Juízo Final – Parte 1

Juízo Final – Parte 1



N/A: Ok, lá vamos nós!
Novamente, desculpas. Não é por falta de respeito ao leitor, espero que entendam. Foi uma mistura de mil coisas, onde a principal foi falta de criatividade mesmo... >.<
Quero agradecer a cada comentário durante esse período, pq ele foi muuuuuuuuuuuuuito mais importante do que vocês podem imaginar.

Bom, minha beta me mandou hoje a primeira parte e como estou ansiosa, decidi postar. Ou seja, tem mais uma “partizinha” pela frente antes do Epílogo. XD
E eu sei que vocês vão me azarar até a minha última geração depois de terminarem de ler. >.<

Ok, espero que tenham uma boa leitura! Bom, ainda não consegui pensar em uma música para esse cap.

AVISO!
Esse cap. contém cenas de violência explícita e linguagem imprópria. Não é recomendado para menores de 16 anos.
E tenho dito, se você passar daqui, eu não me responsabilizo! ù.u


If we could see tomorrow
Se nós pudéssemos ver o amanhã
What of your plans
O que seria de seus planos?
No one can live in sorrow
Ninguém pode viver na tristeza
Ask all your friends
Pergunte aos seus amigos
Times that you took in stride they're
Tempos que você enganou
Back in demand
Eles estão de volta reclamando
I was the one who's washing
Eu era o único que lavava
Blood off your hands
O sangue de suas mãos

Don't you cry tonight
Não chore esta noite
I still love you baby
Eu ainda amo você, baby
Don't you cry tonight
Não chore esta noite
Don't you cry tonight
Não chore esta noite
There's a heaven above you baby
Há um paraíso acima de você
And don't you cry tonight
E não chore esta noite

I know the things you wanted
Eu sei que as coisas que você queria
They're not what you have
Não são as que você tem
With all the people talkin'
Com todas as pessoas falando
It's drivin' you mad
Está te levando a loucura
If I was standin' by you
Se eu estava esperando por você
How would you feel
Como você se sentiria
Knowing your love's decided
Sabendo que seu amor está decidido
And all love is real...baby
E todo amor é real

And don't you cry tonight
E não chore esta noite
Don't you cry tonight
Não chore esta noite
Don't you cry tonight
Não chore esta noite
There's a heaven above you baby
Há um paraíso acima de você
And don't you cry tonight
E não chore esta noite

I thought I could live in your world
Eu pensei que poderia viver no seu mundo
As years all went by
Enquanto os anos se passavam
With all the voices
Com todas as vozes
I've heard
Que eu ouvi
Something has died
Algo morreu
And when you're in need of someone
E quando você precisar de alguém
My heart won't deny you
Meu coração não vai te negar
So many seem so lonely
Muitos parecem tão solitários
With no one left to cry to baby
Com ninguém para quem chorar, baby

And don't you cry tonight
E não chore esta noite
And don't you cry tonight
E não chore esta noite
And don't you cry tonight
E não chore esta noite
There's a heaven above you baby
Há um paraíso acima de você
And don't you cry
E não chore esta noite

Don't Cry
Guns N' Roses






22 – Juízo Final – Parte 1


Ao chegar ao lugar escuro que um dia encontrara Sirius, ela olhou para os lados com a varinha em punho. Avistou os três garotos amarrados com os braços para cima por cordas imaginárias. No momento que foi se aproximar avistou a figura que tanto odiava se aproximar de Philip, e com a varinha apontada para ele, ordenar:
- Avisarei apenas uma vez, abaixe a varinha Granger!


