmo já tocou no assunto - informou Aleto. - Soube que meu sobrinho, Harry Potter, esteve aqui ontem.
- Sim, esteve. Um amor de garoto, vocês o criaram muito bem.
- Então... o problema é que nós tivemos uma discussão um pouco séria, e ele saiu de casa. Não sabemos a onde foi e... - Aleto olhou para a sra. Oliver. - A sra. entende como é um coração de uma mãe. Eu fico tão preocupada! Ele é meu sobrinho mas é como se fosse meu próprio filho.
- É claro que eu entendo. - disse a sra. Oliver solidária.
Fiquei imaginando... se eles tivessem realmente conhecido os Dursley, ou apenas minha tia Petúnia, já teriam descoberto a farça. Mas não. Os três estavam fazendo um trabalho muito bem feito, como os pais adotivos preocupados com o bem estar de seu sobrinho.
- Então - continuou Aleto se fingindo de infeliz. - Será que vocês podiam me dizer... Ele não comentou nada, como para onde iria, o que queria fazer por aqui...
- Olha - disse o sr. Andrews. - Até onde eu saiba ele queria visitar o túmulo dos pais. Foi só o que nos contou.
- Só? - perguntou Amico. - Ele não disse nada como o que pretndia fazer depois, não fez nenhuma pergunta sobre o passado, o que tanto procura por aqui?
O senhor Ryan mexeu-se, inquieto, e eu soube que era hora de agir; os comensais já estavam ficando impacientes.
Levantei um pouco a capa e mirei na cabeça de Greyback, enquanto ouvia o sr. Andrews dizendo.
- E o senhor quem é?
Os três comensais se levantaram, as varinhas em punho, mas eu e Rony fomos mais rápidos.


Meu feitiço deixou Greyback paralisado e amarrado.
Já Rony saiu debaixo da capa e exclamou: Expiliarmus!. A varinha de Amico foi parar longe, eu aproveitei, e apeguei, saindo de debaixo da capa também.

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O sr. Andrews gritou, Lucas acordou e a sra. Oliver tentava aclmá-lo, enquanto se desesperava.
- Corram! Depressa! - berrei, quando um jato de luz verde vinda da varinha de Aleto passou na direção de rony e ele se desviou.
- Expiliarmus! - gritou, mas Aleto desviou com um "protejo".
A sra. Oliver gritou, Amico tentou agarrar sua varinha de volta, me segurando e me impedindo de lançar feitiços.
Rony e Aleto agora duelavam; Greyback ainda estava incosciente e amarrado. Tentei gritar mais uma vez entre os braços de Amico:
- Sr e sra Andrews, escondam-se!
O homem ajudou sua mulher a levantar-se, ambos apavorados, e dei uma cotovelada no estômago de Amico, que se afastou um pouco, aproveitei e dei-lhe um chute bem no meio das pernas. É, ter sido criado com trouxas é até que útil em certos momentos.
Rony havia sido atingido por Aleto, e estava no chão, tentando mas não conseguindo se levantar, um filete de sangue escoredno de um lugar um pouco acima da sobrancelha. Aleto ria do esforço dele, e foi durante esse momento de divertimento que viu a família Andrews correr para um dos quartos e ergueu a varinha... Já estava preparado. Tomando o maior cuidado para não erra, gritei:
- Expiliarmus! - e a varinha da bruxa foi parar aos pés de Ryan, que mesmo sem saber muito bem o que fazia, a apanhou.
Aleto tentou ir atrás, mas os três entraram em um cômodo da casa e se trancaram lá dentro. Ela xingou, enquanto eu conjurava cordas que a amarrou e uma mordaça.
Já tínhamos dois comensais presos: Aleto e Lobo. Faltava apenas Amico, que acabara de se recuperar do meu golpe e pulara novamente em cima de mim. Ele me derrubou. Era muito pesado, e as varinhas escaparam de minha mão. Vi-o esticando o braço com uma expressão vitoriosa e tentei impedí-lo enquanto o ar sumia de meus pulmões. Estava me esmagando!

Então quando minha vista ja escurecia e meus pulmões ardiam pela falta de ar, uma voz conhecida gritou: "Estupore" e Amico se paralisou, rolando para o outro lado.
Respirei profundamente como nunca havia respirado antes, dando mais valor do que sempre dei ao oxigênio, e olhei. Rony estava de pé, apertando a barriga com uma mão e abaixando a varinha com a outra.