Hermione olhou melhor para o filho e viu que estava machucado. Havia um corte grande na lateral do rosto e sangue escorrendo. Parecia estar zonzo.
Sentiu o sangue congelar, sabia que ela era uma mulher sem escrúpulos, mas isso era demais até para Jeanne.
- O que fez com meu filho? – questionou dando um passo para se aproximar.
- Abaixe a varinha! - ordenou apertando a varinha com força contra a garganta de Phil.
Sem alternativa, obedeceu à ordem lentamente, a francesa parecia descontrolada demais para ser contrariada.
- Pensou que seria como? Que no final eu sumiria e te entregaria o Draco de bandeja? Pensou que eu não faria nada para tê-lo ao meu lado?
- Por Merlin Jeanne, você conseguiu o que quis. Não ficaram juntos? Não há mais nada entre ele e eu.
- Sua imbecil, e você realmente acreditou nisso? Nós não ficamos juntos! Draco me renega desde que te reencontrou.
- Como?
Então tudo pareceu mais claro, ela tinha armado tudo. Exatamente como Draco dissera.
Como era idiota, não acreditou no homem que amava, mesmo sabendo da índole de Jeanne. Tentou parecer calma.
- Por favor, solte os meninos, vamos resolver isso entre nós.
A loira soltou uma gargalhada fria e forçada e foi em direção a Hermione com a varinha apontando para seu coração.
- Mãe!
Hermione olhou para Tiago, que se debatia. Seus pulsos estavam com marcas vermelhas, cada movimento dele cortava um pouco mais a pele. Além do machucado natural da situação, aquelas malditas amarras estavam enfeitiçadas, quanto mais ele se mexesse, pior seria.
- Fique calmo Tiago, pare de se mexer. – pediu Hermione tentando passar tranqüilidade.
Jeanne ainda ria e ignorou o comentário da outra, pouco importava se o garoto se machucasse ou não, o fim dele seria o mesmo de qualquer maneira.
- Oh sim, Potterzinho de merda, vou matar sua mãezinha. Nem o “herói” do seu pai nem ninguém vai poder fazer nada! – concluiu maldosamente. Voltou-se para Hermione e deu-lhe um tapa no rosto.
Colocou a mão sobre o rosto quente, esperando o que viria em seguida. Jeanne estava desesperada e parecia não levar em conta a vantagem de estar armada, enquanto Hermione estava sem varinha. Melhor assim.
Se queria brigar dessa maneira, Hermione não tinha o que temer, pensou rápido quando viu que Jeanne daria outro tapa, e segurou a mão dela torcendo seu pulso, ficando atrás da outra, que tentou acertar-lhe um feitiço mesmo estando de costas. Hermione a paralisou e apertou seu pescoço.
Jeanne largou a varinha, fazendo força para tentar se soltar.. Depois de algum tempo, Hermione aliviou a força possibilitando que Jeanne puxasse o braço dela para, em seguida, mordê-lo com força.
Hermione gritou e a soltou. Logo Jeanne foi para cima dela e fincou a unha na pele da outra na altura do pescoço.

- Solta a minha mãe sua vagabun...
Antes que Tiago terminasse a frase, uma mão encheu em cheio o seu rosto. Hermione olhou desesperada para compreender o que tinha acontecido, quando viu Lucius por cima dos ombros de Jeanne, com um sorriso sádico nos lábios. Jeanne não a soltou.
- Esses mestiços nojentos. Não te ensinaram a ter educação, moleque? - sem olhar para onde estavam as mulheres, ordenou: – Solte-a Vasseur!

Após resistir um pouco, Jeanne obedeceu a ordem e cedeu. Hermione não conseguia acreditar no que estava vendo. Lucius Malfoy muito mais magro, envelhecido e aparentemente debilitado, olhava para Tiago com o mesmo desprezo e nojo que a encarara anos atrás. A bengala, que antes era usado para melhorar sua imagem, naquele momento era utilizado para apoio do corpo.
Ao encontrar os olhos de Hermione, seu desprezo e nojo transformaram-se em fúria.

- Ora, ora, se não é a maldita sangue-ruim que desonrou o sangue da minha família... – falava enquanto se aproximava lentamente.

O pescoço de Hermione estava vermelho e havia marcas das unhas e arranhões que Jeanne deixara ali. Tinha sangue em alguns pontos onde a outra fincou mais fundo a unha.
Lucius a encarou e olhou para onde sangrava, sangue sujo. Após chegar perto o suficiente, segurou-a pelo rosto e cuspiu em sua cara.
Ela fechou os olhos e respirou fundo, tinha que tentar manter a calma. Limpou o rosto. Perder o controle não ia ajudar em nada.
- Seu cretino filho de uma puta! – bradou Arthur.
- Ora, ora, um Weasley, um maldito Weasley para me divertir. Quem diria que meu plano sairia tão eficiente? – falou olhando com malicia para o garoto.

- Pelo que mais ama Malfoy, deixe Arthur e meus filhos em paz. Vingue-se de mim se quiser, mas deixe-os partir.
Lucius voltou a encará-la e dessa vez parecia ainda mais furioso.
- Pelo que mais amo? Imbecil, pensa que está falando com quem? Malfoys não amam. Vou me vingar de um por um e você será a última. Quero que assista a morte lenta de suas crias. Mas antes preciso fazer uma coisa.

O homem afastou definitivamente Jeanne de Hermione.
- Mas o que está fazendo? – perguntou a loira irritada.
- Chegou sua hora.
- Ma.. mas... você me disse que ela seria minha. – e então pareceu compreender a mensagem do homem. – O que pretende fazer? – perguntou, deixando o pânico aparecer.
- Quis lutar com ela na força bruta, como se fosse uma trouxa nojenta. Abandonou sua varinha, quando essa era a sua vantagem, desonrou seu sangue. Burra! Não merece ser chamada de sangue-puro se age como uma trouxa.
Ele ergueu a varinha.
- Por favor, não fa...
A frase morreu na garganta de Jeanne.
- Avada Kedavra!

A luz verde rompeu da varinha de Lucius e acertou Jeanne diretamente no peito. A mulher caiu sem vida.

- Não! – gritou Hermione.
- Oras, cale-se! – ele foi até o corpo de Jeanne e com o pé a chutou para a direita, mais perto dos garotos.
Hermione olhou para os meninos, o horror estampado na face de cada um deles. Olhavam vidrados para Jeanne morta.
Lucius viu a preocupação da mulher e falou sombriamente:
- Não se preocupe, vê-la morrer será o menor trauma deles essa noite. Não importa o que você imagine que acontecerá, Granger, será muito pior. – após ter causado o impacto que esperava, concluiu a frase com um sorriso. – Mas pense pelo lado positivo, eles não vão se lembrar disso depois de mortos.

- Por favor, deixe-os ir. – suplicou.
Ele voltou a se aproximar, segurou seu rosto novamente e disse:
- Implore, Granger, é tudo o que eu mais quero. Será muito mais prazeroso assim.

Encarou-o e pode ver em seus olhos que ali não havia mais vida. Lucius era um homem morto, sem nada a perder. Seria capaz de fazer qualquer coisa. Sentiu um frio na espinha junto com o desespero, que começava a tomar conta dela. Alguém precisava chegar. Ela precisava de ajuda.

- Hmm, por onde vou começar? Tenho tanto a fazer... – comentou como se estivesse escolhendo a roupa que usaria no dia seguinte. Voltou os olhos para Hermione. – Acho que já sei por onde! – comentou sorrindo, vou ensinar algo a esses moleques!
Lucius afastou-se um pouco de Hermione e olhou para os garotos.
- Alguém já lhes ensinou alguma maldição imperdoável?
- Vá se foder! – respondeu Philip, que estava com a face vermelha de raiva e coberta por sangue.
- Estupefaça!
Philip gritou e sentiu a cabeça cair para o lado. Parecia desmaiado. Hermione entrou em pânico e gritou. Malfoy foi até ele e o acordou. Queria que aquele bastardo nojento visse o que ia fazer.

- Imaginei que não. Então, eu vou mostrar alguma coisa a vocês. – comentou como se falasse do tempo.
Apontou a varinha para Hermione: - Crucius!

Caiu no chão. A dor era pungente, como se houvesse várias navalhas dentro de seu corpo, dançando e rasgando tudo lá dentro.
Sentiu vontade de gritar, tinha necessidade de colocar para fora toda a sua dor, mas não podia, não com as crianças ali. Mordeu com força o lábio inferior. Achou por um momento que perderia os sentidos, tentou pensar em algo bom, Draco veio à sua mente.

“Estava distraída lendo na sala da mansão Black, foi quando o percebeu ali, ficou irritada.
- O-que-você-está-fazendo-aqui? – falou palavra por palavra bem devagar.
- Nada, apenas olhando. – respondeu com simplicidade;
- Olhando o quê? – perguntou irritada, crispando os lábios.
Ele sorriu, aquele sorriso lindo, que derrubou uma a uma as barreiras que tinha em seu coração.
- Estou olhando o livro que está em suas mãos, só isso. – Draco fez a cara mais inocente que conseguiu.
Sentiu raiva e ansiedade. Como ele podia ser tão cara de pau para dizer isso? Teve vontade de sorrir.”