- Tudo bem? - ele me perguntou.
- Tudo, obrigada - respondi amarrando Amico também.
Ficamos alguns segundos encarando os comensais.
- Bom - disse Rony. - Menos três.
- É - concordei - menos três. Estou satisfeito pelo Greyback, é realmente maravilhoso termos prendido-o.
- Precisamos avisar o ministério - lembrou Rony. - Vão precisar prendê-los o mais depresa possível.
- É. Você pode desaparatar enquanto eu tento acalmar o senhores Andrews?
Rony concordou.
- Vão apagar a memória deles? - perguntou baixinho.
- Acho que sim - respondi. - Mas vão precisar mandar aurores para vigiar a casa. Devem ter levado um grande susto.
- Ok, então. Dentre poucos minutos estou de volta. Boa sorte.
Desaparatou.
Um grito ao meu lado me informou que os Andrews já haviam saído do Cômodo e o viram desaparecer.
- Como...? Como foi que ele...? Para onde ele foi?
Me virei para o casal e vi que estavam pálidos, aterrorizados.
- Cadê o Lucas? - perguntei notando a ausência do garoto.
- Consegui fazê-lo voltar a dormir - respondeu a sra. Oliver com a voz fraquinha. Notei que eles olhavam receosos para a minha varinha e guardei-a no bolso.
- Desculpem por isso - murmurei encarando-os. - Desconfiei que viriam atrá de vocês, por isso aparecemos aqui essa noite.
- Quem são eles? - perguntou o sr. Ryan, olhando receoso para Amico e Alento.
Suspirei.
- São seguidores do assassino de meus pais.
Nesse momento Greyback acordou, assustando a todos, e começou a se contorcer, tentando se desvencilhar das cordas.
- Me tire daqui, seu garoto nojento! Juro que vou estraçalhar você quando sair daqui, vou sim!
- Cale-se! - respondi, ríspido. - Você vai para Azkaban agora, que é o seu lugar.
Ele riu.
- Azkaban! Os dementadores já abandonaram a prisão, eu fugirei!
Permaneci calado.

- Estou avisando, fedelho, me tire daqui! Senão, quando estiver livre vou acabar com a raça de seus amiguinhos, assim como fiz com seu ex-professorzinho, o Lupim, e o irmão de seu amiguinho.
Estava tão enfurecido que me esqueci da presença dos Andrews e peguei novamente a varinha.
"Levicorpus", mentalizei, e ainda amarrado, Lobo foi preso de cabeça para baixo.
- Me tire daqui! - ele grunhiu. - Me coloque no chão!
Olhei para os Andrews.
- Querem que eu o coloque no chão? - perguntei.
A sra. Oliver estava chocada demais para responder, mas o sr. Ryan dise.
- Ele merece isso.
- ME TIRE DAQUI AGORA! ME COLOQUE NO CHÃO!
- Tá legal - respondi.
"libera-corpus", e Greyback foi atirado no chão com um baque ensurdecedor.
- Agora, Lobo, fique quietinho aí. Estupefaça!
Lobo se imobilizou.
Guardei a varinha novamente.
- Afinal de contas o quê são vcs? Como fazem isso?
Encarei-o pensando... Até onde podia contar?
- Desculpe - pedi negando com a cabeça - mas eu não posso contar nada. Não se preocupem, essas pessoas não voltaram a incomodá-los. Vamos colocar pessoas de guarda na porta da casaa de vcs, e novamente, peço perdão por tudo.
Pensei que iriam berrar e exigir explicações, mas eles não o fizeram.
- Como é que você sabe que ela não vai... hãm... desaparecer igual aquele garoto? - perguntou a sra. Oliver olhando para Aleto que se contorcia, enquanto exclamavam azarações silenciosas.
- Essas cordas são antiaparatação - respondi mas vi que eles não haviam entendido nada.
Nesse momento, Rony e o ministro da magia Rufo Scrimgeour, mas uma dúzia de funcionários do ministério da magia aparataram naquela sala.
Rony parecia estressado, e os funcionários anciosos.
- Não queriam acreditar em mim - murmurou ele em meu ouvido. - Duvidaram que 2 jovens haviam pego 3 comensais da morte na mesma noite, e entre eles Fenrir Lobo Greyback.
- Extraordinário! - exclamou um dos aurores, examinando Lobo - É mesmo Greyback! O lobisomem mais procurado do mundo dos bruxos! Esses garotos merecem um prêmio!
- Não queremos nada! - exclamei - Apenas que protejam essa família. Creio que outros voltaram para interrogá-los.
- Por que? - Rufo Scrimgeour ergueu as sobrancelhas.
Pela segunda vez naquela noite eu tive que pensar até onde poderia responder.
- Estão atrás de mim - disse - Estão seguindo os meus passoas e souberam que eu estive com eles. Agora, se puderem fazer isso eu ficarei grato.
- Tudo bem, tudo bem... Mandaremos dois aurores, mas teremos que alterar a memória de seus amigos.
- Ok.
Olhei para Rony, que bocejou... Céus! Já era tarde!
- Acho melhor irmos. Ah! Ministro?
- Sim, Potter?
- Posso perguntar o que está guardando Azkaban?
- Trouxemos e legalizamos a presença de dragões domesticados. Estão por toda a redondeza da prisão.
- Oh! - fiz ao imaginar a reação de Lobo. - E então, se pudermos ir, não vão precisar mais de nós, vão?
- Bom... creio que não. Os comensais serão levados até Azkaban, e lá vão ficar até o fim de suas vidas... isso eu posso garantir. Graças a Merlim! Finalmente uma boa notícia para o ministério! Três comensais da morte capiturados!
Me despedi dos Andrews e aparatamos na porta da pensão.
Finalmente... deveria ser o quê? Umas quatro da manhã? Depois de uma noite tão longa... Será que Hermione obtivera o mesmo sucesso com Amy?
Entramos, sorrateiros, e subimos as escadas. Contudo... encontramos com uma Amy sorridente, bloqueando o nosso caminho no alto.






















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