A dor diminuiu por alguns segundos, Lucius tinha parado. Mas não durou sequer um minuto e voltou a atacá-la, de novo e de novo...
Fechou os olhos e sentiu uma lágrima escorrer de seu rosto. Sempre que recomeçava, a dor voltava ainda mais forte.
Seu corpo se contorcia no chão. Tinha que pensar em algo bom.

“Estavam no jardim da mansão Black, era uma noite bonita de verão e ela foi se desculpar com ele por algum motivo, irrelevante no momento. Discutiram, e então a imagem de Draco se aproximando para beijá-la tomou conta de sua mente. Foi o primeiro beijo dos dois. Hermione se permitiu sorrir. A dor era menor.”

- Você está gostando então, sua desgraçada?

E ela voltou. Não estava mais no jardim da mansão Black e Draco não a beijava, era Lucius que estava ali e pronto para amaldiçoá-la novamente.
Aquilo não teria fim.
Mas, surpreendendo suas expectativas, Malfoy foi até ela e a fez ficar em pé, puxando-a para cima pelo cabelo.
Não fazia idéia do que viria agora, então apenas esperou. Ele socou seu rosto.
- Maldita! Vai ter o que merece!
Arrastou-a pelo cabelo até o outro lado e a empurrou com força contra a parede. Ela sentiu as costas baterem contra a mesma, dando-lhe a sensação de ter quebrado alguma costela.

Recomeçou a sessão de Crucius, ela ouvia as vozes de fundo dos garotos, mas não devia se concentrar nelas, não ainda. O desespero deles colocaria tudo a perder, ela não iria suportar.
A cada nova maldição, seu corpo parecia mais dolorido, como se estivesse cedendo... Cada vez um novo lugar recebia a maldição e a dilacerava por dentro. A cada momento sentia-se mais fraca...

“- Hermione, você tem que se acalmar. – pediu calmamente.
- Vá para o inferno.
Sem opção, Draco a virou, deixando-a de costas para ele, e prendeu a castanha contra o seu corpo.
...
- Eu te odeio Malfoy.
Draco a virou para que eles ficassem cara-a-cara, ele continuou segurando-a pelos braços.
- Odeia nada! Eu vi como ficou quando achou que eu tinha me ferido. – replicou bravo.
...
- Você é um idiota Malfoy.
- Você já me disse isso hoje. – ele deu mais um passo para frente e a segurou pela cintura, impedindo ela de se afastar.
- O qu... o que você quer? – perguntou ela trêmula.
- Eu sei que você sabe você é inteligente o bastante para saber. – ela estava tremendo muito e permanecia sem ação. – Mas já que quer se fazer de boba, eu respondo. – Draco a continuou segurando com a uma mão em sua cintura , levantando com a outra seu rosto, fazendo com que os olhos mais uma vez se encontrassem. – Eu quero você.”

Sentiu seu corpo sair do chão e começar a flutuar. Demorou a compreender o que estava acontecendo, teve que voltar à casa dos gritos.
- E essa, é a famosa Imperius. Fracos como essa sangue-ruim não conseguem resistir a ela. E tornam-se alvos fáceis.

Ele a tinha colocado na vertical, e fazia com que ela corresse para longe e depois de encontro à parede várias vezes seguidas. Como se fosse um fantoche.

A dor estava insuportável, além de suas pernas estarem sem forças para continuar e Hermione decidiu que não ia permitir que ele continuasse. Agora tinha que se concentrar no que estava acontecendo. Tinha que pará-lo.
A consciência começou a tomar conta dela, e sentiu que Lucius tinha mais dificuldade agora para controlá-la.

- Vai resistir, infeliz? Pensa que é simples assim?
Lucius a ergueu no ar e fez com a varinha movimentos de ir, e vir e dessa vez Hermione não teve como resistir.

“- Você quer parar?
Dava para ver o peito dela subir e descer, estava tão envolvida quanto ele.
Seu cérebro estava fora de funcionamento, a única coisa em que ela pensou, foi:
“Que se dane! Não quero que pare!”.
- Não ouse parar agora! – respondeu ela sorrindo, sedutoramente.
Draco voltou a beijá-la, dessa vez com mais calma. Beijava-a e dava leves mordiscadas em seu pescoço. Hermione soltava gemidos baixos.
Delicadamente, o loiro abaixou a alça da camisola e passou a beijá-la na região do ombro, indo em direção aos seios.”

Já não era igual. Seu coração, que naquela ocasião batia forte e acelerado, estava lento e fraco. Como se tivesse acabado tudo.
Depois de mais alguns arremessos, Lucius decidiu parar. E Hermione, que estava na vertical, caiu no chão sem resistência. Já não agüentava mais.
Demorou um pouco para conseguir abrir os olhos. E quando o fez viu que Malfoy sorria olhando para ela.

- Ora, ora, ainda viva, sangue-ruim? – aproximou-se dela. – Temos que resolver isso então. Acho que mudei meus planos, você vai ser a primeira mesmo.

Chutou-a no estômago e ela perdeu o ar. Tentar respirar doía, sentiu o pânico invadi-la, precisava tentar. Quando finalmente conseguiu inspirar, o ar entrou queimando por todo o percurso que fez, e ela tossiu e engasgou. Começava a sentir ânsia.
Ao notar como aquilo a deixara, Lucius repetiu o gesto. Uma, duas, três vezes, sem dar a ela o tempo de recuperar o ar. Ouvir os garotos gritando e chorando o incentivava. Quando finalmente parou, gargalhou satisfeito, ela havia vomitado.

- É isso que os sangues-ruim como você merecem. E todos vocês, seus bastardos, terão o mesmo. – completou olhando para os meninos. – Era isso que devia ter acontecido, isso teria acontecido se o Lorde estivesse aqui.
Como se aquilo a tivesse trazido de volta, Hermione balbuciou com dificuldade:
- Era um Lorde de merda, não conseguiu vencer o Harry. Nem mesmo quando era apenas um bebê, não é mesmo?

Queria mantê-lo atento a ela. Precisava de tempo, alguém tinha que chegar, se ele terminasse o serviço antes disso, Lucius pegaria um dos meninos. E isso, Hermione não poderia suportar.




“ - Como Draco? Como eu posso acreditar em você? ”
Seu coração doía sempre que se lembrava dessa pergunta. Ele não pode responder nada que a convencesse.

Não deu certo há anos atrás e não estava dando agora. Talvez nunca tenha sido certo! Talvez não fosse para ser. Talvez e apenas talvez, fosse a hora de se conformar.

Draco estava deitado em sua cama relembrando da última conversa. O mais doloroso era saber que ela queria perdoá-lo, mas não conseguia.
Isso fazia com que sentisse ainda mais culpado. Ainda pior.

Sem contar o péssimo pressentimento, como se uma coisa muito ruim fosse acontecer. Provavelmente exagero, desespero por não tê-la com ele, mas seu coração estava mais apertado do que o normal.
Fechou os olhos e pode vê-la.

“- Estou... falan...do... com... você!
Ele mordeu o lugar onde anteriormente beijava.
- Draco! – gemeu o nome dele quando a sua intenção era repreendê-lo.
Demorou a se recompor, até porque a cada momento os beijos dele ficavam mais intensos.
“Cansada” de estar sendo atacada de maneira tão avassalador, rolou para cima dele, deixando-o deitado, enquanto ela se sentava sobre ele. Riu da expressão surpresa que tomou conta de seu rosto.
- Caso não tenha escutado, fiz uma pergunta. Realmente acha que eu vim aqui para isso? – perguntou abrindo lentamente a camisa azul marinho do pijama que o loiro vestia, ele achou torturante a lentidão com que fazia isso. Ela estava com uma feição séria.
- Eu não acho nada, tenho certeza que você veio aqui para me seduzir. – respondeu com um sorriso travesso. A camisa estava completamente aberta.
- Não acredito no que está me dizendo! – continuava séria. – Jamais faria uma coisa dessas!
Deslizou o dedo pelo abdômen dele com as unhas, e ele apertou com a mão direita a coxa esquerda dela e com a outra segurou com força sua cintura.
- Hermione, Hermione, depois não vai agüentar as conseqüências dos seus atos... – advertiu, tentando se conter.
- E por que não iria? – sorriu maliciosa antes de beijá-lo no tórax.
Ficou sem resposta, estava completamente nas mãos dela.
- Você tem que começar a responder as coisas que eu pergunto ou será castigado!
Ela mordiscou o lugar que antes beijava e ele gemeu alto e rouco. Senti-la sorrir sobre sua pele era como levar fortes choques elétricos.
Subiu então para o pescoço, com beijos intensos, sem deixar de passear com as mãos pelo seu corpo, arrancando palavras inteligíveis do homem.
Puxou-a de modo que seus olhos se encontrassem e suas bocas ficassem na mesma altura.
- Estou adorando essa idéia de castigo.
Ela tentou voltar a beijá-lo, mas ele se virou e voltou a ficar sobre ela.
Segurava seus braços em cima da cabeça, proibindo-a assim de se mexer.
- É a minha vez agora. Também tenho ótimos métodos de tortura...
- Isso não é justo Draco, você é mais forte que eu! – reclamou fazendo bico.
- A vida não é justa.”


Aquele dia tinha sido fantástico. Estavam tão felizes. Era ela e somente ela que o fazia sorrir ou sentir qualquer coisa de verdade.
Adorava seu olhar, sua pele, sua pose quando ficava brava, o toque, os pés, a boca, seu sorriso... Tudo! E sabia que era recíproco.

Levantou-se decidido. Que merda estava fazendo?
Claro que era para dar certo! Eles que eram teimosos demais. Dois idiotas, cabeças duras, sempre foi para dar certo!
Lutaria por ela. Mesmo que passasse a vida inteira apenas lutando. E recomeçaria agora. Ela poderia negar o quanto quisesse, mas ele faria de tudo para que voltasse atrás.

Iria procurá-la e dizer que tinha que acreditar nele porque se amavam. Porque eram um do outro, e que isso não tinha como mudar.




Ele a levantou novamente de uma vez só com uma mão.
- Não se atreva a falar do Lorde, sua desgraçada maldita! Sangue-ruim, vagabunda. Não se atreva!
Voltou a socá-la, dessa vez com mais força.

Ela sentiu sangue escorrendo de seu nariz e boca, o corpo inerte apenas correspondendo ao que Lucius fazia.
- Eu sempre me perguntei como você seduziu meu filho. Lógico que se ofereceu para ele durante a guerra. Mas é só isso, sangue-ruim? Você é tão boa assim na cama?

- Desgraçado, filho de uma puta! Solte a minha mãe!
Era Philip, Tiago berrava algo atrás. Hermione sentiu outra lágrima escorrer pela sua face. Como eles ficariam depois que tudo acabasse? Esqueceriam algum dia o que estavam vendo?

Lucius os ignorou.

- O quê, hein, nojenta? O quê?

Ele a soltou com tudo no chão, e ela novamente não apresentou resistência para ficar em pé. Lucius se aproximou de Philip e fez com que o garoto o olhasse para dizer:

- Mas isso vai acabar e vai ser breve! E então eu acabo com os bastardos. Começando pelo seu irmão, ou quem sabe pelo Weasley.
- Ele... ele tem seu sangue. – apelou em desespero. – É seu neto.

Lucius largou Philip e foi alucinado até o lugar onde Hermione estava.

-Não repita isso! Nunca mais! Está me ouvindo? - a chutou novamente.

Demorou para recuperar o ar, mas quando conseguiu, respondeu:
- A continuação da sua família, a única chance...
- Ouça bem. - falou baixo perto do ouvido dela. - Não existem Malfoys mestiços! Está me ouvindo? Ele vai morrer e não existirá mais Malfoy algum, porque eu matarei o traidor do meu filho também. Então, os Malfoy nunca serão desonrados e continuaremos sendo uma família pura.

- Me envergonho de ter seu sangue, seu velho desgraçado!
Lucius foi até Philip com um olhar maníaco.
- Nesse caso, concordamos em algo, moleque. E é por isso que você também vai morrer.
- Eu preferia sequer ter nascido se soubesse da minha descendência nojenta!
Malfoy o esbofeteou com vontade.
- Cale-se! Logo, será como se não tivesse nascido.

Voltou-se para Hermione novamente e decretou:
- Estive pensando, acho que aprenderam sobre a terceira maldição vendo a francesa, não? Mas sabe, sangue-ruim, você não vai morrer fácil, não receberá Avada Kedrava. Não, será lenta e demoradamente.

Um novo sorriso irradiou seu rosto.

Levou algum tempo para entender, como se fossem horas até chegar.
Ao ouvir Lucius bradar o Sectussempra, ela soube que seria o fim. Já tinha perdido muito sangue e a maldição talvez não demorasse tanto para matá-la.
No início, a dor era lancinante, como se arames farpados estivessem rasgando de dentro de seu corpo, cortando a pele e tudo o que vissem pela frente. Rasgava tudo.

Respirou fundo e sentiu o ar entrar dolorosamente em seus pulmões. Não havia mais esperanças. Então a dor se tornou mais fraca.

Já não podia lutar, e antes de se entregar balbuciou:
- Desculpem-me, amo vocês!

“Estava com Phil em seus braços. O parto tinha sido cansativo, mas segurar aquele bebê tão indefeso a fez sentir que estava disposta para fazer tudo novamente. O envolveu em seus braços para tentar acalmá-lo. Ele chorava forte e alto. Depois de sentir o contato com a mãe, pareceu se acalmar.
Aproveitou para olhá-lo melhor. Cada traço. Aquilo era tão importante.
Era a cara de Malfoy, o mesmo nariz empinado, lábios finos e o modelo dos olhos e o rosto pontudo. Era careca e muito claro. “Será que tem a mesma cor de olhos?”, pensou.”
- Posso segurá-lo?
Olhou para Harry séria, ele realmente cuidaria de seu filho com Malfoy, como se fosse seu. Ele parecia ansioso. Queria ficar com o filho ali sob sua proteção para sempre, mas não podia negar esse pedido a ele. Não a ele. Sorriu e assentiu: - Claro!
Quando Harry pegou Philip no colo, Hermione viu uma lágrima correr por seus olhos.
- Ele é lindo.
Ela sorriu, Philip teria realmente o amor de um pai. Um pai de verdade.”

A dor continuava a diminuir, sentia o sangue quente saindo de seu corpo. Era um alívio, como se o sangue aquecesse seu corpo e diminuísse a dor.
Uma sensação nova tomava conta dela. Paz. A dor já não existia. Sua preocupação agora eram seus filhos. O que ia acontecer?

“- Eu não te falei que ia ficar tudo bem? – falou carinhoso.

Subitamente, Hermione endureceu. Só agora se deu conta do que tinha feito, seu corpo estava colado ao dele, sentiu-se arrepiar e sabia que não era por causa da chuva. Afastou-se um pouco e se deparou com os olhos dele perfurando os seus. As roupas grudadas ao corpo, mostravam cada detalhe do corpo do outro. Era a primeira vez que se viam de maneira tão íntima depois de tanto tempo. As respirações descompassadas e os batimentos acelerados eram visíveis.

Agarrou-o novamente e dessa vez o beijou como nunca havia feito, com sofreguidão, avidez, como se estivesse com medo de vê-lo partir novamente. Draco ficou surpreso, inicialmente, não esperava por aquela atitude, mas ao sentir a língua dela pedir passagem parou de pensar, segurou-a mais forte pela cintura se entregando ao momento. Beijavam-se intensamente, como se a chuva estivesse levando todo e qualquer ressentimento que pudesse existir entre os dois. As mãos tocavam sem culpa ou pudor e as línguas seguiam uma dança lasciva.”

Ao se lembrar desse dia, quase pode sentir a chuva novamente sobre seu corpo. Assim como pode sentir todo o resto.¹ A dor partira completamente, estava tranqüila, em paz. Relaxou. Sem sofrimento. Uma sensação prazerosa.
Como se todo o cansaço tivesse tomado conta de seu corpo. Precisava dormir.

A última coisa que ouviu foi alguém chamá-la. Ela conhecia aquela voz, mas estava tão distante, devia ser mais uma alucinação. Draco não estava ali. Finalmente, deixou-se entregar ao cansaço.




¹ - Relacionado ao cap. 18, “O que será?”, no momento em que eles estão procurando Philip pela floresta.





Ok, vocês devem estar me odiando! E estão com todo direito!!!
Não tenho muito o que dizer a não ser que a continuação vem logo! xD
Eu tenho esse cap. pronto desde o começo da fic, mas não sabia se ficaria bom. Confesso que quando terminei, achei exagerado. Mas depois acabei gostando.
Não digo mais nada! :X
Em breve atualizo. Prometo! xD

Teresa, =\ nem vou dizer nada sobre demorar séculos para demorar a postar essa fic aqui... rs
Ah, estava meio na cara que seria a Jeanne, mas tinha que ser ela, como você pode ver aí no último cap. {foge}
Eu tbm acho, a Mione é burra!!!!! *FATO*
huahauhauhauhauhauha
{foge de novo}
Obrigada pelo carinho.
BjS!

Anna Malfoy, aiiin, obrigada!! Fico feliz que tenha gostado. Espero que não esteja querendo me matar agora... rs
Eu não garanto nada da irmanzinha... =\
Boom, esse pode parecer curtinho, mas ficou gigante. Por isso dividi em dois!!! XD
Obrigada por tudo!
BjS!

Maris, muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitissimo obrigada! Puxa, fiquei super lisongeada. Espero não decepcionar.
Sobre ter torcido para Mione ficar com o Draco, com o Harry e sozinha, menina eu torci também e caramba, fiquei hiper feliz com o que disse.
Obrigada! XD
E ops, vou revisar os Corvinais... sorry. >.<
BjS!

_tonton, puxa, ando meio sem tempo, mas prometo passar lá depois... Fui dar uma olhada e acho que ela cresceu. rs
Obrigada!
BjS!

Camila Black, hauhauhauhauahuahuahuahahauhauhauha, morri de rir com o seu primeiro comentário... *a que ficou curiosa para conhecer a risada maligna da Ca*
Puxa, fico toda sem jeito com isso, obrigada xuxu.
Assim como fiquei lisongeada por você ter passado aqui sempre.
Eu não abandonaria a fic, mas pensei que talvez vocês pudessem desistir. Era lindo quando eu vinha aqui e via um novo comentário. Você me ajudou a terminar... Sempre presente! Obrigada!!!!
Sobre a continuação, acho que não. Sorry! Mas ela é tão grande... rs
Acho que PTdUF esgotou... mas calma que ainda tem a parte dois do último cap. e o Epílogo. xD
Fico toda emo por saber que está acabando, maaaaaaaaaaaaaaaas não posso prometer nada... >,<
Obrigada mesmo!!!!!
Beijos!

dєh мαłfσy, tinha que ser a Jeanne... >,<
Muito obrigada. Espero não ter decepcionado. ;)
Menina, prometo passar lá quando estiver mais tranquila. XD
Obrigada mesmo!
BjS!

Sam Sharpe, err... como pode ver o Lucius voltou! {se esconde}
Espero que tenha gostado.
Obrigada!
BjS!

Lee Malfoy., rs... o Draco está um amor... Fazendo os planos para a filha e tal... Fiquei toda nhenhenhé com ele... rs
Booom não tenho como dizer nada sobre a Mione... {se esconde}
Mas sim, a menininha dominaria o mundo!!! huahauhuahuahauha
Bom, eu honestamente, não acreditaria. É demais né?! =X
Aiiin eu vou morrer de saudades da fic... Fico tão feliz por ouvir isso...
Então, não acredito em continuação... >.<
Mas novas fics virão! \o/
Obrigada pelo comentário. AMEI!!!
BjS!

raquel x), calma, respira. Fiquei lufa! Abstinência!! rs
Aqui está um novo cap. e espero que tenha gostado! hohohoho
Bom, o seu desejo se realizou... =P
BjS!
Obrigada!

Plock Watson Granger, XD aqui está. Demorou mais chegou! =P
Espero que tenha gostado!
Obrigada.
BjS!

- LααH Mαlfoy •, XD, nunca! Aqui está!
Espero que goste.
Obrigada!
BjS!

Serena, booom espero que tenha gostado... >.<
E que não me xingue, não muito... =\
rs
Obrigada!
Bjs!

Margarida, aiiin menina, obrigada! Mesmo! Eu concordo com você! Geralmente um é bom e o outro é mal, não que isso seja ruim, mas cansou! =X
Fico suuuuuuuuuuper feliz em ter conseguido mestrar isso... os dois são pessoas normais que erram, acertam, amam e odeiam... prontofalei!
E sobre as músicas, obrigada! XD
Elas estão no meu e-mule tbm!
hauhauhauahahauhahauhauha
Não prometo nada não! =P
{foge}
Obrigada!
BjS!

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